940 resultados para Ficção histórica portuguesa História e crítica


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A presente dissertao discute a representao do passado em A Costa dos Murmrios. Analisa-se a maneira pela qual o perodo colonial retratado na obra, investigando as estratgias utilizadas por Ldia Jorge, para conceber um registro diferenciado desse tempo histrico. A história de Portugal reavaliada criticamente, provocando uma ruptura com os padres ideologicamente estabelecidos. Verses at ento negligenciadas, passam a contribuir fortemente para um conhecimento pluralista do passado lusitano. O estudo revela a desconstruo do discurso oficial efetuada pelo romance, que relativiza as verdades propagadas pelo cnone. O trabalho verifica de que forma a narrativa de Jorge promove a articulao entre história e ficção, problematizando a tradicional distino entre elas. Alm disso, procura-se identificar como o romance A Costa dos Murmrios dialoga com as inovadoras teses de Hayden White, Walter Benjamin, Linda Hutcheon, entre outras, surgidas no clima de renovao epistemolgica que se instalou a partir de meados do sculo XX

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O objetivo da presente dissertao entender como ocorre a ficcionalizao da memria da guerra colonial portuguesa nos romances Os Cus de Judas e A Costa dos Murmrios e as estratgias usadas pelos autores para expressar essa memria em termos literrios. Essas narrativas ao constatarem o colapso da antiga utopia colonialista do discurso nacional portugus, propem uma reviso dos antigos valores nacionais e da retrica do regime salazarista, que afetou de forma profunda a vida dos autores. Em ambas as narrativas, a experincia da guerra reconstruda atravs do testemunho e da reavaliao das reminiscncias do passado das personagens, o que confere s obras um perfil confessional. Ao desmontar o tradicional relato histrico, relativizando verdades universalmente aceitas, a ficção visa preencher as lacunas do discurso histrico oficial, entendido como uma escritura dos vencedores. O confronto entre a memria individual resgatada pelas personagens e a memria legitimada da nao tem uma funo redentora sobre o passado na medida em que interrompe a lgica dominante no momento presente. O estudo das referidas obras individualmente concludo com uma anlise sob o vis comparativo que visa estabelecer semelhanas e possveis discrepncias na forma de representao das memrias da guerra colonial

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Alexandre Herculano foi uma figura muito importante na História de Portugal. Primeiramente como historiador, recolhendo materiais que continham a História da Nao e que serviu como estudo para a preservao e divulgao de um passado glorioso. Como intelectual, engajou-se na poltica e assuntos sociais em benefcio da nao portuguesa. Escrevendo e publicando artigos em importantes jornais e revistas da poca, ou seja, o sculo XIX, sua figura identifica-se com a de um intelectual. Como tal, denunciou e alertou o povo sobre seus principais direitos e deveres como cidados portugueses. Sua grande preocupao tambm era em relao educao porque, segundo ele, Portugal estava atrasado em relao a outros pases europeus. Descrever Herculano como intelectual de Portugal uma das propostas deste trabalho

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)

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Alm de discutir as grandes questes da humanidade, como as cises polticas e as injustias sociais, os escritores oitocentistas imiscuram-se nas temticas do cotidiano, que se ajustaram aos contos perfeio. A vida domstica, antes restrita s quatro paredes, passou a ser problematizada nas narrativas curtas de ficção, talhadas para jogar luzes sobre o microcosmo das relaes familiares. Objetiva-se, com o presente trabalho, analisar por meio de onze contos pinados dentre a produo literria de cinco autores de relevncia no perodo conhecido como Regenerao, os conflitos com os quais a famlia portuguesa se deparou, assim como as sadas possveis diante das rgidas regras de decoro e civilidade que imperavam naquela sociedade. Por meio do enlace entre história e literatura pretende-se ampliar a compreenso das crenas e valores e a evoluo das mentalidades. Ao contriburem com a formao do pblico-leitor, atrado pelos dilemas entre a tradio e a inovao, os escritores do sculo XIX elevaram o romance sua expresso mxima. E aprofundaram as fissuras de um mundo em transio

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Este trabalho tem como objetivo principal entender, a partir da anlise do romance As naus, de Antnio Lobo Antunes, as faces do sujeito ps-moderno e suas escolhas diante de uma sociedade lquida e fluida. Nesse romance, homens da contemporaneidade e mitos da história encontram-se em um tempo comum e convivem naturalmente na cidade de Lisboa. Alguns personagens desse romance, publicado em 1988, servem de base para a reflexo de uma sociedade fragmentada e marcada pelo deslocamento constante dos sujeitos que a compem. A excentricidade grande marca do homem que se encontra perdido no tempo e espao retratado em As naus e essa marginalizao contribui para a constante busca e necessidade de reconstruo da identidade nacional. A partir de conceitos como riso e carnavalizao, possvel desconstruir fatos da história portuguesa, entendidos como verdade absoluta durante sculos, e que, na contemporaneidade, no apresentam o sentido de outrora. Desta maneira, esta dissertao mostra o humor presente na obra de Antnio Lobo Antunes e desmistifica nomes, fatos e o imprio glorioso de Portugal; mostra ainda como na obra o passado utilizado para se desconstruir criticamente o presente, atravs da metaficção historiogrfica. Em suma, o desembarque desprovido de glria em Lisboa dos antigos heris ilustres, cinco sculos depois de terem partido, o fato culminante dessa elaborada antiepopeia

