939 resultados para depressão pós parto


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A depressão pós-parto (DPP) uma condio prevalente que afeta globalmente as mulheres purperas. Uma hiptese evolutiva aborda a depressão, e consequentemente a DPP, como uma resposta proveniente da evoluo do comportamento humano ao longo da Histria, atravs da seleo natural. A teoria do investimento parental sugere que os pais no investem automaticamente em toda prole; o investimento direcionado para que o sucesso reprodutivo seja mximo. No caso de os riscos superarem os benefcios reprodutivos, sintomas de depressão se desenvolvem como sinal de alerta. O objetivo do estudo foi identificar fatores associados DPP que fossem compatveis com a teoria do investimento parental. Estudo transversal realizado com 811 mes de lactentes at cinco meses de idade, no municpio do Rio de Janeiro. A presena de DPP foi definida com base no escore da Escala de Edinburgh (EPDS). Fatores potencialmente associados DPP foram analisados atravs de regresso logstica com ajuste para fatores de confundimento. Os fatores significativamente associados DPP foram: apoio social inadequado (OR 3,38; IC 95% 2,32-4,94), baixa escolaridade (OR 2,82; IC 95% 1,69-4,70), violncia fsica entre parceiros ntimos na gestao (OR 2,33; IC 95% 1,56-3,47), idade materna inferior a 35 anos (OR 2,20; IC 95% 1,05-4,64), falta de companheiro (OR 1,90; IC 95% 1,16-3,12), internaes durante a gestao (OR 1,87; IC 95% 1,12-3,14) e prematuridade do recm-nascido (OR 1,87; IC 95% 1,02-3,42). Em suma, identificamos alguns fatores associados DPP que podem ser teis no rastreamento e acompanhamento de mulheres de risco. Alguns dos fatores associados DPP podem ser explicados atravs das hipotses evolutivas contempladas neste estudo. Entretanto, os achados encontrados no so suficientes para esgotar o conhecimento referente a esta questo. Futuras pesquisas devem focar em diferentes abordagens desta condio e acompanhamento das consequncias para as mulheres e suas famlias.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUO: As chances de adoecer e de mortalidade so maiores, em crianas com estado nutricional (EN) inadequado nos primeiros meses de vida. Fatores de risco para o EN inadequado, incluem os aspectos psicossociais maternos, como a ansiedade, a depressão pós-parto (DPP), a ausncia de suporte social. No entanto, so poucos os estudos sobre o papel destes fatores na determinao do EN infantil e seus resultados controversos. OBJETIVO: Investigar a relao entre depressão no pós-parto e o estado nutricional infantil inadequado no segundo ms de vida. MTODOS: Trata-se de um estudo seccional com 466 crianas aos dois meses de vida (mdia= 65 dias; DP=0,5) oriundas de unidades bsicas de sade do municpio do Rio de Janeiro, realizado entre junho de 2005 e dezembro de 2009. Para compor o desfecho, mdias de peso-para-idade foram expressas em escores z e comparadas s informaes da nova curva de referncia WHO (2006) para menores de cinco anos. Foram classificadas como estado nutricional inadequado, crianas com escore z abaixo de -2, baixo peso-para-idade, e crianas com escore z acima de +2, excesso de peso-para- idade. Informaes referentes DPP foram obtidas por meio da aplicao da verso em portugus do instrumento EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale). As anlises das associaes entre a DPP e os desfechos foram verificadas via modelos de regresso logstica multinomial, mediante estimativas de razes de chances (OR) brutas e ajustadas e seus respectivos intervalos de confiana de 95% (IC 95). RESULTADOS: A amostra revelou escores z mdios de -0,22 para peso-para-idade, 4,51%(n=21) apresentaram baixo peso-para- idade e 1,72% (n=8) de excesso de peso-para-idade. A prevalncia de depressão foi de 27,6%. Nas anlises brutas, filhos de mes deprimidas apresentavam 2,45 mais chance (OR=2,45; I.C. 95%=1,01-5,93;p-valor=0,050) de baixo peso-para-idade e 0,38 chance de excesso de peso-para-idade (OR=0,38;I.C. 95%=0,04-3,17;p-valor=0,38), do que os filhos de mes no deprimidas, porm esta associao apresentou nvel de significncia maior que 5%. Após ajuste pelo peso ao nascer, condies ambientais, posse de utenslios, prematuridade, idade materna e escolaridade materna a associao entre depressão e estado nutricional infantil no apresentou significncia estatstica (OR=2,39;I.C. 95%=0,74-7,71;p- valor>0,05).CONCLUSO: A DPP no foi associada ao estado nutricional infantil.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Resumo no disponvel

