958 resultados para Fígado Metabolismo - Teses


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Este estudo teve como objeto as prticas educativas em sade desenvolvidas no Programa de Sade da Famlia (PSF), no Municpio do Rio de Janeiro. O objetivo geral foi a compreenso das prticas educativas realizadas pelos profissionais que atuam no PSF. O interesse se deu pelo fato de reconhecer o PSF como espao privilegiado no desenvolvimento de prticas educativas voltadas para a conscientizao popular, nos aspectos sociais, polticos e da sade, pelas suas caractersticas de atuao em territrio definido, e na lgica de vigilncia sade. Ressalta-se a importncia da Educao em Sade como estratgia de interveno por uma sociedade mais saudvel. Trata-se de pesquisa qualitativa descritiva, realizada entre 2007 e 2008. A anlise dos dados foi orientada pelo mtodo de Anlise de Contedo. Os dados foram coletados atravs de entrevista semi-estruturada, com cinco equipes de sade da famlia, totalizando vinte profissionais. Na anlise foram identificadas quatro categorias: organizao do processo de trabalho, papel do profissional na equipe, organizao da prtica educativa e fatores que interferem na realizao das prticas educativas. Na anlise verificou-se que os profissionais enfrentam dificuldades no planejamento das prticas educativas, relacionadas, principalmente, falta de capacitao pedaggica e dificuldade de organizao do processo de trabalho, centrado no modelo biomdico. Os agentes comunitrios se destacam na realizao das atividades, com o apoio da equipe, principalmente da enfermeira. Os temas so escolhidos, prioritariamente, a partir da identificao das necessidades de sade dos usurios pelos profissionais. Verifica-se que h dificuldade na definio dos objetivos das prticas educativas. Predomina o formato de grupos, voltados para a promoo da sade, mas tambm com enfoque preventivista. Verifica-se a presena de prticas com outras formas de relao entre profissionais e usurios, num exerccio de cidadania para a qualidade de vida. A avaliao realizada informalmente, entre os profissionais e, geralmente, se detm quantidade de usurios participantes, ou na constatao de mudana de comportamento do usurio. Os fatores que interferem dizem respeito s relaes estabelecidas entre os profissionais, e entre estes e os usurios. A violncia associada ao narcotrfico surge como fator que prejudica a atividade no territrio. As capacitaes em prtica educativa tambm so mencionadas. Verifica-se que a forma de organizao do processo de trabalho influencia fortemente, visto que a realizao das prticas educativas depende diretamente da dinmica dada ao trabalho, e do espao destinado para essa atividade na diviso do trabalho. As questes relacionadas infra-estrutura so relatadas, principalmente, no que diz respeito escassez de material, recursos financeiros, e espao fsico inadequado. Percebe-se que a falta da sistematizao da prtica educativa parece comprometer as transformaes necessrias para o seu aprimoramento e reflete a falta de compreenso dos profissionais sobre a importncia do processo educativo para a sade e como instrumento de transformao social e poltica dos sujeitos. Percebe-se, ainda, a necessidade de investimentos para a qualificao do profissional do PSF, no somente em relao s prticas educativas, mas tambm para que seja possvel operar as mudanas necessrias para a reorientao do modelo de ateno sade proposto pelo PSF.

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O presente estudo tem como objetivo apreender e analisar as representaes sociais do tratamento do HIV/AIDS para enfermeiros atuantes em um hospital de referncia, localizado do municpio do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, que utilizou como referencial terico-metodolgico a teoria das representaes sociais. Os sujeitos do estudo foram 20 enfermeiros que atuam em um hospital pblico universitrio da cidade do Rio de Janeiro. A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada. Para anlise dos depoimentos obtidos atravs das entrevistas utilizou-se a tcnica de anlise de contedo temtica, proposta por Bardin (1977). Aps a anlise, emergiram nove categorias: O tratamento medicamentoso e os determinantes de sua adeso; O tratamento clnico e fsico; Aes psico-espirituais enquanto parte do tratamento; A abordagem teraputica social na busca da qualidade de vida; Aes educativas preventivas e teraputicas; A dinmica familiar envolvida no tratamento; O cuidado psicossocial no diagnstico e suas repercusses; O relacionamento interpessoal como parte do tratamento; Sentimentos do profissional que cuida. A representao social do tratamento prestado ao portador do HIV/AIDS, identificada no presente estudo, foi construda a partir das novas necessidades apresentadas por estes pacientes, diante do carter de cronicidade do HIV/AIDS. Observa-se que as representaes sociais apreendidas apontam para uma concepo de tratamento dentro de uma perspectiva holstica, e no apenas focada na doena e no corpo, apontando para o tratamento enquanto atendimento das necessidades humanas essenciais e no apenas garantia de sobrevivncia.

