Variabilidade temporal (interanual e mareal) das trocas de nutrientes e matéria particulada, pela Barra Faro-Olhão e canais adjacentes no ecossistema da Ria Formosa
Contribuinte(s) |
Cravo, Alexandra Jacob, José |
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Data(s) |
18/05/2016
18/05/2016
11/02/2016
2015
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Resumo |
Dissertação de Mestrado, Biologia Marinha, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2016 A Ria Formosa é uma laguna costeira, produtiva e pouco profunda, na costa sul de Portugal. Aí ocorre elevada renovação de água através de seis ligações permanentes ao Oceano Atlântico, importantes em termos de trocas de massa entre o ecossistema e o oceano. O objetivo principal foi compreender o papel da Barra Faro-Olhão e dos principais canais adjacentes (Faro e Olhão), na dinâmica de nutrientes, clorofila a (proxy do fitoplâncton) e matéria em suspensão (orgânica e inorgânica), enfatizando a importância das trocas de massa entre a barra e oceano adjacente, em situações de maré quinzenal extremas (maré-viva e maré-morta), e no outono por dois anos consecutivos (2011 e 2012). Para tal, realizaram-se quatro campanhas de caracterização físico-química, onde se recolheram horariamente amostras de água, ao mesmo tempo que, a velocidade da corrente foi medida ao longo das secções transversais retas, para se estimar o prisma de maré e respetivos transportes de massa. Globalmente, para as quatro campanhas o estado trófico dos locais amostrados revelou-se de qualidade muito bom, típico de águas oligotróficas. As características químicas ao longo dos ciclos de maré variaram não só em função da fase de maré quinzenal (mais intensamente em maré-viva), mas também, de fatores externos como processos oceanográficos (afloramento costeiro) e biológicos. Quanto ao transporte de massa de água, o volume trocado através da Barra Faro-Olhão foi superior à soma dos transportes através dos dois canais, e a contribuição do Canal de Faro foi superior à do Canal de Olhão. Independentemente da situação de maré e do ano considerado, a Ria Formosa atuou como fonte de nutrientes, exportando amónia e silicatos, e sólidos em suspensão através da barra, fertilizando e aumentando a produtividade biológica da zona costeira adjacente. No entanto, em situação de afloramento costeiro, a Ria Formosa atuou como um sumidouro, importando maiores quantidades de nitratos, fosfatos, silicatos e clorofila a, o que irá certamente potenciar a produtividade biológica deste ecossistema. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10400.1/8272 201148331 |
Idioma(s) |
por |
Direitos |
openAccess http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ |
Palavras-Chave | #Ria Formosa #Nutrientes #Clorofila a #Matéria particulada #Prisma de maré #Transporte #Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias |
Tipo |
masterThesis |