979 resultados para Ave Grande, Ilha (RJ)


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A introduo de espcies invasoras marinhas tem causado danos econmicos e ecolgicos considerveis em todo o mundo. Algumas destas espcies incluindo corais escleractneos possuem adaptaes, tais como metablitos secundrios utilizados para evitar a predao e competio por espao por outros organismos. Este arsenal qumico e as interaes entre espcies invasoras e nativas podem causar alteraes na distribuio das espcies e na estrutura das comunidades de costes rochosos tropicais. Os objetivos deste estudo foram (1) caracterizar os metablitos secundrios produzidos pelos corais invasores Tubastraea tagusensis e T. coccinea na Baa da Ilha Grande, Brasil, (2) detectar os compostos qumicos liberados pelos tecidos de Tubastraea tagusensis in situ utilizando um aparelho submersvel; (3) testar no campo os extratos metanlicos produzidos por ambas as espcies de Tubastraea contra a predao por peixes generalistas e assentamento de outros organismos, (4) testar no campo se os compostos qumicos produzidos por ambos os corais invasores variaram na concentrao ou tipo quando os corais foram colocados prximos de competidores nativos e (5) determinar como as comunidades de costes rochosos da Baa da Ilha Grande foram afetadas pela expanso de Tubastraea coccinea e T. tagusensis em 8 locais estudados durante 2 anos. As principais classes de substncias encontradas nos extratos metanlicos de Tubastraea foram identificados como esteris, cidos graxos, hidrocarbonetos, alcalides, steres e alcois, entretanto, o aparelho submersvel identificou somente hidrocarbonetos liberados por Tubastraea na gua do mar. O extrato metanlico de T. tagusensis reduziu a predao por peixes generalistas e j os extratos de ambas as espcies mostraram efeitos espcie-especficos sobre organismos incrustantes no campo. No experimento de interao competitiva foi detectada a presena de necrose nos tecidos do coral endmico Mussismilia hispida e isso provocou variao nas concentraes de esteris, alcalides e cidos graxos nos tecidos de Tubastraea. Em contraste, a esponja Desmapsamma anchorata cresceu sobre os tecidos das colnias de ambos os corais invasores. A presena de Tubastraea nas comunidades bentnicas causou uma dissimilaridade mdia de 4,8% nas comunidades invadidas. Uma forte relao positiva foi encontrada entre a cobertura de Tubastraea e a mudana na estrutura da comunidade da Baa da Ilha Grande. Portanto, os efeitos negativos de ambos os corais invasores so suficientes para acarretar mudanas na estrutura das comunidades bentnicas tropicais.

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As comunidades marinhas so afetadas por diversos fatores, que dentro do contexto de estrutura trfica, podem ser divididos em foras bottom-up (foras ascendentes), como por exemplo, a disponibilidade de nutrientes, e foras top-down (foras descendentes), como por exemplo, a predao. Alm de modificaes na estrutura das comunidades e populaes de organismos, essas foras podem influenciar a produo de metablitos secundrios pelos organismos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito das perturbaes ambientais geradas pelas manipulaes separadas e interativas de excluso de macropredadores e enriquecimento com nutrientes sobre a estrutura e sobre as respostas metablicas de comunidades marinhas incrustantes de substratos artificiais no costo rochoso de Biscaia, Baa da Ilha Grande, RJ. O desenho experimental utilizou blocos de concreto como substrato artificial, os quais foram espalhados aleatoriamente na regio de infralitoral do costo rochoso. O experimento compreendeu o uso de blocos Controle (ausncia de manipulao) e quatro tratamentos, todos com cinco rplicas cada. Os tratamentos foram: tratamento Excluso de predao (gaiola contra a ao de macropredadores), tratamento Nutriente (sacos de fertilizante de liberao lenta), tratamento Nutriente + excluso de predao (gaiola contra ao de macropredadores e sacos de fertilizante de liberao lenta) e o tratamento Controle de artefatos (gaiola semifechada para avaliar gerao de artefatos). Uma rea de 15 x 15 cm do bloco foi monitorada a cada 20 dias, totalizando dez medies. Foram utilizados mtodos de monitoramento visual e digital de porcentagem de cobertura por espcie. O enriquecimento com nutrientes foi avaliado atravs de medies da concentrao dos nutrientes Ortofosfato, Nitrato, Nitrito e Amnio na gua do entorno do bloco. Para analisar os possveis artefatos foi realizado experimento de fluxo de gua (mtodo Clod card) e a luminosidade dentro das gaiolas foi medida. Os dados demonstraram modificaes na estrutura das comunidades bentnicas incrustantes dos substratos artificiais devido s manipulaes realizadas, ou seja, pelo enriquecimento com nutrientes, pela excluso de predao e pela interao entre os dois fatores (Nutriente + excluso de predao). Alm disso, diferenas metablicas foram detectadas nas substncias extradas dos organismos dos diferentes tratamentos do experimento. Esses resultados indicam a existncia de controle top-down e bottom-up sobre a comunidade bentnica do local.

