910 resultados para Parkinson, Doença de Aspectos genéticos Teses


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As matas inundveis e brejos presentes nas restingas desencadeiam uma srie de processos que influenciam as caractersticas fsico-qumicas e biolgicas do solo, levando as plantas a apresentarem mecanismos de aclimatao ou adaptao ao estresse da inundao, como alteraes morfolgicas e fisiolgicas de forma a minimizar os efeitos da falta de oxignio. Dentre as espcies vegetais de samambaias ocorrentes em ambientes inundveis nas restingas, se destacam trs espcies: Acrostichum danaeifolium Langsd. & Fisch., Blechnum serrulatum Rich. e Thelypteris interrupta (Willd.) K.Iwats. O objetivo deste trabalho caracterizar os aspectos ecofisiolgicos que os esporfitos dessas samambaias apresentam para sobreviver em ambientes de inundao na restinga de Maric, estado do Rio de Janeiro. Neste sentido, foi determinada a caracterizao fsica e qumica dos stios de ocorrncias destas samambaias, as variaes foliares entre elas, espessura, densidade, massa por unidade de folha, teor de clorofilas e atributos quantitativos das clulas epidrmicas, alm da quantificao e determinao distribuio dos carboidratos. Para as variveis dos vegetais foram feitas coletas na estao chuvosa e seca e para variveis do solo na estao seca. Os stios analisados se mostraram extremamente cidos, de baixa fertilidade e com toxidez por macro e micro nutrientes, indicando que as samambaias apresentam tolerncia a estes fatores. Na poca chuvosa (inundao), as samambaias apresentaram queda na densidade foliar, acompanhada de um aumento de massa por unidade de folha. Esta habilidade de conseguir ganhar massa seca por rea classifica todas as samambaias analisadas como tolerantes inundao. Os altos valores de carboidratos solveis nas folhas indicam aumento da degradao do amido foliar e o menor teor de carboidrato solvel encontrado nos caules explicita a reduo na respirao das razes destas plantas sob anoxia/ hipoxia, para evitar a oxidao e o incremento do estoque de amido de reserva, elucidando estratgia de tolerncia inundao. A menor disponibilidade de gua na estao seca afeta diretamente os atributos foliares diminuindo o ndice estomtico, a suculncia e a massa por unidade de folha, no qual reflete na queda das concentraes de clorofilas. Os menores valores nas concentraes de clorofila tm influencia direta na presena de amidos foliar que so estocado e, alterando toda a dinmica dos carboidratos nestas espcies. A anlise do stio onde cresce Acrostichum danaeifolium indica nveis crticos de Na no solo e provavelmente, a produo de mucilagem no caule e no pecolo uma estratgia de tolerncia ao ambiente salino e inundado. O elevado ndice de cobertura de Blechnum serrulatum em ambientes inundados indica que esta espcie possui adaptaes a solos hidromrficos, entre elas, grande capacidade de estocagem de amido no caule. A maior sinuosidade das clulas epidrmicas em T. interrupta permite uma alta suculncia mantendo o status hidrolgico da folha em ambas as estaes. Os resultados apresentados, alm de agregar informaes sobre a biologia das samambaias nos neotrpicos, iro contribuir para a compreenso da dinmica de ocupao de espcies herbceas em ambientes alagveis nas restingas brasileiras

