73 resultados para Alouatta belzebul


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O comportamento de dois grupos silvestres de guaribas (Alouatia helzebui) foi monitorado na Estação Científica Ferreira Penna (Pará) ao longo de um período de 113 meses em 1997/98, visando registrar suas características ecológicas, principalmente sua dieta e a dispersão de sementes. Dados comportamentais quantitativos foram obtidos através do método de varredura instantânea. Os guaribas foram sempre pouco ativos, dedicando mais da metade de seu tempo ao descanso e proporções bem menores às atividades de locomoção, alimentação e comportamento social. A utilização da área de vida foi fortemente influenciada pela distribuição de recursos alimentares, especialmente fontes de frutos. A composição básica da dieta foi folívora-frugívora, embora no inverno (novembro-abril) o item mais consumido foi fruto (54,1 % de registros para o grupo principal, denominado "L"), enquanto no verão (maio-agosto), folhas foram muito mais consumidas (84,5 %, grupo L). O tempo de passagem das sementes pelo trato digestivo foi em média 22:49±6:12 h, e sementes ingeridas foram dispersadas a urna distância média de 172,0±113,8 m, embora esta distância tenha sido significativamente maior no inverno. As taxas de germinação de sementes registradas em testes realizados no campo e no laboratório foram inconclusivos a respeito dos efeitos da ingestão sobre sua viabilidade. Em apenas alguns casos, como Ficus guianensis, a principal fonte de fruto, a taxa de germinação de sementes ingeridas foi significativamente maior em comparação com o controle (não-ingeridas). Mesmo assim, em nenhum caso a ingestão teve um efeito negativo marcante sobre a viabilidade. De um modo geral, o presente estudo reforça a idéia de que A. belzehul é um guariba típico, ecologicamente, embora relativamente frugívoro, exercendo um papel importante no ecossistema de floresta amazônica como dispersor de sementes.

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Estudos parasitológicos em populações naturais de primatas neotropicais são relativamente raros, existindo poucos dados disponíveis sobre o guariba-de-mão-ruiva, Alouatta belzebul. No presente estudo, populações de A. belzebul foram amostradas em cinco locais na área do reservatório da Usina Hidrelétrica de Tucuruí no sudeste da Amazônia Brasileira, correspondendo à margem direita do Rio Tocantins. As áreas de coleta incluíram a floresta contínua e fragmentos de hábitats em ilhas, com tamanhos que variaram de 180 a 484 hectares. O principal objetivo deste estudo foi a avaliação dos efeitos da perturbação do hábitat sobre os padrões de infestação por endoparasitas. A densidade populacional foi estimada para cada ponto de coleta usando o método de transecção linear, que variou de 100-108 km percorridos por ponto. Amostras fecais foram coletadas de seis a quatorze grupos em cada local, com um total de 40-46 amostras por ponto (n = 212). As amostras fecais foram fixadas em MIF e observadas através de microscópio óptico, com aumentos de até 400x. A densidade populacional variou entre 66,4 e 191,5 indivíduos por km2. No total, 76,4% das amostras foram positivas para pelo menos uma espécie de endoparasita. Foram identificadas doze táxons de endoparasitas, oito de helmintos e cinco de protozoários. Amostras individuais apresentaram até cinco diferentes espécies de endoparasitas. Em cada local de coleta, o número de espécies identificadas variou entre seis e doze e as taxas de infecção ficaram entre 67,5% e 86%. Não foram encontrados padrões sistemáticos na diversidade de parasitas ou nas taxas de infecção em relação a variáveis como, tamanho de população, densidade ou fragmentação de hábitat. A diversidade e as taxas de infecção variaram mais entre os dois pontos de floresta contínua que nos locais fragmentados e, no geral, foram menores nos locais com menor densidade populacional. A única exceção foi o Trypanoxyuris mirtutus, um oxiurídeo bastante comum transmitido através do contato direto, para o qual foi encontrada uma correlação forte entre as taxas de infecção e a densidade populacional. No geral, foram encontradas poucas evidências capazes de sustentar a hipótese de que a fragmentação do hábitat tem um efeito sistemático nos padrões de infestação em A. belzebul. Contudo, recomenda-se a realização de mais estudos detalhados antes de se estabelecer conclusões definitivas.