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Esta pesquisa tem por objetivo analisar os conflitos socioambientais envolvendo os pescadores artesanais na Baa de Ilha Grande e as iniciativas institucionais que buscam dar tratamento a esses conflitos de forma compartilhada. Neste sentido, foram consideradas duas iniciativas institucionais: i) o Projeto Desenvolvimento e Gerenciamento dos Sistemas de Gesto da Pesca e Aquicultura na baa de Ilha Grande GPESCA-BIG; e ii) o Termo de Compromisso entre a Estao Ecolgica de Tamoios e as comunidades pesqueiras de Angra dos Reis e Paraty. A metodologia envolveu a observao direta da autora em reunies de conselhos consultivos e grupos de trabalho em unidades de conservao, em especial, os espaos envolvendo a Estao Ecolgica de Tamoios, alm de apresentaes e audincias pblicas sobre a proposta de Acordos de Pesca. Utilizou-se tambm a observao participante em reunies e oficinas no mbito do projeto GPESCA-BIG. De forma complementar, a pesquisa se baseou em entrevistas (formais e informais) e anlise de documentos diversos elaborados por entidades representativas dos pescadores e demais atores direta e indiretamente envolvidos no conflito. Foram identificadas trs grandes grupos de conflitos relacionados aos pescadores artesanais: (1) sobreposio de territrios de pesca/pesqueiros e as reas protegidas, principalmente aqueles relacionados ESEC Tamoios; (2) conflitos associados pesca industrial, identificados pelos pescadores como barcos de fora, e em menor escala, as embarcaes de petrleo/gs e do turismo e; (3) conflitos resultantes da falta de regularizao/permissionamento da atividade. Em sntese, estes conflitos envolvem polticas de desenvolvimento e de conservao, que se confrontam com o modo de vida tradicional dos pescadores artesanais e caiaras. Alm dos conflitos oriundos das diferentes formas de apropriao do espao marinho, estes conflitos tambm estiveram relacionados ao papel paradoxal do Estado no estabelecimento das regras e normas de ordenamento (incluindo-se a fiscalizao/monitoramento ambiental), burocracia e s diversas instituies existentes para tratar de problemas comuns, tornado confuso o gerenciamento da atividade. No que se refere s iniciativas em anlise, os resultados demonstram a existncia de instituies relativamente bem constitudas na regio, com a atuao de rgos de gesto pblica e ambiental nos mais variados nveis: municipal estadual e federal. Alm destes, registra-se tambm a participao da sociedade civil, em especial, dos pescadores artesanais de Paraty e de suas representaes, na busca pelo tratamento dos conflitos nos quais esto inseridos. Por outro lado, evidencia-se a falta de articulao e integrao entre as polticas e atores, bem como entre as experincias institucionais em curso. Portanto, um dos maiores desafios existentes na implantao de um modo compartilhado de gesto dos recursos pesqueiros na BIG consiste justamente em superar tais limitaes institucionais, de maneira que possam promover aes articuladas visando no apenas a conservao integrada do ecossistema, como tambm a reproduo das prticas tradicionais de pesca e a sua co-existncia com os demais tipos de usos

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Poucos organismos so aptos a suportar o alto estresse provocado pelas variaes de temperatura e alta dessecao na faixa superior da regio entremars de costes rochosos, sendo um deles o cirripdio Chthamalus. Apesar da sua resistncia, vivem constantemente prximos ao seu limite de tolerncia fisiolgica, o que pode influenciar suas populaes. O objetivo deste estudo foi caracterizar as flutuaes das populaes de Chthamalus spp. na faixa superior da regio entremars em quatro costes rochosos na Baa da Ilha Grande entre 2002 e 2012, relacionando estas variaes com os fatores ambientais temperatura do ar, temperatura superficial marinha e precipitao, verificando o potencial destes organismos como indicadores de variaes climticas. Para isso foram investigadas a temperatura do ar e precipitao a partir de dados da estao meteorolgica