949 resultados para Assis, Machado de, 1939-1908 Crítica e interpretação - Teses


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Esta tese visa a analisar trs perspectivas nacionalistas oferecidas pela obra crítica de Machado de Assis. Buscamos, inicialmente, a feio intelectual do jovem Machado no interior do projeto romntico-nacionalista, com o qual estava alinhado e do qual se afastaria paulatinamente. Para tanto, foi cotejado, inicialmente, com dois militantes daquele nacionalismo defensivo: Santiago Nunes Ribeiro e Joaquim Norberto de Sousa Silva. Esse lugar de onde falava Machado ganha em definio num segundo momento, quando empreendemos a anlise comparativa de seus textos com os de Macedo Soares e Jos de Alencar. Sobretudo entre 1859 e 1872, Machado de Assis construiria sua crítica teatral, tornando-se um paladino da comdia realista francesa. A primeira face nacionalista de sua crítica afirma-se nesse profundo envolvimento de Machado com o projeto de um teatro brasileiro pautado no potencial pedaggico da alta comdia. A segunda perspectiva nacionalista define-se medida que se define o classicismo moderno de Machado, uma articulao muito pessoal de sua viso universalista com a j instaurada modernidade literria. Para a anlise desse vis, usamos o corpus de sua crítica literria construda como gnero autnomo, oferecida convencionalmente ao pblico, por via da qual escritores e leitores se habilitariam a intervir na sociedade, cumprindo, patrioticamente, a misso para a qual a literatura os preparara. A partir de 1883, depois de quase cinco anos afastado da crnica, Machado a retoma, usando-a para exercitar, mais franca e assiduamente, uma particular teoria da cultura brasileira e, paralelamente, uma espcie de busca de nosso carter nacional. Dessa forma, seu nacionalismo, numa terceira angulao, orienta-se para a experincia humana, que, entre incorporar o fundamento externo e resistir a ele, acaba por formar algo irremediavelmente brasileiro; essa crnica, portanto, carrega uma crítica de feio cultural, no sentido de Machado ter-se comprometido com significaes e valores de nossa vida social. Ao examin-lo como escritor que, inicialmente, se postou contra o colonialismo cultural; que, a seguir, se engajou num projeto civilizatrio conduzido pelo teatro e pela literatura e que, por fim, investigou a sensibilidade coletiva brasileira a partir de suas representaes culturais, esta tese faculta uma apreenso mais criteriosa das intersees entre os temas nacionalismo e Machado de Assis

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A presente tese tem como intuito investigar as relaes entre as narrativas de Machado de Assis e de Woody Allen, autores de pocas e culturas bastante distintas. No entanto, atravs da anlise do papel da ironia na obra de ambos tornou-se possvel aproximar Memrias pstumas de Brs Cubas, romance de 1881 de Machado, e Stardust Memories, filme lanado em 1980 pelo diretor Woody Allen. A investigao divide-se em trs etapas. No primeiro captulo, analisa-se a aproximao entre os dois autores atravs de uma mesma viso sobre a fico presente tanto na obra de Machado quanto na de Allen. Esta viso encontra-se fundamentada atravs de uma tradio literria burlesca que rompe com o primado realista na narrativa ficcional. No segundo captulo, procura-se demonstrar como a perspectiva no realista escapa a uma regra moralizante na fico, para valorizar uma postura tica, isto , para se definir o ethos da narrativa. A ironia, assim, ser a morada da fico de ambos os autores, que problematizam o mundo incluindo nele a prpria narrativa. E no terceiro e ltimo captulo, analisa-se a relao ficcional nas duas obras com a memria. A memria, elemento constituinte da identidade humana, revela-se uma linguagem prpria e opressora aos narradores memorialistas, impondo-lhes a inexorabilidade do tempo. Dessa forma, suas fices seriam uma luta incessante do homem contra o seu caminhar para a morte

