Atitudes dos médicos dentistas no tratamento médico-dentário de pacientes com deficiência mental


Autoria(s): Torres, Isabel Augusta Pereira de Magalhães
Contribuinte(s)

Gavinha, Sandra

Data(s)

09/11/2009

25/10/2011

09/11/2009

25/10/2011

2009

Resumo

Monografia apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Licenciada em Medicina Dentária

Recentemente tem sido dado muita atenção aos cuidados de saúde, educação e à inserção dos pacientes com necessidades especiais no mundo do trabalho. Sendo assim, a existência de cuidados médico-dentários adequados especializados torna-se, indubitavelmente, numa das necessidades mais importantes destes indivíduos. Dados oficiais indicam que metade da população de pacientes especiais mundial é constituída por portadores de deficiências mentais. Além das barreiras físicas e das atitudes dos familiares de pacientes com deficiência mental, as atitudes dos Médicos Dentistas, bem como a sua falta de experiência e formação, limitam o acesso a cuidados de saúde oral apropriados. Os objectivos gerais deste estudo consistem em conhecer e avaliar as atitudes dos Médicos Dentistas, em relação a pacientes com deficiência mental, no que diz respeito à motivação para a higiene oral e ao seu tratamento médico-dentário. Pretende-se, igualmente, sensibilizar estes profissionais de saúde para os problemas médico-dentários deste tipo de pacientes. Tendo em vista aprofundar a temática abordada, efectuou-se uma revisão bibliográfica acerca da saúde oral destes pacientes, da sua relação com o Médico Dentista, da importância de técnicas preventivas e de controlo do seu comportamento e, por fim, dos aspectos que podem tornar o seu tratamento mais fácil e eficiente. Além da revisão bibliográfica, aplicou-se um questionário de 20 itens a um total de 206 Médicos Dentistas, a exercer em Portugal, de ambos os géneros e com idades compreendidas entre os 24 e os 61 anos. Tal questionário baseou-se na aplicação de uma escala de medição de atitudes, com o valor mínimo de 20 pontos e valor máximo de 100 pontos, sendo que quanto mais elevada a pontuação obtida pelo inquirido, mais positiva será a sua atitude em relação a estes pacientes. Cerca de 73% dos profissionais efectuam ou já efectuaram o atendimento médico-dentário de pacientes com necessidades especiais, demonstrando resultados na escala mas positiva. Ainda assim, não se registam diferenças significativas nas suas atitudes (p=0,128, p>0,05). O mesmo acontece relativamente aos géneros feminino e masculino (p=0,432, p>0,05), ao número de anos de actividade profissional (p=0,127, p>0,005) e à formação académica (p=0,818, p>0,05). No que diz respeito à idade dos profissionais, diferenças significativas são encontradas, uma vez que o escalão etário dos 29 aos 33 anos apresenta uma atitude no tratamento de pacientes com deficiência mental significativamente mais positiva do que a do escalão 39-61 anos (Teste Tukey; p=0,011). Nowadays it has been given much attention to heath care, education and the inclusion of patients with special needs in the world of work. Thus, the existence of adequate and specialized dental care it is undoubtedly one of the most important needs of these individuals. Official statistics indicate that half the population of patients with special needs worldwide is made up of people with mental disabilities. Besides the physical barriers and the attitudes of these patient´s parents, Dentists´ attitudes and their lack of experience and training restricts the access to an appropriate oral health care. The general objectives of this study consist to know and evaluate the Dentist´s attitudes, towards patients with mental disabilities, with regard to motivation for oral hygiene and its medical-dental treatment. It is also the awareness of these health professionals for mentally disabled dental problems, clarifying specific aspects of their approach in the dental office. In order to deepen the theme discussed, it took place a review about oral health of these patients, their relationship with the Dentist, the importance of both preventive and behavior control techniques and, finally, about the aspects that can make their treatment easier and more efficient. Besides the review, a 20 items questionnaire was applied to a total of 206 dentists, practicing at this moment in Portugal, from both sexes, aged between 24 and 61 years. This questionnaire was based on the application of a scale for measuring attitudes, with the minimum of 20 points and the maximum of 100 points, in which a higher score means a better attitude shown towards these patients. About 73% of professionals engaged or already made dental care to patients with special needs, having more positive results on the scale. Still, there are no significant differences in their attitudes (p=0,128, p>0,05). The same applies to male and female gender (p=0,432, p>0,05), to the number of years of occupation (p=0,127, p>0,05) and to academic education (p=0,818, p>0,05). Regarding the age of the respondents, significant differences are found, since the age of 29 to 33 years gives an attitude in the treatment of mentally disabled significantly more positive than the 39-61 age (Tukey test; p = 0,011).

Identificador

http://hdl.handle.net/10284/1147

Idioma(s)

por

Publicador

[s.n.]

Tipo

bachelorThesis

Direitos

openAccess