14 resultados para Estomia


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O objeto deste estudo são as repercussões do estoma intestinal por Câncer na promoção da saúde sexual de mulheres. A investigação sobre a promoção da saúde sexual da mulher com estoma torna-se instigante frente à condição imposta pela cirurgia, em interface com os constructos sócio-histórico-culturais relacionados aos papéis sociais, os quais podem influenciar na forma como as mulheres promovem sua saúde sexual. Esta pesquisa teve por objetivos: conhecer os aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais anteriores e posteriores à confecção do estoma intestinal definitivo em mulheres; analisar as repercussões do estoma na promoção da saúde sexual de mulheres; e propor estratégias de cuidar de enfermagem às mulheres com estoma para autopromoção da saúde sexual, considerando a Teoria de Promoção da Saúde de Nola Pender. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, tendo como sujeitos 14 mulheres com estomia intestinal definitiva, após terem sido acometidas por Câncer. O referencial teórico-metodológico utilizado foi a Promoção da Saúde de Nola Pender, o qual, a partir da identificação dos fatores biopsicossociais e comportamentais, busca incentivar atitudes saudáveis, visando ao bem-estar como proposta de promoção da saúde. O cenário foi o Centro Municipal de Reabilitação Oscar Clark, localizado no município do Rio de Janeiro. Para a produção dos dados foi realizada a técnica de entrevista semiestruturada, utilizando um roteiro pré-elaborado, com base no diagrama de Nola Pender. A análise de conteúdo dos discursos obtidos permitiu criar três categorias: a) perfil sociocultural, psicobiológico e comportamental de mulheres com estoma: uma caracterização antes e após a cirurgia; b) conhecimentos, influências e sentimentos da mulher com estoma sobre a promoção da saúde sexual após a cirurgia; c) resultado do comportamento para promoção da saúde sexual após o estoma: um processo em construção. Os fatores determinantes do comportamento para a promoção da saúde sexual envolveram as condições biológicas, especialmente em decorrência dos efeitos colaterais da radioterapia, além de um processo complexo permeado por fatores sociais, incluindo o estigma, as desigualdades de gênero, as relações de poder, dentre outros valores que norteiam o comportamento humano. As mudanças experienciadas requereram das mulheres o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento à nova situação, com a necessidade de adaptações comportamentais para a vivência e promoção da saúde sexual. Tais adaptações refletiram em um aprendizado pontual, da ordem do vivido, o qual perpassou pela falta de orientação em saúde e pelas questões socioculturais. Com isso, a vivência da sexualidade foi considerada a principal barreira para a promoção da saúde sexual. Já os comportamentos direcionados à prevenção de agravos à saúde sexual foram percebidos como as ações que mais proporcionam benefícios. Neste cenário, a consulta de enfermagem apresenta-se como um instrumento relevante na assistência clínica-educativa. Este estudo contribui para um aprofundamento do conhecimento acerca da promoção da saúde sexual de mulheres com estoma e sinaliza propostas para a atuação do enfermeiro na assistência a essas pessoas.

