Descrição, trajetórias ontogenéticas de Holymenia clavigera (Herbst, 1784) e Anisoscelis foliacea marginella (Dallas, 1852)(Hemiptera: Coreidae) e interação com três espécies de passifloraceae

Holymenia clavigera (Herbst, 1784) e Anisoscelis foliacea marginella (Dallas, 1852) são hemípteros pouco estudados que ocorrem no sul do Brasil, sendo pertencentes a tribo Anisoscelidini (Coreidae). Observações preliminares indicam uma alta coexistência no uso de suas plantas hospedeiras (passifloráceas), bem como uma total semelhança morfológica dos ovos e ninfas. Este estudo objetivou descrever a morfologia genérica dos imaturos destes sugadores, bem como suas trajetórias de crescimento, uma vez que a única diferença aparente entre as espécies é uma crescente dilatação da tíbia do terceiro par de pernas de A. foliacea marginella. Por não apresentarem as formas das tíbias distintas visualmente nos primeiro e segundo ínstares, foi feita a morfometria geométrica destas. Holymenia clavigera (Herbst, 1784) e Anisoscelis foliacea marginella (Dallas, 1852) são hemípteros pouco estudados que ocorrem no sul do Brasil, sendo pertencentes a tribo Anisoscelidini (Coreidae). Observações preliminares indicam uma alta coexistência no uso de suas plantas hospedeiras (passifloráceas), bem como uma total semelhança morfológica dos ovos e ninfas. Este estudo objetivou descrever a morfologia genérica dos imaturos destes sugadores, bem como suas trajetórias de crescimento, uma vez que a única diferença aparente entre as espécies é uma crescente dilatação da tíbia do terceiro par de pernas de A. foliacea marginella. Por não apresentarem as formas das tíbias distintas visualmente nos primeiro e segundo ínstares, foi feita a morfometria geométrica destas. Concomitantemente, alguns aspectos relativos à interação com suas plantas hospedeiras foram investigados. Para tanto, foi avaliada a performance em três maracujás existentes no estado do Rio Grande do Sul, a partir do seguinte delineamento experimental: criação em Passiflora suberosa Linnaeus (tratamento um), em Passiflora misera Linnaeus (tratamento dois), em Passiflora edulis Sims (tratamento três) e nas três hospedeiras em conjunto (tratamento quatro). Os dois primeiros maracujás são espécies nativas e silvestres, além de serem mais semelhantes em tamanho que o terceiro maracujá, nativo e cultivado, que apresenta maior porte. A performance foi mensurada através do tempo de desenvolvimento e sobrevivência ninfal, e tamanho dos adultos. A preferência alimentar destes coreídeos foi testada em três níveis: 1) em relação às estruturas de P. suberosa (região apical, folha, caule, botão, fruto verde); 2) em relação aos parâmetros espécie e idade dos frutos de P. suberosa e P. misera, uma vez que o fruto foi a estrutura preferida e contém duas fenofases marcadamente distintas e 3) em relação às três espécies de passifloráceas utilizadas no experimento de performance. Os frutos verdes e violáceos de P. suberosa e P. edulis foram também avaliados quimicamente quanto ao pH, teor de água, nitrogênio total, carbono orgânico, fenóis totais e antocianinas. Paralelamente, um trabalho de campo de 09 de janeiro a 22 de março de 2003 (intervalos amostrais de quinze dias) visou a determinar as partes de P. suberosa