16 resultados para Desfibrilhadores implantáveis


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RESUMO - Com o aumento da esperança de vida e das doenças crónicas, cada vez se tem implantado mais cardioversores-desfibrilhadores (CDI) para prevenção de morte súbita. O aumento exponencial no número de implantes aumenta o número de seguimentos dos dispositivos, sobrecarregando os profissionais de saúde e comprometendo a qualidade dos serviços prestados. Segundo as recomendações internacionais, um CDI deverá ser vigiado a cada 3 meses, o que perfaz 4 consultas por ano/doente no mínimo, se não existirem episódios de “choques” ou “descompensações” clínicas, e mensalmente quando é atingido o indicador de substituição electiva do gerador. A evolução da tecnologia, de algoritmos, visualização de episódios e terapias requer recursos técnicos e humanos diferenciados e um gasto de tempo considerável no seguimento. Em países como os Estados Unidos da América, em que os doentes têm de percorrer distâncias muito grandes para aceder aos cuidados de saúde, tornou-se preemente a necessidade de um sistema de vigilância alternativo. Nesse sentido, e usando o conceito da telemedicina, foi criado o seguimento/monitorização à distância de dispositivos cardíacos. Este reduz os custos em consultas, deslocações e recursos humanos, uma vez que contempla apenas uma consulta presencial por ano. Por outro lado, aumenta a segurança do doente com a monitorização periódica e a criação de alarmes, permitindo uma assistência de qualidade e intervenção adequada imediata. Aproveitando as vantagens que este tipo de sistema de transmissão remota oferece, procedeu-se no meu serviço, à distribuição inicial de 62 comunicadores a doentes portadores de CDI´s ou com Ressincronizadores Cardíacos (TRC´s1). Apesar de ser considerada uma melhoria na qualidade dos serviços prestados, é também uma mudança importante na metodologia da consulta feita até aqui. Segundo vários autores, a avaliação da qualidade dos cuidados em saúde está intrinsecamente ligada ao grau de satisfação dos doentes com esses serviços, ou seja, à relação entre as suas expectativas e os resultados percebidos por eles, sendo considerado um importante indicador de qualidade dos serviços. Com este trabalho, pretende-se avaliar a percepção dos doentes face ao novo seguimento em termos de aceitação, satisfação, validade, segurança e confiança no novo sistema. Se este mantém os mesmos padrões de qualidade que o seguimento presencial. Trata-se de um estudo transversal com uma componente retrospectiva de avaliação da nova metodologia de consulta à distância. Para tal, foi elaborado um questionário, que foi aplicado a 40 doentes (17,5% do género feminino e 82,5% do género masculino; média de idades de 65 anos) que constituíram a amostra do estudo. Verificou-se uma média de 5 anos de tempo de implante do CDI. Dos dados obtidos, é de realçar que 70% dos inquiridos estão satisfeitos e 30% estão muito satisfeitos com esta nova metodologia de consulta e cerca 67,4% prefere a consulta à distância. Quando solicitados para comparar a qualidade do serviço prestado entre as duas consultas, 65% respondeu igual e 27,5% melhor. Todos os inquiridos responderam ter confiança e segurança com o sistema de consulta à distância. Cerca de 87,5% dos inquiridos vê-se mesmo a continuar com este tipo de consulta. Os resultados obtidos são bastante satisfatórios no que diz respeito à transição do modo como a consulta de CDI´s é feita. Reflectem também que a tecnologia não é necessariamente uma barreira no acesso aos profissionais de saúde, desde que suportada por algum contacto directo (telefone e através de uma consulta presencial por ano). 1 TRC – Terapia de Ressincronização Cardíaca

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Despite the increasingly high rate of implantation of cardioverter-defibrillators (ICD) in elderly patients, data supporting their clinical and cost-effectiveness in this age stratum are ambiguous and contradictory. We comprehensively reviewed the state-of-the-art data regarding the applicability, safety, clinical- and cost-effectiveness of the ICD in elderly patients, and analysed which patients in this age stratum are more likely to get a survival benefit from this therapy. Although peri-procedural risk may be slightly higher in the elderly, this procedure is still relatively safe in this age group. In terms of correcting potentially life-threatening arrhythmias, the effectiveness of ICD therapy is comparable in older and younger individuals. However, the assumption of persistent ICD benefit in the elderly population is questionable, as any advantage of the device on arrhythmic death may be largely attenuated by a higher total non-arrhythmic mortality. While septuagenarians and octogenarians have higher annual all-cause mortality rates, ICD therapy may remain effective in highly selected patients at high risk of arrhythmic death and with minimum comorbidities despite advanced age. ICD intervention among the elderly, as a group, may not be cost-effective, but the procedure may reach cost-effectiveness in those expected to live >5-7 years after implantation. Biological age rather than chronological age per se should be the decisive factor in making a decision on ICD selection for survival benefit.

