925 resultados para Bainha de mielina Doenças - Teses


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Na organizao do trabalho hospitalar h vrios determinantes que acarretam no desgaste psicofsico do trabalhador de enfermagem, mesmo com o discurso de que gostam da profisso e se sentem realizados em cuidar de pessoas enfermas, especialmente, no cuidado de clientes adoecidos com o HIV/Aids. A Psicodinmica do Trabalho uma cincia que possibilita analisar a configurao da organizao laboral, a qual comprovadamente incide na dimenso subjetiva do trabalhador, identificando o sofrimento psquico, o que potencializa o desenvolvimento de doenças mentais, entre elas a Sndrome de Burnout. Nesta perspectiva, o objeto deste estudo trata da organizao do trabalho na Unidade de Doena Infecto-Contagiosa, espao de cuidado de clientes com HIV/Aids e a ocorrncia de Burnout entre os trabalhadores de enfermagem que atuam neste espao laboral. A fim de apreender o objeto traaram-se trs objetivos: a) identificar a percepo dos trabalhadores acerca das caractersticas do trabalho de enfermagem no contexto da Unidade de Doena Infecto-Contagiosa, local de assistncia ao cliente portador do HIV/Aids; b) descrever as repercusses no processo sade-doena dos trabalhadores de enfermagem decorrente da assistncia ao cliente com HIV/AIDS; e c) analisar as repercusses do processo sade-doena dos trabalhadores de enfermagem com vistas identificao de situaes do aparecimento da Sndrome de Burnout. Para a realizao desta pesquisa, optou-se pela abordagem qualitativa, de carter descritivo e exploratrio. Os dados foram obtidos nos meses de maio a agosto de 2010, utilizando as seguintes fontes de coleta de informaes: a entrevista semi-estruturada e o formulrio Maslach Burnout Inventory. Optou-se por analisar as informaes atravs do Mtodo de Anlise Temtica de Contedo. Os resultados indicaram que o perfil do profissional de enfermagem era composto por trabalhadores do sexo feminino, que estavam na faixa etria entre 44 e 54 anos de idade, na grande maioria tcnicos de enfermagem com tempo mdio de 2 a 10 anos de trabalho com clientes HIV/Aids. Verificou-se tambm que havia discrepncias marcantes entre o trabalho prescrito e o real, o que acarretava sofrimento para o profissional de enfermagem. Constatou-se tambm que o sofrimento psquico resultava da vivncia cotidiana do processo de morte/morrer do cliente com HIV/Aids, pelo profissional de enfermagem. Alm disso, este sofrimento era determinado tambm pela precarizao das relaes e das condies de trabalho. Concluiu-se que havia vrios trabalhadores com fortes indcios de ocorrncia de Burnout, tanto porque a organizao do trabalho se configurava como incoerente e pouco racional como pelas caractersticas do processo de cuidar do cliente com HIV/Aids. Recomendam-se medidas que promovam a sade dos trabalhadores de enfermagem e previnam os agravos em seus processos sade-doena, tais como: a diminuio da carga emocional de trabalho, grupos de reflexo, ginstica laboral, entre outras. preciso haver conscientizao dos gestores, vontade poltica e estmulo da organizao laboral para que os trabalhadores participem.

