767 resultados para SEXUAL DYSFUNCTIONS
Resumo:
Introduction Female sexual functioning is affected by a range of factors including motivation, psychological well-being, and relationship issues. In understanding female sexual dysfunction (FSD), there has been a tendency to privilege diagnostic and medical over relationship issues. Aim To investigate the association between women’s experience of intimacy in close relationships - operationalized in terms of attachment and degree of differentiation of self - and FSD. Methods Two hundred and thirty sexually active Australian women responded to an invitation to complete a set of validated scales to assess potential correlates of sexual functioning. Main Outcome Measures The Female Sexuality Function Index, the Experiences in Close Relationships Scale, the Differentiation of Self Inventory, as well as a set of study-specific questions were subject to hierarchical multiple regression analyses Results Relational variables of attachment avoidance and to a lesser degree, attachment anxiety were associated with FSD. Participants with lower levels of differentiation of self were more likely to report sexual difficulties. The inability to maintain a sense of self in the presence of intimate others was the strongest predictors of sexual problems. A history of sexual abuse in adulthood and higher levels of psychological distress were also associated with sexual difficulties. Conclusions The findings provide support for a relational understanding of female sexual functioning. Attachment avoidance, attachment anxiety, and degree of differentiation of self are shown to be associated with sexual difficulties. The findings support the need to focus on relational and psychological factors in women’s experience of sex.
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Após o sucesso de vendas do Viagra, medicamento indicado para o tratamento da disfunção erétil, lançado em 1998, houve uma rápida proliferação de artigos, livros e encontros sobre as disfunções sexuais femininas. Desde 2000, um intenso debate sobre o envolvimento da indústria farmacêutica na produção biomédica sobre as disfunções sexuais femininas e a concomitante busca por um medicamento similar ao Viagra destinado às mulheres tem envolvido profissionais de diferentes disciplinas. Esta dissertação teve como objetivo investigar os discursos científicos sobre as disfunções sexuais femininas, através do exame dos artigos publicados no periódico Archives of Sexual Behavior, desde sua fundação, em 1971, até 2007. O periódico foi escolhido por sua legitimidade neste campo de saberes, por abranger um amplo período (36 anos) e seu caráter multidisciplinar. Pretendeu-se investigar quando, como e por quais grupos profissionais as disfunções sexuais femininas foram descritas e abordadas no periódico. No caso das chamadas disfunções sexuais, as descrições científicas, que vêm aumentando significativamente nos últimos anos, dão origem a prescrições de terapias, medicamentos, intervenções cirúrgicas, programas de educação sexual e políticas públicas. Ou seja, subjacente a esse discurso, que afirma ser empírico e imparcial, estão processos que se encontram muito além dos limites de um laboratório ou das atividades de um pesquisador. Buscou-se, assim, pensar a produção científica como produto de articulações e negociações que se desenrolam em esferas diversas, envolvendo processos culturais, sociais, econômicos e também cognitivos ou científicos, em contraposição às concepções que caracterizam a ciência como um projeto que apenas revela verdades. Para tanto, foi apresentado o contexto do surgimento de uma ciência da sexualidade, no decorrer do século XIX e, em seguida, o contexto no qual emergiram os discursos sobre as disfunções sexuais femininas, o que propiciou sua emergência naquele dado momento, o modo como foram definidas e por quem, como se articularam a processos sociais, econômicos e culturais e que transformações sofreram ao longo dos anos.