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Introdução: A monitorização remota (MR) apresenta diversas vantagens sendo uma delas o aumento do nível de satisfação dos doentes, utilizada como medida par avaliar os programas de seguimento remoto. Objetivo: Avaliar a satisfação dos doentes portadores de CDI ou CRT-D que realizem consulta de monitorização/seguimento remoto. Metodologia: Estudo observacional, descritivo e analítico com componente transversal. A recolha dos dados foi realizada telefonicamente, através da implementação de um questionário validado e adaptado aos objectivos do presente estudo durante o período compreendido entre 11 de março e 4 de abril de 2014. As questões foram essencialmente de resposta fechada, recaindo sobre a perceção e satisfação dos doente com MR, como nova metodologia de consulta. Resultados: A amostra contou com 54 inquiridos com um tempo médio de MR de 2.57 + 1.63 anos. 50% dos doentes referiram estar satisfeitos e 38.9% muito satisfeitos com a consulta de MR, sendo que 34 (63%) prefere esta consulta. Para além disso, 31.5% classificam a qualidade como sendo melhor do que a consulta presencial, enquanto 51.9% a classifica como de igual qualidade. Quanto ao sentimento de segurança e confiança, estes estão presentes em 94.4% e 88.9% das respostas dos inquiridos, respetivamente. Por fim, 88.9% dos doente continuaria a longo prazo, com a consulta à distância. Conclusão: A maioria dos doentes inquiridos responde estar satisfeita ou muito satisfeita com a consulta de MR. Quando comparada com a consulta presencial, a consulta à distância foi classificada como tendo uma qualidade igual ou superior/melhor. Existe uma enorme aceitação e preferência pelo novo sistema de MR, aliado à consulta presencial.

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A implantação de um pacemaker (PMD) ou de um cardioversor desfibrilhador (CDI) tornou-se num procedimento comum e relativamente simples, como tratamento para disritmias cardíacas. Apesar da implantação não implicar uma alteração importante no estilo de vida, está inerente a algumas preocupações e sentimentos de ansiedade, relacionadas sobretudo com as atividades de vida diária. A equipa de enfermagem do Serviço de Cardiologia do Hospital Fernando Fonseca mantém em funcionamento uma consulta de enfermagem ao portador de PMD e/ou CDI desde 2000. Nos últimos anos foram sendo realizadas algumas alterações no sentido de melhorar a consulta e os cuidados prestados a estes doentes. A consulta é realizada por enfermeiros com treino e experiência na área da aritmologia, ocorrendo 4-6 semanas após a implantação do referido dispositivo. Numa primeira consulta constatamos que muitos doentes, durante este período, limitaram ao máximo as suas atividades de vida aguardando pela consulta para esclarecer as suas dúvidas. De forma a encurtar o tempo entre a implantação do dispositivo e a 1ª consulta, a equipa de enfermagem implementou, em Janeiro de 2016 o follow-up telefónico, encontrando-se em fase de teste. Este follow-up é feito cerca de uma semana após a implantação do dispositivo e tem como objetivos fazer uma breve avaliação do estado do doente, despistar eventuais sinais inflamatórios da sutura operatória, fazer alguns ensinos, esclarecer dúvidas e, em caso de necessidade, encaminhar o doente aos cuidados de saúde, se a situação assim o justificar. A análise preliminar que fazemos foi bastante positivo tendo em conta o feed-back obtido pelos doentes /família. Neste contato telefónico foi possível resolver questões, algumas delas geradoras de ansiedade e, despistar eventuais situações de eventual infecção do local cirúrgico. Futuramente iremos reorganizar a consulta de enfermagem de forma a introduzir esta atividade contribuindo assim para a melhoria da qualidade dos cuidados.