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Dois grupos de guaribas-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul) foram monitorados na Ilha de Germoplasma (Tucuruí, Pará), entre abril e setembro de 2004, enfatizando a ecologia comportamental destes. Os dois grupos de estudo apresentavam tamanho e composição social semelhantes, mas habitavam diferentes tipos de floresta: floresta nativa (grupo P) e plantação de espécies arbóreas nativas (grupo Q). Dados comportamentais quantitativos foram obtidos através da amostragem de varredura instantânea com duração de três minutos e intervalos de dez minutos. O método "todas as ocorrências" foi empregado para registro de atividades raras, como interações sociais e interespecíficas. O repouso foi a atividade predominante em ambos os grupos (P: 67,3%, e Q: 61,9%), seguido de alimentação (P: 15,7%, e Q: 21,4%) e deslocamento (P: 15,8%, e Q: 15,5%). A diferença entre os grupos foi significativa apenas para repouso e alimentação. A dieta foi folívora-frugívora, complementada basicamente por flores. Não foi observado uma variação sazonal na composição da dieta de ambos os grupos de estudo. O grupo da mata nativa (P) ocupou uma área de vida de 5,25 ha, e o grupo da plantação (Q), 5,50 ha. Entretanto, o percurso diário médio percorrido pelo grupo P foi maior (612 m, contra 541 m pelo grupo Q). Ambos os grupos utilizaram preferencialmente seus habitats originais, e preferiram o estrato superior da floresta. As interações interespecificas foram pacíficas, e as interações sociais foram pouco observadas. Os resultados do presente estudo apresentam maiores similaridades com os estudos de A. belzebul realizados em fragmentos de Mata Atlântica do que aqueles realizados na Amazônia (floresta contínua). Isto pode sugerir que a fragmentação de habitat pode ser mais determinante no padrão de atividades dos animais do que as características do bioma. De uma maneira geral, os resultados aqui obtidos concordam com o padrão típico de Alouatta, descrito na literatura.

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We genotyped 15 microsatellite loci in order to evaluate the effects of habitat fragmentation, caused by flooding of the Tucuruí reservoir, on the genetic structure of Alouatta belzebul in eastern Amazonia. The analysis included two populations sampled in 1984, representing both margins of the Tocantins river, and three populations sampled 18 years later. Minimal differences in the diversity levels between present-day (Ho = 0.62-0.69 and AR = 6.07-7.21) and pre-flooding (Ho = 0.60-0.62 and AR = 6.27-6.77) populations indicated there was no significant loss of genetic variability, possibly because of successful management strategies applied during the flooding. The changes observed were limited to shifts in the composition of alleles, which presumably reflect the admixture of subpopulations during flooding. Given this, there were significant differences in the Rst values (p = 0.05) in all but one between-site comparison. Both present-day and original populations showed a deficit of heterozygotes, which suggests that this may be typical of the species, at least at a local level, perhaps because of specific ecological characteristics. The relatively large number of private alleles recorded in all populations may be a consequence of the Wahlund effect resulting from population admixture or a process of expansion rather than the loss of rare alleles through genetic drift. Additionally, the levels of genetic variability observed in this study were higher than those reported for other species of Neotropical primates, suggesting good fitness levels in these A. belzebul populations. Regular genetic monitoring of remnant populations, especially on islands, should nevertheless be an integral component of long-term management strategies.

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Saimiri sciureus é uma espécie de primata amplamente distribuída pela Bacia Amazônica. Contudo, há poucos estudos feitos em ambiente natural na Amazônia brasileira envolvendo aspectos ecológicos e/ou comportamentais da espécie e praticamente nenhum sobre suas associações com outras espécies. Neste trabalho foram estudados os padrões gerais da ecologia e do comportamento de dois grupos de S. sciureus e suas associações com outras espécies de primatas no Mosaico de Unidades de Conservação da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Os sítios de estudo foram a Ilha de Germoplasma (IG) e a Zona de Preservação da Vida Silvestre Base 4 (B4). Os dados foram coletados pelos métodos de varredura instantânea e ad libitum por seis meses entre março e outubro de 2009. A área de uso dos grupos correspondeu a aproximadamente 75 ha na B4 e 77,5 ha na IG. No uso do espaço vertical, houve preferência pelos estratos inferiores e médios. Além disso, houve um marcado padrão no uso dos estratos ao longo o dia, com maior frequência de uso dos estratos mais altos nas duas primeiras horas de atividades, dos estratos mais baixos das 10 às 14 horas e dos estratos intermediários no final do dia. Os comportamentos de forrageio (50% IG; 49% B4) e locomoção (29% ambos) foram mais frequentes que alimentação (12% IG; 15% B4), interação social (6% IG; 4% B4) e descanso (3% para ambos), concordando com outros estudos na Amazônia. A dieta foi predominantemente frugívora (75% B4, 71% IG), diferindo de uma série de estudos que caracterizaram todo o gênero como altamente insetívoro. As espécies vegetais mais importantes foram Attalea maripa no período chuvoso e Inga spp. no período seco, para ambos os grupos. A frequência de associação foi 100% do tempo (B4) e 49% (IG) com Cebus apella, 20% (B4) com Chiropotes satanas e 3% (IG) com Chiropotes utahicki. Houve encontro com Alouatta belzebul e Saguinus niger nos dois sítios, com Aotus azarae na B4 e Callicebus moloch na IG. O grupo da IG passou mais tempo em associação durante a estação chuvosa. O tempo em associação com C. satanas foi maior no período seco, sem diferença sazonal para C. utahicki e C. apella. Houve diferença entre S. sciureus, C. apella e C. satanas no uso do espaço vertical, no tipo de suporte e nos itens alimentares explorados. Os macacos-de-cheiro apresentaram nicho maior que os macacos-prego para uso de espaço vertical e itens alimentares, e os macacos-prego apresentaram nicho maior para tipo de suporte. A maior sobreposição de nichos nas três dimensões medidas foi entre C. apella e S. sciureus.