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Trata-se de um estudo quantitativo, com abordagem descritiva e comparativa, que objetivou verificar a influncia da consulta de enfermagem gerontolgica no nvel de adeso teraputica dos clientes com doenças crnicas no-transmissveis, acompanhados num ambulatrio especializado. Como objetivo especfico, buscou-se comparar o nvel de adeso teraputica, perfil sociodemografico e clnico entre o grupo de clientes acompanhados na consulta de enfermagem e o grupo dos no acompanhados. Este foi motivado pela prxis da autora em consultas gerontolgica, onde foram percebidos obstculos enfrentados por muitos clientes com adeso inadequada ao tratamento, acarretando dificuldades no controle de suas doenças, fato este ratificado pela literatura. Os resultados evidenciaram similaridade entre os perfis sociodemogrficos, com prevalncia de sexo feminino, baixa escolaridade e renda. O perfil clnico revelou, em ambos os grupos, alto ndice de hipertenso, diabetes e depresso, destacando-se esta ltima por ser desfavorvel ao comprometimento com o autocuidado. Por fim, verificou-se que os nveis de adeso teraputica ficaram majoritariamente dentro da faixa estabelecida como adeso ampla, sem diferena expressiva entre os grupos. relevante citar que, entre os acompanhados pela consulta de enfermagem, observou-se, um maior conhecimento sobre a doena em tratamento e suas manifestaes, maior acesso aos medicamentos e auto percepo de conhecimentos sobre efeitos colaterais. Constatando-se que, este ltimo achado, exerce grande influncia na adeso ao tratamento farmacolgico. Este desfecho reflete a importncia de uma assistncia sistematizada, embasada em uma teoria de enfermagem, que neste contexto, foi a teoria do autocuidado de Orem, utilizada previamente nas consultas de enfermagem do ambulatrio investigado. Os resultados corroboram o uso desta teoria, especialmente numa perspectiva educativa da assistncia ambulatorial. Diante disso, mister buscar novas abordagens de pesquisa, a fim continuar a investigao sobre as contribuies da enfermagem para uma melhor adeso teraputica dos clientes idosos. Finalmente, a autora espera cooperar para o aprimoramento cientfico nesta matria e para uma progressiva qualificao da assistncia de enfermagem na preveno e controle de agravos sade.

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A Neuromielite ptica (NMO), anteriormente considerada como um subtipo de Esclerose Mltipla, uma doena autoimune, inflamatria do sistema nervoso central, na qual o sistema imune ataca a mielina dos neurnios localizados nos nervos pticos e medula espinhal, produzindo, ento, mielite e neurite ptica simultnea ou sequenciais. A patognese da neuromielite ptica influenciada pela combinao de fatores genticos e ambientais, incluindo agentes infecciosos. Diferentes doenças infecciosas podem tanto desencadear como exacerbar a autoimunidade. Portanto, o objetivo do presente estudo foi de analisar a responsividade imune in vitro a Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Candida albicans em pacientes com NMO recorrente-remitente, e a correlacionar ao nvel de incapacidade neurolgica. Nesse contexto, a extenso da linfoproliferao e perfil de citocinas em resposta a S. aureus e C. albicans, em culturas de clulas mononucleares do sangue perifrico (CMSP) foram similares entre pacientes com NMO e indivduos saudveis. Entretanto, maior proliferao de clulas T associada elevada liberao de IL-1β, IL-6 e IL-17 foi observada em culturas de clulas derivadas de pacientes com NMO quando estimuladas com E. coli. Ademais, nessas culturas, a produo de IL-10 foi significativamente menor quando comparada ao grupo controle. Ensaios conduzidos em culturas de CMSP depletadas de diferentes subtipos de linfcitos demonstraram que, enquanto clulas T CD4+ e T CD8+ produzem IL-6 em resposta a E. coli, a produo de IL-17 foi praticamente restrita s clulas T CD4+. Os nveis de IL-6 e IL-17 in vitro induzidos por E. coli foram correlacionados positivamente s incapacidades neurolgicas. Essa maior tendncia a produzir citocinas relacionadas ao perfil Th17 foi diretamente associada aos nveis de IL-23 produzidos por moncitos ativados com LPS. De modo interessante, nveis elevados de LPS foram quantificados no plasma de pacientes com NMO e estes foram correlacionados aos nveis plasmticos de IL-6. Em concluso, nossos resultados sugerem que uma maior responsividade a E. coli poderia estar envolvida na patognese da NMO. Esse tipo de investigao muito importante pois inibidores da ligao ou sinalizao do TLR poderiam ser considerados terapias com grande potencial como adjuvantes no tratamento de pacientes com NMO.

