934 resultados para Portugal - Comércio - Brasil Séc. XIX
Resumo:
Este trabalho contemplou a anlise das relaes entre imigrao, negcios e poder a partir da insero do imigrante portugus no comércio da cidade do Rio de Janeiro entre 1850 e 1875. Nesse perodo, as relaes internacionais entre Brasil e Portugal caracterizaram-se essencialmente por duas foras sociais: o fluxo migratrio e o comércio. Atravs do intercruzamento de fontes documentais, identificou-se o perfil dos membros da elite mercantil portuguesa instalada na capital do Imprio brasileiro, bem como suas estratgias de ascenso econmica e projeo poltica junto sociedade e aos Estados de Portugal e Brasil. Avaliou-se, ainda, o estmulo causado pelas trajetrias de sucesso na realimentao do movimento de emigrao portuguesa. Concluiu-se que os imigrantes lusos, atravs do comércio, tornaram-se agentes dinmicos das relaes bilaterais Brasil-Portugal.
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sobre o processo tradutrio empreendido por Jos Feliciano de Castilho Barreto e Noronha (1810-1879) sobre os versos de Marcial, o grande epigramatista latino do século I d. C, que a autora foca, aqui, sua anlise. O trabalho no s contribui para o debate sobre a constituio de uma Histria das Tradues, como oferece ao leitor interessado em poesia uma antologia, at ento indita, de verses oitocentistas em lngua portuguesa para 49 epigramas latinos do poeta. Tambm apresenta a vida e obra de Jos Feliciano Castilho e pontua sua importncia no contexto literrio do século XIX. Jos Feliciano de Castilho ou Castilho Jos, como ficou conhecido, nasceu em Portugal e viveu no Rio de Janeiro a partir de 1847. Doutor e bacharel em Direito, Medicina e Filosofia, publicou no Brasil a Livraria clssica portuguesa e o peridico ris, no qual figuravam textos de escritores como Joaquim Manuel de Macedo e Antnio Gonalves Dias. Os debates que Castilho Jos manteve com Jos de Alencar, em defesa da Lei do Ventre Livre, o tornaram conhecido e, por conta desse episdio, ele aparece citado em obras clssicas sobre literatura brasileira. Neste livro, Joana Junqueira Borges busca resgatar, pelo menos parcialmente, sua obra literria, filolgica e tradutria, que foi pouco explorada. Entre suas produes mais relevantes esto os comentrios e anotaes feitos por ele s tradues dos poemas de Ovdio, produzidas por seu irmo, o poeta Antnio Feliciano Castilho. Ali, Jos Feliciano Castilho atuou ele mesmo como tradutor de versos de outros poetas latinos, como Proprcio, Tibulo, Lucano, Catulo e Marcial
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As Ordenaes Filipinas resultaram da reforma feita por Felipe II da Espanha (Felipe I de Portugal), ao Cdigo Manuelino, durante o perodo da Unio Ibrica. Continuou vigindo em Portugal ao final da Unio, por confirmao de D. Joo IV. At a promulgao do primeiro Cdigo Civil brasileiro, em 1916, estiveram tambm vigentes no Brasil. Blake informa que esta a primeira edio brasileira deste cdigo.
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Trabalho final de Mestrado para a obteno do grau de mestre em Engenharia Civil
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)
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Mestrado em Arquitectura Paisagista - Instituto Superior de Agronomia / UL
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Este trabalho tem por objetivo estudar, tendo como objeto a Comisso de Melhoramentos da Cidade do Rio de Janeiro, a construo do discurso da higiene e urbanizao que se delineou no Rio de Janeiro a partir da epidemia de 1849 e construiu ao longo do século XIX um discurso de cidade civilizada e moderna a partir de planos de melhoramentos urbanos e sanitrios, em um movimento liderado por engenheiros e sanitaristas, em sua maioria, ligados ao poder pblico, discurso este que ir se materializar, efetivamente, no incio do século XX com o Prefeito Francisco Pereira Passos.