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We have used coalescent analysis of mtDNA cytochrome b (cyt b) sequences to estimate times of divergence of three species of Alouatta-A. caraya, A. belzebul, and A. guariba-which are in close geographic proximity. A. caraya is inferred to have diverged from the A. guariba/A. belzebul clade approximately 3.83 million years ago (MYA), with the later pair diverging approximately 1.55 MYA. These dates are much more recent than previous dates based on molecular-clock methods. In addition, analyses of new sequences from the Atlantic Coastal Forest species A. guariba indicate the presence of two distinct haplogroups corresponding to northern and southern populations with both haplogroups occurring in sympatry within Sao Paulo state. The time of divergence of these two haplogroups is estimated to be 1.2 MYA and so follows quite closely after the divergence of A. guariba and A. belzebul. These more recent dates point to the importance of Pleistocene environmental events as important factors in the diversification of A. belzebul and A. guariba. We discuss the diversification of the three Alouatta species in the context of recent models of climatic change and with regard to recent molecular phylogeographic analyses of other animal groups distributed in Brazil.

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Os guaribas, do gênero Alouatta, que são os primatas do Novo Mundo com maior distribuição geográfica, têm sido colocados em três grupos de espécies: o grupo Alouatta palliata da América central, e os grupos sulamericanos Alouatta seniculus e Alouatta caraya. Este último é monotípico, mas o grupo A. seniculus inclui pelo menos três espécies (A. seniculus, A. belzebul e A. fusca). Neste estudo, foram seqüenciados aproximadamente 600 pares de base do pseudogene globina g1 nas quatro espécies brasileiras (A. seniculus, A. belzebul, A. fusca e A. caraya). Os métodos de máxima parcimônia e máxima verossimilhança produziram árvores filogenéticas com o mesmo arranjo: {A. caraya [A. seniculus (A. fusca, A. belzebul)]}. A árvore mais parcimoniosa apresentou valores de bootstrap maiores de 82% para todos os agrupamentos, e valores de força de ligação de pelo menos 2, apoiando o agrupamento irmão de A. fusca e A. belzebul. O estudo também confirmou a presença em A. fusca do elemento de inserção Alu, com 150 pares de base, e uma deleção de 1,8 kb no pseudogene globina g1 já conhecidos nas demais espécies de guaribas. A classificação cladística baseada em dados moleculares é congruente com as de estudos morfológicos, com um isolamento claro do grupo monoespecífico A. caraya em relação ao grupo A. seniculus.

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There are two major theories that attempt to explain hand preference in non-human primates-the `task complexity' theory and the `postural origins' theory. In the present study, we proposed a third hypothesis to explain the evolutionary origin of hand preference in non-human primates, stating that it could have evolved owing to structural and functional adaptations to feeding, which we refer to as the `niche structure' hypothesis. We attempted to explore this hypothesis by comparing hand preference across species that differ in the feeding ecology and niche structure: red howler monkeys, Alouatta seniculus and yellow-breasted capuchin monkeys, Sapajus xanthosternos. The red howler monkeys used the mouth to obtain food more frequently than the yellow-breasted capuchin monkeys. The red howler monkeys almost never reached for food presented on the opposite side of a wire mesh or inside a portable container, whereas the yellow-breasted capuchin monkeys reached for food presented in all four spatial arrangements (scattered, on the opposite side of a wire mesh, inside a suspended container, and inside a portable container). In contrast to the red howler monkeys that almost never acquired bipedal and clinging posture, the yellow-breasted capuchin monkeys acquired all five body postures (sitting, bipedal, tripedal, clinging, and hanging). Although there was no difference between the proportion of the red howler monkeys and the yellow-breasted capuchin monkeys that preferentially used one hand, the yellow-breasted capuchin monkeys exhibited an overall weaker hand preference than the red howler monkeys. Differences in hand preference diminished with the increasing complexity of the reaching-for-food tasks, i.e., the relatively more complex tasks were perceived as equally complex by both the red howler monkeys and the yellow-breasted capuchin monkeys. These findings suggest that species-specific differences in feeding ecology and niche structure can influence the perception of the complexity of the task and, consequently, hand preference.