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Machado de Assis, nas coletneas de contos intituladas Papis avulsos e Vrias histrias, faz repetidas aluses fico e ao fazer ficcional, o que leva a pensar na possibilidade da escolha intencional de um eixo temtico que percorra as narrativas, permitindo que sejam lidas na compreenso dessa intencionalidade, o que confere ao conjunto uma caracterstica autorreferencial. As evocaes de Diderot, Merime e Edgar Allan Poe nessas famlias de contos situam literariamente um entendimento da fico que a distingue do engano e da fraude, ao mesmo tempo em que no nega sua fora e variedade de usos, enquanto supe futuros e por vezes obscuros caminhos para os prazeres da sensao esttica. No decorrer desta Tese procuro provar que o autor escolhe a narrativa curta para discorrer sobre o fazer ficcional, sendo esse tema um a mais dentre outros, apuradamente ordenados em camadas que no apenas se superpem, mas interpenetram e reafirmam variadas vertentes de fios narrativos. Machado conta histrias, enquanto trata do prprio ato de contar, dos efeitos e da necessidade da fico enquanto isso, reafirma-a como instrumento para a intelectualidade, num mundo onde a objetividade cartesiana j no supe os olhos como fiis receptores da realidade, mas precisa de outras maneiras de ver e de sentir

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Este trabalho tem por finalidade analisar a concepo da loucura nos livros Memrias Pstumas de Brs Cubas, Quincas Borba e O Alienista. A anlise destas trs obras pretende mostrar o empenho de Machado de Assis em desmascarar as imposturas arquitetadas pela racionalizao e que foram sancionadas pelo prestgio social da cincia. O trabalho, em resumo, se dividir em trs partes: na primeira, farei uma reconstruo da fortuna crítica do autor, em seguida, discutirei a abordagem machadiana sobre a cincia e a loucura; e finalmente, focalizarei o uso da linguagem irnica nas obras, como forma de evidenciar aspectos da crítica machadiana Cincia. Ao se traarem tais relaes, podemos contribuir para uma viso mais rica e complexa dos saberes psicolgicos no Brasil no fim do sc. XIX e levantar algumas hipteses sobre o posicionamento de Machado frente s idias de seu tempo. Como resultado, destacamos o modo como o escritor desenvolve e articula em sua fico a noo de inconsciente. Alm disso, sua obra mostra-se um terreno privilegiado para uma representao mais complexa e unitria do ser humano, no apenas como ser psicolgico, mas tambm como ser social, histrico, poltico, moral, biolgico, em suma: o homem vivente. A fico, justamente por mostrar as personagens no tempo e no espao, revela como a conscincia e os comportamentos se do na dinmica entre homem e mundo, e entre o homem e os outros homens. Alm disso, Machado de Assis refletiu em sua obra a relao entre linguagem e a conscincia. E foi mais longe ao explorar os limites da linguagem para se descrever a interioridade humana

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Ps-graduao em Literatura Brasileira - IBILCE

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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H um consenso nos meios crtico e acadmico de que Joaquim Maria Machado de Assis o maior ficcionista brasileiro. Alm da qualidade inegvel, sua fico notvel por sua dimenso, atingindo uma dezena de romances e mais de duzentos contos. Com esta unio singular entre extenso e qualidade, a obra machadiana acumulou a maior fortuna crítica no Brasil e uma das maiores da literatura universal. Ainda assim, sua fortuna a que mais cresce no Brasil. Diante de tamanha dedicao dos estudiosos, em que seria relevante a apresentao de mais uma dissertao sobre o Bruxo do Cosme Velho? Acreditando que, apesar do tamanho da investigao que j se fez sobre Machado, alguns dos aspectos cruciais da vida e da obra do escritor ainda no foram devidamente elucidados, este trabalho nasce com a inteno de contribuir para a diminuio dessa lacuna. Um desses aspectos o contedo filosfico da fico machadiana. Durante muitas dcadas, a ideia de que Machado de Assis se alinhara filosoficamente ao pessimismo foi hegemnica. Entretanto, muitas caractersticas da fico machadiana, tais como o humour e a ironia, podem ser sinais de outra orientao filosfica: o ceticismo. A identificao entre Machado e ceticismo no , entretanto, algo novo, mas durante a maior parte do tempo, a crítica identificou o ceticismo de Machado com a acepo popular do termo: descrena no campo metafsico e desengano no campo poltico-social. Este modo de ver o ceticismo acaba por aproximar o termo, e reaproximar Machado de Assis, ao pessimismo. Por outro lado, h algumas dcadas, alguns estudiosos brasileiros comearam a verificar que a filosofia da fico machadiana estaria de fato associada ao ceticismo, mas a outro tipo de ceticismo, o ceticismo pirrnico ou filosfico, iniciado com Pirro de Elis, filsofo grego que viveu entre 360 e 270 a.C., e estabelecido pelos escritos de Sexto Emprico, filsofo e mdico do sculo 2. Fazendo jus origem grega do termo skeptics, aquele que investiga, o ceticismo pirrnico prima no pela descrena, mas pela busca contnua da verdade. Esta busca se mantm indeterminada em virtude da limitao dos sentidos e do pensamento humanos. No podemos alcanar a verdade das coisas, mas apenas descrever como elas aparentam. Esta impossibilidade no conduz o pirrnico ao pessimismo, o conduz, ao contrrio, tranquilidade, pois ele aceita a sua limitao, no fica se debatendo contra ela. Na fico machadiana, o conselheiro Aires o personagem ctico por excelncia, a comear pelo to famoso tdio controvrsia. Entretanto, apesar da semelhana entre a fico de Machado de Assis e a filosofia ctica, h um problema a ser enfrentado: como o escritor poderia ter criado um personagem to prximo do pirronismo se Machado nunca chegou a ler uma pgina de Sexto Emprico?