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O avanço e a modernização tecnológica e farmacológica nos diversos campos de atenção a saúde, tem garantido a sobrevivência de muitas crianças, especialmente as que nascem ou são portadoras de distúrbios funcionais complexos. Entretanto, se por um lado estes avanços tecnológicos permitiram a sobrevivência de crianças com diferentes distúrbios fisiológicos, por outro, gerou crianças com necessidades especiais de saúde, como as estomizadas. A emergência da criança estomizada e seu crescimento no território nacional circunscreve a problemática do estudo, uma vez que para o atendimento das demandas de cuidados desta criança, é necessário transcender os cuidados habituais, uma vez que a criança estomizada requer cuidados específicos. Objeto de estudo: o cuidado familiar à criança com estomia intestinal no contexto domiciliar. Objetivos: descrever os locais e pessoas com quem os familiares cuidadores aprenderam a cuidar da criança com estomia intestinal, identificar as práticas de cuidados realizadas pelos cuidadores e discutir os desafios que os familiares cuidadores encontraram para atender as demandas de cuidados das crianças com estomias intestinais no domicilio. Acreditando que os familiares adquirem conhecimentos para cuidar das crianças com estomias a partir de sua interação com outros sujeitos no seu ambiente social, os alicerces teóricos deste estudo estão pautados na aprendizagem social de Vygotsky e no Cuidado Centrado na Família. Descrição metodológica: a pesquisa qualitativa foi desenvolvida segundo método criativo sensível, sendo implementadas as dinâmicas de criatividade e sensibilidade Mapa Falante e Corpo Saber no domicílio de seis grupos de familiares cuidadores. A análise de discurso francesa foi aplicada à interpretação e à explicação dos materiais empíricos emergentes do trabalho de campo. Resultados: O hospital, o ambulatório, o domicilio e o contexto societal, emergiram como locais de aprendizado dos familiares cuidadores, cuja mediação foi realizada por profissionais de saúde e pelas mães cuidadoras. A vivência diária dos familiares no cuidado a criança com colostomia e ileostomia, fizeram com que eles criassem novas possibilidades de cuidar através de tentativas, erros e acertos na busca por uma melhor qualidade de vida de seus filhos. Os desafios relacionados às dimensões subjetivas, da prática do cuidar, social e econômica representaram algumas das situações de enfrentamento vivenciadas pelos familiares. O estudo aponta a necessidade de repadronização dos cuidados, onde novos dispositivos tecnológicos de saúde sejam criados e disponibilizados para esta clientela. A falta desses dispositivos faz com que o familiar cuidador tenha a necessidade de adaptações no cuidado da criança a fim de tornar possível o atendimento das demandas relativas a cada etapa de seu desenvolvimento infantil. Além disso, novas políticas públicas de saúde devem ser pensadas a fim de atender integralmente às múltiplas demandas da criança portadora de colostomia ou ileostomia.

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Em estudo recente demonstramos que a infusão de células da medula óssea do doador após o transplante intestinal não aumentou a sobrevida do enxerto quando se utilizou series curtas de drogas imunossupressoras. OBJETIVO: Neste estudo avaliamos se a utilização de diferentes regimes de irradiação em associação com a infusão de medula óssea altera a sobrevida do enxerto e a morbidade sobre receptor. MÉTODOS: Realizou-se o transplante heterotópico de intestino delgado, utilizando-se ratos Lewis como receptores e da como doadores, imunossuprimidos com FK 506 na dose de 1mg/kg/dia por 5 dias e distribuídos em 4 grupos: G1 (n= 4), não irradiado e sem infusão de medula óssea; G2 (n= 6), G3 (n= 9) e G4 (n= 6) foram infundidos com 100 x 10(6) células de medula após o transplante. Grupos 3 e 4 foram irradiados com 250 e 400 rd respectivamente. Os animais foram examinados diariamente para a detecção de rejeição e reação do enxerto versus hospedeiro, tendo sido colhidas amostras semanais de sangue para estudos de quimerismose biopsias quinzenais da estomia. RESULTADOS: Animais nos G1 e G2 apresentaram rejeição mínima no 15º pós-operatório, enquanto a reação do enxerto versus hospedeiro foi caracterizada nos G3 e G4. Os níveis de quimerismo total e de células T foram maiores nos grupos irradiados em comparação aos não irradiados. A causa mortis nos G1 e G2 foi a rejeição enquanto que nos G3 e G4 foi a reação do enxerto versus hospedeiro. CONCLUSÃO: Concluímos que a utilização de baixas doses de irradiações retardam o aparecimento da rejeição, mas não previne a ocorrência da reação do enxerto versus hospedeiro.

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OBJETIVO: Apresentar o desvelamento crítico do Itinerário de Pesquisa Freireano na atenção à pessoa estomizada. MÉTODOS: Estudo qualitativo em saúde articulado com o referencial metodológico de Freire, que compreende a obtenção e análise dos dados nos círculos dialógicos, constituído por três momentos dialéticos, interdisciplinarmente entrelaçados: investigação temática, codificação e descodificação e desvelamento crítico. Ocorreu no período de abril de 2009 e fevereiro de 2010, com número irregular de participantes, no auditório da Unidade de Referência Especializada Presidente Vargas, no Município de Belém/PA. RESULTADOS: A deficiente qualificação dos profissionais de saúde foi um dos temas geradores mais relevantes, sendo desvelada a necessidade de implantação de um Programa de Educação Permanente na Atenção à pessoa estomizada. CONCLUSÃO: O desvelamento proposto constituiu uma vivência para que essas pessoas estomizadas habilitem-se a "ler o mundo" e, assim, conheçam e caminhem rumo à transformação de sua realidade.

