966 resultados para Veríssimo, José, 1857-1916 Crítica e interpretação


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O presente estudo teve como objeto de pesquisa o pensamento de Jos Verssimo (Brasil) e Jos Ingenieros (Argentina) sobre raa e educao. Trata-se de uma proposta circunscrita num estudo comparado deste pensamento entre esses dois intelectuais. Problematizou-se como questo central: de que forma o pensamento de Jos Verssimo e Jos Ingenieros articula a relao entre raa e educao na Amrica Latina do final sculo XIX e incio do sculo XX? Como objetivo geral, desejou-se analisar, por meio de um estudo comparado, o pensamento de Jos Verssimo e de Jos Ingenieros sobre educao, dando destaque s interaes destes com o conceito de raa na Amrica Latina do sculo XIX. Como objetivos especficos, pretende-se: 1) destacar o contexto histrico do pensamento educacional de Jos Verssimo e Jos Ingenieros; 2) identificar nas obras destes autores as relaes entre raa e educao, assim como correlacionar o pensamento de Jos Verssimo e de Jos Ingenieros sobre raa e educao com a histria do pensamento intelectual latino-americano. Metodologicamente, inscreve-se o estudo no campo da Histria Intelectual e da Histria Cultural. O corpus da pesquisa est composto de duas obras de cada autor. De Jos Veríssimo, trabalhou-se com As Populaes indgenas e mestias da Amaznia: sua linguagem, suas crenas e seus costumes (1887) e Educao nacional (1906). De Jos Ingenieros, cotejou-se El hombre medocre (1913) e Las fueras morales (obra pstuma). Os resultados do estudo indicam que o modo como as teorias da raa chegam a Amrica Latina so fundamentais para a compreenso do pensamneto dos autores. Nesse sentido, foi preciso realizar uma breve reflexo sobre as discusses tericas que o tema raa suscitou na Amrica Latina do sculo XIX, j que tanto Jos Verssimo quanto Jos Ingenieiros nasceram e viveram parte de suas vidas nesse perodo. O primeiro nasceu no extremo norte do Brasil, no Estado do Par, e viveu entre 1857 e 1916. Dedicou-se ao estudo da Crítica Literria e refletiu sobre a educao, colocando-a como instrumental necessrio para a elevao da populao mestia do pas condio de civilizada. O segundo nasceu em Palermo, na Itlia, mas migrou para a Argentina ainda criana, tornando-se cidado argentino. Dedicou-se ao estudo da Psiquiatria, mas enveredouse, em particular, pela rea da Antropologia Criminolgica. Ao discutir as perturbaes mentais dos indivduos na sociedade argentina, Jos Ingenieros se reporta colonizao e s condies materiais dos sujeitos. Para ele, no final do sculo XIX as raas inferiores continuavam a representar um entrave para o desenvolvimento da Argentina. princpio, identifica-se que o homem medocre de Ingenieiros muito se assemelha ao homem indolente de Verssimo. Ambos os estados medocre e indolente representavam, para estes intelectuais, um estado atrasado que no se via mais presente no homem civilizado. Desse modo, defendem condies externas objetivas diferentes para que, tanto na Argentina quanto no Brasil, as mudanas internas determinadas pela raa, que resultaram no homem medocre e indolente, fossem superadas. Dentre essas condies externas, a educao desponta como elemento necessrio para a superao da indolncia e da mediocridade.