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Alexandre Herculano foi uma figura muito importante na Histria de Portugal. Primeiramente como historiador, recolhendo materiais que continham a Histria da Nao e que serviu como estudo para a preservao e divulgao de um passado glorioso. Como intelectual, engajou-se na poltica e assuntos sociais em benefcio da nao portuguesa. Escrevendo e publicando artigos em importantes jornais e revistas da poca, ou seja, o século XIX, sua figura identifica-se com a de um intelectual. Como tal, denunciou e alertou o povo sobre seus principais direitos e deveres como cidados portugueses. Sua grande preocupao tambm era em relao educao porque, segundo ele, Portugal estava atrasado em relao a outros pases europeus. Descrever Herculano como intelectual de Portugal uma das propostas deste trabalho
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Tendo como foco de reflexo a produo de novas identidades em situao de deslocamento, o presente trabalho compara as trajetrias de estudantes cabo-verdianos em trnsito no Brasil (Rio de Janeiro) e em Portugal (Lisboa) em busca da elaborao de seus projetos de vida e formao superior. A partir da anlise de suas narrativas, aborda como esses estudantes constroem suas identidades, em contexto ps-colonial e transnacional, em contato com diversas pessoas e grupos sociais (estudantes brasileiros, portugueses e de outras nacionalidades) e como vivenciam as tenses raciais nos distintos contextos de destino. Deixar Cabo Verde para emigrar para outros pases vivido por muitos jovens cabo-verdianos no s como um destino e um sonho de vida melhor, de ter uma formao superior no exterior, mas tambm de conhecer outras pessoas e lugares dos quais eles tm notcias de sucessos atravs de outros estudantes e imigrantes. Longe de casa, da famlia e dos amigos, as narrativas ressaltam a importncia das escolhas na elaborao de seus projetos e das redes de relaes construdas nos pases de destino para minimizar a saudade, ajudar no acolhimento na universidade e integrao na sociedade. Assim, com base nas estratgias de adaptao, vivenciando processos de incluso e excluso em diversas situaes sociais, no Rio de Janeiro e em Lisboa, o trabalho discute o impacto do trnsito para a reconfigurao de identidades e pertencimentos dos estudantes.
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O propsito desta dissertao estudar as representaes femininas nas letras luso-brasileiras do século XVII, sempre levando em conta os pressupostos tericos formulados pela crtica brasileira atual. Pretende-se examinar as prticas letradas seiscentistas pelo prisma dos critrios retrico-poticos vigentes na poca, em que se destacam a importncia dos elementos visuais. O estudo tem como base o contraponto das figuras de Eva e Maria, formando o grande paradigma da dualidade feminina nas letras coloniais; tal construo da imagem da mulher como tentadora e salvadora foi um longo processo desde as letras dos tempos antigos, se intensificando no perodo medieval at chegar no século XVII. Desse modo, focalizamos as poesias de Gregrio de Matos e alguns sermes do padre Antonio Vieira, dialogando com questes histricas, sociais e artsticas no momento de produo das obras para tentar reduzir os riscos de anacronismo, sempre presentes quando abordamos perodos to distanciados no tempo. Analisamos variadas configuraes femininas nas poesias lricas e satricas de Gregrio de Matos; j nos sermes de Vieira, percebemos que o contraponto entre as concepes mariana e eviana fica mais evidente. Mostramos como as figuras femininas examinadas se aproximavam de Eva ou de Maria, levando em conta o contexto scio-econmico das mesmas. Notamos que o modelo ideal de mulher encarnando na figura de Maria, difundido pela Igreja com o objetivo de alcanar todas as mulheres, no correspondia realidade das mesmas no sistema colonial e no se adequava as suas necessidades. Examinamos igualmente como tal construo feminina perfeita e submissa circulava nos manuais de boa conduta em que a famlia patriarcal se encaixava, atendendo s exigncias dos modelos propagados pela Igreja Catlica na poca. Apesar de todos os esforos da Igreja Catlica e do homem para domesticar a mulher, to temida e admirada pelos mesmos, muitas mulheres fugiram aos padres sociais e foram estigmatizadas, rotuladas, discriminadas, mas acima de tudo foram mulheres que ficaram registradas nas pginas da Inquisio, na histria e principalmente, nas letras luso-brasileiras do século XVII, escritas por homens, como o poeta Gregrio de Matos e o padre Antonio Vieira
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A identificao de critrios para a definio de entidades lingusticas complexa. No espao lusfono, tal definio tem associadas consequncias em termos lingusticos e scio-polticos que se procuram caracterizar no presente trabalho, em que se recorre a dados da Aquisio das normas europeia e brasileira do Portugus para responder a uma questo complexa: quantas lnguas existem no espao da lusofonia? A principal concluso a de estamos (ainda) perante uma nica entidade lingustica a que chamamos "lngua", apesar das diferenas que aqui so apontadas e caracterizadas.