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Introduo: H evidncias considerveis de uma grande influncia da me e/ou do cuidador primrio no desenvolvimento neurobiolgico e psicolgico da criana. Falhas no cuidado inicial devido a negligncia, abuso fsico e/ou psicolgico esto associadas a alteraes no desenvolvimento motor e mental, a depressão e ansiedade. A privao materna pode ocorrer no caso da depressão pós-parto (DPP) mesmo sem a inteno da me de prejudicar o beb. Entre os achados na criana, associados depressão da me, esto patologias do apego, alteraes no EEG e no desenvolvimento mental e motor, dficit de aprendizado, sintomas de internalizao e transtorno depressivo. H uma associao entre cortisol salivar elevado na infncia e histria de depressão materna nos primeiros anos de vida. Objetivo: Examinar a correlao entre a depressão pós-parto e os nveis de cortisol salivar, bem como as alteraes comportamentais e motoras, em bebs de seis meses, antes e após um estressor moderado, em comparao com um grupo controle. Mtodo: Trinta e nove bebs de 6 meses (16 de mes deprimidas e 23 de mes controles) provenientes do ambulatrio de puericultura e do servio de neonatologia do Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) participaram do estudo. As mes foram avaliadas atravs da mini entrevista neuropsiquitrica internacional para adultos, semi-estruturada (MINI), segundo o DSM-IV. A gravidade da depressão foi avaliada atravs das escalas Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) e do Inventrio de BECK para depressão (BDI). Os bebs foram submetidos ao estressor denominado Face-to-face stil-face. Antes e após 10 min e 20 min deste procedimento foi coletado seu cortisol salivar. A dosagem do cortisol salivar foi feita por radioimunoensaio. A avaliao do desenvolvimento mental e motor atravs da Bayley Scales of Infant Development-II(BSID-II) As anlises estatsticas foram feitas no programa SPSS for Windows, verso 12.0. Foram considerados significativos os resultados com p < 0,05. Resultados: Os nveis de cortisol salivar basal dos bebs de mes deprimidas estavam significativamente aumentados em comparao com o grupo controle. Foi verificada uma diferena estatisticamente significativa entre as mdias das variaes basal e 10 min nos bebs de mes deprimidas, quando comparada com os bebs de mes no deprimidas, controladas para valores basais. Observou-se uma correlao positiva moderada entre o cortisol basal do beb e o BDI da me. Concluso: Os achados deste estudo evidenciaram que os nveis de cortisol basal dos bebs de mes deprimidas estavam significativamente elevados em relao aos bebs de mes no deprimidas, assim como seus nveis de cortisol dez minutos após o estressor. O presente estudo sugere que aos 6 meses j pode estar ocorrendo uma alterao no eixo hipotlamo-pituitria-adrenal persistente e cronica. O achado de nveis basais aumentados crucial devido as repercusses da elevao crnica dos glicocorticides descrita na literatura. Este dado corrobora a hiptese de que intervenes precoces nas mes deprimidas devam ser realizadas visando tambm um trabalho preventivo em relao a prole.