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Pós-graduação em Enfermagem (mestrado profissional) - FMB

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Ostomized is every individual that, because of a traumatic or clinical condition, it required a surgery resulting in the externalization of a hollow organ through the skin, and such temporary or permanent condition. This study has the general objective to investigate the relationship between body image and self-esteem in these individuals; as well as to verify their levels of satisfaction with their body image regarding the aspect of appearance and to evaluate the degree of self-esteem related to that condition. This is a correlational research, cross-sectional, which was accomplished in an institution in support of these users of Rio Grande do Norte state, with location in Natal. There were used three sampling instruments: a structured general questionnaire covering socio-demographic and clinical data; the Satisfaction Scale with Appearance (SSA) and the Rosenberg Self-Esteem Scale (RSS). The information obtained was analyzed with the aid of an electronic spreadsheet software. The project is according with the resolution 466/12 of the National Health Council, It was approved by the Research Ethics Committee of UFRN, under number CAAE 19159713.5.0000.5537 in August 2013. The sample consisted of 93 participants with an average age of 50.4 years (SD = 15.4). In general they had low satisfaction with their body image (M = 66.9), as regards the appearance, although maintained high levels of self-esteem (M = 34.8). Therefore, It was found a positive correlation, moderate (ρ = 0.426) and statistically significant was found (p <0.001) from the application of the Spearman correlation test. Therefore, dissatisfaction with body image is an important issue to be observed by professionals who attend ostomizeds. however, it seems, other aspects are also influencing the level of self-esteem of these individuals, who were not able to be determined in this study.

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Ostomy is an open surgical origin, when it is necessary to deviate temporarily or permanently, the normal transit of food and / or deletions. The patient with ostomy disposal is faced with changes in their physiology, also emerging on the need to care collection bag. This study aimed to analyze the quality of life (QOL) of people living with ostomy Intestinal (EI), who attended the Pediatric and Adult Rehabilitation Center of Rio Grande do Norte (CRI / CRA-RN). It is an analytical study with cross-sectional design and quantitative approach, accomplished with 89 people who had EI. The study was approved by the Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Norte (CEP / UFRN), CAAE: 19866413.3.0000.5537. Held data collection in the period January-March 2015 using two instruments: an adapted general questionnaire covering socio-demographic, clinical and self-care and a specific instrument for assessing QOL of people with stoma titled as City of Hope Quality of Life - Ostomy Questionnaire (COH-QOL-Q), validated and adapted to Portuguese in 2010, composed of four areas, namely: Welfare Body (BEF), Welfare Psychological (BEP), Welfare (BES ) and Spiritual Well-Being (BEE). The collected data were entered into a database in Microsoft Excel 2007 spreadsheet application and processed in computerized software for descriptive and inferential analysis. The results showed that 83.1% had a colostomy and ileostomy 16.9%. Sociodemographic characteristics prevailed in males (57.3%), over 50 (57.3%), mulatto (46.1%), with presence of companion / a (57.3%), retired / beneficiaries (50.5%), monthly income above the minimum wage (68.5%) and who have studied up to elementary school (67.4%). Regarding clinical aspects, it was observed that the main cause that led to the making of the stoma was the neoplasm (59.6%) followed by trauma (21.3%). The sample showed people with stoma for more than six months (79.8%) of permanently (57.3%), in use sink equipment piece drainable (68.5%) of flat base (82.0%). With respect to self-care, 93.3% emptied and washed the bag alone (care related to hygiene) and 75.3% fixed the new exchange on the skin during the exchange (care related to the stock). Patients with more than six months of ostomy and had no partner (a) had higher averages of self-care related hygiene and purse. The average of respondents QoL scores was 68.90% for General QOL; 68.03% for the BEF; 68.38% for the BEP; 66.46% for BES and 75.41% for BEE. Among the aspects that influenced QOL included: physical strength, pain, suffering and gases (physical domain); appearance, care of the stoma and adaptation to new condition (psychological domain); isolation, interference in personal relationships and social activities (social domain) and going to church or synagogue, spiritual activities and positive change after ostomy (spiritual realm). Based on these results, it is concluded that this was a predominantly adult sample / elderly (between 50 and 70 years), with low education and the cause motivating the stoma, neoplasms. However, such findings did not pass at low percentage levels on the self-care capacity to deliver even at low QOL scores.