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Esta tese pretende analisar os processos e mecanismos da participao do controle social na gesto da poltica de sade no Municpio do Rio de Janeiro ao estudar o Conselho Municipal de Sade do Rio de Janeiro. Os objetivos da pesquisa foram identificar a forma de controle e fiscalizao exercida pelo Conselho Municipal de Sade do Rio de Janeiro na gesto Csar Maia, averiguar se as decises importantes da Poltica de Sade Municipal passam pelo Conselho Municipal, as principais tenses deste espao institucionalizado de participao sociopoltica que reproduz as lutas sociais. Realizamos uma pesquisa qualitativa e emprica com enfoque no mtodo dialtico, um estudo de caso do Conselho Municipal de Sade Rio de Janeiro no perodo de gesto de 2005 a 2008. A tese est estruturada em quatro captulos. Traz as tenses e os processos sociais da participao do controle social na gesto da sade, no Municpio do Rio de Janeiro, no terceiro mandato da gesto Csar Maia. Foi possvel observar o potencial do controle social na cidade do Rio de Janeiro, porm, evidenciam-se vrios limites, como a no efetivao da agenda proposta nas diretrizes das conferncias municipais, bem como a falta de estratgias ao se elaborar, de forma conjunta, o Plano Municipal de Sade do Municpio do Rio de Janeiro e indicativo da de uma assessoria tcnica e poltica por meio do exerccio profissional do assistente social nos moldes do projeto polticas pblicas da sade da UERJ.

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O objeto desta dissertao explorar os discursos militantes relativos diferenciao entre as identidades coletivas de travestis e transexuais no mbito do movimento de travestis e transexuais brasileiro e sua repercusso nas demandas e proposies de polticas pblicas de sade, mais especificamente no que tange s transformaes corporais. Realizei entrevistas semi-estruturadas com ativistas reconhecidas como lideranas desse movimento, tendo como principais eixos: trajetria militante, diferenciao entre travestis e transexuais, organizao do movimento, agenda poltica, transformaes corporais e demandas relativas sade. Alm disso, realizei etnografias em encontros gerais do movimento LGBT, assim como nos especficos de travestis e transexuais, com destaque para o XVI e XVII Encontro Nacional de Travestis e Transexuais (ENTLAIDS), realizados no Rio de Janeiro em 2009 e em Aracaju em 2010; a V Conferncia Regional para Amrica Latina e Caribe da ILGA (International Lesbian and Gay Association), realizada em Curitiba em 2009; e a I Marcha Nacional Contra a Homofobia, realizada em 19 de maio de 2010 em Braslia. A partir dos resultados das entrevistas e das etnografias, busco construir um histrico do movimento de travestis e transexuais no Brasil, no qual possvel localizar a emergncia das categorias identitrias e seus conflitos. Assim, minha investigao passa pela anlise da relao com categorias estigmatizantes como a prostituio e, especialmente, das capacidades de incorporao ou de apropriao de discursos mdicos e psiquitricos na construo de identidades, o que inclui a influncia de fatores de classe e de acesso a servios de sade especializados, notoriamente o processo transexualizador no SUS. A anlise das principais demandas do movimento me levou a uma relao entre polticas de reconhecimento e processos de purificao. Por fim, busco compreender o processo de construo de uma carreira militante no movimento de travestis e transexuais.