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Descrever e comparar as fases do stress de primigestas no terceiro trimestre de gestao e no pós-parto e correlacion-las ocorrncia de depressão pós-parto (DPP). MTODOS: A pesquisa foi constituda de duas etapas, caracterizando-se como pesquisa longitudinal. Na Etapa 1, participaram 98 primigestas e na Etapa 2, 64 delas. Na Etapa 1, a coleta de dados aconteceu no terceiro trimestre de gestao e, na Etapa 2, no mnimo 45 dias após o parto. Na Etapa 1 aplicou-se o Inventrio de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL) e uma Entrevista Inicial para caracterizao da amostra. Na Etapa 2, aplicou-se novamente o ISSL e tambm a EPDS (Escala de Edimburgo). Os dados foram analisados usando o programa estatstico SPSS for Windows, verso 17.0. As anlises estatsticas efetuadas foram o Teste t de Student e p de Spearman. RESULTADOS: No terceiro trimestre, 78% das participantes apresentaram sinais significativos para stress e, no puerprio, 63% manifestaram, apresentando diferena significativa entre o stress manifestado no terceiro trimestre e no puerprio (t=2,20; p=0,03). Observou-se, tambm, correlao entre o stress apresentado tanto na gestao como no puerprio e a manifestao de DPP (p<0,001). CONCLUSO: Tanto na gestao como no puerprio mais da metade das mulheres apresentam sinais significativos para stress. Entretanto, a frequncia da manifestao dos sintomas significativos de stress na gestao foi superior frequncia apresentada no puerprio. Tais resultados parecem guardar uma estreita relao com a manifestao de DPP, indicando relao entre stress e DPP.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Pós-graduao em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem - FC

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Enquadramento: expectvel que o pós-parto seja um perodo de alegria. Todavia, nem sempre assim, j que pode ser um perodo marcado por momentos de tristeza, cansao e desnimo. Reconhecendo as vantagens da amamentao para a sade e bem-estar do recmnascido e da me, acreditamos que esta possa ser preventiva da depressão pós-parto. Objetivos: Obter a melhor evidncia cientfica para compreender se a amamentao tem efeito preventivo na depressão pós-parto. Mtodo: Foi efetuada uma reviso integrativa da literatura sobre a relao entre a amamentao e a depressão pós-parto atravs das bases de dados: EBSCO host, LILACS, PubMed, SciELO, Repositrios institucionais e Google Acadmico. Selecionaram-se quinze artigos que obedeceram aos critrios de incluso deste estudo. Resultados: A maioria dos estudos identifica a amamentao como sendo preventiva da depressão pós-parto, destacando a importncia da amamentao para a sade mental da purpera e consequentemente para a diminuio das hipteses de desenvolver depressão pósparto. Cinco artigos identificam-na tambm como sendo um fator de risco e um estudo no encontrou uma associao clara entre a amamentao e a depressão pós-parto. Concluses: So descritos vrios benefcios da amamentao, os quais tero um efeito preventivo contra a depressão pós-parto. Uma mulher informada e apoiada acerca da amamentao ser capaz de se sentir confiante no seu novo papel. essencial um investimento constante por parte da equipa de sade, iniciado durante o processo do planeamento do casal para a gravidez, e mantendo-se ao longo da gravidez, parto e pós-parto. Palavras-chave: Amamentao, depressão pós-parto, preveno.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O Transtorno do estresse pós-traumtico (TEPT) um transtorno mental que ocorre em resposta a um evento traumtico que coloca em risco a vida do indivduo ou de outras pessoas. O TEPT no perodo pós-parto foi documentado pela primeira vez em 1978. Porm, h poucos estudos sobre o tema, principalmente em gestantes de alto risco materno e fetal. Visando preencher essa lacuna, essa dissertao tem por objetivo estimar a magnitude de TEPT no perodo pós-parto em uma maternidade de alto risco fetal no municpio do Rio de Janeiro e identificar subgrupos vulnerveis ao transtorno. Trata-se de um estudo transversal, cuja populao de estudo foi composta por 456 mulheres que tiveram o parto no Instituto Fernandes Figueira e realizaram a consulta de reviso pós-parto entre fevereiro e julho de 2011. Casos suspeitos de TEPT foram identificados por meio de dois instrumentos: Trauma History