979 resultados para Ave Grande, Ilha (RJ)


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Os ambientes costeiros vem sofrendo impactos devido a ocupao humana, um dos principais efeitos est na alterao da ciclagem de matria orgnica (MO) na zona costeira. Para investigar as principais fontes de MO e avaliar como a atividade humana tem alterado a composio da MO sedimentar na baa da Ilha Grande (BIG), quatro testemunhos sedimentares (Abrao, Saco do Cu, TEBIG e Marina Piratas) foram datados e analisados para carbono orgnico, nitrognio total, teor de finos, esteris e n-lcoois. Os resultados indicam maiores contribuies de matria orgnica alctone nos testemunhos da enseada de Abrao e principalmente do Saco do Cu, estes testemunhos so enriquecidos em carbono orgnico e sedimentos finos, em comparao com os sedimentos coletados nas proximidades do TEBIG e da Marina Piratas. A partir dos anos de 1950 algumas alteraes, como o incremento da contribuio fitoplanctnica,so observadas nos testemunhos foram indicadas pela Anlise de Componentes Principais (PCA), destaca-se nesta poca a acentuada mudana que ocorreu nas caractersticas granulomtricas do testemunho da Marina Piratas. Estas alteraes so efeitos indiretos da ao do homem que devido ao elevado crescimento populacional vem poluindo corpos dgua da regio e destruindo ecossistemas de elevada importncia como manguezais. No entanto atravs da anlises dos marcadores de esgoto foi observado que a influncia de MO de origem fecal nos sedimentos muito pequena e cresceu muito pouco nas ltimas dcadas. Em conjunto com a elevada cobertura vegetal da regio, os elevados ndices pluviomtricos regionais auxiliam a carrear grandes quantidades de material terrgeno para os sedimentos da baa como indicado pela predomnio de n-lcoois de cadeias longas

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A Ilha Grande (Angra dos Reis, RJ) apresenta dois acontecimentos que marcam a histria recente do lugar: a instituio de leis ambientais com a criao de quatro unidades de conservao da natureza (entre 1971 e 1990); e a intensificao do fluxo turstico aps a imploso do Instituto Penal Cndido Mendes - IPCM (1994), que marcou o fim de cerca de 100 anos de um sistema penitencirio. A Ilha, sempre associada s belezas naturais e ideia de paraso, a partir desse momento, deixa de ser referida como o paraso-inferno e passa a ser reconhecida predominantemente pelas potencialidades paisagsticas, voltando-se para o turismo, que se torna um componente central da vida no lugar. Reconstituindo a trajetria do turismo na Ilha, e considerando o quadro atual das atividades tursticas (a partir da minha participao em fruns para discusso e resoluo dos problemas da Ilha, de pesquisa em jornais, e de entrevistas com moradores e participantes desses fruns), mostro os significados e vises sobre o paraso Ilha Grande e o turismo o que se tem e o se quer , tanto no nvel dos discursos e das representaes, quanto no nvel das prticas e das relaes sociais institudas. Revela-se a um campo de disputa entre diferentes atores sociais com interesses diversos para salvar e explorar a Ilha Grande; onde a natureza e o turismo se apresentam como dois elementos utilizados como estratgias para sobrevivncia de grande parte da populao e como estratgia poltica do poder pblico; um paraso marcado pelo turismo e um paraso para o turismo. Fao uma leitura da ocorrncia e das implicaes do turismo na Ilha Grande atravs da ideia de turismizao, em analogia com o pensamento de Norbert Elias sobre processo civilizador e de J. S. Leite Lopes sobre ambientalizao, e reconhecendo o dilogo e os embates entre o processo turismizador e o processo ambientalizador na Ilha Grande.