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A dor é uma experiência perceptualmente complexa, influenciada por um conjunto variado de fatores biológicos e também psicossociais. A sua vivência varia de pessoa para pessoa, havendo diferentes níveis de impacto no funcionamento emocional, interpessoal, motivacional e físico. A dor sexual, mais conhecida por dispareunia e vaginismo, é uma problemática de natureza habitualmente crónica que afeta muitas mulheres. Apesar de ser um importante alvo de estudo nas últimas décadas, e apesar do impacto que tem nas vidas de muitas mulheres, é ainda uma temática pouco abordada junto dos profissionais de saúde, sendo igualmente difícil a determinação da sua causa e respetivo tratamento. A sua concetualização tem sido um dos principais alvos de discussão entre investigadores e clínicos, havendo quem defenda que a mesma deve ser considerada, ou como uma perturbação de dor, ou como uma disfunção sexual. Contudo, mesmo com um crescimento significativo da literatura, não existem ainda dados que clarifiquem o papel que determinadas variáveis psicossociais exercem no desenvolvimento e manutenção da dor sexual e que forma estas aproximam, ou distanciam, este quadro clínico da dor crónica e de outras disfunções sexuais. Neste contexto, o objetivo do presente estudo consistiu em avaliar a influência do Mindfulness, do afeto-traço, dos pensamentos automáticos, das crenças sexuais, da perceção, vigilância e catastrofização face à dor, da perceção da resposta do outro significativo à dor, da autoestima, da autoestima sexual, do ajustamento diádico e do funcionamento sexual em mulheres com dor sexual, comparando-as com três grupos específicos: mulheres com dor crónica, mulheres com outras dificuldades sexuais e mulheres da população geral, sem nenhuma destas dificuldades. Por outro lado, foi avaliada a capacidade preditiva de cada uma destas variáveis psicossociais na intensidade da dor em mulheres que sofrem de dor sexual e dor crónica. Um total de 1233 mulheres colaboraram no presente estudo: 371 mulheres com dor sexual, 245 mulheres com dor crónica, 94 mulheres com disfunção sexual e 523 mulheres da população geral. As participantes responderam a um conjunto de questionários que foram disponibilizados através de um link online e que avaliaram cada uma das dimensões em estudo. Os resultados mostraram que as mulheres com dor sexual e disfunção sexual apresentaram uma menor capacidade para ser mindful, mais pensamentos automáticos negativos de fracasso/desistência, uma maior escassez de pensamentos eróticos, uma menor autoestima e autoestima sexual e uma menor qualidade do ajustamento diádico e funcionamento sexual, quando comparadas com as mulheres com dor crónica e da população geral. Por outro lado, as mulheres com dor sexual e dor crónica apresentaram maiores níveis de perceção, vigilância e catastrofização face à dor, quando comparadas com as mulheres com disfunção sexual e da população geral. Ao nível da perceção da reposta do outro significativo, as mulheres com dor sexual apresentaram significativamente uma menor perceção de respostas solícitas que as mulheres com dor crónica e da população geral. Não foram encontradas diferenças entre os grupos ao nível do afeto-traço e crenças sexuais disfuncionais. No que diz respeito à intensidade da dor nas mulheres com dor sexual, emergiram como preditores significativos os pensamentos de fracasso, as crenças sexuais de desejo sexual como pecado, a magnificação e o desânimo face à dor, a atenção à dor, a perceção de resposta de punição do outro significativo, o ajustamento diádico, a autoestima e a autoestima sexual. Em relação ao grupo com dor crónica, surgiram como preditores significativos o afeto negativo, o desânimo face à dor, a atenção à dor e a perceção de resposta de punição do outro significativo. Uma análise conjunta de todos estes preditores para cada um dos grupos, demonstrou que a perceção da resposta de punição da parte de outro significativo se constituiu como o melhor preditor da intensidade da dor nas mulheres com dor sexual, enquanto que o desânimo face à dor se mostrou como o mais significativo nas mulheres com dor crónica. De uma forma geral, os resultados demonstraram a importância das diferentes variáveis psicossociais na vivência da dor sexual e na respetiva intensidade da dor. Revelaram ainda que a dor sexual apresenta aspetos em comum, quer com a dor crónica, principalmente ao nível da relação com a dor, quer com outras disfunções sexuais, nomeadamente em termos cognitivos e relacionais. O presente estudo vem assim reforçar a ideia de que este é um quadro clínico multidimensional e complexo, trazendo consigo importantes implicações ao nível da sua concetualização, avaliação e tratamento.
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To explore, for the first time, the impact of job insecurity on sexual desire. Cross-sectional analysis of a nationally representative sample of 7247 individuals aged 20-64 years working as full or part-time employees in Switzerland. The logistic regression analysis showed that workers aged 20-49 years perceiving high levels of job insecurity are exposed to a significantly higher risk of decrease of sexual desire compared to the reference group. The risk is 53% higher among men (OR 1.53; 95% CI 1.16-2.01) and 47% for woman (OR 1.47; 1.13-1.91). No increased risk was found for employees aged 50-64 years old. An increasing fear of job loss is associated with a deterioration in sexual desire. These first preliminary findings should promote further epidemiological and clinical prospective studies on the impact of job insecurity on intimate relationships and sexual dysfunction.