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Ostomy is an open surgical origin, when it is necessary to deviate temporarily or permanently, the normal transit of food and / or deletions. The patient with ostomy disposal is faced with changes in their physiology, also emerging on the need to care collection bag. This study aimed to analyze the quality of life (QOL) of people living with ostomy Intestinal (EI), who attended the Pediatric and Adult Rehabilitation Center of Rio Grande do Norte (CRI / CRA-RN). It is an analytical study with cross-sectional design and quantitative approach, accomplished with 89 people who had EI. The study was approved by the Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Norte (CEP / UFRN), CAAE: 19866413.3.0000.5537. Held data collection in the period January-March 2015 using two instruments: an adapted general questionnaire covering socio-demographic, clinical and self-care and a specific instrument for assessing QOL of people with stoma titled as City of Hope Quality of Life - Ostomy Questionnaire (COH-QOL-Q), validated and adapted to Portuguese in 2010, composed of four areas, namely: Welfare Body (BEF), Welfare Psychological (BEP), Welfare (BES ) and Spiritual Well-Being (BEE). The collected data were entered into a database in Microsoft Excel 2007 spreadsheet application and processed in computerized software for descriptive and inferential analysis. The results showed that 83.1% had a colostomy and ileostomy 16.9%. Sociodemographic characteristics prevailed in males (57.3%), over 50 (57.3%), mulatto (46.1%), with presence of companion / a (57.3%), retired / beneficiaries (50.5%), monthly income above the minimum wage (68.5%) and who have studied up to elementary school (67.4%). Regarding clinical aspects, it was observed that the main cause that led to the making of the stoma was the neoplasm (59.6%) followed by trauma (21.3%). The sample showed people with stoma for more than six months (79.8%) of permanently (57.3%), in use sink equipment piece drainable (68.5%) of flat base (82.0%). With respect to self-care, 93.3% emptied and washed the bag alone (care related to hygiene) and 75.3% fixed the new exchange on the skin during the exchange (care related to the stock). Patients with more than six months of ostomy and had no partner (a) had higher averages of self-care related hygiene and purse. The average of respondents QoL scores was 68.90% for General QOL; 68.03% for the BEF; 68.38% for the BEP; 66.46% for BES and 75.41% for BEE. Among the aspects that influenced QOL included: physical strength, pain, suffering and gases (physical domain); appearance, care of the stoma and adaptation to new condition (psychological domain); isolation, interference in personal relationships and social activities (social domain) and going to church or synagogue, spiritual activities and positive change after ostomy (spiritual realm). Based on these results, it is concluded that this was a predominantly adult sample / elderly (between 50 and 70 years), with low education and the cause motivating the stoma, neoplasms. However, such findings did not pass at low percentage levels on the self-care capacity to deliver even at low QOL scores.

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Na presença da estomia, o idoso pode apresentar maior grau de complicações e dificuldades no processo de adaptação, talvez porque a estomia envolva significados que dizem respeito à auto-imagem e à presença/aumento de dependência. Resgatar a necessidade do autocuidado do idoso em relação à saúde é fundamental para que, no cuidado, se obtenha sua participação e mobilização diária quanto à formulação do processo educativo em saúde. Este estudo tem como objetivos identificar as características do idoso estomizado, atendido em um serviço de estomaterapia e propor uma gerontotecnologia educativa que venha a contribuir no cuidado de idosos estomizados, à luz da Complexidade, de Edgar Morin. Foi realizada uma pesquisa, com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, tendo como local um serviço de estomaterapia, o qual possibilitou contato com fichas cadastrais e via telefone com os sujeitos e, depois, com o domicílio do idoso, no Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Os sujeitos do estudo totalizaram 4 (quatro) idosos, sendo três mulheres e um homem. Foram utilizados, como instrumento, o formulário e o ecomapa, e como técnicas, a entrevista, a observação assistemática e a gravação. Foram respeitadas as normas éticas. A análise dos dados deu-se por: 1) leitura exaustiva dos dados; 2) apresentação dos casos e seus ecomapas tendo como suporte a Complexidade de Edgar Morin; 3) redescoberta de conceitos, a priori, que ilustraram a visão do idoso com estomia: ser humano idoso estomizado complexo, saúde complexa do idoso estomizado, cuidado complexo ao idoso estomizado e sua família. Por fim, elaborou-se uma cartilha educativa, junto ao idoso, como facilitadora para o autocuidado. Quanto aos resultados, verificou-se que cada idoso estomizado está permeado por situações pontuais e, a partir disso, percebeu-se diferentes concepções recursivas e formas de enfrentamento na adaptação. A aceitação da mudança corporal e psicológica mostrou-se mais fácil, quando se verificou apoio familiar, instrução técnica anterior ou presença de pessoas conhecidas. O enfrentamento da doença e a possibilidade da morte são aspectos presentes para os idosos e que limitam suas atividades de vida diária. Assim, surgiram conceitos que contemplaram o ser humano em sua totalidade, com incertezas e significados. A visão que transcende a complexidade da estomia engloba um cuidado que busca integrar a família do idoso com estomia, estimulando-o ao autocuidado e ao acolhimento diário, reforçando a auto-estima, como estratégia de recomeço em meio a desafios permanentes: ser idoso e ter uma estomia. Lançar um novo olhar sobre a temática idoso estomizado é complexo, exigindo abordagem multidimensional das características que o envolvem. Acreditase que mudanças favoráveis poderão advir após implementação de um programa de educação em saúde que contemple a singularidade das questões que envolvem o idoso estomizado e suas necessidades.