de Angra dos Reis e temperatura da superfcie do mar a partir de imagens de satlite (MODIS/AQUA), alm das porcentagens de cobertura de Chthamalus spp. a partir de amostragens sazonais. Em geral o estudo indica que as populaes foram influenciadas pelas variveis biolgicas recrutamento e competio intraespecfica. Foram verificadas grandes diferenas entre as populaes nos costes rochosos estudados. A estao C1, apresentou altas coberturas de cirripdios jovens e adultos ao longo de praticamente todo o perodo de estudo. Na estao C2 ocorreram as maiores variaes, enquanto nas estaes C3 e C4 ocorreram coberturas menores e variaes menos proeminentes. Estas diferenas provavelmente estiveram ligadas s caractersticas fsicas de cada costo rochoso. Os anos de 2003 e 2010 foram caracterizados como de altas temperaturas (temperaturas do mar e do ar) quando comparados com os demais anos de estudo. Estes anos foram ainda caracterizados pela ocorrncia do fenmeno El Nio, com altas anomalias trmicas, o que indica que este fenmeno climtico influenciou as temperaturas da regio. Nestes mesmos anos as coberturas de Chthamalus spp. foram relativamente baixas, o que indica que o estresse trmico afetou as populaes deste cirripdio. Pode-se inferir atravs deste estudo que as populaes de Chthamalus spp. sofrem influncia direta dos fatores ambientais investigados, sendo com isso um potencial indicador de mudanas climticas.

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A partir de 1994, com a cesso das terras e benfeitorias do extinto Instituto Penal Cndido Mendes na Vila Dois Rios, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) passou a atuar na Ilha Grande (Angra dos Reis/RJ), de forma mais expressiva, fundando o Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentvel (CEADS). Em funo da relevncia socioambiental da Costa Verde, em especial, da Ilha Grande, e dos compromissos assumidos pela universidade com a implantao do CEADS, o presente estudo buscou avaliar como a gesto desse campus pode contribuir para o estabelecimento de polticas pblicas que promovam a sustentabilidade socio-ambiental da Ilha Grande. Desta forma, a partir de um diagnstico socioambiental da Costa Verde, com nfase na Ilha Grande, foi realizada uma reflexo crtica sobre os processos de territorializao em Dois Rios e uma apreciao dos problemas socioambientais prioritrios por meio da Anlise da Cadeia Causal. Identificou-se como as principais causas razes dos problemas prioritrios da Ilha Grande, a fragilidade do sistema de governana (dificuldade de implementar acordos; dificuldade de mobilizao social; falta de ordenamento dos diferentes nveis de governo; inadequada integrao de consideraes ambientais nas polticas pblicas; impunidade; corrupo, precariedade da fiscalizao) e causas polticas (conflitos entre diferentes instncia pblicas). Evidenciou-se, tambm, um distanciamento entre as instituies gestoras locais e os centros de produo de conhecimento que atuam na regio, entre os quais a UERJ, atravs do CEADS. A partir do envolvimento institucional mais forte e de uma poltica ambiental a ser assumida como estratgia de gesto da UERJ como um todo, prope-se a implantao de um ecocampus na unidade de Dois Rios, que oportunize universidade contribuir, de forma pr-ativa, para a sustentabilidade da Costa Verde, sem excluso da populao local, assim como, realizar uma ampla reflexo e reformulao de suas prticas. Palavras-chave: Ilha Grande. Turismo. Anlise da Cadeia Causal. Territrio. Ecocampus. Sustentabilidade