Questionnaire (THQ) utilizado para a captao de situaes potencialmente traumticas ao longo da vida e Post-Traumatic Stress Disorder Checklist (PCL-C) para rastreio de sintomas de TEPT. A prevalncia agregada de TEPT no perodo pós-parto foi de 9,4%. Subgrupos considerados vulnerveis foram: mulheres com trs ou mais partos anteriores (15,1%), com o recm-nascido com APGAR menor ou igual a 7 no primeiro minuto (13,6%), com histrico de psicopatologia anterior (29,0%) ou concomitante gestao (36,7%), com depressão pós-parto (31,5%), mulheres que sofreram violncia fsica (19,8%) e psicolgica (11,6%) perpetrada por parceiro ntimo durante a gestao, mulheres que sofreram abuso sexual na infncia (25,7%) e com histrico de 5 ou mais situaes traumticas anteriores (25,9%). A elevada prevalncia de TEPT encontrada entre as mulheres entrevistadas pode ser, em parte, atribuda s particularidades da populao assistida nessa instituio, de reconhecido risco materno e fetal. A alta prevalncia de casos suspeitos de depressão pós-parto entre as mulheres com suspeio de TEPT um fator de preocupao adicional, j que dificulta o manejo clnico dos casos e afasta a mulher e a criana dos servios de sade. TEPT no perodo pós-parto no um evento raro e merece ateno. Rpido diagnstico e tratamento so fundamentais para a melhor qualidade de vida da me tornando-a apta aos cuidados do recm-nascido.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O objetivo do presente estudo foi investigar a associao entre a depressão pós-parto e a reteno de peso no pós-parto. Trata-se de um estudo longitudinal, com 563 mulheres no baseline acolhidas em unidades de sade do municpio do Rio de Janeiro entre 2005 e 2009, acompanhadas at o 6 ms pós-parto, com dados sobre peso e estatura aos 15 dias pós-parto e peso pr-gestacional. O peso retido após o parto foi calculado a partir da diferena entre o peso aferido nas ondas de seguimento (15 dias, 1, 2, 4 e 6 ms) e o peso pr-gestacional. O estado nutricional pr-gestacional foi classificado de acordo com a OMS. A presena de depressão pós-parto foi avaliada a partir da verso em portugus da Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS) aos 15 dias e no 2 ms após o parto, utilizando-se 11/12 da EPDS como ponto de corte. Considerou-se depressão recorrente quando houve presena de depressão nos dois momentos. Inicialmente analisaram-se caractersticas da populao. Para as anlises estatsticas do efeito do estado nutricional pr-gestacional e do efeito da depressão pós-parto sobre a reteno de peso pós-parto empregou-se o proc mixed do pacote estatstico SAS. Dentre os principais achados, destaca-se que 22,7% (IC 95% 19,3-26,4) das mulheres iniciaram a gravidez com sobrepeso e 10,9% (IC 95% 7,0-15,7) apresentaram depressão recorrente. A reteno mdia de peso foi de 5,6 kg (IC 95% 5,1-6,1) aos 15 dias pós-parto. Na anlise das trajetrias no tempo do peso pós-parto por estado nutricional pr-gestacional ajustadas por idade, escolaridade, nmero de filhos, aleitamento materno e ganho de peso gestacional, observou-se diminuio da reteno de peso pós-parto para os grupos de baixo peso e sobrepeso pr-gestacional e aumento da reteno de peso pós-parto para o grupo de obesidade pr-gestacional. Na anlise das trajetrias no tempo do peso pós-parto por depressão pós-parto verifica-se que o efeito entre o tempo e a reteno de peso pós-parto se modifica para mulheres com depressão pós-parto recorrente nas anlises bruta e ajustadas por idade, escolaridade, estado nutricional pr-gestacional, nmero de filhos, ganho de peso gestacional, aleitamento materno e rede social, nas quais observa-se que as mulheres com depressão pós-parto recorrente perdem menos peso. Os resultados permitem identificar que h no pós-parto perda e ganho de peso, apesar de ser esperada perda de peso almejando o retorno ao peso pr-gestacional. Ressalta-se o impacto da depressão pós-parto observado nesta dinmica de peso, uma vez que mulheres com depressão pós-parto recorrente apresentaram menor perda de peso. Destaca-se a relevncia dos resultados deste estudo para o desenvolvimento da promoo da sade e da segurana alimentar e nutricional, visando um monitoramento do estado nutricional pós-parto e avaliao da sade mental materna de forma a contribuir para a preveno da obesidade feminina e comorbidades