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Os cuidados de saúde sempre se pautaram por uma indissociável ligação ao constante desenvolvimento do conhecimento científico médico e de enfermagem, com a particularidade de, nos últimos anos, ter sido acompanhado por um desenvolvimento biotecnológico que tem permitido melhorar a qualidade de vida dos portadores de doença crónica, nomeadamente os indivíduos com patologia cardíaca. Através da evolução dos dispositivos implantáveis como pacemakers, cardioversores desfibrilhadores e geradores de ressincronização cardíaca, foi possível prolongar a vida e melhorar a sua qualidade em doenças que no início do século XX matavam muitas pessoas. Apesar da implantação destes dispositivos não implicar uma alteração importante no estilo de vida, está inerente a algumas preocupações e sentimentos de ansiedade, relacionadas sobretudo com as actividades de vida diária. Estas preocupações e focos de ansiedade podem resultar de mitos, falta de informação e desenvolvimento de ideias erradas acerca da vida enquanto portador de um dispositivo (BEERY et al., 2002; WOOD & ELLENBOGEN, 2002; WOODRUFF & PRUDENTE, 2005; MALM et al., 2007). O principal foco do desenvolvimento de mitos relacionados com a vida enquanto portadores de dispositivos de pacing e desfibrilhação, está relacionado com a (des)informação fornecida por não profissionais de saúde que integram o circulo social do doente, nomeadamente familiares, vizinhos e outros (BEERY et al., 2002; MALM & HALLBERG, 2006). A equipa de enfermagem do Serviço de Cardiologia do Hospital Fernando Fonseca mantém em funcionamento a consulta de enfermagem ao doente portador de pacemaker e/ou CDI desde há cerca de 18 anos. Nos últimos anos foram sendo realizadas algumas alterações no sentido de melhorar a consulta e os cuidados prestados a estes doentes.

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A metrologia na saúde tem um elevado grau de importância no quotidiano hospitalar dado que muitas decisões são tomadas com base em medições. Além disso, a constante evolução tecnológica na área da saúde e o número crescente de parâmetros fisiológicos dos equipamentos médicos exige a constante preocupação com o controlo metrológico. Assim, o funcionamento eficiente destes poderá contribuir para a segurança, uma melhor e mais rápida recuperação do doente e, consequentemente, um aumento do tempo de vida do equipamento, o que por sua vez se reflete numa maior economia de custos. A otimização de protocolos de metrologia em saúde, a elaboração de planos de controlo para validação de equipamentos médicos-hospitalares, a sensibilização de profissionais de saúde para o controlo metrológico, assim como o conhecimento das aplicações informáticas da organização são essenciais para uma eficaz gestão da manutenção hospitalar. O Serviço de Instalações e Equipamentos do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, trabalha no sentido de assegurar uma resposta rápida, otimizada e eficiente para satisfazer as necessidades hospitalares através da aplicação de metodologias e ferramentas da qualidade destinadas à metrologia em saúde. Assim, o objetivo principal deste trabalho é apresentar metodologias e ferramentas aplicadas no controlo de parâmetros de equipamentos médico-hospitalares tais como, dispositivos de infusão, monitores de sinais vitais, eletrocardiógrafos, cardiotocógrafos, desfibrilhadores, incubadoras, aparelhos de fototerapia, bem como, o processo de gestão da manutenção aplicado pelo Serviço de Instalações e Equipamentos. Neste sentido foi possível demonstrar que o controlo metrológico é de extrema importância para uma instituição hospitalar.

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Introdução: A fibrilhação auricular é uma arritmia comum e com risco tromboembólico bem documentado, estando definidas nas recomendações internacionais indicações referentes ao uso de anticoagulantes orais. Existem, contudo, lacunas de informação nomeadamente no que se refere à duração dos episódios de fibrilhação auricular e sua relação com o risco de tromboembolismo. Esta questão tem particular interesse em doentes com dispositivos electrónicos cardíacos implantados com documentação contínua da duração de episódios de taquidisritmias auriculares, que são frequentemente curtos e assintomáticos. Material e Métodos: Foi feita uma análise crítica da evidência disponível sobre a relação da duração dos episódios de FA paroxística e a ocorrência de eventos embólicos, com base numa pesquisa na base de dados bibliográfica PubMed. Resultados: Foram selecionados oito artigos com abordagens diferentes no estudo deste tema; sete com recurso a monitorização cardíaca com dispositivos electrónicos cardíacos implantados (pacemakers, cardioversores-desfibilhadores implantáveis e ressincronizadores cardíacos) e um com base em registo de Holter. Metade destas publicações, correspondendo globalmente às maiores amostragens, aborda a questão do ponto de vista do somatório diário de episódios de fibrilhação auricular (carga diária) e não da duração de cada episódio. O risco tromboembólico aumenta gradualmente com a carga arrítmica, tendo sido demonstrado um aumento significativo do risco quando esta ultrapassa os cinco minutos num dia. Discussão: A formação de um trombo intracavitário, e consequente potencial embólico, é um processo dinâmico que resulta da interacção de várias condicionantes anatómicas e funcionais. O risco individual dependerá da interacção destes factores. A associação entre fenómenos embólicos e curtos períodos de fibrilhação auricular é inequívoca, apesar do mecanismo não ser óbvio, tendo em conta a discrepância frequentemente observada entre os períodos de fibrilhação auricular e os eventos clínicos. Conclusões: O risco de eventos tromboembólicos aumenta significativamente mesmo para períodos curtos de fibrilhação auricular (≥ cinco minutos de fibrilhação auricular em um dia), apesar da relação causa-efeito não estar definida. A decisão final sobre o recurso à anticoagulação oral deve basear-se na avaliação clínica individualizada.