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As doenças crnicas no transmissveis (DCNT) esto posicionadas no topo das enfermidades em termos de morbimortalidade, no Brasil e no mundo. Entre estas, as doenças cardiovasculares (DCV), e particularmente, as cerebrovasculares (DCbV), produzem um impacto significativo sobre a autonomia das pessoas, desfalcando a fora de trabalho das naes e gerando um alto custo para a previdncia social de todos os pases. No Brasil, s muito recentemente as enfermidades circulatrias passaram a ser contempladas por polticas pblicas formuladas pelo Ministrio da Sade (MS), no s pela manuteno destas doenças em altos patamares de morbimortalidade, mas tambm pelo crescimento exponencial de alguns dos seus fatores de risco. Partindo do pressuposto que as polticas e programas oficiais no esto sendo efetivamente implementados no mbito da Ateno Primria Sade (APS), o objetivo do presente estudo foi investigar e analisar como estas iniciativas do MS vem sendo efetivamente executadas em Juiz de Fora-MG. A estratgia utilizada para essa investigao consistiu em uma pesquisa qualiquantitativa com base em observao, documentos e entrevistas semi-estruturadas com os diferentes componentes profissionais das Equipes de Sade da Famlia de trs unidades bsicas de sade do municpio citado. Foram entrevistados 40 profissionais de sade, entre mdicos, enfermeiros e agentes comunitrios de sade, buscando-se entender como os programas governamentais com interface com a preveno das doenças cardiovasculares e, em especial, cerebrovasculares, vm sendo implementados ao nvel do Programa de Sade da Famlia. Na comparao entre o que recomendado nos programas governamentais e o que vem sendo executado nas UBS, concluiu-se que ainda h um longo caminho a ser percorrido para que estes programas sejam efetivamente implementados na porta de entrada do sistema de sade.

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Estudos recentes tm avaliado a presena de polimorfismos do gene multidroga resistente 1 (MDR1), que codifica o transportador de membrana de efluxo chamado de P-glicoprotena, seu potencial papel na suscetibilidade das doenças inflamatrias intestinais (DII) e suas possveis correlaes com aspectos clnicos das DII. Dados conflitantes podem resultar da anlise gentica de populaes distintas. Investigamos se os polimorfismos do gene MDR1 esto associados com as DII em populao do sudeste do Brasil e suas possveis correlaes com fentipos, atividade de doena, resposta ao tratamento e efeitos colaterais. Como mtodos, a presente pesquisa trabalhou com 146 pacientes com Doena de Crohn (DC) e 90 com Retocolite Ulcerativa Idioptica (RCUI), que foram recrutados atravs de critrios diagnsticos estabelecidos. Os polimorfismos do MDR1 mais comumente descritos na literatura, C1236T, G2677T e C3435T, foram avaliados por PCR. As frequncias genotpicas de pacientes com RCUI e DC foram analisadas na populao de estudo. Associaes de gentipo-fentipo com caractersticas clnicas foram estabelecidas e riscos estimados para as mutaes foram calculados. Nenhuma diferena significativa foi observada nas freqncias genotpicas para os polimorfismos G2677T/A e C3435T do MDR1 na DC ou na RCUI. O polimorfismo C1236T foi significativamente mais comum na DC do que na RCUI (p = 0,036). Na RCUI foram encontrados mais homens nos polimorfismos C1236T e G2677T no grupo de heterozigotos. Foram encontradas associaes significativas entre o polimorfismo C3435T do gene MDR1 em pacientes com fentipo estenosante na DC (OR: 3,16, p = 0,036), em oposio ao comportamento penetrante (OR: 0,31, p = 0,076). Na DC, associaes positivas tambm foram encontradas entre o polimorfismo C3435T, atividade moderada/severa da doena (OR: 3,54, p = 0,046), e resistncia / refratariedade ao corticosteride (OR: 3,29, p = 0,043) nos homozigotos polimrficos. Nenhuma associao significativa foi encontrada entre os polimorfismos do MDR1 e categorias fenotpicas, atividade de doena ou resposta ao tratamento da RCUI. Em concluso, os resultados do presente estudo sugerem que os polimorfismos do gene MDR1 poderiam estar implicados na susceptibilidade a DC e no seu fentipo estenosante, como tambm estarem associados com uma resposta inadequada ao tratamento em um grupo de pacientes com DC. A forte relao com a DC suporta a existncia de papis adicionais para o MDR1 em mecanismos especficos subjacentes na patognese da DC, como o controle da microbiota intestinal, mediao e regulao da fibrose. Alm disso, compreender os efeitos de vrios frmacos associados a estas variantes do MDR1 pode contribuir para a prescrio personalizada de regimes teraputicos.