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A histria de Cabo Verde comea com a chegada dos portugueses em 1460. O local selecionado para a primeira ocupao humana, num territrio anteriormente deserto, recai na zona denominada Ribeira Grande, ilha de Santiago, em consequncia da sua ribeira, fonte de gua e razo principal de escolha da fixao. nesse espao, limitado pelas montanhas acidentadas, pela ribeira e pela topografia irregular que uma pequena povoao nasceu. Nela foi implantada uma rea urbana e arquitetnica, fruto de regras de construo do colonizador: Portugal. A gnese urbana inicia-se ainda no sculo XVI, junto a uma baa, designada mais tarde por largo do Pelourinho, bastante orgnica e organizada a partir do porto, do Hospital e da Igreja da Misericrdia. Seguiu-se, ao longo de Quinhentos, o bairro de So Pedro, o maior de todos, tambm orgnico. O bairro de So Brs, espao ocupado maioritariamente pelos jesutas desenvolveu-se de forma paralela costa. O ltimo bairro intitulado So Sebastio, elevado a partir de meados do sculo XVI, j foi projetado respeitando os cnones do urbanismo moderno. A cidade conseguiu atrair, pressionada pelos religiosos, pelos monarcas e pelas populaes locais, instituies religiosas, rgias e privadas que apostaram em obras arquitetnicas marcantes na evoluo da urbe, entre as quais a igreja de Nossa Senhora do Rosrio, o convento e igreja de So Francisco, a S e o pao Episcopal, a fortaleza Real de So Filipe e o Pelourinho.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Tintas antifoulings so utilizadas para evitar a incrustao de organismos em estruturas submersas, especialmente casco de embarcaes. Os compostos organoestnicos (OTs), utilizados nessas tintas, entre eles o tributilestanho, so desreguladores endcrinos e causaram diversos danos aos ecossistemas marinhos. No caso dos moluscos gastrpodes, esse tipo de poluio faz com que as fmeas adquiram caractersticas masculinas, como vaso deferente e pnis, fenmeno esse conhecido como imposex. A Organizao Martima Internacional (IMO) estabeleceu o banimento de tintas base de COEs nas embarcaes, em 2008. No Brasil, a NORMAM 23, proibiu o uso em 2007, contudo a Marinha j havia suspendido seu uso desde 2003. Entretanto, efeitos deletrios destes compostos ainda so detectados em vrios pases, inclusive ao longo do litoral brasileiro. Esse trabalho teve como objetivo principal fazer uma avaliao temporal (1997-2012) da poluio por organestnicos na costa do Estado do Rio de Janeiro utilizando como bioindicador a espcie Stramonita haemastoma. A rea de estudo abrangeu cinco regies: Paraty, Ilha Grande, Baia de Ilha Grande, Baia de Guanabara e Arraial do Cabo. Anlises qumicas de butilestnicos foram feitas em sedimentos superficiais de mangues de Paraty (Mangue do Estaleiro e mangue do Saco do Mamangu) e Ilha Grande (Mangue do Aventureiro) sendo os dois ltimos considerados reas de referncia. Em cada estao de biomonitoramento foram coletados 30 indivduos sexualmente adultos da espcie S. haemastoma, atravs de mergulho livre em apnia e analisados atravs do mtodo no destrutivo proposto por nosso grupo de pesquisa. Em todas as cinco reas analisadas ao longo da costa do Estado do Rio de Janeiro foram registradas estaes com altos ndices de imposex. Apesar de muitas estaes apresentarem diminuio nos ndices, na maioria ocorreu um aumento ou conservao alta na porcentagem de imposex depois do banimento. As concentraes mdias de butilestnicos no mangue (S1), perto de fontes locais, foram 205,7 16,8 ng (Sn) g-1 de TBT, 16,4 1,3 ng (Sn) g-1 de DBT e 10,0 2,9 ng (Sn) g-1 de MBT. Nas reas de referncia: mangue do Saco do Mamangu (S2) foram 16,0 0,8 ng (Sn) g-1 de TBT, 10,1 1,4 ng (Sn) g-1 de DBT e 10,1 2,2 ng (Sn) g-1 de MBT e mangue do Aventureiro (S3) com 18,1 4,2 ng (Sn) g-1 de TBT, 15,3 0,5 ng (Sn) g-1 de DBT e 10,2 1,5 ng (Sn). g-1 de MBT. As taxas de degradao foram de 01, 1,3 e 1,4 respectivamente indicando inputs recentes desses compostos. Os resultados deste estudo indicam que carbono orgnico dissolvido e particulado, bem como xenoestrgenos podem estar interferindo no desenvolvimento da sndrome, levando a subestimao de avaliao do imposex. As concentraes de butilestnicos, alm do aumento ou continuidade alta na incidncia de imposex aps o banimento na maioria das estaes indicam que, apesar da proibio do uso do TBT em tintas antiiincrustantes no Brasil, elas ainda esto sendo utilizadas de forma ilegal, especialmente em pequenos barcos. Esse estudo fundamental para se propor medidas de mitigao e controle dos compostos organoestnicos, at mesmo dos novos antifoulings TBT- free, que tambm possuem efeitos prejudiciais ao ambiente. Alm disso, as reas onde se registrou altos ndices de imposex sero essenciais para o monitoramento dos efeitos desses novos antifoulings.

