3 resultados para Epopeias animalescas


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Na Grécia antiga, era comum os alunos estudarem a grandeza da epopeia homérica de forma lúdica, a partir de breves histórias de animais, figuras que conheciam da fábula. O primeiro contacto com os poemas de Homero fazia-se, por isso, por acesso a textos de teor pedagógico que apresentavam animais a comportarem-se como os valorosos heróis da tradição épica. Neste ensaio, pretendo explorar o universo das chamadas fábulas épicas ou epopeias animalescas, estreitando os influxos que esse género recebe do seu modelo. O eixo estrutural de base deste estudo consiste na premissa de que enquanto na epopeia antiga, na homérica em particular, os heróis agem muitas vezes como bestas ferozes, como mostram vários símiles, nas narrativas épicas animalescas, por outro lado, os animais são dotados de estatuto heróico.

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Há muito que, graças a diversos investigadores (Frazer, Gaster, Patai, etc.), se sabe ter o texto da Bíblia chegado até nós cheio de episódios e motivos que aparecem também nas epopeias de outros povos vizinhos de Israel (o Grande Dilúvio, o menino no cestinho de vime, a Torre de Babel...), todas elas, em geral, anteriores à narrativa bíblica. Mas, deixando de lado a questão das datas e fontes do Pentateuco, assim como da sua relação com as epopeias limítrofes, é possível verificar também que existem episódios que estão, ao mesmo tempo, na Bíblia e na literatura oral moderna e, além disso, que certas passagens bíblicas aproveitaram sequências narrativas que existiam previamente na tradição oral, antes de passarem ao texto escrito. Esta incorporação efectuou-se não de forma inócua, mas sim de acordo com determinada função: validar e justificar origens e actuações. Mostrar este facto é o objectivo do presente artigo (o primeiro duma prevista série de três), em que tratamos sobretudo do episódio de Judá e Tamar (Gén. 38).