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Objetivou-se conhecer como a pessoa com estomia vivência o processo de transição da dependência de cuidados ao autocuidado à luz da Teoria das Transições de Meleis. Pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa no Serviço de Estomaterapia do Hospital Universitário Dr Miguel Riet Corrêa Jr do Rio Grande/ RS/ Brasil com 27 pessoas com estomias definitivas por câncer. Os dados foram coletados nos mês de janeiro e fevereiro de 2014 por meio de entrevista com roteiro semiestruturado e submetidos à Análise de Conteúdo apoiada nas ideias da Teoria das Transições de Afaf I. Meleis. Constatou-se que a natureza da transição situou-se no processo tipo saúde/doença. A entrada no processo de transição deu-se a partir da consciência desencadeada pelo diagnóstico de câncer, reforçado pela cirurgia de estomização. O empenhamento surge ao dedicarem-se a construção do conhecimento para o autocuidado frente às mudanças na sua vida e na sua nova relação com seu corpo, mudando a visão de si, do mundo e dos outros. Destacou-se o espaço temporal como algo dinâmico e variavelmente indeterminável, sendo fundamental para que se organizem e reflitam acerca do seu novo viver, fortalecendo-se para que a transição progrida. Verificaram-se como fatores facilitadores do autocuidado a construção de um significado positivo à estomização, o preparo dessa experiência ainda no pré-operatório, a estabilidade emocional, a fé e a religiosidade e a sensação de normalidade adquirida a partir de uma imagem próxima da anterior. Referiram-se, ainda, ao fornecimento de forma gratuita pelo governo das bolsas coletoras, adjuvantes e acessórios e ao atendimento da equipe multiprofissional. Como fatores inibidores do processo de transição encontraram-se a visão distorcida de seu corpo, o despreparo para viver com a estomia, a instabilidade emocional, a desmotivação com afastamento de atividades prazerosas, o cuidado excessivo e/ou estendido e até mesmo a superproteção da família, as complicações como hérnias e prolapsos, a falta de atitudes positivas quanto à vida, a negação da bolsa coletora, as tentativas frustradas de omitir o uso da bolsa coletora, a falta do domínio do manuseio dos equipamentos, o afastamento do trabalho e as dificuldades financeiras. Além destas, o abandono do parceiro, atitudes negativas e estigmatizantes por parte da família e a baixa qualidade dos materiais fornecidos pelo governo. Como indicadores de resultados identificaram-se a confiança para realizar atividades anteriores, aceitação de sua situação, uma visão positiva de sua vida e da capacidade de compartilhar o seu cuidado com sua família. Considera-se a saída da transição quando este for capaz de dominar novas competências tanto para o cuidado físico ao realizar a troca da bolsa coletora quanto readequando sua imagem e autoconceito. Concluiu-se que o processo de transição da dependência de cuidados ao autocuidado da pessoa com estomia é complexo e carregado de subjetividades. É necessário que o enfermeiro estabeleça ações terapêuticas de enfermagem eficazes e eficientes, contribuindo para a promoção e reabilitação da saúde deste, auxiliando-o na aquisição de sua autonomia e independência, subsidiando seu autocuidado e bem-estar.