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Estudos ambientais tm demonstrado que substncias geradas por processos antropognicos podem causar efeitos prejudiciais interferindo no equilbrio natural do ecossistema. Manguezais exercem funes essenciais nos ciclos biolgicos e constituem rea de Proteo Permanente no Brasil. Infelizmente, eles esto sendo degradados acima do seu limite de suporte, levando a uma reduo das reas remanescentes no mundo. Este trabalho apresenta os resultados de mutagenicidade e genotoxicidade observados em quatro amostragens (PI, V, O e PII) entre 2009 e 2010, relacionados com metais e hidrocarbonetos policclicos aromticos (HPA) em sedimento de mangue para a caracterizao dos valores de referncia. Os testes de genotoxicidade foram feitos a partir de hemcitos do caranguejo Goniopsis cruentata, coletados em um ecossistema potencialmente no poludo do Brasil, localizado no sul do Rio de Janeiro (Parati/RJ), chamado de "Saco do Mamangu". Coleta, armazenamento e manipulao dos sedimentos e material biolgico de cinco pontos de amostragem (M1- M5) foram processados de acordo com normas norte-americanas reconhecidas. A identificao das substncias qumicas foi realizada com extratos de sedimentos e utilizada no bioensaio Salmonella/microssoma (Kado). A avaliao de potenciais danos genotxicos estabelecidos foi realizada atravs do Teste de Microncleo, que apresentou valores significativos na amostra V. Resultados negativos foram observados para as cepas de Salmonella typhimurium TA97, TA98, TA100 e TA102, tanto na ausncia quanto na presena de frao de metabolizao exgena de mamferos (S9 mix 4%) em todas as anlises. A quantificao por cromatografia gasosa com deteco por espectrometria de massas dos 16 HPA prioritrios em termos de conservao ambiental apresentou valores baixos nas duas primeiras amostragens (PI e V) e nulos nas coletas seguintes (O e PII), nos mesmos pontos. De acordo com os valores utilizados nos Estados Unidos e Canad como referncia, os detectados por ns no so considerados como toxicantes ambientais positivos, com exceo do Benzo(a)pireno, que em M1V apresentou valores um pouco acima do limite a partir do qual j podem ser observados pequenos efeitos na biota. A anlise dos metais (Cd, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb e Zn) por Espectrometria de Absoro Atmica inicialmente realizada com a gua intersticial foi melhor interpretada a partir da matriz sedimento. Este estudo contribuir com a implementao de indicadores para valores de referncia em mangue.