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A formao inicial de professores possui caratersticas muito prprias e a complexidade envolta sobre o perodo de estgio na prtica pedaggica, requer um olhar aprofundado sobre as questes subjacentes ao stress tanto no estagirio, como no supervisor e orientador. A presente investigao inter e multicultural, pretende conhecer junto a estes trs atores as principais fontes indutoras de stress e seus sintomas no decorrer do perodo de estgio pedaggico, as estratgias de coping e a satisfao com o suporte social. Desenvolvemos trs estudos de cariz comparativo entre Portugal e Brasil, em oito Instituies de Ensino Superior (4 de Portugal e 4 do Brasil) numa amostra total de 1.194 indivduos. O primeiro de ndole qualitativa envolveu 24 professores supervisores e orientadores de estgio, os quais identificaram as principais causas de stress que permitiram a construo do questionrio Avaliao do stress do professor/orientador de Estgio Pedaggico (ASPOEP). Contamos no segundo estudo com uma amostra de 204 docentes (122 orientadores e 82 supervisores) no exerccio da superviso pedaggica e no terceiro estudo com 966 estagirios (476 Portugal e 490 Brasil). Nestes dois ltimos estudos, para a identificao dos fatores de stress, os supervisores responderam ao questionrio ASPOEP e os estagirios ao questionrio ASAE (Avaliao do stress do aluno estagirio). Foram ainda utilizados os questionrios de Avaliao dos sintomas de stress, o de Estratgias de coping e para a anlise do suporte social fizemos uso da Escala de satisfao com o suporte social. Na anlise dos dados foi utilizado o SPSS, tendo sido realizadas as estatsticas descritivas e inferenciais. Os resultados globais evidenciam o estgio pedaggico como uma fonte indutora de stress. Nos supervisores de estgio, a sobrecarga de trabalho, as relaes interpessoais, o desempenho do estagirio e sobretudo a estrutura e acompanhamento do estgio, marcaram os fatores de maior stress, que foi mais evidente no gnero feminino e na populao brasileira. Entre estagirios, a insegurana e a indisciplina so os fatores de maior stress, sobretudo no gnero feminino de Portugal. O stress apesar de moderado para a maioria da amostra, evidencia ndices de stress elevado em 10,7% dos docentes e 19,1% dos estagirios portugueses e 23,8% dos docentes e 12,7% dos estagirios brasileiros. Os sintomas cognitivos so os mais evidentes nestas duas populaes estudadas, porm nos casados e com filhos existe evidncia significativa de sintoma comportamental. A estratgia de coping centrada no indivduo foi mais prevalente, porm evidencia-se que os brasileiros e tambm os pais com filhos apresentam significativo coping centrado no outro. O suporte social da amizade e da intimidade foram os que demonstraram maior satisfao, sendo assim eficaz na manuteno de um stress moderado. Os portugueses apresentam maior satisfao com o suporte social que os brasileiros. Ficou evidente que a satisfao e as estratgias de coping contribuem de forma positiva na diminuio dos sintomas de stress, bem como a satisfao com estgio diminui os nveis de stress. Sugere-se que na formao de professores sejam integrados programas de formao sobre gesto e controlo do stress para supervisor, orientador e estagirio, bem como devem ser propostas mudanas a nvel curricular, ligado estrutura e acompanhamento do estgio, para que este possa ser um perodo de desenvolvimento de competncias profissionais, aliceradas no bem-estar para todos os intervenientes.
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O confronto entre certas criaes ficcionais e a dinmica da colonizao nos leva a diversos campos disciplinares. Se a histria registrou o intenso intercmbio de mercadorias e idias que ocorreu entre Portugal e Brasil, a partir da descoberta do Novo Mundo, a literatura revisitou e recriou esse passado. o que se constata na obra do escritor brasileiro Joo Guimares Rosa, em que articulando a realidade e a imaginao, a natureza e o homem, o regional e o universal, o escritor de perfil naturalista ilumina a linguagem da Histria e da Cincia pela Arte. Com relao s expedies cientficas portuguesas pelo Brasil, a histria relata que, na segunda metade do século XVIII, Portugal impulsionou a elaborao de um projeto de confeco de uma Histria Natural, tendo como espao de criao cultural a Academia Real das Cincias de Lisboa. Esse empreendimento, no entanto, no teria sido possvel sem as viagens imaginrias do intelectual Domenico Agostino Vandelli, correspondente de Lineu e um dos principais articuladores da poltica portuguesa dirigida s colnias. Assim, instrudos conforme o livro Viagens filosficas ou dissertaes sobre as importantes regras que o filsofo naturalista nas suas peregrinaes deve principalmente observar, alunos da Universidade de Coimbra, onde Vandelli era professor de Histria Natural e Qumica, so preparados para explorar as colnias ultramarinas. Em meio produo literria de Guimares Rosa, destacamos o conto O recado do morro, do livro