Cores e com-posições de um Jardim de Infância Waldorf: tecendo com a Teoria Ator-rede

A presente pesquisa foi produzida num Jardim de Infância Waldorf no Rio de Janeiro e se propôs a um exercício de tradução, com o uso do dispositivo TeAR, que aliava o trabalho etnográfico no cotidiano escolar, aos elementos da tecelagem como artesania e ao modo de pesquisar da Teoria Ator-Rede (TAR). Entre as questões que emergiram ao longo do processo, podemos destacar: a com-vivência como prática educativa no encontro com a diferença, que vinculou-se ao método de PesquisarCOM da TAR, proposto pela psicóloga Marcia Moraes; uma maneira de aprender com os mal-entendidos, refazendo nossa maneira de interpelar o outro quando este recalcitra; incluindo humanos e não-humanos, sem domínios ou separações hierarquizantes; conhecendo com e não sobre o outro. Por outro lado, ao entendermos o conhecimento como processo de criação de si e do mundo, a produção de conhecimento na com-vivência fez emergir, como efeito das práticas de limite e recalcitrância, a diferenciação e singularização dos agentes, possibilitando a criação de novos limites e invenções. Assim, na afetação da experiência, chegamos à negociação dos interesses singulares e coletivos, na qual planos comuns e heterogêneos foram-se tecendo, de modo que as múltiplas possibilidades de vínculos aumentavam a potência de agir. Pensar com Latour que quando estamos mais vinculados, somos mais livres nos convida a experimentar novas formas de viver coletivamente, inventando a si de maneira vinculada e ao mesmo tempo proliferando modos de existir. Durante essa pesquisa, fiamos com as práticas do campo e tecemos versões de Educação Infantil na Pedagogia Waldorf cujos vínculos estão em movimento, constituindo uma ética na com-vivência

This research was made in a Waldorf kindergarten in Rio de Janeiro and had the intension of being a translation practice with the use of TeAR device that combined the ethnographic work in everyday school life, with the elements of weaving as craftsmanship and with the researching ways of the Actor Network Theory (ANT). Among the issues that emerged throughout the process, we can highlight: The " living together with-experience" as an educational practice in the encounter with the difference, linked to the ResearchWITH method of ANT proposed by psychologist Marcia Moraes; a way to learn from misunderstandings, remaking the way we challenged each other when this recalcitrate; including human and non-human, without domination or hierarchies separations; getting to know with the other instead of about the other. On the other hand, when we understand knowledge as a process of creation of one self and of the world, the production of knowledge in the living together with-experience" emerged, as an effect of the limit and recalcitrance practices, differentiation and singling of the agents, enabling the creation of new limits and inventions. Thus, in the allocation of experience, we come to the negotiation of individual and collective interests, in which common and heterogeneous plans were up weaving, so that the multiple possibilities of bonds increased the potency of acting. Thinking with Latour that the more linked we are the freer we are and that invites us to experience new ways of living together, inventing one self in a bound way while at the same time proliferating existing modes. During this research, we spin the field practices and we weaved versions of Early Childhood Education in Waldorf whose links are on the move composing an ethics within the living together with-experience