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Os girinos dos anuros podem ocorrer em inmeros tipos de sistemas hdricos, desde ambientes relativamente simples e previsveis, como na gua acumulada em epfitas ou uma poa temporria, at hbitats aquticos permanentes mais complexos, como os riachos. A interao entre os fatores ambientais biticos e abiticos existentes nesses diferentes ambientes com os fatores histricos essencial para explicar a estrutura das comunidades dessa fase de vida dos anuros. O entendimento sobre como estes fatores atuam e sua importncia nos conduz a uma maior compreenso do que parece influenciar positivamente ou negativamente o estabelecimento dos girinos nos seus diferentes ambientes. Inicialmente, fornecemos uma discusso detalhada da importncia desses fatores. Em seguida, avaliamos a estrutura da assemblia dos girinos e a sua estratgia de ocupao espacial e temporal em relao ao uso de diferentes sistemas aquticos, temporrios e permanentes (poas, terrenos alagados, riachos e ambientes artificiais) em uma rea de Mata Atlntica na Ilha Grande (Rio de Janeiro). Posteriormente, propomos um experimento para avaliar como os girinos caractersticos de diferentes tipos de habitats hdricos respondem condio adversa de ausncia de gua livre. Depois, sugerida uma chave artificial de identificao para os girinos da Ilha Grande, com base nas espcies contempladas neste estudo. Por fim, apresentamos a descrio do girino de Proceratophrys tupinamba, provendo algumas informaes sobre sua distribuio temporal e uso de microhabitats. Registramos girinos de 12 espcies de anuros, o que correspondeu a 71% dos anfbios da Ilha Grande com larvas exotrficas em ambientes aquticos. O espectro de habitats hdricos utilizados variou consistentemente entre as espcies. Girinos de Aplastodiscus eugenioi e Scinax trapicheiroi foram aqueles que utilizaram a maior quantia de tipos de habitats, ambos com cinco registros. A maioria das espcies teve suas maiores abundncias em um ou dois tipos de corpos dgua onde ocorreu, portanto poucas destas espcies demonstram ter sido generalistas no uso de tipos de habitats aquticos. A maior riqueza de espcies ocorreu em poas temporrias, em riachos intermitentes e no ambiente antropizado da calha artificial. Quando consideramos em termos de habitats hdricos, a maior riqueza ocorreu nas poas temporrias, nos riachos intermitentes, nos riachos permanentes e na calha artificial. Em nem todos os meses um determinado tipo de recurso hdrico manteve a sua riqueza mxima de girinos. Observamos que um mesmo tipo de sistema hdrico pode comportar espcies tpicas de ambientes lnticos e outras adaptadas a ambientes lticos, dependendo da estrutura em que o corpo dgua apresenta naquele perodo, como os riachos intermitentes, por exemplo. Entre os fatores abiticos medidos, o PH, o oxignio dissolvido, a correnteza, a largura e a profundidade dos corpos dgua explicaram de forma mais importante a ocorrncia e abundncia das diferentes espcies de girinos. Portanto, consideramos que fatores ecolgicos desempenham um importante papel na determinao da distribuio de girinos dentro e entre habitats que estes organismos ocupam. O experimento proposto mostrou que os tempos de sobrevivncia entre as onze espcies contempladas e tambm entre os indivduos de diferentes tamanhos em uma mesma espcie variaram consideravelmente. Isto sugestivo de que estas espcies apresentam diferentes estratgias para tolerar uma condio de independncia de gua livre. Os fatores que pareceram mais influenciar negativamente na sobrevivncia dos girinos foram: hbito nectnico, pequeno tamanho dos indivduos, ocupao de ambientes lnticos e temporrios e modo reprodutivo no-especializado. Alternativamente, os girinos com melhor desempenho em uma condio de independncia de gua livre foram de espcies de tamanho comparativamente grande ou mdio, ocuparam preferencialmente ambientes lticos e permanentes, apresentaram modos reprodutivos especializados e os hbitos dos girinos foram principalmente bentnicos. Neste contexto, pode se conjecturar que os girinos das espcies que utilizam ambientes permanentes sejam mais resistentes condio de independncia de gua livre do que aquelas de habitats efmeros. Considerando especial ateno para a biodiversidade dos anfbios, a Ilha Grande apresenta uma elevada concentrao de espcies endmicas. Esta respeitvel diversidade de anfbios para a rea estudada est relacionada com a cobertura vegetal de Mata Atlntica e a grande quantidade de corpos dgua na Ilha, tanto temporrios quanto permanentes. A influncia destas condies favorveis para os anfbios na regio est demonstrada tambm na diversidade de modos reprodutivos, onde 13 dos 39 modos reprodutivos j descritos foram notados para os anfbios da Ilha Grande. Este conjunto de fatores reafirma esta como uma das mais importantes reas para a conservao da biodiversidade de anfbios para o estado do Rio de Janeiro. Comparando a descrio do girino de Proceratophrys tupinamba com P. appendiculata, observamos algumas diferenas na proporo do corpo. Os girinos da espcie descrita foram mais abundantes durante a estao chuvosa (outubro-maro), sendo esta distribuio positivamente relacionada com a precipitao mdia mensal. Os girinos so bentnicos e ocorrem mais frequentemente em pores de menor correnteza do riacho. Eles foram encontrados com maior freqncia expostos na areia, que tambm representou o microhabitat mais disponvel entre aqueles no crrego estudado.

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Apesar de ser percebida como uma entidade supra-humana, a instituio Igreja o resultado de um trabalho desenvolvido cotidianamente por indivduos dedicados a tal empreendimento. Na Igreja Assembleia de Deus da vila Provet, Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ, esse trabalho contnuo vem sendo realizado com bastante xito. O crescimento da vila foi concomitante ao crescimento da Igreja e seu corpo ministerial. Vinculado sua histria houve o processo de evangelizao de grande parte dos moradores. Assim, a Igreja Assembleia de Deus Provet detm uma clara hegemonia sobre o modo de vida local h pelo menos trs geraes. Seu territrio designado e percebido, tanto pelas pessoas dali, quanto pelas pessoas de fora, como um lugar regido por preceitos religiosos, cuja moral predominantemente pentecostal. Este trabalho concentra-se na investigao acerca dos conjuntos da Assembleia de Deus, suas festas religiosas e desdobramentos. As festas e principalmente a organizao e preparao das mesmas so veculos atravs do qual um cotidiano e/ou uma maneira de viver se manifesta. Tais prticas formam um complexo empreendimento que mobiliza grande parte da populao local e revela dimenses sociais especficas. Ao delinear a forma com que a Igreja se inscreve na vida cotidiana dos fiis, pode-se compreender de forma mais clara a interface entre religio e comunidade presente neste estudo de caso.