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Studies of diabetes mellitus in the streptozotocin rat model suggest that sexual dysfunctions may result from diabetes-induced alterations of the neuroendocrine-reproductive tract axis. Our investigation was performed to better define the effects of short-term hyperglycaemia on rat epididymal sperm quantity, quality and transit time, using both natural mating and artificial in utero insemination protocols. Male rats were made diabetic with streptozotocin (sc, 40 mg/kg), whereas controls received vehicle. Sexual behaviour was tested after 15 days and sperm fertilizing ability was checked 22 days after the injection through natural mating and artificial in utero insemination. Other parameters such as daily sperm production, testosterone levels, as well as sperm morphology and motility were also investigated. Fifty per cent of the diabetic animals showed no copulatory behaviour during tests and the number of animals reaching ejaculation was smaller in the diabetic group when compared with the control group (33% vs. 83%). Diabetes resulted in decreased body and reproductive organ weights, as well as diminished sperm counts in the testis and epididymis, that were associated with diminution of plasmatic testosterone levels. After natural mating, there was a decrease in the fertility in the diabetic adult male rats (25.5%) compared with control animals (81.5%). However, distal cauda epididymal sperm from diabetic rats displayed normal fertilization ability (91.5%) using in utero insemination. There were no effects of hyperglycaemia on sperm transit time in the epididymis and on spermatogenesis. Our results indicate that diabetes mellitus produces reproductive dysfunction, but does not compromise sperm fertilizing ability in the cauda epididymis in this experimental model.
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Pós-graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB
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Introduction. The number of women with gestational diabetes mellitus (GDM) is growing worldwide in parallel with the obesity epidemic. The diagnosis of GDM leads to substantial modifications in the daily routine of these women, and these adjustments could potentially affect their sexual function. There are no previous studies on the sexual function of patients with GDM. Aim. The aim of this study was to investigate the sexual function of patients with GDM in comparison with healthy pregnant women at the same gestational age. Methods. Brazilian women in the third trimester of pregnancy with and without GDM were invited to participate in this cross-sectional study while waiting for their antenatal care visits at a single public tertiary teaching institution between March and December 2010. The Brazilian version of the Female Sexual Function Index (FSFI) questionnaire was used to assess sexual function. Main Outcome Measures. Desire, arousal, lubrication, orgasm, sexual satisfaction, and pain during and after coitus in the last 4 weeks, measured according to a standardized and validated questionnaire. Results. A total of 87 participants were enrolled (43 healthy women and 44 with GDM). There were no significant differences in the sociodemographic characteristics of both groups. The total FSFI scores of GDM patients was 21.0 +/- 9.59 compared with 22.3 +/- 9.17 for healthy women (P = 0.523). Difficulty in desire was the most common sexual dysfunction symptom in both groups, being reported by 42% and 50% of GDM and healthy women, respectively (P = 0.585). Conclusion. The sexual function of Brazilian patients with GDM does not differ significantly from that of healthy pregnant women at the same gestational age. Ribeiro MC, Nakamura MU, Scanavino Mde T, Torloni MR, and Mattar R. Female sexual function and gestational diabetes. J Sex Med 2012; 9: 786-792.
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Sexual dysfunction is highly prevalent in the general population and associated with psychological distress and impaired sexual satisfaction. Psychological interventions are promising treatment options, as sexual dysfunction is frequently caused by and deteriorates because of psychological factors. However, research into the efficacy of psychological interventions is rather scarce and an up-to-date review of outcome studies is currently lacking. Therefore, we conducted a systematic review and meta-analysis of all available studies from 1980 to 2009 to examine the efficacy of psychological interventions for patients with sexual dysfunction. A total of 20 randomized controlled studies comparing a psychological intervention with a wait-list were included in the meta-analysis. The overall post-treatment effect size for symptom severity was d = 0.58 (95% CI: 0.40 to 0.77) and for sexual satisfaction d = 0.47 (95% CI: 0.27 to 0.70). Psychological interventions were shown to especially improve symptom severity for women with Hypoactive Sexual Desire Disorder and orgasmic disorder. Our systematic review of 14 studies comparing at least two active interventions head-to-head revealed that very few comparative studies are available with large variability in effect sizes across studies (d between -0.69 and 2.29 for symptom severity and -0.56 and 14.02 for sexual satisfaction). In conclusion, psychological interventions are effective treatment options for sexual dysfunction. However, evidence varies considerably across single disorders. Good evidence exists to date for female hypoactive sexual desire disorder and female orgasmic disorder. Further research is needed on psychological interventions for other sexual dysfunctions, their long-term and comparative effects.