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Bentinho no um personagem completamente inocente em suas memrias autobiogrficas. Apesar de se colocar na posio de vtima, algumas atitudes suas dentro do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, so capazes de acusar o narrador de primeira pessoa de outras coisas alm da imagem que pretende fazer de marido trado. Desta forma, este trabalho vai investigar como o personagem, atravs de sua verso casmurra, sai da posio de acusador para a de ru. Veremos como o personagem, que tem o poder da narrativa nas mos, ironicamente trai a si mesmo, deixando-se mostrar, mesmo que sem claramente perceber, suas caractersticas acusatrias. Assim, encontraremos nele no s um personagem ciumento com toques de loucura, mas tambm uma pessoa to dissimulada e manipuladora quanto Capitu, sua namorada e depois esposa a quem julga e condena ao longo do romance. Ser como ela leva Bento ao mesmo destino da moa: a solido e o exlio que, no caso dele, acontece, em sua prpria terra natal. H ainda um segundo corpus sobre o qual esta anlise se debrua: a microssrie Capitu (2008), exibida pela TV Globo em comemorao ao centenrio de morte de Machado de Assis. Mostraremos como o trabalho audiovisual dirigido por Luiz Fernando Carvalho levou para a televiso as orientaes de Machado de Assis, mantendo o mistrio do Bruxo do Cosme Velho. Alm disso, a microssrie tambm traduz em imagens a ideia de que Bentinho um reflexo, um desdobramento de Capitu.

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Este trabalho consiste na leitura do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis articulado ao texto freudiano O Estranho. O que o orienta e inspira a considerao de que tanto Freud quanto Machado trazem cena traos, posies, campos de referncias que tm efeito na subjetividade at nossos dias. No ensaio O estranho, Freud pe em questo a reflexo sobre a obra de arte abandonando o olhar que elege o belo e o grandioso para se debruar sobre o que inquietante, fonte de angstia e mal-estar. O autor evidencia, no trabalho a partir dos processos inconscientes, que o aparentemente mais distante, estrangeiro a ns mesmos, produtor do efeito de estranho (unheimlich), tem relao com o que nos mais familiar (heimlich). Dom Casmurro, um dos romances mais importantes e polmicos de nossa lngua, fundado em um inquietante mal-estar. Nele a voz do narrador incerta, dividida, no distanciada. Escolhemos trabalhar com alguns pontos que nos parecem dar conta dessas fraturas, momentos de estranhamento e de subverso: a duplicao da casa (o eu e o desconhecimento); os olhos de ressaca (virada do lugar de sujeito a objeto); Escobar reeditado em Ezequiel (o especular no cime, a impossvel paternidade). Neste percurso Machado de Assis nos leva a questes fundamentais com respeito s relaes do sujeito ao desejo, em especial via a obliqidade do olhar.