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O presente trabalho enfoca a possibilidade de uma usucapio de patentes, uma usucapio inclusiva, a incidncia da supressio conduta omissiva do titular, a carnellutiana servido empresarial e, por ltimo, o usufruto de direitos. Para tanto, foi tangenciada a alterao conceitual dos termos bem, coisa, posse e propriedade de modo a contextualizar significados, estticos, trazidos desde o direito romano. Contempla a figura da posse de direitos ou da posse como exerccio ftico de um poder sobre um bem, alm do eventual substitutivo de tal requisito usucapiente pelo uso qualificado. Abrange, ainda, uma anlise crtica ausncia de disposies normativas especficas sobre a apropriabilidade originria, o que acaba elevando, desproporcionalmente, os poderes do titular da patente. A aquisio originria de bens incorpreos permite, portanto, acesso igualitrio aos bens imateriais, alm de estimular o exerccio da funo social pelo titular. Na hiptese da usucapio inclusiva, atende-se, concomitantemente, ao direito de propriedade e livre iniciativa e concorrncia, disponibilizando opes de produtos no mercado, derivados de players diferentes, advindos da mesma tecnologia interditada.

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O presente trabalho de pesquisa tem por objetivo a anlise do processo coletivo no modelo representativo de interesses. Busca-se, inicialmente, alm de trazer algumas consideraes histricas sobre o direito de conduzir o processo coletivo, estabelecer as distines que podem e devem ser feitas entre a representao judicial de pessoas, tpica das relaes interindividuais, e a representao judicial de interesses, aplicvel no campo do processo coletivo. A partir desta premissa, ser demonstrado que as discusses nefrlgicas incidentes sobre os institutos da legitimidade e da representatividade adequada decorrem da imprpria adoo do modelo representativo de pessoas, no campo do processo coletivo. Ao final, conclui-se que o processo coletivo s ter a utilidade, a efetividade e o alcance estabelecidos pela Carta Constitucional, at mesmo para a denominada ao coletiva passiva, quando perdermos o fascnio pelo individualismo e enfrentarmos o processo coletivo como sendo verdadeiramente um processo de massa e de representao de interesses.

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Nos ltimos anos, o consumo de energia vem crescendo mundialmente nos grandes centros urbanos, e esforos na rea de eficincia energtica esto sendo implantados, a fim de reduzir o consumo no horrio da ponta e interrupes da rede. O aproveitamento das fontes renovveis, como o fotovoltaico em uma edificao se torna um atrativo a mais para a matriz energtica num momento em que o pas prima pela universalizao dos servios de energia e a classificao de edifcios comerciais, de servio e pblicos, alm dos residenciais quanto eficincia energtica atravs do Procel Edifica (RTQ-C e RTQ-R). Os sistemas fotovoltaicos podem configurar perfis de uso nas edificaes de modo a gerar energia para consumo prprio ou ligado rede e ainda ter influncia na arquitetura do prdio com revestimento: os perfis podem est em telhados, fachadas ou janelas, amenizando em alguns casos a carga trmica no prdio com sombreamento arquitetnico. Hoje, com o avano da tecnologia no setor de armazenagem possvel, o atendimento com segurana e eficincia a uma edificao ou direcionar esta armazenagem a uma demanda especfica como o atendimento demanda de ciclo profundo, tais como, iluminao externa e recarga de veculos eltricos. Partindo da premissa de sistemas interruptos de energia, UPS, uso de fonte secundria como FV, baterias e Flywheel apresentado uma forma de melhor gerenciar a energia armazenada, podendo estender a vida til da bateria e conseqentemente de todo o sistema fotovoltaico na edificao. Esta forma de armazenar energia proporciona um servio de uso contnuo sem percepo das interrupes da rede com garantia de 20 anos, tal qual o mdulo fotovoltaico, com esta proposta as perdas de energia eltrica na edificao sero atenuadas, pois a eletricidade ser utilizada de forma eficiente e inteligente. O ponto de partida do estudo de caso no prdio do IBAM so os sistemas fotovoltaicos com gerao distribuda (mini-redes) conectados rede que so instalados para fornecer energia ao consumidor, complementando a quantidade de energia demandada, caso haja algum aumento do consumo de energia na edificao, ou ainda utilizar o sistema fotovoltaico na hora da ponta e interrupes do sistema da rede no perodo fora da ponta. A estocagem inercial por meio do Flywheel tem um papel fundamental nesta mini-rede (Flywheel, bateria VRLA, UPS, inversor e STS), pois a sua utilizao pode ser apontada como uma inovao tecnolgica quanto regulao de tenso no sistema de energia eltrica, alm de preparar a edificao para o smart-grid. Esta configurao de acumulao de energia permitiu a analise do deslocamento desta energia armazenada para o consumo no horrio de ponta, mudando o conceito de sistemas fotovoltaicos autnomos no meio urbano e rural no pas. Este conceito de armazenagem se confirma ento como um aporte na eficincia de energia na edificao, podendo carrear economia de energia substancial, alm de proporcionar uma confiabilidade no servio de energia, com um baixo retorno do investimento e com uma garantia de funcionamento com pequena ou nenhuma manuteno durante o perodo de vida de 20 anos.

