Consequências do trabalho por turnos e nocturno em profissionais de enfermagem (estudo realizado em dois hospitais do norte de Portugal)


Autoria(s): Ribeiro, Maria Eugénia Manso Alentejo
Contribuinte(s)

Maia, Rui Leandro

Barros, Carla

Data(s)

28/09/2009

06/10/2011

28/09/2009

06/10/2011

2008

Resumo

Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Psicologia.

O presente trabalho enquadra-se numa perspectiva sócio-organizacional enquanto estudo empírico que recaiu sobre uma amostra mista de 268 profissionais de enfermagem independentemente do tipo de horário de trabalho, com predominância do género feminino com horários de rotação rápida essencialmente em atraso de fase e com manhãs e tardes bem menores que as noites. A problemática do trabalho por turnos e nocturno é complexa e multifacetada pela diversidade de variáveis biopsicossociais envolvidas e referidas como relevantes nas reflexões bibliográficas para as investigações empíricas. Com o objectivo de determinar quais as consequências negativas mais significativamente vivenciadas no trabalho por turnos e nocturno pelos profissionais de enfermagem, optou-se pelo recurso e combinação de diversos métodos de recolha de dados, que embora predominantemente de ordem quantitativa foram complementados com técnicas marcadamente qualitativas no sentido de apreender as vivências em relação ao "desafio temporal" decorrente de um ritmo de vida que contraria princípios biológicos e de convivência familiar e social, devido à inversão de horários. Assim, para além do uso de questionário, consulta dos processos clínicos de saúde ocupacional e análise das escalas de trabalho, considerou-se oportuna a realização de entrevistas, até pela escassez de estudos que abordem o discurso dos trabalhadores; procurando apreender o significado atribuído deu-se lugar à emergência de uma variedade de modos de regulação, assumidos por cada um, de forma a conciliar o cumprimento das normas de prestação de cuidados e a preservação de um mínimo de bem-estar e qualidade do e no trabalho. A sintomatologia de intolerância ao trabalho por turnos e nocturno, subjectivamente autoavaliada, reflectiu uma vivência mais gravosa por parte das enfermeiras, dos profissionais mais jovens onde se incluíam os que acabariam por abandonar este tipo de organização de trabalho e, ainda nos menos jovens. O estado civil e o número de filhos isoladamente, não parecem afectar a sintomatologia, o mesmo não acontece quando estudados conjuntamente com o género. O hábito de realizar a sesta antes do turno da noite e a possibilidade de descansar algum tempo durante esse turno, estão associados a valores menos gravosos e estatisticamente significativos. This work is set up in a social and organizational perspective as an empirical study which has fallen upon a mixed sample of 268 nursing professionals, independently of their working schedules; nevertheless this study has its predominance in the female gender with fast rotating timetables, phase delays and with morning and afternoon shifts which are much shorter than the night shifts. The problematic of shift work and night shifts is complex and multifaceted due to the diversity of the bio psycho social variables involved and referred to as being relevant in the bibliographical reflections for the empirical investigations. With the objective and purpose of determining which the negative consequences are that have more significance in the lives of those who due to their working field and due to shift and night work, namely the nursing professionals have to endure, I pursued to try and find the answer. Therefore, I choose a combination of diverse methods of collecting data, which although being predominantly of a quantitative order, were completed with techniques which are quantitative labeled in the sense of finding out about the life experience in relation to the “time challenge” due to a rhythm of live which goes against the biological principals and the gathering in the social and family environment due to the inversed timetables. So, therefore on top of using a questionnaire and consulting the clinical processes of occupational analysis of the work scales, I considered it opportune to realize the interviews as well, due to the lack of studies which cover the discourse of the workers. Trying to learn the significance attributed to this, I saw the emergency of a variety of regulation modes, assumed by each one in a way to conciliate the fulfillment of the norms in the care taking and preservations of a minimum of well being of and in the working environment. The symptoms of the intolerance to work due to shift work and night shifts, subjectively evaluated by the individuals, has reflected a life experience which is more severe in the female gender population, the younger professionals in which you can find those who will end up abandoning this kind of work organization and also the less younger ones. The marital status and the number of children are isolated and they do not seem to affect the symptoms, the same cannot be said when this given data is associated and studied together with the gender. The habit of realizing the afternoon rest (siesta) before the night shift and the possibility of resting even just for a while during that same shift are associated with less severe data and are statistically significant. Ce travail se situe dans une perspective socio organisationnel dans le sens d’être une étude empirique qui a été approfondi avec un échantillon mixte de 268 professionnels d’infirmerie indépendamment de l’horaire et du tipe de travail, avec la prédominance dans le genre féminin avec des horaires de rotation rapide, essentiellement concentrée dans le délai de phase tel comme celui du matin et de l’après-midi qui sont biens plus réduits que celui des nuits. La problématique du travail en rotation et du travail nocturne est complexe et avec des multiples facettes que se prennent à des variables bio psycho social qui sont référées comme relevanten dans les réflexions bibliographiques pour les investigations empiriques. Avec l’objective de déterminé quels les conséquences négatives les plus significatives vécues dans le travail en rotation et le travail nocturne de la part des professionnels d’infirmerie, j’ai opte pour le recours et la combinaison de divers méthodes pour recueillir des informations, qui étant essentiellement d’ordre quantitative ont été complémentez avec des techniques qualitatives dans le sens d’apprendre se que la relation du «défie temporel », qui sont recourant d’un rythme de vie qui contrarie les principes biologiques e du milieu familial et social, du a l’inversion des horaires peuvent causer. C’est pour cette raison que j’ai aussi utilise non seulement le questionnaire mais aussi la vérification des dossiers cliniques de sante occupationnel et l’analyse des plan de travail. J’ai considéré opportun la réalisation d’interview parce que il n’y avait pas assez de matérielle d’études qui abordait le discours des travailleurs. En cherchant apprendre la signifiance attribué j’ai eu l’urgence d’une variété de modes de régulations qui ont été assumé par chaque un, de manière a concilié le compriment des normes de prestation de traitements et la préservation d’un minimum de bien être et qualité dans le lieu de travail. Les symptômes de l’intolérance au travail en rotation et le travail nocturne, subjectivement auto avaliez, ont montrez que par la part des infermières il y a une intolérance plus graveuse, cela est aussi le cas dans les professionnels plus jeunes, ou ont peut aussi trouves ceux qui abandonnent se tipe de organisation de travail et ont ne peut pas oubliez les moins jeunes. L’état civil e les nombres d’enfants de forme isolée n’ont pas l’aire d’affectée les symptômes, cela n’est pas le cas quand on étudie les mêmes cas mais l’ont y ajoute le genre. L’habitude de réalise une sieste avant le poste de nuit et la possibilité de reposer même que seulement pour un peux de temps dans se même poste sont associe a des valeurs moins graves et statistiquement significatives.

Identificador

http://hdl.handle.net/10284/1073

Idioma(s)

por

Publicador

[s.n.]

Direitos

restrictedAccess

Palavras-Chave #trabalho por turnos e nocturno #consequências do trabalho por turno e nocturno #perturbações biológicas, médicas e sócio familiares #estratégias de regulação
Tipo

masterThesis