Da prevenção ao manejo do risco: contraste e indefinição na história recente da psiquiatria
Contribuinte(s) |
Benilton Carlos Bezerra Júnior Jurandir Sebastião Freire Costa Octávio Domont de Serpa Junior Francisco Javier Guerrero Ortega Luis David Castiel Rafaela Teixeira Zorzanelli |
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Data(s) |
08/05/2013
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Resumo |
O presente trabalho tem como objetivo contrastar a noção de prevenção elaborada no contexto norte-americano dos anos 60 com a emergência do risco como noção alternativa de viés preventivista na psiquiatria contemporânea. Para tanto, analisamos as concepções e teorias que fundamentavam a prevenção nos anos 60, investigando como um determinado modo de explicar a doença se articulou a interesses profissionais e a demandas sociais daquele período, contribuindo para elevar a prevenção à ação primordial e objetivo fundamental do campo psiquiátrico. Em seguida, analisamos as concepções e teorias neurocientíficas recentes sobre a formação psicopatológica e as correlatas propostas de manejo do risco que começam a se configurar como alternativa aos discursos preventivos que predominaram no século XX. Finalmente, discutimos as transformações que explicam o declínio da prevenção e a ascensão das práticas de manejo do risco, associando as modificações do campo psiquiátrico às alterações no campo da saúde e no contexto cultural do final do século XX e início do século XXI. Os objetivos da discussão são: contrastar os dois discursos psiquiátricos, tecendo considerações sobre as marcantes diferenças entre o predomínio da prevenção e a lógica do risco e sobre possíveis similaridades ou continuidades; e examinar, de forma exploratória, algumas das consequências que a associação entre categorias psiquiátricas, risco e práticas de saúde contemporâneas pode promover nas formas de conhecer, tratar e vivenciar a patologia mental. The purpose of this thesis is to contrast the notion of prevention developed in the United States during the 60s with the emergence of risk as an alternative notion of preventive bias in contemporary psychiatry. Therefore, I analyze concepts and theories underpinning prevention in the 60s, investigating how a particular way of explaining disease was articulated to professional interests and social demands, contributing to raise prevention as a fundamental action and main goal of the psychiatric field. Then I analyze recent neuroscientific concepts and theories on the formation of psychopathology and the related risk management proposals that begin to take shape as an alternative to preventive discourses that prevailed in the twentieth century. Finally, I discuss the transformations that explain the decline of prevention and the rise of risk management, connecting modifications in psychiatry to changes in health practices and in the cultural context of late twentieth and early twenty-first centuries. The objectives of the discussion are: to contrast the psychiatric discourses, considering the striking differences between the prevalence of prevention and the risk logic, as well as possible similarities; and to examine, in an exploratory way, some of the alterations that the association between psychiatric categories, risk and health practices may promote in contemporary ways of knowing, experiencing and treating mental pathology. |
Formato |
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Identificador |
http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7197 |
Idioma(s) |
pt |
Publicador |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ |
Direitos |
Liberar o conteúdo dos arquivos para acesso público |
Palavras-Chave | #Prevenção #Risco #História da psiquiatria #Etiologia psicossocial #Teorias neurocientíficas #Prevention #Risk #History of psychiatry #Psychosocial etiology #Neuroscientific theories #SAUDE COLETIVA |
Tipo |
Eletronic Thesis or Dissertation Tese ou Dissertação Eletrônica |