Prevenção de riscos de tromboembolismo venoso: estratégias para redução da morbimortalidade


Autoria(s): Ronilson Gonçalves Rocha
Contribuinte(s)

Nébia Maria Almeida de Figueiredo

Iraci dos Santos

Denilson Campos de Albuquerque

Rogério Lopes Rufino Alves

Data(s)

23/01/2014

Resumo

Estudo prospectivo com abordagem quantitativa envolvendo 3 grupos distintos de sujeitos. Grupo 1 constituído por 56 pacientes avaliados para o risco de tromboembolismo venoso (TEV) em um acompanhamento de 30 meses para verificar os desfechos morte, reinternação e profilaxia de TEV. Grupo 2 constituído por 50 enfermeiros assistenciais que responderam questionários sobre TEV, com o propósito de avaliar seus conhecimentos sobre os riscos e profilaxia dessa doença em pacientes clínicos internados. Grupo 3 constituído por 100 enfermeiros assistenciais que responderam questionários similares aos respondidos pelo grupo 2, antes e após treinamento sobre profilaxia de TEV. O objetivo geral foi verificar o grau de conhecimento de enfermeiros sobre tromboembolismo venoso considerando sua inserção no processo de prevenção de riscos; Os objetivos específicos foram: propor e implantar uma estratégia de treinamento para capacitação de enfermeiros no rastreamento de riscos de TEV em pacientes internados; verificar o impacto do treinamento sobre TEV no conhecimento dos enfermeiros para identificação de fatores de risco dessa doença; descrever os desfechos relacionados à TEV em pacientes internados por mais de 24 horas em um hospital quaternário num seguimento de 30 meses. No grupo 1 identificou-se que o evento TEV apresenta alta mortalidade 63,6% para pacientes que não receberam profilaxia. Identificou-se também que a maioria 89,2% desses sujeitos é acompanhada de seus médicos, 53,6% passaram por reinternações e 28,6% continuam usando alguma profilaxia para TEV. No grupo 2 verificou-se que os profissionais não sabem identificar corretamente os fatores de risco para TEV, havendo grande déficit de conhecimento em relação aos fatores de risco e profilaxia da doença, pois 90% da amostra não consegue apontar mais que 5 fatores de risco para TEV considerando-se 24 fatores contemplados por consensos internacionais, demonstrando um grau de conhecimento insuficiente pela utilização de uma escala intervalar proposta nesse estudo. No grupo 3, assim como identificado no grupo 2, houve similaridade no déficit de conhecimento, pois 100% não conseguiram apontar mais que 4 fatores de risco para a doença. Identificou-se que a realização de um treinamento sobre profilaxia de TEV para esses enfermeiros apresenta alto impacto em relação ao grau de retenção de informações sobre TEV, sendo uma ação facilmente replicável para profissionais de instituições hospitalares. Concluiu-se que o uso de um algoritmo/protocolo de avaliação voltado para rastreamento de riscos de TEV por enfermeiros representa uma ferramenta importante no processo de rastreamento e prevenção dessa doença em pacientes clínicos, como proposto nesse estudo, pois nos resultados demonstrou-se que 97% dos enfermeiros do grupo 3 não conhecem qualquer tipo de protocolo relacionado a prevenção de riscos de TEV. Os sujeitos apresentaram excelente nível de conhecimento sobre meios de profilaxia mecânica, mas identificou-se que a maioria 63% nunca deu orientações sobre a profilaxia enquanto cuidam, reforçando o entendimento de que não estão inseridos no processo de prevenção de riscos de TEV para pacientes internados. A inserção dos enfermeiros nesse processo de identificação de riscos deve ser capaz de reduzir a alta taxa de morbimortalidade e reduzir a incidência dessa doença em unidades hospitalares.

This was a prospective quantitative study involving 3 distinct subject groups. Group 1 consisted of 56 patients evaluated for the risk of venous thromboembolism (VTE) in a 30-month follow-up. The outcomes of interest were death, rehospitalization and VTE prophylaxis. Group 2 consisted of 50 assistential nurses who answered VTE questionnaires with the purpose of evaluating their knowledge regarding risks and prophylaxis of VTE in hospitalized nonsurgical patients. The third group consisted of 100 assistential nurses who answered similar questionnaires, before and after VTE prophylaxis training. The general objective of this study was to verify nurses knowledge degrees about VTE considering their immersion in the process of risk prevention. Specific objectives were: to propose and implement a training strategy to capacitate nurses on VTE risk screening in hospitalized patients; verify the training impact about VTE on their knowledge to correctly identify VTE risk factors; to describe the VTE related outcomes in patients admitted for more than 24 hours in a quaternary hospital during a 30-month follow-up. In group 1, VTE event presented high mortality 63.6% in patients who did not receive prophylaxis. Moreover, many of these subjects 89.2% had been followed up by their physicians, 53.6% had been rehospitalized at some point and 28.6% had been taking VTE prophylaxis. In group 2, it was verified that nursing staff did not know how to correctly identify VTE risk factors, establishing considerable knowledge deficit related to VTE risk factors and prophylaxis. In view of the fact that 90% of the sample could not recognize more than 5 of the 24 risk factors stated by international consensus, it was demonstrated an insufficient knowledge degree according to the interval scale used in this study. In group 3, similarly to group 2, there was knowledge deficit related to VTE, since 100% of the group could not recognize more than 4 risk factors. After a VTE prophylaxis training, it was identified that this training provides high impact on the degree of information retention about VTE by the subjects, and this action is easily replicable in hospital institutions. It was concluded that the use of an evaluation algorithm/protocol about VTE risk screening by nurses could be an important tool to screen and prevent VTE in nonsurgical patients, which was the purpose of this study, given that the results showed that 97% of group 3 did not know any VTE risk prevention protocol. The subjects had excellent knowledge levels about mechanical prophylaxis, but it was identified that most of them 63% never gave orientations about prophylaxis during patient care, emphasizing the understanding that they are not fully engaged in the process of VTE risk prevention in hospitalized patients. The immersion of nurses in the process of identifying VTE risks must be capable of reducing the high VTE incidence and mortality and morbidity rates in hospital unities.

Formato

PDF

Identificador

http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6649

Idioma(s)

pt

Publicador

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ

Direitos

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Palavras-Chave #ENFERMAGEM #Enfermagem #Tromboembolismo venoso #Fatores de risco #Nursing #Venous thromboembolism #Risk factors
Tipo

Eletronic Thesis or Dissertation

Tese ou Dissertação Eletrônica