mais utilizadas para alimentação e outras atividades. Por fim, caracterizou-se a morfologia genérica do aparelho bucal e analisou-se por meio de técnicas histológicas os tecidos da folha de P. suberosa (parênquima, xilema e floema) e as regiões dos frutos (pericarpo e semente) utilizados por ninfas de quinto instar e adultos de ambas as espécies. Os ovos foram idênticos em sua morfologia e ultraestrutura, diferindo apenas na magnitude, sendo maiores aqueles pertencentes a H. clavigera. Proporcionalmente, um número maior de processos micropilares foram encontrados nesta espécie. A exceção do alargamento da tíbia, que tornou-se conspícuo a partir do terceiro instar e do aspecto das ninfas de quinto instar de um modo geral, os ínstares foram também idênticos na morfologia, ultraestrutura e coloração. Porém, as trajetórias de crescimento e os coeficientes alométricos das estruturas mensuradas diferiram significativamente entre as espécies. A forma das tíbias de H. clavigera e A. foliacea marginella não foram diferentes no primeiro, mas sim no segundo instar ninfal. Para ambas as espécies, a performance foi superior em P. suberosa quando comparada com P. misera e P. edulis, apenas não diferindo do tratamento misto. A criação em apenas P. edulis resultou na pior performance para ambos os coreídeos. Não houve efeito do sexo e da espécie de coreídeo nas performances. As ninfas de primeiro instar de ambos os sugadores utilizaram mais a região apical. H. clavigera utilizou preferencialmente os frutos nos demais ínstares e no estágio adulto, o que apenas ocorreu em A. foliacea marginella do quarto instar em diante. Os frutos verdes foram selecionados por ambos os coreídeos quando em comparação com os violáceos, tanto em P. suberosa quanto em P. misera. Contudo, estes não foram selecionados segundo o atributo espécie. Os fenóis totais diminuíram à medida em que o fruto amadurece, ocorrendo o contrário com as antocianinas. O teor de água foi também maior nos frutos verdes. Quando comparados com P. suberosa, os frutos de P. misera de ambas as idades apresentaram maior teor de carbono orgânico, ocorrendo o contrário em relação ao nitrogênio total. H. clavigera não demonstrou preferência por nenhuma passiflorácea, e A. foliacea marginella utilizou mais P. misera e P. suberosa em detrimento de P. edulis. Em campo, os frutos verdes e as folhas maduras de P. suberosa foram os substratos mais utilizados para alimentação e descanso, respectivamente, independente da constante abundância de todas as estruturas. O rostro não apresentou diferenças morfológicas entre espécies e idades. Os imaturos e os adultos de ambas as espécies utilizaram o xilema na quase totalidade dos casos, raramente fazendo uso do floema. Registrou-se um uso de todas as partes do fruto, incluindo as sementes para ambos os coreídeos e estágios. Diante o exposto, o panorama atual aponta para uma grande semelhança morfológica e ecológica entre H. clavigera e A. foliacea marginella, que são provavelmente espécies simpátricas. A extrema semelhança dos estágios imaturos, adicionada ao semelhante padrão de uso de suas hospedeiras aponta para uma alta coexistência devido à parcimônia nas fases imaturas após a especiação, convergência evolutiva ou mimetismo Mülleriano.