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Este trabalho tem como objeto as trajetrias da medicina hipocrtica no pensamento mdico ocidental. Atravs da anlise bibliogrfica de textos e documentos, objetivou-se compreender como os conceitos de vida e do processo sade-doena, partindo de uma mesma raiz, foram se definindo em sistemas mdicos baseados em paradigmas distintos. Para tanto, inicialmente, procurou-se levantar e analisar o nascimento e desenvolvimento da medicina hipocrtica, com nfase em seu mtodo de observao clnica e em sua proposta teraputica. Em seguida, foi realizada a anlise do histrico e das dimenses das racionalidades mdicas homeopatia e biomedicina, avaliando o papel dos conceitos sobre physis, vida e vis medicatrix naturae em cada paradigma. Na abordagem dos referidos conceitos, Canguilhem e Jacob foram os principais apoios tericos. Concluses: para a medicina homeoptica, tal como para a medicina hipocrtica, o adoecer e o curar so processo de equilbrio e desequilbrio que fazem parte da vida do ser humano e, por isso, tambm considerados nico e individuais. Hahnemann criou uma teraputica baseada no reconhecimento da pessoa enferma como um indivduo nico, singular, dotado de capacidade automantenedora e autorrestauradora, levando em conta a ideia de natureza que se manifesta em singularidades plurais a cada momento e, portanto, a prescrio medicamentosa individualizada e mobilizadora da vis medicatrix naturae. A racionalidade mdica homeoptica compartilha dos conceitos hipocrticos tanto em sua doutrina, quanto nos seus sistemas diagnstico e teraputico. Apesar de a biomedicina ter em suas bases a medicina hipocrtica, ao se tornar uma cincia das doenças, no mais compartilhou dos conceitos hipocrticos que permitiriam uma abordagem de sade positiva e de um enfoque teraputico baseado no sujeito como um ser nico. A homeopatia afirma uma medicina que tem como categoria central de seu paradigma a categoria sade e no a doena, consideradas fenmenos da vida. A vida, assim valorizada, se colocaria no caminho da Grande Sade, afirmando-se em seu potencial criativo e capaz de transmutar valores.

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A azatioprina e a 6 mercaptopurina (6-MCP) so drogas muito utilizada no tratamento das doenças inflamatrias intestinais (DII), porm esto associadas a vrios efeitos colaterais. A determinao prvia do gentipo da tiopurina metiltransferase (TPMT) pode identificar pacientes de maior risco de toxicidade a droga. Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalncia dos polimorfismos do gene da TPMT em pacientes com DII acompanhados no Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ, comparando com a prevalncia em outras populaes e correlacionar a presena desses polimorfismos com a toxicidade s drogas. Foram avaliados 146 pacientes com doena de Crohn (DC) e 73 com retocolite ulcerativa idioptica (RCUI). A pesquisa dos principais gentipos da TPMT (*2, *3, *3C) foi realizada por tcnicas de PCR (alelo especfico e RFLP). Os achados clnicos foram correlacionados com a genotipagem e avaliados por anlises multivariadas. Dentre os pacientes que estavam em uso de azatioprina, 14 apresentaram pancreatite ou elevao de enzimas pancreticas, 6 apresentaram hepatoxicidade e 2 evoluram com neutropenia. Os polimorfismos do gene da TPMT foram observados em 37 dos 219 pacientes (8 foram heterozigotos para o gentipo *2, 11 heterozigotos para *3A e 18 foram heterozigotos para o polimorfismo *3C). No foi observado nenhum homozigoto polimrfico. Uma correlao positiva foi observada entre a elevao de enzimas pancreticas e os gentipos *2 e *3C. A prevalncia dos polimorfismos neste estudo (16,89%) foi maior que a descrita para populao caucasiana e em outros estudos brasileiros. Apesar do predomnio do gentipo *3C, no houve ocorrncia exclusiva de um polimorfismo, conforme observado em outras populaes. A populao brasileira devido sua miscigenao tm caractersticas genotpicas prprias diferentes do outros pases do mundo. Dois polimorfismos da TPMT (*2 e *3C) estiveram associados toxicidade ao uso da azatioprina em pacientes com DII no sudeste do Brasil. O teste gentico pode auxiliar na escolha da melhor droga e na dose ideal para os pacientes portadores de DII antes do incio do tratamento.