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Alouatta clamitans é uma espécie endêmica da Mata Atlântica, bioma que vem sendo continuamente reduzido, o que torna de extrema urgência o conhecimento sobre a espécie. No Estado do Rio de Janeiro, sua área de ocorrência abrange a região da Ilha Grande, município de Angra dos Reis. A Ilha Grande possui uma extensa área de preservação, o Parque Estadual da Ilha Grande, que atua na conservação de cerca de 62,5% da sua extensão. O isolamento das espécies em ilhas pode provocar o desenvolvimento de características morfológicas e comportamentais diferentes das espécies do continente. No entanto, não existem trabalhos sistematizados sobre a ecologia e o comportamento da espécie no local. Este estudo objetivou analisar aspectos do comportamento de Alouatta clamitans na Ilha Grande, contribuindo para uma melhor compreensão sobre a biologia da espécie. Durante nove meses foram registrados dados de composição social e comportamento de grupos da espécie através da amostragem por varredura instantânea e todas as ocorrências. Observou-se que o tamanho médio dos grupos foi de cinco indivíduos e a composição social por grupo foi representada por um a dois machos adultos, uma a três fêmeas adultas e imaturos de diferentes classes etárias, com predominância de grupos unimacho. Em média, os grupos eram compostos por 22% de machos adultos, 38% de fêmeas adultas, 4% de machos subadultos, 27% de juvenis e 9% de infantes. O comportamento mais observado foi o repouso (45,2%), seguido da alimentação (28%), movimentação (21,7%) e comportamento social (5,1%), e dentre os comportamentos sociais, o mais exibido foi a vocalização (45,8%), seguido dos comportamentos de catação (33,7%), agonístico (7,9%), brincadeira (5,8%), marcação (4,2%) e comportamento sexual (2,6%). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nestas atividades entre os períodos seco e chuvoso. As vocalizações foram predominantemente emitidas por machos e adultos e estiveram relacionadas ao encontro de grupos. O comportamento de catação teve as fêmeas adultas como principais iniciadoras e os machos adultos, principais receptores, sendo realizado durante o comportamento de repouso, após a cópula, após e durante encontro de grupos e após perseguições. Os comportamentos agonísticos tiveram relação com o encontro de grupos em 40% dos registros e em 33,3% destes ocorreu entre fêmeas e pareceu estar associado à disputa por alimento e espaço, mas não houve registros de agressão física. O comportamento de marcação envolveu a utilização da garganta e das costas e esteve relacionado com encontros inter-grupais e com a ocorrência de chuvas. Cinco cópulas foram registradas no período de estudo nos meses de setembro, outubro e fevereiro e tiveram duração menor que um minuto. Nos encontros com primatas de outras espécies, os bugios pareceram neutros em relação aos estímulos. Os dados obtidos sobre a composição dos grupos, padrão de atividades e comportamentos sociais observados na Ilha Grande, de maneira geral, mostraram-se semelhantes aos resultados obtidos em outros trabalhos sobre a espécie e o gênero, de maneira que podemos concluir que os grupos, mesmo residentes em ilha, não demonstraram modificações comportamentais significativas que possam diferenciar-lhes de populações estudadas no continente.

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Paleoprimatologists depend on relationships between form and function of teeth to reconstruct the diets of fossil species. Most of this work has been limited to studies of unworn teeth. A new approach, dental topographic analysis, allows the characterization and comparison of worn primate teeth. Variably worn museum specimens have been used to construct species-specific wear sequences so that measurements can be compared by wear stage among taxa with known differences in diet. This assumes that individuals in a species tend to wear their molar teeth in similar ways, a supposition that has yet to be tested. Here we evaluate this assumption with a longitudinal study of changes in tooth form over time in primates. Fourteen individual mantled howling monkeys (Alouatta palliata) were captured and then recaptured after 2, 4, and 7 years when possible at Hacienda La Pacifica in Costa Rica between 1989-1999. Dental impressions were taken each time, and molar casts were produced and analyzed using dental topographic analysis. Results showed consistent decreases in crown slope and occlusal relief. In contrast, crown angularity, a measure of surface jaggedness, remained fairly constant except with extreme wear. There were no evident differences between specimens collected in different microhabitats. These results suggest that different individual mantled howling monkeys wear their teeth down in similar ways, evidently following a species-specific wear sequence. Dental topographic analysis may therefore be used to compare morphology among similarly worn individuals from different species.