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© 2015 College of Sexual and Relationship Therapists
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Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
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This study examined the lifetime and 4-week prevalence of postcoital dysphoria (PCD) and its relationship with psychological distress and reports of past sexual abuse. Amongst 222 female university students, 32.9% reported having ever experienced PCD while 10% reported experiencing PCD in the previous four weeks. Multiple regression analyses revealed support for the hypothesis that lifetime and 4-week prevalence of PCD would be positively correlated with psychological distress. Lifetime prevalence of PCD, but not 4-week prevalence, correlated with reports of childhood sexual abuse. These factors explained only minimal variance in PCD prevalence, prompting further research into this significantly under-investigated sexual difficulty.
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Introduction. Premature ejaculation is one of the most common male sexual dysfunctions. Current pharmacological treatments involve reduction in penile sensitivity by local anesthetics or increase of ejaculatory threshold by selective serotonin reuptake inhibitors. a1-Adrenoceptors (a1-ARs) and L-type calcium channels are expressed in the smooth muscles of the male reproductive tract, and their activations play an important role in the physiological events involved in the seminal emission phase of ejaculation.Aim. To evaluate if the inhibition of the contractility of the vas deferens and seminal vesicle by alpha(1)-AR antagonism or the L-type calcium channel blockade can delay ejaculation.Methods. The effects of the alpha(1)-AR antagonist tamsulosin and of the L-type calcium channel blockers, nifedipine and (S)-(+)-niguldipine, on contractions induced by norepinephrine in the rat vas deferens and seminal vesicles in vitro and on the ejaculation latency of male rats in behavioral mating tests were evaluated.Main Outcome Measure. Tension development of vas deferens and seminal vesicles in response to norepinephrine in vitro and behavioral mating parameters were quantified.Results. Tension development of vas deferens and seminal vesicle to alpha(1)-AR activation was significantly inhibited by tamsulosin, nifedipine, and (S)-(+)-niguldipine. Tamsulosin displayed insurmountable antagonism of contractions induced by norepinephrine in the rat vas deferens and seminal vesicle. Ejaculation latency of male rats was not modified by tamsulosin, nifedipine, or (S)-(+)-niguldipine; however, both the number and weight of the seminal plugs recovered from female rats mated with male rats treated with tamsulosin were significantly reduced.Conclusion. Seminal emission impairment by inhibition of vas deferens or seminal vesicle contractility by L-type calcium channel blockade or alpha(1)-AR antagonism is not able to delay the ejaculation. de Almeida Kiguti LR and Pupo AS. Investigation of the effects of alpha(1)-adrenoceptor antagonism and L-type calcium channel blockade on ejaculation and vas deferens and seminal vesicle contractility in vitro. J Sex Med 2012; 9: 159-168.
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Este texto aborda a presença de idéias preconceituosas sobre a sexualidade de pessoas com deficiência discorrendo, de modo critico e reflexivo, sobre diversos mitos, tais como: (1) pessoas com deficiência são assexuadas: não têm sentimentos, pensamentos e necessidades sexuais; (2) pessoas com deficiência são hiperssexuadas: seus desejos são incontroláveis e exacerbados; (3) pessoas com deficiência são pouco atraentes, indesejáveis e incapazes para manter um relacionamento amoroso e sexual; (4) pessoas com deficiência não conseguem usufruir o sexo normal e têm disfunções sexuais relacionadas ao desejo, à excitação e ao orgasmo; (5) a reprodução para pessoas com deficiência é sempre problemática porque são pessoas estéreis, geram filhos com deficiência ou não têm condições de cuidar deles. A crença nesses mitos revela um modo preconceituoso de compreender a sexualidade de pessoas com deficiência como sendo desviante a partir de padrões definidores de normalidade e isso se torna um obstáculo para a vida afetiva e sexual plena daqueles que são estigmatizados pela deficiência. Esclarecer esses mitos é um modo de superar a discriminação social e sexual que prejudica os ideais de uma sociedade inclusiva.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)