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A poluio do ar um problema de sade pblica nas grandes cidades, no Brasil e no mundo. As principais fontes de contaminao so as emisses dos veculos automotores, indstrias, usinas de energia, e as atividades humanas em geral, como a agricultura. Os objetivos deste estudo foram investigar as associaes de curto prazo entre os nveis de material particulado (PM10) e internaes de crianas e idosos, devido a problemas respiratrios ou cardiovasculares em uma regio ao leste do Rio de Janeiro cidade, conhecida como Grande Tijuca. Uma associao entre PM10 e os resultados obtidos sobre a populao sensvel foi encontrada na rea de estudo.

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O objetivo desta tese foi identificar e caracterizar reas com altas taxas de mortalidade por doenças do aparelho circulatrio (DAC) e seus dois principais subgrupos de causas: as doenças isqumicas do corao (DIC) e as doenças cerebrovasculares (DCV), entre os anos de 2008 e 2012 na rea de influncia do complexo petroqumico do estado do Rio de Janeiro COMPERJ, por meio de mtodos estatsticos e sistemas de informaes geogrficas (SIG). Os resultados da investigao so apresentados na forma de dois manuscritos. O primeiro objetivou descrever o perfil da distribuio espacial da mortalidade por (DAC), caracterizar e predizer territrios com maior risco de morte por esta causa, com base em classificao das unidades espaciais por indicador de qualidade urbana (IQUmod). A anlise multivariada foi realizada por meio do mtodo conhecido como rvore de deciso e regresso, baseado em algoritmo CART para a obteno do modelo preditivo para UVLs com diferentes riscos de mortalidade por DAC. O modelo desenvolvido foi capaz de discriminar sete conjuntos de UVLs, com diferentes taxas mdias de mortalidades. O subconjunto que apresenta a maior taxa mdia (1037/100 mil hab.) apresenta 3 UVLs com mais de 75% de seus domiclios com abastecimento de gua inadequado e valor de IQUmod acima de 0.6. Conclui-se que na rea de influncia do COMPERJ existem reas onde a mortalidade por DAC se apresenta com maior magnitude e que a identificao dessas reas pode auxiliar na elaborao, diagnstico, preveno e planejamento de aes de sade direcionadas aos grupos mais susceptveis. O segundo manuscrito teve por objetivo descrever o perfil da distribuio espacial da mortalidade por DIC e DCV em relao ao contexto socioambiental segundo reas geogrficas. O modelo de regresso linear de Poisson com parmetro de estimao via quasi-verossimilhana foi usado para verificar associao entre as variveis. Foram identificados como fatores de risco para mortalidade por DIC e DCV a varivel relativa a melhor renda e maior distncia entre domiclios e unidades de sade; a proporo de domiclios em ruas pavimentadas aparece como fator de proteo. A distribuio espacial e as associaes encontradas entre os desfechos e preditores sugerem que as populaes residentes em localidades mais afastadas dos centros urbanos apresentam maiores taxas de mortalidade por DIC e DCV e que isto pode estar relacionado a contextos rurais de localizao das residncias e a distncia geogrfica destas populaes aos servios de sade. Aponta-se para a necessidade de desenvolvimento de aes que propiciem maior amplitude no atendimento em sade, no intuito da reduo de eventos cardiovasculares mrbidos incidentes naquelas populaes.