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O objetivo desta dissertao examinar alguns aspectos da doutrina da liberdade humana no pensamento metafsico de Descartes. Atravs do exame do conceito cartesiano da liberdade humana nas Meditaes, nos Princpios e na correspondncia com Mesland, pretende-se averiguar se Descartes modifica esse conceito ao longo de sua obra e, por conseguinte, se possvel ou no aceitar a tese da evoluo deste conceito. A abordagem de tal questo leva em conta, alm da anlise dos textos de Descartes, as interpretaes mais representativas sobre o assunto.

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Esta dissertao analisa o trabalho do Assistente Social no Programa Sade da Famlia PSF, tomando por base o municpio de Ipatinga-MG. Buscou-se mostrar a concepo de parte da gesto local da Poltica de Sade e dos profissionais da equipe bsica do programa sobre o trabalho do Assistente Social na sade e no PSF, e se esse profissional tem conseguido realizar um trabalho que contribua para a efetivao do programa enquanto estratgia de reorientao do modelo assistencial na ateno bsica. O estudo foi desenvolvido atravs da metodologia de estudo caso, com enfoque qualitativo. A coleta de dados se deu por meio de consultas documentais e bibliogrficas sobre a Poltica de Sade e PSF a nvel nacional e municipal; visitas s unidades bsicas de sade e a realizao de entrevistas com uma porcentagem dos gerentes, dos profissionais da equipe bsica e com os Assistentes Sociais. O estudo apontou que, o profissional de Servio Social no vem conseguindo realizar um trabalho em conjunto com o Sade da Famlia, se limitando aos atendimentos de casos isolados, assumindo papel complementar e subsidirio aos profissionais da equipe bsica, no conseguindo, assim, contribuir para a concretizao do programa enquanto estratgia que traga mudanas na organizao dos servios de ateno bsica em sade no municpio.

