934 resultados para microbiota cecal anaeróbia
Resumo:
Avaliou-se o efeito da vacina contra coccidiose sobre a habilidade da microbiota cecal anaeróbia (MCA), administrada por diferentes vias (aves tratadas), em proteger pintos de corte da colonização por Salmonella enteritidis (Se). Utilizaram-se 120 aves assim divididas: grupo A, pulverização de MCA em aves vacinadas contra coccidiose e desafiadas com Se, grupo B, inoculação endoesofágica de MCA em aves vacinadas e desafiadas, grupo C, MCA na água de bebida de aves vacinadas e desafiadas, grupo D, aves não tratadas, vacinadas e desafiadas, grupo E, aves não tratadas, não vacinadas e desafiadas e, grupo F, aves não tratadas, não vacinadas e não desafiadas (controle negativo). Utilizaram-se como parâmetros a colonização do trato digestivo por Se e sua presença nas fezes, bem como o peso corporal das aves, avaliados aos dois, sete e 12 dias após o desafio. Nas aves tratadas com MCA, especialmente por meio de pulverização e inoculação endoesofágica, a colonização do ceco por Se e sua presença nas fezes foram menores, mostrando que a ação da MCA contra a colonização de ceco e excreção fecal não foi afetada pelo uso da vacina contra coccidiose em pintos de corte e que a associação MCA/vacina contra coccidiose pode ser utilizada sem que haja comprometimento na eficácia da MCA. Nos grupos que não receberam MCA, vacinados ou não contra coccidiose, houve aumento da colonização cecal, bem como excreção fecal da amostra desafio. O ceco foi o local de maior presença e persistência da Se. O resultado de administração de MCA pela água de bebida não foi tão eficiente, mas somente este tratamento resultou em peso corporal das aves significativamente superior ao das aves do grupo não tratado, não vacinado e desafiado, indicando que a presença de salmonelas paratifóides não interfere na produtividade de frangos de corte. Não se observou diferença no peso das aves dos grupos D (vacinados contra coccidiose) e E (não vacinadas) desafiadas com Se, demonstrando que a vacina não influenciou negativamente o ganho de peso das aves desafiadas com Salmonela enteriditis.
Resumo:
The aim of this investigation was to study the effect of organic acids and/or anaerobic cecal microflora (ACM) on systemic and digestive infection of broilers by Salmonella typhimurium and S. enteritidis. ACM was used without previous bacterial identification. The treatment with ACM increased the resistance to Salmonella spp infection. Infection was more evident in caeca, followed by rectum and crop and did not interfere on body weight of broilers. Treated and control groups showed the same degree of infection at the end of the experiment. The use of ACM isolated or combined with acetic acid, reduced the colonization of the chick's digestive system by S. typhimurium and S. enteritidis. Acetic acid added to ACM did not potentiate the reduction of digestive system colonization. Except for the crop, the isolated use of acetic, propionic or formic acids did not reduce S. typhimurium and S. enteritidis, in caeca and rectum. The use of organic acids and ACM had little effect on reduction of caecum pH. The treatment with ACM reduced the quantity of S. enteritidis in the faeces. The reduction of caecum pH did not reduce the quantity of S. enteritidis in faeces. S. enteritidis was much more invasive than S. typhimurium and use of organic acids and ACM had little effect on reduction of systemic infection.
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Estudaram-se os efeitos do tratamento de frangos de corte com microbiota cecal anaeróbia liofilizada (MCL) e congelada (MCC) sobre a infecção do trato digestivo das aves por Salmonella enterica sorovar Enteritidis. Foi usada microbiota intestinal sem prévia identificação bacteriana. A infecção foi persistente, em ordem, no ceco, inglúvio e duodeno. A infecção também foi autolimitante nos grupos tratados e no controle. Não ocorreu diferença entre o grupo-controle positivo e os tratados com MCL ou MCC. Houve redução da colonização do ceco no período de 12 dias após o desafio nos grupos tratados com MCL e MCC, o que não ocorreu no grupo-controle positivo. Não houve variação entre os tratamentos com MCL e MCC quanto às características pesquisadas. A S. Enteritidis reduziu o ganho de peso médio nas aves inoculadas. Os tratamentos com MCL e MCC minimizaram a redução de peso nos grupos infectados.
Resumo:
Pintos de corte com um dia de idade foram tratados com microbiota cecal cultivada em condição de aerobiose, nos tempos de congelamento de 90, 200, 290 e 360 dias, e associada aos crioprotetores sacarose, trealose, dimetilsulfóxido (DMSO) e glicerol. Posteriormente as aves foram desafiadas com Salmonella Enteritidis, visando determinar a eficácia dos tratamentos em relação à quantidade de bactérias viáveis da microbiota que foi maior aos 90 dias (10,58 Log10 UFC/ml), quando as aves foram tratadas com sacarose, e menor aos 290 dias, quando tratadas com glicerol (7,73 Log10 UFC/ml). No tempo zero, todas as aves apresentaram Salmonella (100%) quando tratadas com DMSO e glicerol, com colonização cecal de 4,9 e 5,2 Log10 UFC/g do conteúdo cecal, respectivamente; aos 360 dias nenhuma ave foi infectada, independente do tratamento. A microbiota cecal, independente de tratamento, sempre determinou menor quantidade de S. Enteritidis em qualquer um dos parâmetros pesquisados, quando comparada com a das aves não tratadas. O congelamento em nitrogênio líquido foi eficaz na manutenção da viabilidade da microbiota cecal até 360 dias.