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Foi realizado um estudo da dinmica de assemblias de Drosofildeos em oito amostras insulares e continentais de Santa Catarina atravs de dados coletados em vrias visitas ao longo de dois anos. Dentre os resultados obtidos est a estimativa do grau de diversidade destas assemblias. Nossas coletas mostraram que a predio de qual espcie ser dominante, num determinado perodo amostrado, razoavelmente possvel. A anlise dos ndices de diversidade nos indica que o Morro da Lagoa o ponto de menor diversidade especfica, seguido de Ratones Grande. Contudo, os dois pontos tm um grande nmero de espcies diferentes, sendo a sua diversidade baixa em funo da alta dominncia do subgrupo willistoni neles encontrada. Analisando o componente S (nmero de espcies) da diversidade, nas ilhas pontos de coleta, percebe-se que a ilha maior (Ilha de Santa Catarina) tem realmente um maior nmero de espcies coletadas 46 no ponto A alm de 10 espcies diferentes coletadas no ponto D (56 espcies no total) do que as ilhas menores (42, 44, 40 e 50), o que corrobora a teoria da biogeografia de ilhas. No continente, a curva espcie/rea se comportou da mesma forma que nas ilhas se considerarmos a diversidade como um todo. Realmente estes pontos foram uns dos que apresentaram maior diversidade, principalmente o ponto F, com um H de 2,22, que se manteve com Mata Atlntica Primria at o final do perodo de coletas, sendo portanto o ponto mais preservado de todos utilizados e, teoricamente, o que apresentava maior diversidade de nichos ecolgicos para serem ocupados Outros Drosofildeos como Zaprionus, Zygotricha, Gitona, Cladochaeta, Diathoneura, Micodrosophila, Leucophenga e Amiota foram coletados. Embora nosso interesse preliminar fosse apenas o gnero Drosophila, a incluso destes outros gneros em nosso estudo visou uma maior compreenso das possveis associaes que podem ocorrer entre eles e espcies de Drosophila. Os dois primeiros gneros foram mais freqentes nas nossas coletas. Zaprionus indianus foi considerada uma espcie invasora, pois surgiu com freqncias baixssimas que aumentaram gradualmente nas coletas subsequentes, superando em freqncia as espcies nativas. Isto confirma o carter generalista e polifgico deste tipo de espcie. Neste trabalho, relatado o primeiro registro do Gnero Zaprionus (Diptera, Drosophilidae) para o Estado de Santa Catarina, na regio litornea central que inclui as Ilhas de Santa Catarina, Arvoredo, Ratones Grande, Ratones Pequeno e Campeche. Drosophila roerhae, D. unipunctata, D. schineri, D. bifilum, D. fuscolineata, D. meridionalis, D. neosaltans, D. bocainoides e D. platitarsus foram pela primeira vez registradas para a regio Sul do Brasil, aumentando, portanto o limite meridional de suas distribuies. Como um ponto de partida para estudar o polimorfismo para inverses cromossmicas em D. neocardini, foi construdo um fotomapa de referncia dos cromossomos politnicos de glndulas salivares de larvas de terceiro estgio. Pelo menos 258 indivduos (aproximadamente trs ncleos por glndula) de sete diferentes localidades (Serto do Peri, Ilha do Arvoredo, Serra do Tabuleiro, Ilha de Ratones Grande, Ilha de Ratones Pequeno, Morro da Lagoa da Conceio e Ilha do Campeche, todos no Estado de Santa Catarina) foram analisados e fotomicrografias foram obtidas, at se chegar a um consenso sobre a identidade dos elementos cromossmicos. Uma nova inverso no brao cromossmico IIIL foi registrada e denominada de IIILA. A variabilidade cromossmica encontrada nas espcies de Drosophila do grupo cardini em todas as localidades tambm foi pesquisada, e foi comparada visando contribuir para uma melhor compreenso da evoluo destas comunidades. Analisando o polimorfismo cromossmico de D. polymorpha encontramos nove inverses diferentes pela primeira vez descritas. Uma das inverses novas foi encontrada no cromossomo X, duas outras foram encontradas para o brao IIL; quatro foram catalogadas para o brao cromossmico IIIR e duas inverses novas foram achadas no brao cromossmico IIIL. Com relao ao polimorfismo, em D. neocardini foi encontrada apenas uma nova inverso no brao IIIL e para D. cardinoides uma nova inverso no brao IIIL. O estudo discute as implicaes ecolgicas e evolutivas deste tipo de polimorfismo, para um maior entendimento da evoluo deste grupo de espcies.