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Estudos de comunidades de esponjas marinhas so escassos no Brasil, sendo este trabalho pioneiro nessa abordagem para a Ilha Grande - RJ, um local de alta diversidade biolgica. A estrutura das assembleias de esponjas marinhas e da comunidade bentnica marinha sssil foi avaliada, a partir de ndices descritores de diversidade, em seis pontos da Ilha Grande e ilhas prximas, sendo trs do lado continental e trs do lado ocenico. As assembleias foram comparadas entre os diferentes lado e profundidade, atravs da contagem do nmero de indivduos e rea de cobertura por foto-quadrados. Paralelamente, as esponjas foram coletadas, fixadas e posteriormente identificadas atravs de metodologia e literatura especializada. Foi encontrado um total de 5.457 indivduos, representando as Classes Demospongiae e Calcarea, distribudos em 41 espcies e nove morfotipos, indicando maior diversidade para Lagoa Azul e menor para Parnaica, sendo o local com maior riqueza a Ilha do Abrao. Dentre as espcies identificadas, quatro dominaram mais de 50% do total e 26 no alcanaram nem 5% da abundncia absoluta. Anlises de varincia por GLM s evidenciaram diferena significativa para profundidade com substratos diferentes (F= 2,79; p<0,04), enquanto o fator lado (F= 2,23; p>0,16) e a interao entre os fatores (F= 1,17; p>0,38) no tiveram diferena estatstica. As anlises multivariadas de ordenao Cluster e MDS indicaram a formao de quatro assembleias de esponjas: 1) quatro locais com substrato no consolidado; 2) Lagoa Azul com substrato no consolidado; 3) locais ocenicos de substrato rochoso; e 4) locais continentais de substrato consolidado. J para a comunidade geral, 49 espcies foram encontradas, sendo o Filo Porifera o de maior representatividade especfica, apesar das macroalgas terem formado o grupo mais abundante. A comunidade bentnica foi dominada por quatro espcies, que juntas alcanaram mdia de 50% da cobertura bentnica: alga calcria incrustante, algas formadoras de tapete de turf, a esponja Iotrochota arenosa e o zoantdeo Palythoacaribaeorum. Estatisticamente, o lado continental se mostrou diferente do ocenico, o qual possui maior riqueza, diversidade e uniformidade de espcies, muito provavelmente pelo menor nmero de espcies dominantes e aliado a isso maior heterogeneidade de habitats, o que promove o aumento da diversidade. Quinze novas espcies esto sendo registradas para a Baa da Ilha Grande, sendo trs novas espcies, as quais esto sendo descritas por especialistas, e 12 so novos registros de espcies ou gneros para a regio, evidenciando que a diversidade de esponjas marinhas na BIG alta e ainda pouco conhecida e que a formao de assembleias pode ser devida a singularidade de cada local, implicando na necessidade de conservao dos costes rochosos da Ilha Grande e cercanias, a qual pode ser manejada atravs da realizao de rpidos levantamentos sobre a riqueza e o nmero de indivduos da espcie na regio

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Os estudos anatmicos do lenho so frequentemente aplicados soluo de questes taxonmicas, filogenticas e evolutivas, visto que este tecido apresenta uma tendncia mais conservadora e, consequentemente, menor plasticidade. Este trabalho tem por objetivo o estudo da estrutura anatmica do lenho de oito espcies arbustiva-arbreas da subfamlia Ixoroideae ocorrente no Parque Estadual da Ilha Grande, Angra dos Reis-RJ, visando contribuir com subsdios identificao local das espcies e taxonomia e filogenia da subfamlia Ixoroideae e da famlia Rubiaceae. O estudo foi desenvolvido em um importante remanescente do bioma Mata Atlntica no estado do Rio de Janeiro. O material botnico foi coletado por mtodos no destrutivo, as amostras foram processadas segundo tcnicas usuais em anatomia da madeira e as anlises e descries seguiram as recomendaes da COPANT (1973) e IAWA Commitee (1989). Os resultados demonstraram que as oito espcies estudadas apresentam caractersticas qualitativas diagnsticas que permitiram segregar as espcies e construir uma chave de identificao com base na presena ou ausncia de incluses inorgnicas, paredes celulares disjuntivas, clulas envolventes nos raios e no tipo de parnquima axial. As anlises estatsticas realizadas sustentaram o agrupamento das espcies estudadas na subfamlia Ixoroideae, porm no foi possvel o agrupamento em nvel das tribos s quais estas espcies esto subordinadas. Os resultados indicaram ainda a necessidade de reanlise das rvores filogenticas hipotticas propostas para subfamlia Ixoroideae, com base nos tipos de lenho, de incluses minerais e de parnquima axial. Cabe ainda destacar que os resultados obtidos corroboraram a importncia da anatomia do lenho para a identificao de espcies de difcil reconhecimento na famlia Rubiaceae. Esses dados so teis especialmente na ausncia de material reprodutivo, o que representa importante aspecto para o gerenciamento e manejo das espcies nativas da Unidade de Conservao onde este estudo foi realizado