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Pós-graduao em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem - FC

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O presente estudo tem como tema central o ganho de peso e o consumo alimentar no perodo reprodutivo. A tese est dividida em trs partes: i) reviso da literatura cientfica sobre os fatores de risco para o ganho de peso excessivo na gestao e para a sua reteno no pós-parto; ii) anlise quantitativa e qualitativa do consumo alimentar (energia, nutrientes e alimentos) do perodo gestacional para o pós-parto; e iii) avaliao prospectiva da associao entre a dieta hiperproteica (&#8805; 1.2 g/kg) e a variao de peso pós-gestacional. A reviso da literatura apontou como principais determinantes da variao de peso no pós-parto os seguintes fatores: ganho de peso gestacional, peso pr-gestacional, dieta, atividade fsica, lactao, idade, escolaridade, renda, paridade e raa. As partes ii e iii correspondem a dois artigos, sendo que a populao do estudo empregada nas duas anlises foi baseada em uma coorte de mulheres no pós-parto atendidas no Centro Municipal de Sade (CMS) Marcolino Candau, localizado no Municpio do Rio de Janeiro. Dentre as 709 mulheres convidadas para participar da pesquisa, 479 ingressaram na coorte. As mulheres foram recrutadas atravs dos servios de pr-natal e na rotina peditrica de imunizao do BCG, oferecidos pelo CMS, e imediatamente após o parto, na maternidade central de referncia. A coleta de dados ocorreu entre maio de 1999 e abril de 2001, sendo 15 meses de recrutamento e 9 meses de seguimento. As mulheres foram entrevistadas aos 15 dias, 2, 6 e 9 meses do pós-parto. Foram consideradas elegveis para as duas analises as mulheres com idade entre 18 e 45 anos de idade, entrevistadas at 30 dias do pós-parto, sem doenas crnicas pr-existentes, com gravidez de 35 ou mais semanas gestacionais e sem gestao gemelar. O estudo sobre a composio da dieta do perodo gestacional para o pós-parto contou com 276 mulheres que responderam aos dois questionrios de freqncia de consumo alimentar (QFCA) aplicados aos 15 dias e aos 6 meses do seguimento. Os resultados mostraram que as mulheres consumiram dietas mais energticas na gravidez e aquelas que mais restringiram o consumo de energia no pós-parto, apresentaram um incremento na densidade de protenas da dieta. As anlises das medidas repetidos do peso foram realizadas para avaliar o efeito da dieta hiperproteica (&#8805; 1.2 g/kg) sobre a variao de peso no pós-parto, para as quais haviam dados de uma amostra de 430 mulheres. Os resultados mostraram que as mulheres com dieta hiperproteica perderam mais peso do que as mulheres com dieta normo ou hipoproteica (< 1.2 g/kg) (226 g/ms versus 123 g/ms). As duas analises indicam que um pequeno incremento no consumo de protenas promove maior perda de peso. Estudos longitudinais futuros devem incluir avaliao relativa a segurana das dietas hiperproteicas no pós-parto.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O perodo pós-parto pode ser considerado a fase em que a mulher est exposta a reteno de massa corporal (MC) e desenvolvimento da obesidade. Na maioria das situaes valorizam-se mais a perda de MC e pouco se conhece a respeito dos componentes que esto sendo mobilizados. Desta forma, h interesse de se validar tcnicas acessveis, como a impedncia bioeltrica (BIA), que possam ser aplicadas no acompanhamento nutricional destas mulheres. O presente estudo teve como objetivo validar diferentes modelos de impedncia bioeltrica (BIA) para a determinao da composio corporal em mulheres pós-parto tendo como ?padro ouro? a tcnica de absorciometria de dupla energia de raio X(DXA). A