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Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)

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As ilhas do litoral do estado de So Paulo esto isoladas desde o final do Pleistoceno, depois da ltima elevao do nvel do mar (cerca de 10.000 anos). Elas apresentam condies diferentes do que as do continente, como por exemplo, a disponibilidade de recursos e presso de predao. Os anfbios apresentam pele permevel e assim, de modo geral, so intolerantes salinidade do mar. Desta forma, as populaes de anfbios insulares podem apresentar variaes em comportamentos em relao s populaes do continente. O objetivo deste trabalho avaliar e comparar os hbitos alimentares das populaes insulares e continentais de Thoropa taophora, uma espcie endmica da Mata Atlntica que ocorre em costes rochosos e riachos. Neste estudo, utilizamos os espcimes adultos da coleo de Anfbios do Departamento de Zoologia, Instituto de Biocincias, UNESP, Rio Claro (CFBH), provenientes de duas localidades no continente (Barra do Una e praia de Toque-Toque, municpio de So Sebastio, SP); e de sete Ilhas do litoral do Estado de So Paulo (Ilha dos Gatos, Ilha de Toque-Toque Grande, Ilha do Prumirim, Ilha Redonda, Ilha de Porcos Pequena, Ilha das Couves e Ilha das Ilhas). Em laboratrio, foram medidos a massa corprea (MC), o comprimento rostro-cloacal (CRC), e a largura da cabea (LC) de cada indivduo. O contedo estomacal e intestinal foi analisado qualitativa e quantitativamente. Para todas as populaes de T. taophora, Formicidae foi o item alimentar mais consumido. Outras categorias como Coleoptera, Araneae e Blattodea tambm foram representativas. No houve diferena na riqueza de presas entre as populaes de T. taophora. Machos de todas as populaes comeram mais formigas do que as fmeas, no entanto no houve diferena entre a riqueza de presas entre machos e fmeas. Este estudo foi pioneiro para entender quais... (Resumo completo, clicar acesso eletrnico abaixo)

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Ps-graduao em Geocincias e Meio Ambiente - IGCE

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The lesser rhea (family Rheidae) is a flightless large bird of South America, threatened due to habitat loss, hunting and egg collecting, with special concern in Northern Patagonia. Diet and food availability were estimated throughout the year by micro-histological analysis and point-quadrat transects in a landscape inside and another outside the Payunia Reserve, the northernmost part of the Rhea pennata pennata distribution. Significant differences were detected by Kruskall-Wallis ANOVA, food selection by Chi-square test and Baileys confidence interval. A strong food selection characterized the diet of lesser rheas, dominated by leaves of shrubs and forbs, complemented by dicot seeds and a few insects. This agrees with the documented low dietary overlap with other herbivores in Payunia. Dietary changes agree with the expected from the selective quality hypothesis. Food availability was better inside than outside the protected area, with probable conservation effects for lesser rheas. Seeds, forbs and soft grasses could be for lesser rheas some key food resources to survive during unfavorable seasons in arid environments without "mallines", as Payunia. Shrubby patches, with high availability of preferred food items (tall shrubs and forbs), stood out as key habitats. Therefore, avoiding fire and woody plant removal is crucial for the conservation of lesser rheas in the northern of its range.