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Esta dissertao analisa a presena da moralidade no conto "Cinco Mulheres", de Machado de Assis, publicado no Jornal das Famlias em agosto e setembro de 1865, para tanto considera a perspiccia do narrador na composio da personagem feminina e na construo do enredo. Objetivou-se ressaltar como Marcelina, Antnia, Carolina, Carlota e Hortncia, mesmo delineadas para figurar em um jornal moralizante, revelam muito sutilmente a ruptura com a submisso que se esperava da mulher da poca. Para isso, foram observados, no peridico, as sees, os expedientes, os editorias, as ilustraes, a fim de perceber cintilaes da representao de subordinao alegrica da mulher do sculo XIX. A escassez de textos crticos sobre os primeiros escritos do autor revela o desinteresse com que essas obras tm sido tratadas e a leitura do conto em tela uma maneira de resistir compreenso de que somente os textos depois da dcada de 80 merecem complexidade, o que tambm objetivo deste estudo. Com isso, o levantamento da fortuna crítica dos textos iniciais de Machado, em especial os direcionados aos seus contos, oportuniza discutir sobre a composio da figura feminina e como ela era apresentada leitora do jornal casamenteiro. Ao invs de apresentar o casamento como sustentculo da sociedade, o "Bruxo do Cosme Velho" apresenta as incongruncias possveis de ocorrer nos matrimnios: enlaces sem amor, infelicidade do casal, traio do marido e da esposa, o que possibilita leitora da poca refletir sobre sua condio subalterna diante da sociedade patriarcal e do cerceamento vivido.

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Ps-graduao em Letras - IBILCE

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O presente trabalho adota, como base terica, uma perspectiva desenvolvida a partir do exame de certas ideias presentes na obra ficcional de Enrique Vila-Matas apresentadas em seus romances Bartleby e companhia (a literatura do No, pulso negativa da literatura contempornea, desistncia e mutismo literrios, renncia escrita) e O mal de Montano (doena literria, doente de literatura, literatose) e na ensasta de Ricardo Piglia, em O ltimo leitor (ltimo leitor, o leitor viciado, que no consegue deixar de ler, leitor para o qual a leitura no apenas uma prtica, mas uma forma de vida; o leitor como personificao da literatura). A partir dessas noes, a presente Dissertao especula sobre as relaes entre a escrita de Machado de Assis, o universo de Franz Kafka e a obra de Murilo Rubio. Adotou-se como metodologia a leitura comparativa desses autores, com destaque para os contos de Murilo Rubio, e de alguns dos escritores lidos pelos trs ficcionistas

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Observando o crescente interesse pela escrita do eu e levando em conta a afirmao de Jorge de Sena no ensaio Machado de Assis e o seu quinteto carioca, que declara haver como unidade entre as cinco obras finais de Machado de Assis o questionamento dos gneros que expressam a subjetividade moderna, buscamos investigar, nesta dissertao, a maneira como Machado de Assis lida com alguns desses gneros da intimidade, dentro e fora do espao ficcional. Para tanto, selecionamos duas das obras finais que empregam mais diretamente a escrita do eu e que, do mesmo modo, mais transgridem essa escrita: Memrias Pstumas de Brs Cubas, uma autobiografia escrita por um defunto autor; e Memorial de Aires, um dirio que registra mais frequentemente a vida dos outros do que a do prprio diarista Aires. Alm das obras ficcionais, trazemos para a anlise as missivas machadianas, observando como o escritor constri a imagem de si na troca de cartas com intelectuais de seu convvio. Refletindo sobre o exerccio desses gneros da intimidade, por parte de Machado de Assis, observamos que este, na sua correspondncia, no ultrapassou os limites que, poca, regiam a troca de confidncias entre pares e amigos. Comedido e discreto, assume, de modo geral, o papel de mestre e aconselhador, apresentando em suas cartas um projeto literrio de cunho pedaggico, conduzindo os mais jovens na direo da literatura. J na fico, ao fazer um uso engenhoso e criativo das retricas da autobiografia e do dirio, o escritor utilizou tais gneros para, ao mesmo tempo, recobrir e agudizar a crítica corrosiva sociedade de seu tempo

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)