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Trata-se de um estudo de carter descritivo, transversal com abordagem quantitativa. Este estudo transversal de base populacional possui como populao de estudo enfermeiros trabalhadores de um hospital universitrio do Estado do Rio de Janeiro. Possui como objetivo primrio do estudo estimar a magnitude da associao entre as atividades profissionais dos enfermeiros e os fatores de risco para doenças cardiovasculares, e como objetivos secundrios descrever o perfil demogrfico e profissional dos enfermeiros do estudo; correlacionar a presena dos fatores de risco para doenças cardiovasculares com o tipo de atividade desenvolvida; e estabelecer a relao dos fatores de risco para doenças cardiovasculares com o nvel de estresse dos enfermeiros. Selecionou-se para o estudo um total de 61 participantes. Os sujeitos foram acessados atravs de suas chefias imediatas e pela chefia geral de Enfermagem do hospital, que se dispusera a ajudar nesse contato. Listas com os nomes e setores foram disponibilizadas e os contatos assim foram realizados. As variveis que foram analisadas no estudo so do tipo sociodemogrficas, variveis laborais e variveis relacionadas aos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Foi utilizado um questionrio estruturado para a avaliao de variveis socioeconmicas; variveis sobre conhecimento da hipertenso, diabetes, dislipidemia, tabagismo, etilismo e atividade fsica; aferies sobre peso, altura e presso arterial; informaes sobre o trabalho. Para a avaliao de estresse no trabalho foi utilizada a Escala Bianchi de Estresse.. Aps anlises estatsticas secundrias, a mensurao do Escore Bianchi de Estresse e Escore de Risco Global para doenças cardiovasculares, foi identificado que as variveis estatisticamente significativas associadas ao risco cardiovascular foram sexo, idade e o grupo de estresse (baixo e mdio). Com a regresso logstica foi possvel identificar o tamanho da associao. O sexo masculino possui a chance de apresentar risco cardiovascular 5,66 vezes maior que o sexo feminino. A faixa etria entre 40 e 59 anos apresenta um risco cardiovascular 4,37 vezes maior que a faixa etria entre 20 e 39 anos. Os sujeitos com Escore de Bianchi de Estresse (EBS) classificados como Mdio apresentam risco cardiovascular 6,63 vezes maior do que quem tem EBS baixo. A associao entre estresse e risco cardiovascular foi de 3,23. Concluiu-se que o existe uma ntida associao entre estresse, avaliado pelo Escore Bianchi de Estresse e aumento do risco cardiovascular global, atravs da ER Global. Os profissionais que trabalham em setores fechados apresentam um maior risco cardiovascular global. Os enfermeiros conhecem os fatores de risco para doenças cardiovasculares. Paradoxalmente encontramos que os enfermeiros que possuem apenas um emprego apresentam um risco global intermedirio. Os profissionais homens, em nosso estudo, apresentam um risco cardiovascular global maior que as mulheres.

