Revoluções no fotojornalismo

Tese apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Doutor em Ciências da Informação, especialidade em Jornalismo

Esta tese consiste em verificar se as quatro revoluções do fotojornalismo propostas por Jorge Pedro Sousa, em seu livro Forças por trás da câmara – Uma perspectiva sobre a História do Fotojornalismo das Origens até ao final do Século XX, de 2004, aconteceram no jornal O Comércio do Porto, entre 1854, ano da sua fundação, até 2005, ano do seu fecho. Propõe-se, em tese, que essas revoluções ocorreram mas que foram retardadas por causa dos constrangimentos que o jornalismo português, a Imprensa e o jornal O Comércio do Porto sofreram ao longo do tempo, na esfera política, econômica, social, cultural, intelectual e ideológica. A metodologia consiste num estudo de imagens publicadas ao longo dos 151 anos, através de uma análise iconográfica e iconológica, complementadas por análise histórica (quantitativa) de fotos publicadas, e ainda por entrevistas à fotojornalistas, diretores, chefes de redação, chargista e arquivistas que trabalharam no jornal. Observar os gêneros e estilos, as técnicas e revoluções tecnológicas inseridas na linha editorial do jornal é uma tarefa que não descura o contexto historiográfico proposto por Sousa (2004) e demais autores e tem como acréscimo as experiências profissionais obtidas através das entrevistas, um trabalho que procura entrelaçar dois tipos de fontes distintas. Este é um desafio que procura motivar à reflexões não só no aspecto material (físico), como do ponto de vista humano, a uma abertura de diafragma para grandes fôlegos. No seu conjunto, o fotojornalismo praticado no jornal O Comércio do Porto não esteve a evoluir no mesmo espaço temporal proposto por Sousa (2004), entretanto, corresponde às principais variáveis que caracterizam as revoluções, com uma crescente difusão e integração aos novos tempos, na difícil tarefa de cumprir o papel de ser os olhos do leitor.

This thesis consists of checking whether the four revolutions of Photojournalism proposed by Jorge Pedro Sousa, in his book Strengths behind the camera – a perspective on the History of Photojournalism from beginnings until the end of the 20th century, from 2004, happened in the Comércio do Porto newspaper, between 1854, the year of its establishment, until 2005, the year of its ending. It is proposed, in theory, these revolutions have occurred but were delayed because of constraints that the Portuguese journalism, the Press and O Comércio do Porto newspaper suffered over time, in the political, economic, social, cultural, intellectual and ideological domain. The methodology consists on a study of images published over the 151 years, through an iconographic analysis and iconological, complemented by historical analysis (quantitative) of published photos and interviews with photojournalists, directors, heads of redaction, cartoonist and archivists who worked in the newspaper. Observing genres and styles, the methods and technological revolutions inserted into the editorial line of the newspaper is a task that does not neglect the historiographical context proposed by Sousa (2004) and other authors and raise the professional experiences acquired through the interviews, a work that seeks to interlace two different types of sources. This is a challenge that pursues to motivate thoughts either in the material (physical) aspect, as human point of view, for an opening of diaphragm of large breathe. Altogether, the photojournalism practiced in the newspaper Comércio do Porto was not progressing in the same timeline proposed by Sousa (2004), however, corresponds to the main variables which characterize the revolutions, with an increasing flow and integration to the new times, in the difficult task of fulfilling the role of being the eyes of the reader.

Cette thèse consiste à vérifier si les quatre tours du Photojournalisme, proposé par Jorge Pedro Sousa, dans son livre Forces derrière de la caméra – une perspective sur l'histoire du photojournalisme, des débuts jusqu'à la fin du XXe siècle, de 2004, qui s'est passé dans le journal Comércio do Porto, entre 1854, l'année de sa fondation, jusqu'en 2005, l'année de sa fermeture. Il est proposé, en théorie, ces révolutions ont eu lieu mais ont été retardées en raison des contraintes que journalisme portugais, la presse et le journal O Comércio do Porto a subi au fil du temps, dans la sphère politique, économique, social, culturel, intellectuel et idéologique. La méthodologie consiste en une étude des images publiées sur les 151 ans, grâce à une analyse iconographique et iconologique, complétée par l'analyse historique (quantitative) des photos et des entrevues avec des photojournalistes, des directeurs, des chefs de rédaction, caricaturiste et archivistes qui ont travaillé dans le journal. Observer les genres et les styles, des techniques et des révolutions technologiques insérées dans la ligne éditoriale du journal est une tâche qui ne néglige pas le contexte historiographique proposé par Sousa (2004) et d'autres auteurs et d'accroître l'expérience professionnelle obtenues dans le cadre des entrevues, un travail qui cherche à entrelacer deux types de sources distinctes. Il s'agit d'un défi qui cherche à motiver les réflexions non seulement dans l'aspect matériel (physique), point de vue humain, à une ouverture de diaphragme pour grandes respirations. Dans l'ensemble, le photojournalisme pratiqué dans le journal Comércio do Porto n'évoluait pas dans le même calendrier proposé par Sousa (2004), cependant, correspond aux principales variables qui caractérisent les révolutions, avec une diffusion croissante et l'intégration aux nouveaux temps, dans le difficile travail de remplir le rôle de l'être les yeux du lecteur.