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As extensas pradarias submersas formadas pelas gramas marinhas so importantes habitats da costa, onde ocorrem interaes ecolgicas entre diversas espcies da vegetao subaqutica, invertebrados bentnicos e peixes. As gramas marinhas e algas de deriva so conhecidas como macrfitas marinhas e, por ocuparem o mesmo tipo de substrato, so normalmente encontradas juntas, proporcionando oxignio, alimento, proteo, abrigo alm de stios de reproduo e pastagem para os animais associados a essas pradarias. Amostras de algas de deriva e de H. wrightii foram coletadas, ao longo de transectos fixos de 50 m paralelos Ilha do Japons, a fim de analisar a existncia de relaes positivas entre as espcies de macrfitas marinhas e sua macrofauna associada, comparar as duas comunidades e avaliar a estruturao da comunidade macrofaunal bntica do local. Os transectos foram alocados de acordo com a posio do banco de grama marinha. Observou-se que a densidade de eixos e a biomassa de H. wrightii no explicam a variao da biomassa, riqueza de espcies e diversidade (ndice de Simpson) das algas de deriva. A grande movimentao das algas de deriva ao longo do banco de grama marinha faz com que elas se homogenezem e ocupem diferentes lugares ao acaso na pradaria, muitos desses locais com baixa biomassa de H. wrightii devido grande variabilidade na distribuio dessa espcie no local de estudo. Os descritores ecolgicos da grama marinha tambm no tiveram relaes positivas com sua macrofauna bntica associada. A comunidade macrofaunal associada s gramas marinhas foi mais densa, rica e diversa do que a comunidade macrofaunal associada s algas de deriva. Os moluscos Anomalocardia flexuosa, Cerithium atratum, Ostrea sp, Tellina lineata e Divalinga quadrissulcata dominaram o ambiente de gramas marinhas. A maior complexidade estrutural das algas de deriva forneceu um habitat protegido mais atrativo para os crustceos como, Pagurus criniticornis, Cymadusa filosa e Batea catharinensis. A malacofauna associada s algas no foi abundante, mas um novo registro foi a ocorrncia do bivalve invasor Lithopaga aristatus, perfurando uma concha de Ostrea sp. As relaes entre os descritores da biomassa algal foram comprovadas para a maioria dos descritores de sua fauna associada. As relaes das macrfitas marinhas com a macrofauna total associada seguiram o mesmo padro das relaes das algas de deriva. As anlises de agrupamento e ordenao mostraram que as comunidades macrofaunais bnticas do local so estruturadas de acordo com os txons dos organismos associados mais dominantes influenciados pelo tipo de vegetao basibionte (algas de deriva ou grama marinha). Destaca-se com o presente estudo a importncia de medidas de maior proteo no local para a preservao e manuteno do ecossistema da Ilha do Japons, RJ, Brasil

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)

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Esta dissertao apresenta como tema central o fornecimento de energia eltrica em reas protegidas como caso da Ilha Grande , distrito de Angra dos Reis e situada no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro. Os diferentes usos de energia eltrica esto relacionados s diferentes funes da ilha ao longo de cinco sculos de ocupao em que destaca-se a funo de segurana pblica com o complexo presidirio, a funo de proteo ambiental com as categorias da APA , PARQUE, RESERVA BIOLGICA e com a funo mais recente que de atrativo turstico.