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Este trabalho faz uma anlise comparativa de algumas das principais obras de histria literria do Brasil, publicadas no sculo XIX e incio do sculo XX, escritas, respectivamente, por Ferdinand Wolf, Slvio Romero e Jos Verssimo. So analisadas as concepes de nacionalismo, de histria e de literatura que veiculam, relacionando-as com as ideias que circulavam poca em que foram escritos Le Brsil Littraire, de Ferdinand Wolf, a Histria da Literatura Brasileira, de Slvio Romero, e a obra homnima de Jos Verssimo. Sendo assim, alm de analisar as obras comparativamente, o presente trabalho recupera o significado histrico que comportam, uma vez que as insere no quadro de referncias vigentes no momento em que apareceram. Partindo do pressuposto de que a caracterstica principal desses textos a ideia de nacionalismo, estudam-se os significados atribudos a este termo desde meados do sculo XIX at incios do sculo XX, momento em que foram escritas aquelas histrias literrias. Ademais, relacionam-se as narrativas s variadas formas de se pensar a histria, enquanto disciplina, nesse perodo, procurando identific-las pelo modo como constroem a explicao histrica. Por fim, as ideias que apresentam a respeito da literatura so articuladas no s s concepes de nacionalismo e de histria que aqueles textos veiculam, como tambm reflexo que ento se fazia

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Este artigo vincula-se aos estudos sobre o pensamento educacional no Brasil. Abordamos as interpretaes de Jos Verssimo sobre os problemas nacionais da educao brasileira no final do sculo XIX e incio do sculo XX. Nossa inteno apresentar e analisar estas interpretaes, realizadas na Primeira Repblica. Jos Verssimo nasceu em bidos, no Par, em 1857, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1916, passando parte de sua vida intelectual no Par e parte na capital da Repblica, onde fundou e participou ativamente da Academia Brasileira de Letras (ABL) e da Revista Brasileira. O autor foi estudioso importante nas discusses sobre as consequncias do colonialismo portugus e as tentativas frustradas de uma poltica republicana de educao no Brasil. Para Jos Veríssimo, a educao pblica deveria estrategicamente superar as degenerescncias raciais, especialmente localizadas nos sertes do Brasil, promovidas pela colonizao. Os "Brasis" que sociologicamente constituam o territrio nacional quela poca so pensados por Verssimo como um entrave a ser superado pela Repblica para a insero do Pas na ordem moderna que, para ele, significava civilizao. Mas esta civilizao almejada se efetivaria, na sua perspectiva, na medida em que todos os brasileiros fossem includos em um projeto de unidade nacional.

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Discute a posio social, poltica e cultural do escritor Jos Verssimo por meio de sua produo peridica realizada entre os anos de 1877 a 1884, em Belm do Par. Para tanto, concorrem quatro captulos, cujo estudo, por estar centrado em seus textos publicados em peridicos distintos, demonstra a evoluo terico-temtica do escritor em relao ao trato das questes nacionais. De que maneira a imprensa de meados do sculo XIX concorreu para as transformaes em seu modo de encarar a cultura brasileira o principal propsito a ser perscrutado.

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O trabalho tem por objetivo examinar o pensamento do escritor paraense Jos Verssimo no que diz respeito aos estudos das cincias naturais e as suas ideias sobre educao cientfica feminina na transio do sculo XIX para o sculo XX, momento da transio do regime imperial para o republicano. Esse perodo foi selecionado, por ser o momento em que Jos Verssimo escreveu seus livros e textos, como o livro A Educao Nacional, publicado em 1890, acerca da educao no pas. Entusiasmado pelas idias positivistas, evolucionistas e pelo republicanismo, o autor examina como se encontrava o estudo das cincias naturais na poca de transio, j que para as doutrinas elencadas por Verssimo era importante que escola tivesse um papel iluminador da sociedade e isso seria obtido atravs das cincias. Em seguida examino como a reforma na educao nacional ansiada por Verssimo influenciou no modelo de ensino cientfico no qual a mulher brasileira deveria se submetida por ser a primeira educadora dos filhos. O autor indica um currculo a ser ensinado s mulheres para que melhor aprendessem as cincias. A pesquisa ento assume relevncia para a histria da educao cientfica brasileira, j que contribui para conhecer as ideias de educao de Jos Veríssimo, um dos escritores brasileiros que mais se empenhou em fazer no pas um elo entre o progresso e a educao.