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This laboratory study involves the participation of a group with professionals from different areas that had contributed to the construction of a multidisciplinary knowledge, about biological response of titanium surfaces modified through thermochemical treatment by plasma. Thus, the crystalline phase was previously characterized in relation to the topography, roughness, molhability and nitrogen concentration in the samples surface. It s indispensable that materials implanted can influence in a good cellular response as well as promotes a bacteria action. Surfaces modified by plasma were exposed to different cultures such as: cellular (human osteoblastic) and bacteria (Staphylococcus epidermidis ATCC35984 and Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853) in order to evaluate the biological response. It was evaluated the adhesion, proliferation, morphology and cellular preference of human ostheoblastic cells (HOST), as well as the formation of a biofilm and bacteria proliferation. It was still analyzed the bacteria selectivity ability in relation to the surfaces. The software Image Pro Plus was used to the counting of cells and bacteria adhered to the surface of disks. The results were submitted to the variance analysis (ANOVA), and then, by the Kruskal-Wallis test, using GraphPad Instat ® software, version 3.5 to Windows. The nitrided samples in spite of show a higher roughness and molhability showed a smaller bacteria growing and higher cellular proliferation, when compared to non treated samples, indicating that the treated material present a high efficiency to biomedical implants

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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As malformações de orelha são anomalias craniofaciais que ocorrem no período de desenvolvimento embrionário, podem acometer tanto a orelha externa, como a média e/ou a interna, e apresentam-se uni ou bilateralmente. A deficiência auditiva é um dos achados clínicos mais comum, cujo tipo e grau pode variar de acordo com as estruturas comprometidas. Para os casos de malformações bilaterais, a preocupação está relacionada ao desenvolvimento de fala e linguagem, sendo imprescindível o diagnóstico audiológico precoce, seguido de intervenção. As possibilidades de tratamento para as malformações de orelha incluem: a adaptação de aparelho de amplificação sonora individual (AASI) por condução aérea ou por condução óssea, a adaptação de próteses auditivas de orelha média cirurgicamente implantáveis e/ou a reconstrução cirúrgica da orelha. Quando na indicação do AASI, o mais comum é a adaptação do dispositivo auditivo por condução óssea, o qual consiste de um vibrador eletromagnético pressionado contra a mastóide, sustentado por um arco ao redor da cabeça. A onda sonora captada pelo microfone é convertida em vibrações eletromagnéticas que serão transmitidas à cóclea. Porém, é importante investigar as condições anatômicas da orelha externa malformada, de modo a verificar a possibilidade da introdução do molde auricular e da sustentação do dispositivo auditivo retroauricular por condução aérea. O objetivo deste estudo é discutir alguns casos clínicos de indivíduos portadores de malformação de orelha externa e/ou média, usuários de AASI por condução óssea e aérea, atendidos na Divisão de Saúde Auditiva-HRAC-USP-Bauru

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Objetivo: Avaliar, por estudo prospectivo, a incidência de complicações relacionadas ao implante e uso de cateteres de longa permanência totalmente implantáveis (CLP) em crianças com câncer, comparando o implante por punção em veia subclávia (SCL) com o implante por punção em veia jugular interna (J). Método: estudo prospectivo com randomização da escolha da punção em veia subclávia ou veia jugular interna para o implante do cateter. Foram considerados como desfechos as complicações que levaram a retirada ou revisão do cateter. Resultados: 83 implantes foram randomizados no período de janeiro de 2004 a abril de 2006 e acompanhados até março de 2008. Dos 83 implantes selecionados 6 foram excluídos, permanecendo 43 pacientes no grupo SCL e 34 no grupo J. Não houve diferença estatística entre os dois grupos em relação à: distribuição por idade, sexo, número de leucócitos no implante, número de plaquetas, tipo de internação para cirurgia (ambulatorial ou não), se houve quimioterapia prévia ao implante e quanto ao tipo de cateter. Na avaliação das complicações se observou, incidência de infecção de 20% no grupo SCL e 11% no grupo J (p: 0,44), incidência de embolia de 23% no grupo SCL e 8% no grupo J (p: 0,11), e incidência de complicações total de 51% no grupo SCL e 23% no grupo J (p 0,02). A média do tempo de permanência do cateter foi de 12,6 meses para o grupo SCL e 14,8 para o grupo J (p: 0,38). A análise por regressão logística mostrou que o peso (p: 0,001) é um fator de risco envolvido com a infecção; e o peso (p: 0,020) e a marca do cateter (p: 0,03) são fatores de risco para embolia. Conclusões: há maior incidência de complicações tardias no grupo SCL. Os pacientes com menor peso tiveram risco maior de desenvolver infecção. Pacientes com menor peso e a marca do cateter são fatores de risco para a ocorrência de embolia do cateter