Index to Fors clavigera. Letters to the workmen and labourers of Great Britain.

In original grey boards.

Fors clavigera : letters to the workmen and labourers of Great Britain /

Originally issued in 96 parts, from 1871 to 1884.

Fors clavigera. letters to the workmen and labourers of Great Britain.

Vol. 1: Second mail edition.

Fors clavigera.

Mode of access: Internet.

IMPOSEX AS AN INDICATOR OF ORGANOTIN POLLUTION AT RIO DE JANEIRO SOUTH COAST: SEPETIBA AND ILHA GRANDE BAYS

Imposex is the development of male sexual characteristics, i.e., penis and/or vas deferens in females of dioecious gastropods. This phenomenon has been associated to the use of the organotin based marine antifouling paints and used worldwide as a bioindicator of pollution by the TBT (antifouling agent) as well as to evaluate the related ecological impact. This study reports imposex in Stramonita haemastoma at south coast of Rio de Janeiro State (Brazil), specifically at Sepetiba and Ilha Grande Bays. All the stations where snails were found have shown imposex. Ilha Grande Bay presented the highest values of imposex indices when compared to Sepetiba Bay. The results suggest that high concentration of shipping activities and coastal morphology are the principal causes at the most polluted sites.

Mineralogy and nannoplankton distribution in ODP Hole 194-1195A

Significant synchronous shifts in the chemistry, mineralogy, grain sizes and color of the sediments at 6 m below sea floor (mbsf) at ODP Site 1195 on the Marion Plateau (NE Australia) are interpreted to reflect a major regional paleoceanographic change: the initiation of the southern province of the Great Barrier Reef (GBR). The onset of this massive carbonate production centre nearby resulted primarily in increased deposition of carbonate-rich sediments of neritic origin. Both sedimentation rate and terrigenous input record a coincident decline attributed to inshore trapping of materials behind the reefs. Our best estimate places the development of reef framework in the southern part of the GBR between 560 and 670 kyr B.P., based on an age model combining magnetostratigraphic and biostratigraphic data. The proposed estimation agrees with previous studies reporting an age between 500 and 930 kyr B.P., constraining more tightly their results. However, it does not support research placing the birth of the GBR in Marine Isotope Stage (MIS) 11 (~400 kyr), nor the theory of a worldwide modern barrier reef development at that time.

Calcareous nannofossils and planktic foraminiferal assemblages of ODP Hole 198-1210A

Calcareous nannofossil and planktic foraminiferal assemblages from ODP Hole 1210A in the northwestern Pacific Ocean were used to reconstruct surface-water conditions for the past 500 kyr. Stratigraphic control was provided by calcareous nannofossil events that are thought to be synchronous over a broad range of latitudes. Calcareous nannofossil and planktic foraminiferal assemblages and abundance patterns indicate the unlikelihood of long term (Milankovitch-scale) latitudinal shifts of the Kuroshio Extension over the last 500 kyr and illustrate two successive surface water-mass states, one that prevailed prior to 300 ka and one that existed after 300 ka. The relative abundance of very small placoliths and the absolute abundance of the upper photic zone (UPZ) coccolith species decrease abruptly at approximately 300 ka. The relative abundance of the lower photic zone (LPZ) species Florisphaera profunda greatly increases at the same time, although intervals during which the relative abundance of this taxon is very low or absent also occur prior to 300 ka. The absolute abundance of planktic foraminifera gradually increased after the 300-ka boundary, including peaks of Globoconella inflata. These assemblage and abundance changes suggest significant modifications to the surface water-mass structure. Surface water was weakly stratified prior to 300 ka, but alternated between intensely stratified and vertically mixed after 300 ka. Changes in the surface water-mass structure suggest an intensification of the East Asian summer and winter monsoon after 300 ka.

Neogene calcareous nannofossil abundance and datums of ODP Site 186-1150 and 186-1151 sediments

Calcareous nannofossil assemblages were studied from Ocean Drilling Program Holes 1150A, 1150B, 1151A, 1151C, and 1151D in order to estimate the age of sediments drilled in the Japan Trench of the western Pacific Ocean. The abundance and species diversity of nannofossil flora are generally low but are sufficient to show that the sedimentary sequences range from Quaternary to Miocene in age (nannofossil Zones CN15-CN3). The abundance of Coccolithus pelagicus, a cold-water indicator, was studied from sediments younger than 3.83 Ma from both Holes 1150A and 1151A in order to elucidate past climate conditions. Between 3.83 and 2.82 Ma, the abundance of C. pelagicus was generally low, but abundance increased significantly after 2.82 Ma. In agreement with previous studies, this increase appears to be related to a change in the current system around the western Pacific Ocean and eastern Atlantic Ocean that occurred in response to the final elevation of the Isthmus of Panama.

Nannoplankton of multi-net samples, sediment surface and sediment core samples from the northern Arabian Sea

Recent nannoplankton from the "Meteor"-stations M 242, M 243 and M 245 in the northern Arabian Sea were studied by means of the light and electron microscope, and 19 species were found. The nannoplankton assemblage of the northern Arabian Sea is compared with those of the eastern and western Mediterranean Sea and the Atlantic Ocean. Gephyrocapsa oceanica (Kamptner), Cyclococcolithus leptoporus (Murray & Blackman), Emiliania huxleyi (Lohmann), Helicopontospbaera kamptneri (Hay & Mohler), and Umbilicosphaera mirabilis (Lohmann) are the most common species in the northern Arabian Sea. Reworked nannoplankton and nannoplankton species agglutinated by tintinnids are discussed.