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Includes bibliographical references.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)

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Considerado pela maioria da crítica como uma literatura ptrida (cf. ULBACH, 1868) ou torpe (cf. VERSSIMO, 1894), acusado de confundir ingenuamente cincia e literatura, bem como de cientizar a linguagem literria, e em particular no Brasil, alm disso, questionado por plgio ou importao de uma moda estrangeira, o naturalismo foi relegado s margens da historiografia literria. Assumindo como ponto de partida esse panorama crtico, a tese prope uma reavaliao crítica e historiogrfica da esttica naturalista, comeando por descrever e analisar sua origem no decurso da histria, a partir do advento do realismo moderno nas obras de Stendhal e de Balzac (cf. AUERBACH, 2004). Enfoca a lenta afirmao dos termos realismo e naturalismo, bem como a importncia da contribuio de diferentes romancistas franceses no processo de consolidao da esttica realista e de seu prolongamento no naturalismo. Discute-se tambm o projeto esttico proposto por Zola, assim como se desconstroem mitos corroborados pela historiografia literria a respeito da teoria e do movimento naturalistas. Por fim, correlacionando a esttica naturalista com o ideal republicano, aborda-se a aclimatao dos princpios naturalistas no Brasil, na obra daquele que foi seu principal representante, Alusio Azevedo. A partir de uma abordagem comparativa entre o naturalismo na Frana e no Brasil, busca-se, em sntese, contribuir para o processo de reviso crítica e historiogrfica de um perodo literrio muito produtivo nos dois pases, no obstante a tendncia para sua desvalorizao em geral observada nas manifestaes da crítica novecentista

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A psicanlise e a arte sempre se atraram. Freud e Lacan se utilizam muito da literatura, das artes plsticas, da msica e do teatro para a ilustrao de importantes conceitos psicanalticos. Esta dissertao tem a inteno de mostrar a relao da psicanlise com a literatura, sobretudo, da psicanlise com a poesia. Atravs da obra do poeta e escritor portugus Teixeira de Pascoaes (1877-1952), o principal representante do saudosismo e uma das mais proeminentes figuras da cultura portuguesa do sculo XX, e do poeta brasileiro Manoel de Barros, considerado por muitos, o maior poeta brasileiro vivo, ratificaremos como a literatura foi fundamental para a construo do corpus terico de Freud e Lacan e de outros grandes autores da psicanlise. Usaremos a poesia de Pascoaes e Barros para exemplificarmos conceitos como a pulso, o inconsciente e a sublimao, este ltimo, inacabado pelo pai da psicanlise. Mostraremos tambm, como a obra dos dois poetas, de alguma forma, se encontram

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Em Cal, livro do escritor portugus Jos Lus Peixoto, a morte mostra-se sob diversas perspectivas. Esta dissertao objetiva, primeiramente, reconhecer as singularidades dessas perspectivas, bem como o movimento de identificao entre elas. Considerando que o livro no apenas desvela possibilidades de morte, mas, principalmente, as intersees entre as noes de morte e de vida, buscaremos responder s seguintes questes: possvel saber se, de fato, estamos vivos? A morte definitiva? Morte e vida so condies excludentes? A temtica da memria e dos afetos, inseparvel das reflexes acerca da finitude e das noes de presena e ausncia, perpassar, inevitavelmente, toda a progresso deste trabalho. Para pensarmos esses temas, assim como seus temas transversais, tomamos como referncia conceitos de tericos da literatura, da filosofia e da psicanlise, como G. Deleuze, J. Derrida, M. Blanchot, F. Nietzsche, S. Freud, B. Spinoza, G. Bataille. O dilogo com e entre pensadores de contextos distintos contribui para dar a esta dissertao seu aspecto fragmentrio, na qual as reflexes surgem e resurgem em progresso labirntica, de limites deslocveis