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O estudo objetivou avaliar a composio florstica e estrutural dos componentes arbustivo-arbreo da Floresta Ombrfila Densa submontana em diferentes estgios de regenerao natural, na vertente sudeste do Parque Estadual da Ilha Grande/RJ. Para o inventrio florstico foram realizadas coletas assistemticas em diferentes trechos nessa vertente. A complementao da lista de espcies foi feita a partir, da consulta s exsicatas dos herbrios do Rio de Janeiro (FCAB, GUA, HB, HRJ, R, RB, RBR, RFA, RFFP e RUSU) e do inventrio fitossociolgico. Foi verificado o status de conservao das espcies inventariadas para a Flora Brasileira. Para o inventrio fitossociolgico foram estabelecidas 34 parcelas amostrais, totalizando 1,02 ha de rea amostrada. Todos os indivduos arbustivo-arbreos com DAP ≥ 5 cm foram registrados e, aps identificao, foram depositados no Herbrio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HRJ). O pacote estatstico FITOPAC 2.1. foi utilizado para a anlise dos dados. A similaridade entre o remanescente investigado neste estudo e as outras quatorze reas distintas do Rio de Janeiro, da prpria Ilha Grande ou no, foi avaliada, utilizando-se o coeficiente de Similaridade de Sorensen; pelo critrio de agrupamento por ligao mdia no ponderada (UPGMA) e pelo mtodo de autorreamostragem para a estrutura de grupos; utilizados os programas PAST v1.34 e Multiv 2.4. A partir do levantamento em herbrios e dos inventrios florstico e fitossociolgico realizados neste trabalho, foram analisados 3.470 registros, sendo 1.778 do levantamento de herbrios, 1.536 do levantamento fitossociolgico e 156 do inventrio florstico. Esses registros corresponderam a 606 espcies ou morfo-espcies de Angiospermas e uma de Pteridfita. Os resultados obtidos revelaram a existncia de 22 espcies ameaadas de extino para a Flora do Brasil. Dentre, as quais, sete so exclusivas da amostragem fitossociolgica: Abarema cochliacarpos (Gomes) Barneby & J.W. Grimes, Chrysophyllum flexuosum Mart., Ficus pulchella Schott ex Spreng., Macrotorus utriculatus Perkins, Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg, Rudgea interrupta Benth e Urbanodendron bahiense (Meisn.) Rohwer. No estudo fitossociolgico, inventariou-se 1.536 indivduos de 217 espcies, subordinadas a 53 famlias. O ndice de diversidade de Shannon (H) calculado foi de 4,702 nats/ind e equabilidade (J) de 0,874. As 10 famlias com maior riqueza foram: Myrtaceae (31 spp.), Rubiaceae (21), Fabaceae (17), Lauraceae (12), Euphorbiaceae (11), Monimiaceae (8), Melastomataceae (7), Sapindaceae (7), Sapotaceae (6) e Annonaceae (6). Os 10 maiores Valores de Importncia das espcies foram para Chrysophyllum flexuosum (3,43%), Lamanonia ternata Vell. (3,40%), Hyeronima alchorneoides Allemo (2,83%), Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill. (2,55%), Psychotria brasiliensis Vell. (2,55%), Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns (2,28%), Guatteria australis A. St.-Hil. (2,12%), Mabea brasiliensis Mll. Arg. (2,04%), Miconia prasina (Sw.) DC. (1,89%) e Rustia formosa (Cham. & Schltdl. ex DC.) Klotzsch (1,82%). Amostraram-se 27% de espcies representadas por apenas um indivduo. As anlises florsticas avaliadas a partir do ndice de Similaridade de Sorensen indicaram como principais variveis para a formao dos blocos, os diferentes valores de diversidade para as reas e a distribuio fitogeogrfica das espcies. Os resultados obtidos junto aos dados dos grupos ecolgicos, para os indivduos da fitossociologia, indicaram maior percentual de indivduos secundrios tardios amostrados. Conclui-se que a rea de estudo uma floresta secundria em estgio intermedirio de regenerao, com grande riqueza de espcies, muitas das quais de relevante importncia ecolgica.

