Aplicação de técnicas de vídeo subaquático na caracterização de biocenoses marinhas
Contribuinte(s) |
Erzini, Karim Gonçalves, Jorge Coelho, Rui Pedro Andrade |
---|---|
Data(s) |
07/09/2011
07/09/2011
2008
|
Resumo |
Dissertação mest., Biologia Marinha - Ecologia e Conservação Marinha, Universidade do Algarve, 2008 Desenvolveu-se um trenó de vídeo subaquático para a caracterização das biocenoses marinhas da costa algarvia. Esta técnica foi usada pela primeira vez na região, pretendendo-se assim avaliar a sua aplicabilidade como técnica de amostragem. Filmaram-se um total de 19612m2, entre Junho e Novembro de 2005, no intervalo de profundidade dos 0 aos 30m. Dos vídeos, retirou-se tanto informação qualitativa e quantitativa relativa aos taxa, assim como referente ao habitat. Observou-se um total de 19401 especimens correspondentes a 64 taxa (23 de peixes e 41 de invertebrados). Verificou-se que a abundância foi significativamente diferente entre os três patamares de profundidade estudados ([0-10], [10-20] e [20-30]), tendo sido o intervalo mais profundo o que apresentou a maior abundância. Relativamente ao tipo de substrato arenoso, a abundância foi significativamente diferente entre a areia grosseira e fina, sendo esta a que apresentou uma maior abundância. Dados relativos à profundidade e características do substrato foram analisados e comparados com análise multivariada de forma a classificar e identificar os biótopos da zona de estudo. Desta análise distinguiram-se seis biótopos: Areias Grosseiras com povoamentos de Callionymus, Areias Grosseiras com povoamentos de Serpulidae e Sphaerechinus granularis, Areias finas com povoamentos de Infauna, Areias Finas e Vasa com bancos de ofiurídeos negros Ophiocomina nigra, Areias cascalhosas circalitorais com povoamentos de Phallusia mammillata e Serranus hepatus e Areias circalitorais com Bancos de Turritella. Os resultados do vídeo foram ainda comparados com os de outras duas técnicas de amostragem mais tradicionais, arrasto científico e censos visuais por mergulho. O mergulho apresentou a abundância total da zona de estudo e a diversidade mais elevada, enquanto que o vídeo apresentou os valores mais baixos em ambas categorias. O vídeo foi mais semelhante com o mergulho a nível qualitativo enquanto que quantitativamente esteve mais próximo do arrasto. Este trabalho avalia a aplicação do vídeo subaquático como técnica de amostragem, e demonstra a sua eficácia para a caracterização, classificação e mapeamento de habitats bentónicos marinhos e as suas comunidades. |
Formato |
application/pdf |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Teses #Ecologia #Conservação marinha #Biodiversidade #Habitat #Monitorização #Portugal |
Tipo |
masterThesis |