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Despite occasional trips to the ground and feeding in trees whose canopies touched the river, mantled howling monkeys were never seen to drink from any ground water. Drinking from arboreal cisterns was observed, but only during the wet season (meteorologically the less stressful season but phenologically the more stressful season). The lack of sufficient new leaves during the wet season forced the howlers to ingest more mature leaves which contained significantly less water. To compensate for the lowered amount of water in their food, the monkeys utilized arboreal water cisterns. The cisterns dried up during the dry season, but the howlers maintained their water balance by altering their time of actiivity and selecting a diet comprised largely of succulent new leaves. The effect of plant-produced secondary compounds on drinking also was discussed.

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1. Plasma lipids and lipoproteins of free-ranging howling monkeys from Costa Rica (Alouatta palliata), aged 5 months to 23 years, were characterized. 2. High density lipoproteins were lipid-rich, similar to HDL2 of human plasma. 3. Fatty acid compositions of major lipid classes of very low, low and high density lipoproteins differed among social groups, possibly due to both dietary and genetic factors. 4. Low and high density lipoprotein phospholipids were enriched in phosphatidylethanolamine. 5. Howler plasma cross reacted with antihuman apoA-I antibodies but not with antihuman LDL antibodies. 6. No dimeric form of apoA-II was present, unlike human apoA-II.

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Fecal samples from 155 mantled howling monkeys (Alouatta palliata palliata) examined at Centro Ecologico La Pacifica, Guanacaste Province, Costa Rica, revealed 75 (48%) had parasitic infections. A sampling of nine howling monkeys from Santa Rosa National Park. Costa Rica indicated only one infected animal (11%). Only three of 19 (16%) spider monkeys (Ateles geoffroyi) also from Santa Rosa were infected. Controrchis biliophilus, Trypanoxyuris minutus, unidentified strongylid eggs and Isospora sp. oocysts were found. Three monkeys from La Pacifica died and were examined for adult helminths. They were infected with Ascaris lumbricoides, C. biliophilus and T. minutus.

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Primate species often eat foods of different physical properties. This may have implications for tooth structure and wear in those species. The purpose of this study was to examine the mechanical defenses of leaves eaten by Alouatta palliata from different social groups at Hacienda La Pacifica in Costa Rica. Leaves were sampled from the home-ranges of groups living in different microhabitats. Specimens were collected during the wet and dry seasons from the same tree, same plant part, and same degree of development as those eaten by the monkeys. The toughness of over 300 leaves was estimated using a scissors test on a Darvell mechanical tester. Toughness values were compared between social groups, seasons, and locations on the leaves using ANOVA. Representative samples of leaves were also sun-dried for subsequent scanning electron microscopy and energy dispersive x-ray (EDX) analyses in an attempt to locate silica on the leaves. Both forms of mechanical defense (toughness and silica) were found to be at work in the plants at La Pacifica. Fracture toughness varied significantly by location within single leaves, indicating that measures of fracture toughness must be standardized by location on food items. Monkeys made some food choices based on fracture toughness by avoiding the toughest parts of leaves and consuming the least tough portions. Intergroup and seasonal differences in the toughness of foods suggest that subtle differences in resource availability can have a significant impact on diet and feeding in Alouatta palliata. Intergroup differences in the incidence of silica on leaves raise the possibility of matching differences in the rates and patterns of tooth wear.

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One problem with dental microwear analyses of museum material is that investigators can never be sure of the diets of the animals in question. An obvious solution to this problem is to work with live animals. Recent work with laboratory primates has shown that high resolution dental impressions can be obtained from live animals. The purpose of this study was to use similar methods to begin to document rates and patterns of dental microwear for primates in the wild. Thirty-three Alouatta palliata were captured during the wet season at Hacienda La Pacifica near Canas, Costa Rica. Dental impressions were taken and epoxy casts of the teeth were prepared using the methods of Teaford and Oyen (1989a). Scanning electron micrographs were taken of the left mandibular second molars at magnifications of 200x and 500x. Lower magnification images were used to calculate rates of wear, and higher magnification images were used to measure the size and shape of microwear features. Results indicate that, while basic patterns of dental microwear are similar in museum samples and samples of live, wild-trapped animals of the same species, ecological differences between collection locales may lead to significant intraspecific differences in dental microwear. More importantly, rates of microwear provide the first direct evidence of differences in molar use between monkeys and humans.