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O presente trabalho procura, de forma sucinta, descrever o processo de confronto da nao alem com o seu passado nacional-socialista, um processo que se tem vindo a desenrolar num mbito poltico, jurdico e social desde h mais de seis dcadas. Pretende-se ainda argumentar que o perodo em que a Alemanha viveu sob o domnio nazi, elemento incontornvel da prpria narrativa nacional, tem sido amplamente representado quer na literatura, quer no cinema, tanto por sujeitos da chamada primeira gerao, como tambm pelas geraes que nasceram aps 1945, indivduos cuja influncia do passado familiar e/ou interesse pela memria histórica do pas constituem a matriz das suas obras.

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Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Doutor em Antropologia

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Esta dissertao analisa os recursos metaficcionais nos contos e romances de Rubem Fonseca, incluindo os que tratam de eventos e personagens histricos, fundindo, assim, ficção e História. Para tanto, nos apoiamos em tericos que se debruam sobre a metaficção, esta tendncia que marca o Ps-Modernismo em literatura, a exemplo de Linda Hutcheon (1991), Patricia Waugh (2003) e Gustavo Bernardo (2010). Um dos escritores brasileiros mais respeitados dentro e fora de nossas fronteiras, Fonseca estreia nos anos 1960 trilhando um caminho prprio dentro da prosa de ficção brasileira, no s pelas narrativas violentas, faceta pela qual ele mais conhecido, mas tambm pelo carter autorreflexivo, autoconsciente e digressivo de seus textos. Acusado de ser repetitivo, nota-se que, se verdade que seus personagens em geral so tipos (o artista culto, o detetive, o garanho), ele costuma experimentar na forma, variando os focos narrativos de maneira a entretecer camadas narrativas e parodiar gneros: O caso Morel, por exemplo, um romance policial que implode o romance policial; o conto "H.M.S. Cormorant em Paranagu", por seu turno, uma homenagem segunda gerao romntica brasileira, representada por lvares de Azevedo, em uma conformao ps-moderna de pastiche. A obra cinquentenria de Rubem Fonseca joga luz sobre questes que esto na ordem do dia, como o trip artista-sociedade-mercado, e introduz um outro olhar sobre o passado histrico - incluindo a História da cultura, principalmente da literatura. As narrativas aqui analisadas testam os limites que separam ou no a ficção da dita realidade, e so por ns classificadas nas seguintes categorias: autobiografia romanceada, romance biogrfico, romance histrico ps-moderno, pastiche, metaficção historiogrfica e metaficção policial.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Esta dissertao analisa os recursos metaficcionais nos contos e romances de Rubem Fonseca, incluindo os que tratam de eventos e personagens histricos, fundindo, assim, ficção e História. Para tanto, nos apoiamos em tericos que se debruam sobre a metaficção, esta tendncia que marca o Ps-Modernismo em literatura, a exemplo de Linda Hutcheon (1991), Patricia Waugh (2003) e Gustavo Bernardo (2010). Um dos escritores brasileiros mais respeitados dentro e fora de nossas fronteiras, Fonseca estreia nos anos 1960 trilhando um caminho prprio dentro da prosa de ficção brasileira, no s pelas narrativas violentas, faceta pela qual ele mais conhecido, mas tambm pelo carter autorreflexivo, autoconsciente e digressivo de seus textos. Acusado de ser repetitivo, nota-se que, se verdade que seus personagens em geral so tipos (o artista culto, o detetive, o garanho), ele costuma experimentar na forma, variando os focos narrativos de maneira a entretecer camadas narrativas e parodiar gneros: O caso Morel, por exemplo, um romance policial que implode o romance policial; o conto "H.M.S. Cormorant em Paranagu", por seu turno, uma homenagem segunda gerao romntica brasileira, representada por lvares de Azevedo, em uma conformao ps-moderna de pastiche. A obra cinquentenria de Rubem Fonseca joga luz sobre questes que esto na ordem do dia, como o trip artista-sociedade-mercado, e introduz um outro olhar sobre o passado histrico - incluindo a História da cultura, principalmente da literatura. As narrativas aqui analisadas testam os limites que separam ou no a ficção da dita realidade, e so por ns classificadas nas seguintes categorias: autobiografia romanceada, romance biogrfico, romance histrico ps-moderno, pastiche, metaficção historiogrfica e metaficção policial.