Resumo:
Ovos embrionados provenientes de matrizes pesadas foram inoculados na câmara de ar com microbiota cecal total, microbiota cecal diluída e cultura de Lactobacillus salivarius, no 18º dia de incubação. Dois dias após o nascimento, as aves foram desafiadas com Salmonella enterica sorovar Enteritidis (SE) e, cinco dias após o desafio, avaliou-se a presença da bactéria no fígado e ceco. O efeito de exclusão competitiva, após o desafio com SE, somente foi observado pela ausência da bactéria no fígado das aves tratadas in ovo com L. salivarius. A inoculação in ovo de microbiota cecal indefinida ou diluída não reduziu a colonização de SE no fígado e no ceco das aves, incluindo, neste último, também o tratamento com L. salivarius. Nenhum dos tratamentos in ovo determinou índice de eclodibilidade superior a 65%.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Pós-graduação em Medicina Veterinária - FCAV
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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A elevada concentração de cloro das bifenilas policloradas provoca alta toxicidade do composto, o qual dificulta sua biodegradação. A contaminação de PCB no Brasil foi confirmada em estudo realizado na Bahia de Santos-São Vicente (São Paulo), o qual revelou a necessidade de um plano de ação para o controle e remoção de PCB no Brasil. Pretendeu-se assim, na realização da presente pesquisa, verificar quatro hipóteses: (1) A técnica de Microextração em fase sólida é uma metodologia eficaz para avaliação de bifenilas policloradas de amostras de reatores; (2) A condição fermentativa-metanogênica abriga comunidade resistente ao PCB, e removê-lo; (3) A condição desnitrificante abriga comunidade resistente ao PCB, e removê-lo e (4) A remoção de PCB, bem como, a composição microbiana é distinta em cada condição metabólica. Para tanto, reatores em batelada foram montados separadamente com biomassa anaeróbia proveniente de reator UASB usado no tratamento de água residuária de avicultura e biomassa de sistemas de lodos ativados de tratamento de esgoto sanitário. Os reatores operados em condição mesófila foram alimentados com meio sintético, co-substratos, sendo etanol (457 mg.L-1) e formiato de sódio (680 mg.L-1) para os reatores anaeróbios, e somente etanol (598 mg.L-1) para os reatores anóxicos, além de PCB padrão Sigma (congêneres PCBs 10, 28, 52, 153, 138 e 180) em diferentes concentrações, dependendo do objetivo do ensaio. A aplicação do método de extração por SPME com análise em cromatógrafo gasoso com detector por captura de elétrons foi adequada para a determinação dos seis congêneres de PCB. Obteve-se ampla faixa de linearidade, seletividade frente aos vários interferentes, além da robustez do método, utilidade e confiabilidade na identificação e quantificação específica dos seis congêneres de PCB. A Hipótese 1 foi aceita; ou seja, por meio da aplicação da metodologia SPME foi possível quantificar os PCB nos reatores em batelada. Apesar de ter sido comprovada a inibição metanogênica na presença de PCB, com IC50 de 0,03 mg.L
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Escherichia coli O157:H7 is a food-borne pathogen causing hemorrhagic colitis and hemolytic-uremic syndrome, especially in children. The main virulence factor responsible for the more serious disease is the Shiga toxin 2 (Stx2), which is released in the gut after oral ingestion of the organism. Although it is accepted that the amount of Stx2 produced by E. coli O157:H7 in the gut is critical for the development of disease, the eukaryotic or prokaryotic gut factors that modulate Stx2 synthesis are largely unknown. In this study, we examined the influence of prokaryotic molecules released by a complex human microbiota on Stx2 synthesis by E. coli O157:H7. Stx2 synthesis was assessed after growth of E. coli O157:H7 in cecal contents of gnotobiotic rats colonized with human microbiota or in conditioned medium having supported the growth of complex human microbiota. Extracellular prokaryotic molecules produced by the commensal microbiota repress stx(2) mRNA expression and Stx2 production by inhibiting the spontaneous and induced lytic cycle mediated by RecA. These molecules, with a molecular mass of below 3 kDa, are produced in part by Bacteroides thetaiotaomicron, a predominant species of the normal human intestinal microbiota. The microbiota-induced stx(2) repression is independent of the known quorum-sensing pathways described in E. coli O157:H7 involving SdiA, QseA, QseC, or autoinducer 3. Our findings demonstrate for the first time the regulatory activity of a soluble factor produced by the complex human digestive microbiota on a bacterial virulence factor in a physiologically relevant context.
