O sítio da Ponte da Azambuja 2 (Portel, Évora) e a emergência dos recintos de fossos no SW peninsular nos finais do 4º milénio A.N.E.


Autoria(s): Rodrigues, Ana Filipa de Castro
Contribuinte(s)

Carvalho, António Manuel Faustino de

Data(s)

05/02/2016

05/02/2016

08/10/2015

2015

Resumo

Tese de doutoramento, Arqueologia, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2015

O estudo da Pré-história recente no atual território português assistiu, a partir dos finais da década de 1990, a uma “verdadeira revolução empírica” (Valera, 2008: 112) na qual se encontra a temática dos recintos de fossos, cujo boom na sua identificação, associada às problemáticas subjacentes, a isolaram como unidade de estudo específica datada de entre finais do 4.º e todo o 3.º milénio a.n.e. “Quais os motivos que levaram as sociedades dos finais do 4.º milénio a.n.e. a construírem recintos de fossos no SW Peninsular?” foi a questão de partida que alicerçou a presente dissertação. A construção de uma resposta coerente ao problema colocado passou pela implementação de um questionário prévio e análise de dados empíricos obtidos no sítio da Ponte da Azambuja 2 (Portel, Évora). Após a revisão da literatura, esta dissertação centrou-se neste sítio arqueológico, efetuando-se:  a caracterização das condições de implantação;  a descrição da intervenção arqueológica e a leitura interpretativa da estratigrafia e das estruturas identificadas;  a análise da cultura material, adotando um perspetiva que visa não só o enquadramento tipológico dos artefactos mas também a tecnologia da sua execução;  a discussão dos processos de formação do registo arqueológico e das inferências sociais daí resultantes;  a reconstrução paleoambiental e consequentes estratégias de subsistência, providenciando o cenário da ação destes grupos. A partir da comparação com outros dez recintos coevos conclui-se que o surgimento deste novo paradigma de apropriação do espaço estará relacionado com fenómenos de agregação social, impulsionados por um aumento demográfico (deduzido pelo megalitismo funerário), que consequentemente necessita de modos de produção mais eficazes e eficientes. As condições paleoclimáticas associadas aos movimentos populacionais em curso desde os períodos antecedentes, originaram um novo modelo de organização territorial, regulador de uma sociedade mais complexa do que é tradicionalmente assumido.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.1/7613

101438796

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Pré-história #Neolítico #Fossos #Organizaçãp peninsular #Sudoeste peninsular #Domínio/Área Científica::Humanidades::História e Arqueologia
Tipo

doctoralThesis