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Introdução. Apesar das evidências dos efeitos imunomodulatórios da morfina, não há na literatura estudos que tenham comparado a interação entre citocinas, imunidade celular (linfócitos T, B e NK) e a administração prolongada de morfina administrada pelas vias oral ou intratecal em doentes com dor crônica neuropática não relacionada ao câncer. Foram avaliados de forma transversal e comparativa 50 doentes com diagnóstico de dor lombar crônica e com presença de radiculopatia (dor neuropática) previamente operados para tratar hérnia discal lombar (Síndrome Dolorosa Pós- Laminectomia), sendo 18 doentes tratados prolongadamente com infusão de morfina pela via intratecal com uso de sistema implantável no compartimento subaracnóideo (grupo intratecal); 17 doentes tratados prolongadamente com morfina pela via oral (n=17) e 15 doentes tratados com fármacos mas sem opióides (grupo sem opioide). Foram analisadas as concentração das citocinas IL-2, IL-4, IL-8, TNFalfa, IFNy, IL-5, GM-CSF, IL-6, IL-10 e IL-1beta no plasma e no líquido cefalorraquidiano; imunofenotipagem de linfócitos T, B e células NK e avaliados os Índice de Escalonamento de Opióide (em percentagem de opióide utilizada e em mg), dose cumulativa de morfina (mg), duração do tratamento em meses, dose final de morfina utilizada (em mg), e equivalente de morfina por via oral (em mg). Resultados. Não houve diferença estatisticamente significativa entre o número de linfócitos T, B e NK nos doentes com morfina administrada pelas vias IT, VO e os não usuários de morfina. Houve correlação positiva entre as concentrações de linfócitos T CD4 e o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlação negativa entre as concentrações de células NK (CD56+) e o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlação positiva entre o número de células NK (CD56+) e a dose cumulativa de morfina (em mg) administrada pelas vias intratecal e oral. Houve correlação positiva entre as concentrações de linfócitos T CD8 e a duração do tratamento em meses nos doentes tratados com morfina pela via oral. As concentrações de IL-8 e IL-1beta foram maiores no LCR do que no plasma em todos os doentes da amostra analisada. As concentrações de IFNy no LCR foram maiores nos doentes que utilizavam morfina pela via oral e nos não usuários de morfina do que nos que a utilizavam pela via intratecal. As concentrações de plasmáticas de IL-5 foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos que não a utilizavam. A concentração de IL-5 no LCR correlacionou-se negativamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal. Nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal, a concentração de IL-2 no LCR correlacionou-se positivamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA e negativamente com o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg) e a dose cumulativa de morfina (em mg). As concentrações plasmáticas de GMCSF foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos não a utilizavam. A concentração de TNFalfa no LCR nos doentes tratados com morfina pela via intratecal correlacionou-se negativamente com o Índice de Escalonamento de Opióide (em % e mg), a dose cumulativa de morfina (em mg) e dose equivalente por via oral (em mg) de morfina. A concentração plasmática das citocinas IL-6 e IL-10 correlacionou-se negativamente com a duração do tratamento (em meses) nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. O Índice de Escalonamento de Opióide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentrações no LCR de IL-2 e TNFalfa nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. O Índice de Escalonamento de Opióide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentrações no LCR de IL-2 e IL-5 nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações de IL-5 e IL-2 no LCR nos doentes tratados com morfina administrada pelas vias oral e intratecal. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações plasmáticas de IL-4 nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Houve correlação negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentrações plasmáticas de IL-1beta nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Conclusões: Os resultados sugerem associações entre citocinas e imunidade celular (células T , B e NK) e o tratamento prolongado com morfina administrada pela via oral ou intratecal. Estes resultados podem contribuir para a compreensão da imunomodulação da morfina administrada por diferentes vias em doentes com dor neuropática crônica não oncológica . São necessários mais estudos sobre os efeitos da morfina sobre o sistema imunológico