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Esta dissertao analisa os recursos metaficcionais nos contos e romances de Rubem Fonseca, incluindo os que tratam de eventos e personagens histricos, fundindo, assim, ficção e História. Para tanto, nos apoiamos em tericos que se debruam sobre a metaficção, esta tendncia que marca o Ps-Modernismo em literatura, a exemplo de Linda Hutcheon (1991), Patricia Waugh (2003) e Gustavo Bernardo (2010). Um dos escritores brasileiros mais respeitados dentro e fora de nossas fronteiras, Fonseca estreia nos anos 1960 trilhando um caminho prprio dentro da prosa de ficção brasileira, no s pelas narrativas violentas, faceta pela qual ele mais conhecido, mas tambm pelo carter autorreflexivo, autoconsciente e digressivo de seus textos. Acusado de ser repetitivo, nota-se que, se verdade que seus personagens em geral so tipos (o artista culto, o detetive, o garanho), ele costuma experimentar na forma, variando os focos narrativos de maneira a entretecer camadas narrativas e parodiar gneros: O caso Morel, por exemplo, um romance policial que implode o romance policial; o conto "H.M.S. Cormorant em Paranagu", por seu turno, uma homenagem segunda gerao romntica brasileira, representada por lvares de Azevedo, em uma conformao ps-moderna de pastiche. A obra cinquentenria de Rubem Fonseca joga luz sobre questes que esto na ordem do dia, como o trip artista-sociedade-mercado, e introduz um outro olhar sobre o passado histrico - incluindo a História da cultura, principalmente da literatura. As narrativas aqui analisadas testam os limites que separam ou no a ficção da dita realidade, e so por ns classificadas nas seguintes categorias: autobiografia romanceada, romance biogrfico, romance histrico ps-moderno, pastiche, metaficção historiogrfica e metaficção policial.

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Este trabalho tem como objetivo investigar pontos de convergncia nas obras de dois autores britnicos, Angela Carter (1940-1992) e China Miville (1972- ). Os romances a serem estudados so Nights at the circus (1984) e The infernal desire machines of Doctor Hoffman (1972), de Angela Carter, e Perdido Street Station (2000) e The city & the city (2009), de China Miville, e, como ponto de partida, ambos demonstram elos representativos com a ficção de gnero, evidenciados pelas obras escolhidas. Ao esmiuar paralelos entre os romances, busca-se em especial dissecar as intersees temticas e estilsticas, bem como as divergncias e contradies que despertem interesse. Entre os temas investigados est a alteridade e o hibridismo ambos autores fazem uso de personagens ex-cntricos e usam o hibridismo de modo a acentuar a Alteridade reservada ao Outro. Tambm ser examinada a abordagem dos autores ficção de gnero e o tratamento reservado aos tropos e clichs da Ficção Cientfica e da Fantasia. Por fim, a pesquisa observar o conceito que ambos compartilham de que discursos podem no ser uma mera reflexo da realidade, mas tambm criar e moldar o que tomamos por real. A todos os temas so aplicadas a teoria e crítica do ps-modernismo, alm do material especfico que lida com a ficção especulativa, Fantasia e Ficção Cientfica

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A partir da leitura crítica de Mafalda, obra do cartunista argentino Quino, e alicerados no conceito de hegemonia de Gramsci, sobretudo na noo de contra-hegemonia, buscamos analisar as possibilidades de se construir coletivamente sentidos contra-hegemnicos no ensino de História a partir do que chamamos de crítica aos elementos caractersticos da sociedade burguesa (a democracia, o individualismo, o estmulo ao consumo, a propriedade privada, a naturalizao das diferenas, a competio, dentre outros). As contribuies de Gramsci ao campo da Educao, como o vnculo dialtico entre as relaes hegemnicas e pedaggicas, sua concepo da escola como um destacado aparelho privado de hegemonia, alm das reflexes sobre os intelectuais e sua ao pedaggica na construo/difuso/legitimao de consensos, constituem pilares fundamentais das anlises. esforo fundamental da pesquisa identificar em que medida os professores, conscientes de seus vnculos de classe e compromissados com as classes dominadas, podem atuar como educadores-intelectuais orgnicos estas classes, no mbito da escola, tornando-a uma trincheira sob o conceito gramsciano de guerra de posio contra a hegemonia burguesa. Em termos metodolgicos, foram selecionadas quinze tiras de Mafalda (divididas em onze temas os elementos que caracterizam a sociedade burguesa), presentes na obra Toda Mafalda (2002), no intuito de subsidiar as reflexes aqui esboadas. Obviamente, todo recorte ideolgico e nenhuma escolha neutra. As tiras escolhidas, longe de sintetizarem o olhar do artista argentino a respeito da burguesia, atendem aos objetivos deste trabalho.