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A obra O vendedor de passados, do escritor angolano Jos Eduardo Agualusa, tem como enredo um homem que tem o estranho ofcio de comercializar passados. Os clientes normalmente costumam procur-lo por questes de ordem financeira e social, tendo os novos passados a funo de apresent-los melhor sociedade. A trama ganha novos contornos com a chegada de um estrangeiro que se coloca disposio do vendedor para que este lhe atribusse a identidade que considerasse a melhor. Questes referentes identidade e suas implicaes emergem. O processo, que a princpio parecia simples, torna-se cada vez mais obscuro. A memria atua como um dos fatores de maior interferncia no procedimento, atribuindo a ele maior complexidade. As experincias do indivduo tambm sofrem mutaes com o procedimento de compra. E por fim, a identidade do sujeito sofre modificaes com a obteno de um novo passado. Tais questes que surgem em decorrncia do peculiar comrcio de passados sero foco de estudo da presente dissertao

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Uma das instncias de representao do mundo a linguagem. Por meio da lngua representamos dados de nossa experincia fsica e psquica, ou seja, representamos a realidade que nos cerca. Investigar como o homem representa essa realidade uma questo inesgotvel. Desse modo, necessrio selecionar um aspecto dessa realidade, i.e., fazer um recorte. Para tratar de como o homem representa o mundo, foi escolhido como objeto de pesquisa uma das mais recorrentes representaes feitas pela humanidade, a saber, deus. Os questionamentos em torno do personagem deus podem ser considerados uma das questes ontolgicas do homem. No mbito dos estudos da linguagem, a Lingustica Sistmico-Funcional mostra-se como suporte terico ideal, pois entende que a linguagem possui a habilidade de representar a realidade. O propsito da linguagem de representar ideias e expressar experincias remete Metafuno Ideacional que tem como ferramenta de anlise o Sistema de Transitividade. Sendo assim, nosso objetivo investigar, por meio do Sistema de Transitividade da LSF, que representaes de deus Jos Saramago nos mostra em seu ltimo romance, Caim, e responder s seguintes perguntas: Qual a representao do personagem Deus em Caim a partir da investigao dos enunciados do narrador, do personagem Caim e do prprio personagem Deus? A anlise lingustica corrobora ou no o posicionamento de Saramago expresso por meio de um narrador que se coloca contra Deus? Como a anlise lingustica pode corroborar e sustentar uma anlise literria? O conceito de religio e a relao homem-deus tm uma presena constante na obra de Saramago e, em Caim, o autor desconstri uma tradio judaico-crist, atravs das prprias narrativas bblicas do Velho Testamento. Por meio dos processos analisados possvel observar que o divino, na obra em questo, revestido de caractersticas humanas, vingativo, rancoroso e demonstra pouqussima compaixo por suas criaturas. Para Saramago, o Deus cristo faz dos seres humanos suas marionetes, por exemplo, quando induz Caim ao primeiro homicdio da historia crist. Desse modo, o autor desconstri a concepo judaico-crist do Deus justo, onipotente, onisciente e bondoso. Para o autor, Deus egosta, vingativo e se deixa levar pela ira

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A presente pesquisa objetiva ressaltar a valorizao da mulher na obra do autor portugus Jos Saramago. Buscou-se encontrar os argumentos que justificam esta proposta atravs da leitura sistemtica de dois de seus textos: Memorial do convento e Ensaio sobre a cegueira. Serviram de objeto de estudo as trajetrias percorridas pelas personagens Blimunda, do primeiro ttulo, e a mulher do mdico, do segundo e, assim, foi possvel destacar e analisar, com o auxlio de tericos da literatura e de especialistas na vida e na obra de Saramago, traos que comprovam a importncia das mulheres, de modo geral, em suas histrias. Alm disso, observou-se, nos excertos aqui contidos e retirados das obras estudadas, o modo como estas mulheres assumem o controle das narrativas das quais fazem parte, assumindo a funo de protagonistas. Insta registrar que, assim como elas passam a figurar como personagens principais, tambm foi importante constatar o olhar analtico lanado por Jos Saramago, atravs de suas criaes, sobre a condio humana na sociedade contempornea, apresentanto a mulher como sada para as crises que acometem o homem moderno

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Tese de doutoramento, Filosofia (Filosofia em Portugal), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014

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Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Estudos Comparatistas), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014