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Os transtornos psiquitricos so um problema de sade pblica, ocupando cinco das dez principais causas de incapacitao no mundo. O transtorno bipolar (TB) um transtorno de humor, segundo o DSM-IV (manual diagnstico e estatstico de doenças mentais), o qual afeta cerca de 1% da populao mundial. O TB do tipo I (TBI) o mais frequente entre os TBs e caracterizado pela presena de episdios manacos ou mistos acompanhados por episdios depressivos. Assim como outros transtornos psiquitricos, como a depresso, ansiedade e esquizofrenia, o TB representa um importante fator de risco cardiovascular, e pacientes com este transtorno apresentam mortalidade cardiovascular duas vezes maior que a populao em geral. No entanto, os exatos mecanismos envolvidos nesta relao permanecem desconhecidos. Estudos sugerem o envolvimento da via L-arginina-xido nitrico (NO) na patofisiologia do TB. O NO responsvel por diversas funes fisiolgicas, incluindo a inibio da funo plaquetria. A L-arginina, sua precursora, transportada em plaquetas pelo carreador y+L, ativando a enzima NO sintase (NOS), a qual produz NO e e L-citrulina. Uma vez produzido, o NO ativa a enzima guanilato ciclase (GC), levando ao aumento dos nveis de guanosina monofosfato cclica (GMPc). Adicionalmente, a L-arginina no exclusivamente utilizada pela NOS, ela tambm pode ser metabolizada pela arginase e produzir L-ornitina e uria. A biodisponibilidade do NO depende tanto de sua sntese como de sua degradao pelo estresse oxidativo ou pela inflamao. O objetivo deste estudo foi investigar detalhadamente a via L-arginina-NO-GMPc em plaquetas de pacientes com TBI, a expresso da arginase e outros marcadores de estresse oxidativo e inflamao. Vinte e oito pacientes com TB e dez indivduos saudveis foram includos no estudo. Nossos estudos mostraram uma reduo da atividade da NOS em todos os grupos de pacientes bipolares (fases de eutimia, depresso e mania), quando comparados aos controles. Isto ocorreu na presena de concentraes normais do substrato e de seu transporte, e da expresso inalterada das isoformas eNOS e iNOS. A expresso da arginase II no diferiu entre os grupos estudados, indicando que a disponibilidade da L-arginina no est sendo desviada para o ciclo de uria em plaquetas. A produo reduzida de GMPc foi observada mesmo com a expresso inalterada da GC. A atividade e marcadores de estresse oxidativo, avaliada atravs da quantificao da oxidao de protenas e atividade da catalase, no foram modificadas em plaquetas de pacientes com TB, enquanto que a atividade da SOD estava aumentada em todas as fases. Os nveis sricos da protena C-reativa (PCR), um marcador inflamatrio, esto aumentados em pacientes manacos, comparados aos controles. A reduzida produo de NO observada em plaquetas de pacientes bipolares pode ser um elo entre esta complexa associao entre TB e a doena cardiovascular.

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Os efeitos das temperaturas elevadas na sade humana representam um problema de grande magnitude na sade pblica. A temperatura atmosfrica e a poluio do ar so fatores de risco para as doenças crnicas no transmissveis, em particular as doenças isqumicas do corao. O estudo teve como objetivo analisar a associao entre a temperatura atmosfrica e internaes hospitalares por doenças cardacas isqumicas no municpio do Rio de Janeiro entre os anos de 2009 e 2013. Utilizaram-se modelos de sries temporais, via modelos aditivos generalizados, em regresso de Poisson, para testar a hiptese de associao. Como variveis de controle de confuso foram utilizadas as concentraes de poluentes atmosfricos (oznio e material particulado) e umidade relativa o ar; utilizou-se mtodo de defasagem simples e distribuda para avaliar o impacto da variao de 1oC nas internaes hospitalares dirias. No modelo de defasagem simples foram encontradas associaes estatisticamente significativas para as internaes por DIC no dia concorrente a exposio ao calor, tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. No modelo de defasagem distribuda polinomial, essa associao foi observada com 1 e 2 dias de defasagem e no efeito acumulado tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. Ao estratificarmos por faixa etria, as associaes para as internaes por DIC e exposio ao calor no foram estatisticamente significativas no modelo de defasagem simples para as temperaturas mdia e mxima. Em contrapartida, no modelo de defasagem distribuda polinomial, a correlao entre internaes por DIC e exposio ao calor foi observada na faixa de 30 a 60 anos no efeito acumulado para a temperatura mdia; e com defasagem de 1 e 2 dias para 60 anos ou mais de idade para a temperatura mdia. Estes resultados sugerem associao positiva entre as internaes hospitalares por doena cardaca isqumica e temperatura na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados do presente estudo fornecem informaes para o planejamento de investimentos de reas urbanas climatizadas e para a preparao dos hospitais para receber emergncias relacionadas aos efeitos de calor que uma das consequncias mais importantes das mudanas climticas.