amostra foi composta por 46 mulheres no perodo pós-parto com idade acima de 18anos, inicialmente recrutadas e convidadas a participar da pesquisa, logo após o parto, para posteriormente serem avaliadas. A composio corporal (CC) foi mensurada atravs de trs aparelhos distintos de BIA: RJL , BIO e Tanita e pela DXA. Os componentes101450BC 533corporais medidos foram: massa livre de gordura (MLG), massa gorda (MG) e percentual degordura corporal (%GC). Na anlise estatstica foram calculadas as mdias e desvio-padrodas variveis contnuas. A concordncia entre os componentes corporais determinados pelaDXA e cada BIA foi avaliada pelo mtodo de Bland & Altman e pelo coeficiente decorrelao de concordncia (CCC). Para comparao de mdias das variveis obtidas por BIAe DXA para cada faixa de ndice de massa corporal (IMC), foi aplicada a ANOVA e oadotado o teste post-hoc de Tukey. O nvel de significncia adotado foi de 95% (p=0,05). Amdia ( desvio padro) de idade foi de 25,5 4,6 anos, a MC de 73,6 12,2kg, o IMC de28,7 4,3kg/m, a MG de 29,87,4kg, a MLG de 43,25,7kg e o %GC de 41,84,3%,obtidos pelo DXA. Ao comparar-se os resultados dos diferentes equipamentos com o mtodo padro-ouro, verificou-se que houve diferena significativa entre a DXA e as BIA para todos componentes corporais, com exceo da MG fornecida pelo RJL (27,1Kg) e TAN (27,1Kg)em relao DXA (29,8Kg). Os resultados mostraram haver uma boa reprodutibilidade emrelao aos aparelhos de BIA TAN (r=0,74; r=0,90) e RJL (r=0,78; r=0,89) para MLG e MG.Verificou-se que os equipamentos de BIA TAN e RJL forneceram estimativas semelhantes em relao MLG, MG e %GC. Em relao aos valores da DXA o equipamento que mais se aproximou foi a TAN e o RJL quando avaliada a MG considerando todas as mulheres, mas quando estratificadas segundo o IMC, a anlise foi mais acurada em mulheres obesas.Entretanto, a concordncia no foi satisfatria entre os componentes corporais fornecidos pelas BIA em relao DXA. As BIAs avaliadas no presente estudo subestimaram o %GC e superestimaram a MLG para esse grupo de mulheres no perodo pós-parto. Conclui-se que as BIA avaliadas no so recomendadas para avaliao da CC neste grupo de mulheres no perodo pós-parto.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A Violncia entre Parceiros ntimos (VPI) tem sido reconhecida como um importante problema de sade pblica e um fator de risco para agravos a sade de mulheres e crianas. Os servios de sade desempenham importante papel na deteco precoce da VPI, especialmente em momentos da vida nos quais se preconiza o atendimento sistematizado, como na gestao e primeira infncia. Esta dissertao tem como objetivo principal estimar a probabilidade de ocorrncia de Violncia Fsica entre Parceiros ntimos (VFPI) durante a gestao e/ou pós-parto em populao atendida em Unidades Bsicas de Sade (UBS), segundo diferentes caractersticas scio-econmicas e demogrficas da clientela. Trata-se de um estudo transversal, realizado com usurias de 5 UBS da cidade do Rio de Janeiro no ano de 2007. Foram entrevistadas 811 mes de crianas de at cinco meses de idade, que no possuam nenhuma contra-indicao formal para a amamentao e que relataram ter tido pelo menos uma relao amorosa um ms ou mais durante a gestao ou no perodo do pós-parto. Condies socioeconmicas e demogrficas e relativas aos hbitos de vida do casal foram consideradas como potenciais preditores de violncia. Utilizou-se a verso em portugus da CTS2 para identificar as situaes de VPI. A varivel de desfecho foi analisada em trs nveis: ausncia de VFPI, presena de VFPI no perodo da gestao ou do pós-parto e presena de VFPI em ambos os perodos. Utilizou-se um modelo logito-multinomial para as projees de prevalncias segundo os descritores selecionados. Os fatores que mais aumentaram a probabilidade de ocorrncia de violncia durante a gestao e/ou nos primeiros cinco meses de vida da criana foram: idade materna < 20 anos, escolaridade materna inferior ao 2 grau completo, ter 2 ou mais filhos menores de cinco anos, tabagismo materno, uso