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Neste trabalho tivemos como objetivo caracterizar a dieta, uso do habitat e padres comportamentais de Astyanax taeniatus da bacia do Rio Mato Grosso, que encontra-se na poro leste do Estado do Rio de Janeiro (22 52 S; 42 40 W e 22 53 S; 42 34 W). Para a anlise da dieta, os exemplares foram coletados bimestralmente entre maro de 2006 e janeiro de 2007 em trs localidades que diferiram pelas variveis fsicas. As observaes de uso dos recursos do habitat foram realizadas por observao subaqutica, na posio focal dos exemplares avistados, enquanto a quantificao da disponibilidade foi realizada em 50 quadrats de 20x20cm (400cm2) ao longo dos mesmos 50m onde foi realizada a observao sub-aqutica. A anlise do contedo estomacal de 651 exemplares foi realizada sob microscpio estereoscpico de acordo com mtodos qualitativos e quantitativos (Freqncia de Ocorrncia e Volumtrica). A participao relativa de cada item registrado nos estmagos em relao totalidade da dieta foi analisada atravs do ndice Alimentar (IAi). Para verificar possveis diferenas entre as propores dos itens de origem animal e vegetal, autctone e alctone, os valores proporcionais foram testados pelo 2 de contingncia. A partir dos dados de comprimento padro e comprimento do intestino, foi calculado o valor do quociente intestinal. Os itens de origem vegetal tiveram maior contribuio na dieta da espcie para as localidades com maior altitude, enquanto os itens animais tiveram maior contribuio na localidade baixa. A diferena na contribuio dos itens de origem autctone e alctone tambm foi significativa. Na dieta de jovens e adultos, houve diferena significativa na contribuio de itens de origem vegetal e animal somente na localidade mais alta, onde os adultos consumiram maior quantidade de matria vegetal. Os valores mdios de quociente intestinal em jovens e adultos foram significativamente diferentes nas localidades de maior altitude, com valores maiores para indivduos adultos. Observamos 52% dos indivduos em profundidades entre 30 e 45 cm, 72% em reas de rpido, 72% em velocidades entre 0 e 0,5km/h, 66% encontravam-se distantes da margem entre 40 e 120 cm, 37,6% em substrato do tipo areia e 34,4% em substrato do tipo pedra. De todos os padres comportamentais observados, aquele que mais se destacou foi o forrageamento, onde 70,91% dos indivduos estavam forrageando no meio da coluna dgua. Os resultados da dieta reforam a idia de as espcies de Astyanax tm hbito alimentar onvoro e oportunista, onde a espcie alimentou-se dos recursos disponveis no ambiente evidenciando sua alta plasticidade alimentar ao longo do riacho. Espcies do gnero Astyanax so consideradas generalistas em relao ao uso do habitat e altamente ativas, corroborando com os resultados do presente estudo.

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Esta pesquisa objetivou compreender como se do as prticas de cuidado dirigidas ao sujeito adoecido de cncer no cotidiano dos servios de sade. Para tanto, partimos do entendimento que o processo de adoecer traz repercusses nos modos de andar a vida dos sujeitos, especialmente no que diz respeito ao cncer, patologia que traz consigo metforas ligadas morte, sofrimento e dor. Ao dar incio busca pelos servios de sade, os sujeitos se deparam com uma srie de entraves que podem no proporcionar alvio, no suprindo as necessidades que essa nova condio impe. Encontramos, em muitos momentos, prticas que negam o carter subjetivo da experincia da doena, no valorizando a narrativa dos sujeitos. Como trajetria metodolgica, escolhemos desenvolver um estudo de natureza qualitativa, utilizando como instrumento privilegiado a entrevista semi aberta. Iniciamos as entrevistas com a consigna: conte como se deu o tratamento de sua doena desde a descoberta at o momento em que se encontra. Os dados coletados a partir do encontro com os sujeitos adoecidos foram complementados por informaes contidas nos pronturios mdicos, bem como por observaes obtidas no momento da interao. O local de realizao da pesquisa foi um hospital estadual de grande porte localizado na cidade de Fortaleza, estado do Cear. As entrevistas foram realizadas no servio de oncologia clnica do referido hospital. Ao todo foram entrevistados doze sujeitos que estavam em tratamento ambulatorial no servio. Dos doze sujeitos, cinco eram mulheres e sete eram homens. As idades variaram de 29 a 65 anos. A anlise dos dados se deu aps imerso no material emprico, posteriormente materializado nas transcries das entrevistas. Procuramos deixar que os sentidos aflorassem, confrontando com o material que j tnhamos disponvel, surgindo da as categorias empricas. Dividimos as categorias em duas dimenses, a do sujeito e a da rede de servios de sade. Ao final da anlise, constatamos alguns pontos que consideramos importantes no sentido de se tornarem dispositivos de mudana. Foi possvel confirmar que os sujeitos sabem de si, e realizam um processo de construo do sentido sobre sua doena e das prticas teraputicas. A doena produz mudanas no sujeito, e os fora a ressignificarem sua rotina e hbitos de vida. Foi possvel observar que o encontro com os servios de sade tem se dado de forma truncada. A luta pelo direito a sade rdua: pela demora na confirmao do diagnstico, pela demora em conseguir marcar exames e receber seus resultados, pela falta de especialistas que saibam o que esto fazendo. Os sujeitos tm descoberto a doena quando esta se encontra avanada. A importncia do dilogo, da escuta, da percepo do que o outro necessita importante, por isso, valorizar os relatos dos sujeitos adoecidos de cncer se faz urgente.