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O presente trabalho busca analisar o problema da falta de produo de novas pesquisas e medicamentos para doenças negligenciadas. Doenças negligenciadas sero consideradas aqui como aquelas doenças que atingem a parcela da populao mundial mais pobre, no recebendo combate adequado por parte do Estado e da indstria farmacutica para a produo de novas pesquisas e drogas. Nesse contexto, a Organizao Mundial da Sade prope para superar a falta de pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos destinados ao combate de doenças consideradas negligenciadas, alm de incentivos fiscais e financiamento pblico e privado no processo de produo de novas drogas, o reforo nos direitos de propriedade intelectual. O grande problema que o reforo no sistema da propriedade intelectual no significa, necessariamente, maior fluxo de inovao. Nesses termos, o objetivo do presente trabalho demonstrar que a garantia do direito sade da populao que sofre de doenças negligenciadas no passa apenas por alteraes no sistema de propriedade intelectual. Como tais doenças caracterizam-se por gerar excluso social e tratamento atravs de medicamentos arcaicos, dolorosos e desumanos, a falta de pesquisas e de medicamentos para tais doenças tem forte relao com o fato de no se reconhecer como seres humanos as pessoas que sofrem deste mal. Assim, atravs de uma metodologia cientfica de anlise de contedo, o presente trabalho buscar analisar criticamente novos mecanismos colaborativos e cooperativos criados a partir da percepo da necessidade de se alterar um quadro injusto de excluso social para a superao do problema da falta de pesquisa e produo de frmacos para doenças negligenciadas.

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Diversos estudos em epidemiologia tm investigado a influncia do ambiente urbano na sade da populao. Os benefcios dos espaos verdes tm sido um dos aspectos estudados recentemente. Uma das principais vias apontadas atravs da promoo da prtica de atividades fsicas. Outros benefcios incluem a melhoria das condies psicossociais e da qualidade do ar. Esses fatores, por sua vez, tm comprovada associao com a sade cardiovascular. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho investigar a associao entre espaos verdes e mortalidade por doenças isqumicas do corao (DIC) e doenças cerebrovasculares (DCBV) no municpio do Rio de Janeiro, entre os anos de 2010 e 2012. Foi realizado um estudo do tipo ecolgico, tendo os setores censitrios como unidade de anlise. Como varivel desfecho foi calculada a razo de mortalidade padronizada (RMP) por sexo e idade, pelo mtodo indireto. Como medidas de exposio s reas verdes foram utilizadas a mdia e a variabilidade do ndice de Vegetao por Diferena Normalizada ou NDVI (sigla em ingls) mdio referente ao perodo de estudo, em buffers de 100 metros das bordas dos setores censitrios. Os dados foram analisados por um modelo linear condicional autorregressivo, que considera tambm a estrutura de dependncia espacial. Foram includas no modelo as covariveis ndice de Desenvolvimento Social (IDS); densidade de vias de trfego veicular, divididas entre vias coletoras e locais e vias estruturais primrias e secundrias, utilizadas como proxy de poluio em buffers de 100 metros dos setores; e o indicador de setores censitrios litorneos. Aps o ajuste do modelo controlando os possveis fatores de confuso, foi verificada a reduo de 4,5% (CI95%: 7,3%, 1,6%) da mortalidade nas reas com exposio referente ao intervalo interquartlico mais alto da mdia do NDVI; e de 3,4% (IC95%: 6,2%; 0,7%) nas reas referentes ao intervalo interquartlico mais alto da variabilidade, ambos em comparao com o intervalo mais baixo. Esse resultado indica a associao inversa entre a exposio aos espaos verdes e a mortalidade por DIC e DCBV no municpio do Rio de Janeiro. Alm disso, o aumento da mortalidade est associado a piores condies de vida e poluio do ar.

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Dissertao mest., Engenharia Biolgica, Universidade do Algarve, 2009