inadequado de lcool pela me e/ou companheiro, uso de drogas pela me e/ou companheiro e percepo materna sobre a sade do beb aqum da esperada. Entre mes com todas estas caractersticas, a estimativa de prevalncia projetada de VFPI na gestao e/ou no pós-parto chegou a 96,4%, sendo 59,4% a estimativa de ocorrncia em apenas um dos dois perodos e 37% em ambos. Por outro lado, a probabilidade de ocorrncia de VFPI cai a 3,6% em famlias sem estas caractersticas. Os resultados indicam que a presena de certas caractersticas da criana e de sua famlia aumenta enormemente a probabilidade de ocorrncia de VFPI, devendo ser levadas em considerao ao se estabelecer estratgias de interveno que visem deteco precoce e uma efetiva interveno.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O objetivo desta tese avaliar o impacto do estilo de vida materno no ganho de peso durante a gestao e na sua evoluo durante o pós-parto. Inicialmente, foi realizada uma reviso da literatura sobre os indicadores utilizados para computar as mudanas de peso ocorridas durante a gestao e o pós-parto (artigo I). Posteriormente, utilizou-se o modelo de regresso logstica para avaliar a associao entre a abstinncia ao fumo durante o pr-natal e o ganho de peso gestacional (GPG) excessivo, segundo as recomendaes do Institute of Medicine (IOM), em 1.249 mulheres que deram luz a recm-nascidos vivos a termo em 1984/85 em Estocolmo, Sucia (artigo II). Em seguida, foi utilizado o modelo de regresso linear mltipla para avaliar o efeito do GPG excessivo no ndice de massa corporal (IMC) materno 15 anos após o parto. A populao elegvel para anlise foi constituda de 483 mulheres suecas, que foram acompanhadas desde o nascimento da criana ndice em 1984/85 at 1999/2000 (artigo III). Por ltimo, uma reviso sistemtica com a utilizao de metanlise foi realizada para apreciar o efeito da dieta, exerccio ou ambos na perda de peso no pós-parto (artigo IV). A diversidade de indicadores utilizada para computar o GPG e a reteno de peso no pós-parto dificulta a interpretao e comparao dos resultados de pesquisas sobre o tema. A baixa qualidade dos registros obsttricos e a escolha inadequada do indicador so consideradas as possveis causas da no associao entre o ganho de peso materno e os desfechos gestacionais encontrada em alguns estudos (artigo I). Ex-fumantes apresentam 1,8 vezes mais chance de GPG excessivo em relao s mulheres no fumantes, mesmo após o ajuste pelas variveis de confuso, como o consumo de lcool, atividade fsica, entre outras (artigo II). Mulheres que tiveram GPG excessivo apresentaram maior reteno de peso 15 anos após parto (10,0 kg) do que as mulheres que ganharam peso conforme os limites recomendados pelo IOM (6,7 kg). Mesmo após o controle pelas variveis de confuso, o GPG excessivo provocou um aumento significativo de 0,72 kg/m2 no IMC materno (artigo III). Mulheres aconselhadas a praticarem exerccios aerbicos durante o pós-parto no perderam, significativamente, mais peso que as mulheres alocadas no grupo controle (diferena de mdia ponderada (DMP): 0,00; IC 95%: -8,63/ 8,63). Mulheres alocadas no grupo dieta (DMP: -1,70; IC 95%: -2,08/ -1,32) ou dieta e exerccio (DMP: -2,89; IC 95%: -4,83/ -0,95) perderam, significativamente, mais peso que as mulheres alocadas no grupo controle. Nenhuma das estratgias de interveno para perda de peso no pós-parto (exerccio; dieta; dieta e exerccio) provocou efeitos adversos sade materno-infantil (artigo IV). Os achados apontam para a importncia da identificao precoce de mulheres sob-risco GPG excessivo. Os profissionais de sade devem fornecer aconselhamento adequado durante o pr-natal para o controle do GPG e motivar as mulheres a perderem o peso retido durante o pós-parto. Assinala-se tambm que os profissionais de sade devem recomendar programas de modificao do estilo de vida relacionados dieta combinada ao exerccio fsico para perda de peso durante o pós-parto e, consequentemente, para a preveno da obesidade associada ao ciclo reprodutivo.