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Feather pecking in laying hens is a serious behavioral problem that is often associated with feather eating. The intake of feathers may influence the gut microbiota and its metabolism. The aim of this study was to determine the effect of 2 different diets, with or without 5% ground feathers, on the gut microbiota and the resulting microbial fermentation products and to identify keratin-degrading bacteria in chicken digesta. One-day-old Lohmann-Selected Leghorn chicks were divided into 3 feeding groups: group A (control), B (5% ground feathers in the diet), and C, in which the control diet was fed until wk 12 and then switched to the 5% feather diet to study the effect of time of first feather ingestion. The gut microbiota was analyzed by cultivation and denaturing gradient gel electrophoresis of ileum and cecum digesta. Short-chain fatty acids, ammonia, and lactate concentrations were measured as microbial metabolites. The concentration of keratinolytic bacteria increased after feather ingestion in the ileum (P < 0.001) and cecum (P = 0.033). Bacterial species that hydrolyzed keratin were identified as Enterococcus faecium, Lactobacillus crispatus, Lactobacillus reuteri-like species (97% sequence homology), and Lactobacillus salivarius-like species (97% sequence homology). Molecular analysis of cecal DNA extracts showed that the feather diet lowered the bacterial diversity indicated by a reduced richness (P < 0.001) and shannon (P = 0.012) index. The pattern of microbial metabolites indicated some changes, especially in the cecum. This study showed that feather intake induced an adaptation of the intestinal microbiota in chickens. It remains unclear to what extent the changed metabolism of the microbiota reflects the feather intake and could have an effect on the behavior of the hens.
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Apples are rich in polyphenols, which provide antioxidant properties, mediation of cellular processes such as inflammation, and modulation of gut microbiota. In this study we compared genetically engineered apples with increased flavonoids [myeloblastis transcription factor 10 (MYB10)] with nontransformed apples from the same genotype, "Royal Gala" (RG), and a control diet with no apple. Compared with the RG diet, the MYB10 diet contained elevated concentrations of the flavonoid subclasses anthocyanins, flavanol monomers (epicatechin) and oligomers (procyanidin B2), and flavonols (quercetin glycosides), but other plant secondary metabolites were largely unaltered. We used these apples to investigate the effects of dietary flavonoids on inflammation and gut microbiota in 2 mouse feeding trials. In trial 1, male mice were fed a control diet or diets supplemented with 20% MYB10 apple flesh and peel (MYB-FP) or RG apple flesh and peel (RG-FP) for 7 d. In trial 2, male mice were fed MYB-FP or RG-FP diets or diets supplemented with 20% MYB10 apple flesh or RG apple flesh for 7 or 21 d. In trial 1, the transcription levels of inflammation-linked genes in mice showed decreases of >2-fold for interleukin-2 receptor (Il2rb), chemokine receptor 2 (Ccr2), chemokine ligand 10 (Cxcl10), and chemokine receptor 10 (Ccr10) at 7 d for the MYB-FP diet compared with the RG-FP diet (P <0.05). In trial 2, the inflammation marker prostaglandin E2 (PGE2) in the plasma of mice fed the MYB-FP diet at 21 d was reduced by 10-fold (P < 0.01) compared with the RG-FP diet. In colonic microbiota, the number of total bacteria for mice fed the MYB-FP diet was 6% higher than for mice fed the control diet at 21 d (P = 0.01). In summary, high-flavonoid apple was associated with decreases in some inflammation markers and changes in gut microbiota when fed to healthy mice.
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Aim The composition of faecal microbiota of babies is known to be influenced by diet. Faecal calprotectin and α1-antitrypsin concentrations may be associated with mucosal permeability and inflammation. We aimed to assess whether there was any difference after consumption of a probiotic/prebiotic formula on faecal microbiota composition, calprotectin and α1-antitrypsin levels, and diarrhoea in comparison with breast milk-fed Indonesian infants. Methods One hundred sixty infants, 2 to 6 weeks old, were recruited to the study. They were either breastfed or formula fed (80 per group). Faecal samples were collected at recruitment and 3 months later. Bacterial groups characteristic of the human faecal microbiota were quantified in faeces by quantitative polymerase chain reaction. Calprotectin and α1-antitrypsin concentrations were measured using commercial kits. Details of diarrhoeal morbidity were documented and rated for severity. Results The compositions of the faecal microbiota of formula-fed compared with breast milk-fed children were similar except that the probiotic strain Bifidobacterium animalis subsp. lactisâ€...DR10 was more abundant after 3 months consumption of the formula. Alpha1-antitrypsin levels were higher in breastfed compared with formula-fed infants. The occurrence of diarrhoea did not differ between the groups of babies. Conclusion Feeding Indonesian babies with a probiotic/prebiotic formula did not produce marked differences in the composition of the faecal microbiota in comparison with breast milk. Detrimental effects of formula feeding on biomarkers of mucosal health were not observed.