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A escassez de gua um dos maiores desafios do nosso sculo. Parece mentira, uma vez que do planeta so ocupados por gua. Essa abundncia aparente leva-nos a considerar a gua como um elemento barato, farto e inesgotvel. Contudo, desse total, 97,5% so de gua salgada, restando 2,5% de gua doce, dos quais 1,75% formam geleiras, sendo, portanto, inacessveis. E o pior: a explorao irracional da gua doce armazenada nos lenis subterrneos, rios e lagos est ameaando a magra fatia de 0,75% da gua que pode ser usada pelo homem. Se a escassez e a poluio j so problemas concretos em muitos pases, os quais j instituram um efetivo gerenciamento de seus recursos hdricos, no Brasil a preocupao de cientistas e ambientalistas nem sempre levada a srio. Afinal, temos mais de 12% da gua potvel do globo. No entanto, esta riqueza extremamente mal distribuda: cerca de 80% esto na regio amaznica; os 20% restantes distribuem-se desigualmente pelo pas, atendendo a 95% da populao. Cada vez que chove, milhes de litros de gua, que normalmente deveram se infiltrar no solo correm pelos telhados e pelo asfalto at acabar em um rio poludo, sem nenhuma possibilidade de uso. E essa gua pode e deve ser aproveitada, tanto para evitar enchentes quanto para economizar recursos hdricos e financeiros. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi o de estruturar um projeto de um sistema de coleta e aproveitamento da gua de chuva, para fins no potveis, para uma edificao a ser construda nas instalaes de uma indstria de reparo e construo naval. Para tanto, foi apresentada uma metodologia cuja tecnologia para captao e aproveitamento da gua de chuva baseou-se num levantamento bibliogrfico e foi validada atravs da aplicao em um estudo de caso. Espera-se que este trabalho seja o ponto de partida para muitos outros dentro da indstria, procurando incentivar o aproveitamento da gua de chuva para consumo no potvel e criando assim uma conscincia ecolgica em todos os nveis da empresa, contribuindo dessa forma para a sustentabilidade.

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Este estudo tem como objetivo identificar e discutir condies e riscos no trabalho dos Agentes Comunitrios de Sade que atuam em uma rea Programtica da cidade do Rio de Janeiro. O referencial terico foi o da sade do trabalhador, e as normativas relativas formao do ACS e de seu processo de profissionalizao. O estudo foi realizado em equipes que atuam em duas comunidades, por meio de um estudo de observao sistemtica, no-participante, utilizando um roteiro prvio com contedo de riscos ocupacionais. Os dados foram coletados a partir do acompanhamento de 23 ACS que realizaram 74 visitas domiciliares nos meses de maro a junho de 2008, e organizados sob a forma de um dirio de campo descritivo. A organizao e anlise basearam-se na abordagem qualitativa da anlise de contedo. Os resultados so apresentados e discutidos segundo a seguinte organizao: i) atividades realizadas pelos ACS; ii) comparao entre atividades prescritas e atividades reais e iii) principais riscos identificados e suas possveis repercusses na sade do ACS. Nas consideraes finais, so discutidas as implicaes para o SUS e para a enfermagem, que tem supervisionado os ACS, e a importncia de se aprofundar, por meio de estudos posteriores, as situaes e condies de trabalho desenvolvido na Ateno Bsica.