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O foco desta dissertao a relao entre Pentecostalismo e a tecnologia televisiva na vila de Provet, uma comunidade evanglica situada na Ilha Grande, municpio de Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro. Os residentes de Provet so majoritariamente membros da Igreja Pentecostal Assemblia de Deus, situada ali desde princpios da dcada de 1930. A televiso, em contraste, fora introduzida na vila apenas em 1987, mediante o acesso a antenas parablicas. O objetivo central da dissertao compreender o processo histrico e social de insero da tecnologia televisiva na vila de Provet, e como esta tecnologia se relaciona com mdias e prticas Pentecostais de mediao com o transcendental. Condenada num primeiro momento pelo ento pastor presidente da Assemblia de Deus como uma tecnologia exclusivamente diablica e portanto, irrevogavelmente proibida aos membros da igreja , a televiso fora progressivamente ressignificada pelas lideranas da igreja como uma tecnologia ambivalente, a partir da qual tanto Deus quanto o Diabo seriam capazes de operar. A dissertao explora, nesse sentido, o processo de negociao em torno dos significados religiosos atribudos televiso, bem como os regimes normativos relativos ao seu consumo. Dado o status ambivalente da tecnologia televisiva aos olhos das lideranas contemporneas da igreja seu potencial de estar a servio de Deus ou do Diabo, do bem ou do mal , busco compreender uma tica do assistir que parece subjazer o processo de autorizao do consumo da televiso, isto , como um crente deve assisti-la. Assistir televiso de forma eticamente apropriada, portanto, implicaria um conhecimento essencial sobre como assistir. Este conhecimento, argumento, o conhecimento da Bblia. Mediante um regime de verdade bblico, os provetaenses traariam uma distino fundamental em relao aos contedos televisivos considerados factuais ou reais, cujo consumo seria inofensivo ou benfico, e aqueles considerados forjados, encenados ou construdos, cujo consumo seria inapropriado, ou ainda perigoso. Partindo da identificao das telenovelas da Rede Globo como mentiras de natureza diablica, e do telejornal como um espao de aprendizado para o crente, empreendo uma anlise de recepo destes programas, buscando compreender as dinmicas simblicas e sensoriais de identificao das presenas e das agncias de Deus e do Diabo atravs da televiso. O argumento central a ser desenvolvido na dissertao o de que a experincia de assistir televiso em Provet encontra-se estruturada por uma esttica Pentecostal fomentada a partir da Bblia. A partir das prticas religiosas de mediao centradas na Bblia, um regime sensorial Pentecostal fora progressivamente constitudo: uma dada gramtica do sentir os objetos da experincia em relao ao regime de verdade Bblico. Tm-se, desse modo, uma dinmica circular no interior da qual imagens so experimentadas sensivelmente a partir do prisma da verdade Bblica, e tais sensaes, por sua vez, objetificam a realidade dessa verdade no corpo do sujeito. Nessa dialtica entre o crer e o sentir, a experincia sensvel de assistir televiso informada por um entendimento Pentecostal da realidade, e esse entendimento autenticado por aquilo que sentido.