Corpo de baile, lanado em 1956, para um paralelo com a Histria. Nessa fico, um narrador conta a estria de uma pitoresca expedio, formada por moradores de um vilarejo, contratados por um viajante alemo, que percorre o interior do estado de Minas Gerais. Regio de grutas, minerais, vegetao de cerrado (com diversidade em espcies comestveis e medicinais), de fazendas de gado, animais em perigo de extino e homens sbios do serto, com o uso dessa enigmtica paisagem, que o escritor vai moldar o seu recado. Atravs de um estudo comparado entre os ideais naturalistas de Vandelli (evidentes nas correspondncias trocadas com Lineu e nas Instrues aos viajantes) e do escritor Guimares Rosa (expresso de forma ficcional), destacamos a necessidade de se resgatar, nos dias atuais, seus trabalhos, como forma de se propor uma nova relao do homem com o meio ambiente. Ns, de fato, reconhecemos que Deus todo-poderoso escreveu dois livros, a natureza e a revelao [...] (Lineu, 1765) O confronto entre certas criaes ficcionais e a dinmica da colonizao nos leva a percorrer interessantes caminhos da Histria, da Literatura e das Cincias da Natureza. Se a histria registrou o intenso intercmbio de produtos e idias, que ocorreu entre Portugal e Brasil, via Atlntico, a partir da descoberta do Novo Mundo, alguns escritores do Modernismo brasileiro revisitaram e recriaram esse passado. No que se refere s expedies cientficas portuguesas pelo Brasil, o historiador Oswaldo Munteal Filho lembra que, na segunda metade do século XVIII, Portugal impulsionou a elaborao de um projeto de confeco de uma Histria Natural de suas colnias, tendo como espao de criao cultural e reflexiva a Academia Real das Cincias de Lisboa. Esse empreendimento, no entanto, no teria sido possvel sem as viagens imaginrias do intelectual ilustrado Domenico Agostino Vandelli, um dos principais articuladores da poltica portuguesa dirigida s colnias no mbito da Academia. Segundo seu pensamento, era preciso munir os naturalistas com ferramentas capazes de desvendar um Brasil desconhecido do ponto de vista da cincia e ainda intocado quanto s potencialidades de seus elementos naturais. Portanto, o olhar do naturalista deveria passar, primeiro, pelo utilitrio: as virtudes das plantas medicinais, os usos dos gneros exticos, o aproveitamento do reino animal e mineral e a fertilidade das extensas terras. Reordenar a Natureza, no mais de forma alegrica, mas atravs da observao e experincia figurava-lhe como medida necessria e urgente. A par disso e instrudos conforme o livro Viagens filosficas ou dissertaes sobre as importantes regras que o filsofo naturalista, nas suas peregrinaes, deve principalmente observar, alunos da Universidade de Coimbra, onde Vandelli era professor de Histria Natural e Qumica, so preparados para explorar as colnias ultramarinas (p. 483-518).
A percepo da ordem e a conscincia do tempo em Mari no perodo Paleo-Babilnico (séc. XIX- XVIII a. C.)
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O presente estudo tem como objectivo estudar as questes do tempo e da ordem no reino de Mari. A anlise destas questes evidencia dois aspectos importantes: por um lado, a convergncia de duas culturas distintas uma cultura acdica, tipicamente mesopotmica, e uma cultura amorrita, mais ocidental num mesmo espao e, por outro lado, a importncia do reino de Mari como um estudo de caso que retrata, por vezes com grande pormenor, a influncia da penetrao dos povos nmadas nas terras da Mesopotmia e as suas repercusses nos vrios domnios da vida pblica. Estudar a ordem implica compreender a organizao do mundo e da sociedade, bem como a relao entre as esferas humana e celeste. Estudar o tempo implica, por sua vez, entender como o homem se posiciona no espao, como entende a sua histria e o seu destino. Uma anlise focada nestes dois temas permitir-nos-, pois, compreender qual era o verdadeiro sentido da vida e do mundo para o homem de Mari. Como veremos, para o mariota, a vida assentava numa intensa dinmica na qual a famlia detinha o papel principal: era ela que o enquadrava na sociedade, que lhe permitia participar nos destinos da vida pblica e receber as devidas honras aps a morte. Nesta perspectiva, a famlia e os laos de sangue adquiriam um papel preponderante em vrios domnios da vida humana. Eram os laos consanguneos que imperavam aquando da escolha de aliados e partidrios. Por outro lado, o culto do parentesco impunha uma viso da histria segundo a qual o tempo passado se afirmava como o grande modelo terico das aces desenvolvidas no quotidiano (no presente). Paralelamente famlia, o homem de Mari acreditava que no mundo divino residia a sua verdadeira esperana de levar uma vida feliz. A imagem de uma teocracia, onde homem e deus partilhavam o mesmo destino, transversal a todo o pensamento e aco do homem de Mari. Nesta tese, propomos desenvolver um estudo de conjunto, uma anlise transversal que abranja todos os aspectos da vida social e humana: a religio, a poltica, a cultura e a sociedade