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O livro Contos de amor rasgados, de Marina Colasanti, foi publicado em 1986, dcada de consolidao das conquistas do movimento feminista (Pinto, 2003). O feminismo almejava uma mudana de mentalidade, mudana nas prticas sociais e nos discursos sobre a mulher (ibid.). Entretanto, a mulher nos contos representada de forma peculiar, frustrando as expectativas de uma imagem positiva esperada de uma literatura produzida por uma autora feminista. Este estudo prope a anlise dos contos de Marina Colasanti, destacando algumas questes acerca da representao dos atores sociais em textos-contos que pretendem veicular um discurso de liberao da mulher. Para tanto, dez contos representativos do todo foram selecionados para compor o corpus e utilizou-se o sistema sociossemntico para a representao dos atores sociais proposto por van Leeuwen (1997) e a Lingustica Sistmico Funcional de Halliday (2004) como ferramentas de anlise. Nosso enfoque o da Anlise Crtica do Discurso de Fairclough (1995), que tem dedicado seus estudos s mudanas sociais atravs dos discursos. Consideramos que o movimento feminista se inscreve em algumas mudanas. Nessa perspectiva, Bourdieu (2005) afirma que, apesar do movimento feminista, muito pouco mudou, prevalecendo, ainda, a dominao masculina e a violncia simblica. As categorias de van Leeuwen (op. cit.) da excluso e incluso dos atores sociais no discurso servem de instrumental para uma anlise mais detalhada das relaes homem-mulher, permitindo desvelar algumas questes feministas tematizadas nos contos, questes descritas por Pinto (op. cit.) e apontadas por Bourdieu (op. cit.). Os resultados da anlise dos contos demonstram que a mulher ora est totalmente excluda, ora representada como um pano de fundo (encobrimento), ora enfraquecida (apassivada) em favor de seu marido/amante. Assim, os conflitos gerados a partir das aes do homem sobre a mulher nos contos confirmam certas preocupaes do discurso feminista

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O estudo analisa os discursos de homens e da revista Mens Health acerca do corpo, sade e sexualidade. Para a construo dos discursos dos homens, realizamos entrevistas semi-estruturadas com 19 homens leitores e nove no leitores. E dois eventos de grupos focais que reuniram 11 homens no total. Foi entrevistado tambm o editor da revista. Os principais conceitos norteadores deste trabalho foram os de gnero, sexualidade, poder e masculinidades hegemnicas e subalternas. Evidenciou-se que a revista est fortemente atrelada sociedade de consumo ao estimular a insero dos homens em um mercado de produtos e servios at ento estranhos a esse gnero. E que suas concepes sobre sade esto relacionadas a de bem-estar e de individualizao que se articulam com os discursos hegemnicos que vm dando sentido s concepes de sade e doena atualmente. A publicao investe fortemente na ideia de um corpo musculoso que proporcionar ganhos sociais, sexuais e profissionais aos sujeitos, nem sempre atrelado s questes de sade. Ela ratifica a heterossexualidade do leitor projetado, expondo o corpo feminino e o sexo heterossexual e silenciando sobre outras formas de sexualidade. Por isso consideramos que a revista se vincula a uma concepo tradicional da masculinidade. Seus discursos, no entanto, no so monolticos ou isentos de contradio, e tambm manifestam nuances relativas a um modelo mais contemporneo de masculinidade, como quando apresenta a ideia de uma nova pedagogia da sexualidade e a valorizao dos cuidados estticos e de sade com o corpo, aspectos considerados pouco prximos da masculinidade tradicional. Com relao aos discursos dos homens, evidenciou-se que a classe social e a gerao so as variveis mais importantes nas suas concepes sobre corpo, sade e sexualidade masculina. Que, entre os no leitores, de modo geral, h evidncias mais fortes de flexibilizao com relao aos padres mais tradicionais entre os homens mais jovens e/ou de classes mais altas. Enquanto os homens com idade acima dos 30 anos e das classes populares esto mais atrelados s concepes tradicionais. Entre os leitores, observou-se uma grande reflexividade com relao aos discursos da revista demonstrando que eles vm se apropriando de forma importante dos discursos da revista e ressignificando suas concepes e prticas sobre os trs temas da pesquisa a partir desses discursos. E, assim como os discursos da revista, os discursos dos homens, leitores ou no, tambm apresentaram aspectos contraditrios, ora demonstrando mais afiliao a um novo modelo de masculinidade, ora ao modelo mais tradicional.