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O presente estudo visa analisar os processos de transformaes econmicos, polticos e socioambientais decorrentes da instalao dos grandes empreendimentos em territrios tradicionais da pesca, mais especificamente, as experincias da comunidade pesqueira da Ilha da Madeira/baa de Sepetiba/Itagua-RJ, desde a instalao da Cia Ing Mercantil (1964) at os dias atuais, identificando, nos vrios ciclos de industrializao: os fatores endgenos e exgenos que contribuem para a vulnerabilidade ou sustentabilidade da pesca artesanal e do meio ambiente. Sinalizando, nesta experincia, alguns aspectos que possam servir de referncia para outras comunidades pesqueiras que vivenciam problemas similares. Introduzimos a problemtica a partir da contextualizao da pesca artesanal no Brasil, as polticas, a regulamentao da atividade, a organizao dos pescadores. Ao evidenciar a pesca artesanal no estado do Rio de Janeiro, destacamos os conflitos socioambientais decorrentes da instalao de complexos industriais em territrios tradicionalmente ocupados por pescadores, com destaque para os conflitos relativos instalao do Porto de Au, em So Joo da Barra/RJ e os gasodutos para a refinaria de petrleo na baa de Guanabara. Aprofundamos a temtica, a partir de um estudo de caso na Ilha da Madeira, baa de Sepetiba, Itagua/RJ. Esse territrio, tradicionalmente ocupado por pescadores, mergulhou em uma crise socioambiental a partir da dcada de 60 e, desde ento, vem passando por diversas transformaes: alterao radical da paisagem, degradao ambiental alm do sufocamento da atividade pesqueira. Os fatos so evidenciados por meio de pesquisas bibliogrficas, documentais, registros fotogrficos, sobretudo, histria de oral. Em entrevistas com informantes-chave resgatamos as memrias pessoais e, nesse percurso, fomos recuperando parte da histria do territrio. Caracterizando a paisagem, a vida e trabalho dos pescadores, a cultura local: tradies, costumes, valores, aspectos materiais e simblicos, em um perodo anterior a chegada das indstrias, quando a Ilha da Madeira era de fato, uma Ilha. Em suas narrativas os entrevistados foram pontuando as sucesses dos trgicos acontecimentos que ocorreram aps a instalao da Ing at os dias atuais. Esses fatos so demarcados em ciclos que compem a crise socioambiental no territrio. Um estudo que retrata a injustia ambiental, a vulnerabilidade de uma comunidade pesqueira, cuja experincia serve de alerta para outras comunidades tradicionais. Ressaltamos a importncia das articulaes entre os movimentos locais com instncias extras locais, sinalizando para a necessidade de democratizao dos processos decisrios e da gesto compartilhada dos recursos de uso comum. Tambm pontuamos a urgncia de superao do paradigma que dissocia desenvolvimento, natureza e sociedade, fortalecendo uma lgica de produo que, ao se impor como hegemnica sufoca todas outras formas de organizao do trabalho.

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A toxicidade dos metais em ambientes aquticos est relacionada sua biodisponibilidade e esta, por sua vez, pode ser influenciada por diversos fatores. As caractersticas do sedimento fazem dele um importante compartimento para avaliao do nvel de contaminao no ambiente aqutico. A presente pesquisa teve por objetivo quantificar e avaliar a biodisponibilidade de metais em sedimentos da baa da Ribeira. Nessa regio, encontram-se os bairros mais populosos de Angra dos Reis RJ. Essa baa est localizada na parte nordeste da baa da Ilha Grande, que consiste de um espao pesqueiro, turstico e de importante valor econmico e industrial. Foram coletados 12 sedimentos na baa da Ribeira e determinados os teores dos metais Al, Cu, Cd , Cr, Fe, Mn, Ni, Pb e Zn, atravs da extrao com gua rgia (protocolo BCR-701), e o potencial de toxicidade dos metais Cd, Cu, Ni, Pb e Zn pelo mtodo de extrao dos sulfetos volteis em meio cido e quantificao dos metais extrados simultaneamente (em ingls Acid Volatile Sulfide and Simultaneously Extracted Metal, AVS/SEM). Tambm foram efetuadas medidas de pH, potencial redox (Eh), carbono orgnico, fsforo total e granulometria. Atravs desses dados, foi possvel estudar correlaes entre essas variveis. As concentraes de cada metal so similares nas diferentes localizaes dos sedimentos e no apresentam significativas diferenas com relao a estudos reportados para a rea, com exceo do Pb que apresentou a mais alta concentrao j reportada. Os valores de &#61523;SEM/AVS (entre 0,02 e 0,2) menores que 1, indicam que h quantidade de sulfetos suficiente para o aprisionamento dos metais investigados. As correlaes obtidas atravs da Anlise dos Componentes Principais demonstram relao direta entre as concentraes da maioria dos metais extrados por gua-rgia (Ni, Fe, Cr, Cu, Zn); entre os metais Mn, Pb, Al e o fsforo total; entre os teores de matria orgnica, carbono orgnico total, fsforo total com as fraes finas de silte e argila com o Eh. Os resultados sugerem que a regio no sofre influncia significativa de fontes antrpicas em relao a metais e que, segundo o AVS/SEM, esses se encontram pouco disponveis para o ambiente e, portanto, apresentam baixo potencial txico