Biostratigraphy of sediment core CRP-3 from the Ross Sea, Antarctica

Early Oligocene siliceous microfossils were recovered in the upper c. 193 m of the CRP-3 drillcore. Although abundance and preservation are highly variable through this section, approximately 130 siliceous microfossil taxa were identified, including diatoms, silicoflagellates, ebridians, chrysophycean cysts, and endoskeletal dinoflagellates. Well-preserved and abundant assemblages characterize samples in the upper c. 70 m and indicate deposition in a coastal setting with water depths between 50 and 200 m. Abundance fluctuations over narrow intervals in the upper c. 70 mbsf are interpreted to reflect environmental changes that were either conducive or deleterious to growth and preservation of siliceous microfossils. Only poorly-preserved (dissolved, replaced, and/or fragmented) siliceous microfossils are present from c. 70 to 193 mbsf. Diatom biostratigraphy indicates that the CRP-3 section down to c. 193 mbsf is early Oligocene in age. The lack of significant changes in composition of the siliceous microfossil assemblage suggests that no major hiatuses are present in this interval. The first occurrence (FO) of Cavitatus jouseanus at 48.44 mbsf marks the base of the Cavitatus jouseanus Zone. This datum is inferred to be near the base of Subchron C12n at c. 30.9 Ma. The FO of Rhizosolenia antarctica at 68.60 mbsf marks the base of the Rhizosolenia antarctica Zone. The FO of this taxon is correlated in deep-sea sections to Chron C13 (33.1 to 33.6 Ma). However, the lower range of R. antarctica is interpreted as incomplete in the CRP-3 drillcore, as it is truncated at an underlying interval of poor preservation: therefore, an age of c. 33.1 to 30.9 Ma is inferred for interval between c. 70 and 50 mbsf. The absence of Hemiaulus caracteristicus from diatom-bearing interval of CRP-3 further indicates an age younger than c. 33 Ma (Subchron C13n) for strata above c. 193 mbsf. Siliceous microfossil assemblages in CRP-3 are significantly different from the late Eocene assemblages reported CIROS-1 drillcore. The absence of H. caracteristicus, Stephanopyxis splendidus, and Pterotheca danica, and the ebridians Ebriopsis crenulata, Parebriopsis fallax, and Pseudoammodochium dictyoides in CRP-3 indicates that the upper 200 m of the CRP-3 drillcore is equivalent to part of the stratigraphic interval missing within the unconformity at c. 366 mbsf in CIROS-1.

Diatom events and Neogene nannofossils of ODP Hole 201-1225A

Shipboard investigation of magnetostratigraphy and shore-based investigation of diatoms and calcareous nannofossils were used to identify datum events in sedimentary successions collected at Ocean Drilling Program (ODP) Leg 201 Site 1225. The goal was to extend the magnetic record previously studied at the same site, ODP Leg 138 Site 851, and provide a comprehensive age model for Site 1225. Two high-magnetic intensity zones at 0-70 and 200-255 meters below seafloor (mbsf) were correlated with lithologic Subunits IA and IC in Hole 1225A. Subunit IA (0-70 mbsf) contains the magnetic reversal record until the Cochiti Subchronozone (3.8 Ma) and has a sedimentation rate of 1.7 cm/k.y. This agrees with previous work done at Site 851. Subunit IC (200-255 mbsf) was not sampled at Site 851. Diatom and nannofossil biostratigraphy constrained this subunit, and we found it to contain the magnetic reversal record between Subchrons C4n.2r and C5n.2n (8.6-9.7 Ma), yielding a sedimentation rate of 2.7 cm/k.y. Biostratigraphy was used to establish the sedimentation rates within Subunits IB and ID (70-200 mbsf and 255-300 mbsf, respectively). These subunits had higher sedimentation rates (~3.4 cm/k.y.) and coincide with the late Miocene-early Pliocene biogenic bloom event (4.5-7 Ma) and the Miocene global cooling trend (10-15 Ma). High biogenic productivity associated with these subunits resulted in the pyritization of the magnetic signal. In lithologic Subunit ID, basement flow is another factor that may be altering the magnetic signal; however, the good correlation between the biostratigraphy and magnetostratigraphy indicates that the magnetic record was locked-in near the seafloor and suggests the age model is robust.