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Alouatta clamitans uma espcie endmica da Mata Atlntica, bioma que vem sendo continuamente reduzido, o que torna de extrema urgncia o conhecimento sobre a espcie. No Estado do Rio de Janeiro, sua rea de ocorrncia abrange a regio da Ilha Grande, municpio de Angra dos Reis. A Ilha Grande possui uma extensa rea de preservao, o Parque Estadual da Ilha Grande, que atua na conservao de cerca de 62,5% da sua extenso. O isolamento das espcies em ilhas pode provocar o desenvolvimento de caractersticas morfolgicas e comportamentais diferentes das espcies do continente. No entanto, no existem trabalhos sistematizados sobre a ecologia e o comportamento da espcie no local. Este estudo objetivou analisar aspectos do comportamento de Alouatta clamitans na Ilha Grande, contribuindo para uma melhor compreenso sobre a biologia da espcie. Durante nove meses foram registrados dados de composio social e comportamento de grupos da espcie atravs da amostragem por varredura instantnea e todas as ocorrncias. Observou-se que o tamanho mdio dos grupos foi de cinco indivduos e a composio social por grupo foi representada por um a dois machos adultos, uma a trs fmeas adultas e imaturos de diferentes classes etrias, com predominncia de grupos unimacho. Em mdia, os grupos eram compostos por 22% de machos adultos, 38% de fmeas adultas, 4% de machos subadultos, 27% de juvenis e 9% de infantes. O comportamento mais observado foi o repouso (45,2%), seguido da alimentao (28%), movimentao (21,7%) e comportamento social (5,1%), e dentre os comportamentos sociais, o mais exibido foi a vocalizao (45,8%), seguido dos comportamentos de catao (33,7%), agonstico (7,9%), brincadeira (5,8%), marcao (4,2%) e comportamento sexual (2,6%). No foram encontradas diferenas estatisticamente significativas nestas atividades entre os perodos seco e chuvoso. As vocalizaes foram predominantemente emitidas por machos e adultos e estiveram relacionadas ao encontro de grupos. O comportamento de catao teve as fmeas adultas como principais iniciadoras e os machos adultos, principais receptores, sendo realizado durante o comportamento de repouso, aps a cpula, aps e durante encontro de grupos e aps perseguies. Os comportamentos agonsticos tiveram relao com o encontro de grupos em 40% dos registros e em 33,3% destes ocorreu entre fmeas e pareceu estar associado disputa por alimento e espao, mas no houve registros de agresso fsica. O comportamento de marcao envolveu a utilizao da garganta e das costas e esteve relacionado com encontros inter-grupais e com a ocorrncia de chuvas. Cinco cpulas foram registradas no perodo de estudo nos meses de setembro, outubro e fevereiro e tiveram durao menor que um minuto. Nos encontros com primatas de outras espcies, os bugios pareceram neutros em relao aos estmulos. Os dados obtidos sobre a composio dos grupos, padro de atividades e comportamentos sociais observados na Ilha Grande, de maneira geral, mostraram-se semelhantes aos resultados obtidos em outros trabalhos sobre a espcie e o gnero, de maneira que podemos concluir que os grupos, mesmo residentes em ilha, no demonstraram modificaes comportamentais significativas que possam diferenciar-lhes de populaes estudadas no continente.