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A Baa da Ilha Guaba um sistema costeiro tropical com influncia de guas ocenicas, principalmente da Corrente do Brasil e das guas Costeiras que so predominantes em toda a costa da regio sudeste. O objetivo geral foi identificar os indicadores biolgicos das possveis alteraes ambientais e ou antrpicas e como objetivos especficos, apresentar a distribuio qualitativa e quantitativa do fitoplncton em funo da espacialidade e da sazonalidade em duas situaes de mar bem como demonstrar a estrutura da comunidade fitoplanctnica dentro de um Programa de Monitoramento desenvolvido pela empresa Mineraes Brasileiras Reunidas atravs do Centro de Tecnologia Ambiental da FIRJAN (CTA). Foram estabelecidos 9 pontos amostrais na rea sob influncia do Terminal Martimo da Ilha levando em considerao as caractersticas de cada um. Para o estudo qualitativo e quantitativo do fitoplncton, 200 ml de gua foram coletados em dois pontos de amostragem 7 e 9 em baixa-mar e preamar, atravs de garrafa de Van Dorn e nos 9 pontos foi realizado arrasto com rede de 50&#956;m, ambos em quatro pocas sazonais distintas. Ao todo foram encontradas 176 unidades taxonmicas demonstrando uma importante oferta de nichos. A espcie que mais se destacou foi Coscinodiscus cf. centralis em todas as amostras de rede. A sazonalidade foi vista atravs de uma anlise de Cluster tanto para as amostras de rede quanto para as de garrafa. No houve registro de espcies que indicassem alteraes antrpicas no revelando condio de eutrofizao. Foram encontradas espcies indicadoras de diferentes massas de gua como tambm outras potencialmente nocivas. Os resultados biticos e abiticos demonstraram que a rea sob influncia do empreendimento est dentro dos padres estabelecidos pela legislao vigente e que para o estabelecimento de um desenvolvimento sustentvel torna-se imprescindvel a adoo de mtodos padronizados e multiinterdisciplinares para que seja possvel comparar e acompanhar os processos e seus efeitos viabilizando assim a manuteno da biodiversidade.

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Mudanas de nicho entre ilhas e continente, ou entre diferentes ilhas, incluem expanses de habitat e faixas mais amplas de estratos verticais de forrageamento. Organismos esto geralmente aptos a explorar apenas uma poro dos recursos que se encontra disponvel no ambiente. A maneira como partilham esses recursos, alm de definir seu nicho ecolgico, pode indicar como as interaes entre as espcies influenciam na estrutura da comunidade. Estas espcies, por sua vez, encontram-se associadas por suas relaes de alimentao. Entre aves, diferentes espcies se associam para explorar recursos alimentares em agregaes como a de espcies que seguem correio de formigas ou em bandos mistos. A associao de aves a bandos mistos tem sido relacionada diminuio da predao e aumento da eficincia do forrageamento. Nesse tipo de associao, as espcies so categorizadas de acordo com a sua frequncia e importncia, e podem contribuir com a formao, coeso e manuteno do bando. O presente estudo teve como objetivo comparar o comportamento de forrageamento de Xiphorhynchus fuscus entre reas de Mata Atlntica de ilha e continente a fim de investigar se existem diferenas em decorrncia do isolamento. Foram realizadas transeces e observado o comportamento de forrageamento da espcie entre reas de ilha e continente adjacente. Os resultados mostram uma diferena nos uso dos estratos verticais entre ilha e continente e entre indivduos forrageando solitrios e em bandos mistos de aves. A maior amplitude dos estratos verticais na ilha e a restrio deles no continente pela espcie, ao forragear solitariamente, indicam um provvel efeito relacionado competio. As diferenas entre o uso dos estratos verticais entre ilha e continente indicam a influncia da composio das espcies em bandos mistos no estrato vertical utilizado por X. fuscus quando associado a estes. A menor adeso de X. fuscus a bandos mistos em ilha indica que a ausncia de espcies de aves consideradas responsveis pela associao das espcies e sua manuteno em bandos mistos seja responsvel pela diferena encontrada em relao ao continente. Portanto, a diferena entre o nmero de espcies entre ilha e continente (com menor nmero na ilha) parece ser preponderante na utilizao dos estratos verticais de forrageamento por X. fuscus estando ele associado a bandos mistos ou no