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A presente tese tem o objetivo de promover uma anlise sobre a norma penal brasileira que versa sobre a violenta emoo, com base no estudo terico da ao criminal passional. Tem por objeto de estudos a discusso sobre a temporalidade psquica da ao que sustenta as distines no instituto jurdico da violenta emoo apresentada nos artigos 28; 65, III, c; 121 1 e 129 4 do Cdigo Penal Brasileiro. A partir de uma construo genealgica, buscou-se os antecedentes histricos dessas leis, posteriormente, interpretadas luz de conceitos psicanalticos e de contribuies da antropologia social acerca do imaginrio cultural que sustenta a ecloso e o julgamento de crimes na esfera amorosa. O mtodo de trabalho consistiu em um estudo terico de carter dedutivo-construtivo baseado em fontes oriundas de diferentes campos terico-prticos e tambm de consultas abertas feitas a juristas e estudiosos da criminologia. As transformaes histricas nos julgamentos indicam uma transposio da antiga indulgncia em relao aos criminosos ao atual apelo por recrudescimento das penas, demonstrando que justificar ou punir crimes sob a rubrica da violenta emoo ligados esfera amorosa representa um sintoma atrelado ao contexto social. O conceito de "violenta emoo" est sujeito a reducionismos tericos, devido nfase dada dimenso da "culpabilidade consciente" no sistema jurdico, ao predomnio de interpretaes ligadas aos aspectos psicofisiolgicos do mpeto, bem como incipiente ateno dada s condies inconscientes culturalmente determinantes do ato criminal violento em casais. Desse modo, o texto dos referidos artigos pode servir indevidamente diminuio da pena em crimes envolvendo casais, assim como a devida atenuao pode ser desconsiderada quando a/o r/u sofre de privaes sociais e psquicas prolongadas constitutivas de um mal-estar passional por vezes dissociado do tempo da ao. Com as limitaes apontadas, reconhece-se a importncia da existncia da referncia violenta emoo enquanto uma atenuante criminal genrica e critica-se a sua aplicao como "privilgio" de diminuio de pena em crimes de mpeto em casais. O estudo psicanaltico historicizado do tema assevera a necessidade de realar tanto a responsabilidade subjetiva ligada atualizao de um potencial psicopatolgico, mas, tambm, a responsabilidade social em relao aos crimes passionais, enfatizando a importncia de se criar alternativas resposta penal, buscando promover uma leitura e interpretao cuidadosa dos artigos sobre a violenta emoo no sentido de propiciar melhor entendimento da temporalidade inconsciente inerente a esses crimes.

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Trata-se de estudo multicntrico, com reviso retrospectiva de pronturio, que teve como objeto a associao entre o aprazamento de medicaes intravenosas realizadas por enfermeiros e as potenciais interaes medicamentosas (PIM) graves, encontradas em prescries de pacientes crticos adultos hospitalizados. Os objetivos foram: a) apresentar os grupos medicamentosos e medicamentos prevalentes em cada Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pesquisada; b) descrever o perfil do aprazamento dos medicamentos intravenosos em cada UTI pesquisada; e, c) analisar a frequncia das potenciais interaes medicamentosas graves favorecidas pelo aprazamento feito por enfermeiros. Para coleta de dados foi utilizado um instrumento que contemplou o nome do medicamento, a dose, a via, a frequncia de administrao e os horrios aprazados pelo enfermeiro, dando origem a um imenso banco de dados. Os dados foram coletados em 3 UTIs conveniadas ao SUS e pertencentes Rede Sentinela. O levantamento das PIM foi feito de prescrio a prescrio, pareando-se todos os medicamentos intravenosos conforme critrios de incluso, obtendo-se assim uma lista com as interaes encontradas. As PIM foram identificadas nas bases Micromedex Drugs-Reax System.12 e Drugs.com. Foi encontrada uma chance quase trs vezes maior (OR: 2,96) de PIM em prescries com mais de 5 medicamentos. s 6h foi encontrada nas UTIs A e B a maior chance de PIM. Na UTI C no foi encontrada prevalncia nem OR significativa, assim como o nmero de doses comprometidas com PIM foi o menor entre todas as UTIs. Houve predomnio de medicamentos que atuam no sistema digestivo (31,99%), com destaque para ranitidina (44,08%). As UTI A e B seguem um mesmo padro no que diz respeito a acumular o aprazamento, preferencialmente em quatro horrios: 14h, 18h, 22h e 6h. A UTI C distribui seu aprazamento por nove horrios, inclusive no horrio de visitas (16h) e no incio de planto (08h e 20h). Na UTI A e B predominaram aprazamentos noturnos; na UTI C foram tarde e noite, sugerindo uma rotina organizada de acordo com o processo de trabalho de mdicos, enfermagem e farmcia. Foram encontrados 47 PIM graves nos horrios prevalentes. A UTI A apresentou o maior nmero de PIM graves (n=32). Destacam-se cinco medicamentos que, repetidamente, foram aprazados associados em PIM grave: haloperidol, metoclopramida, tramadol, furosemida e prometazina. Conclui-se que a rotina de atividades na UTI favorece o aprazamento padronizado e concentrado em poucos horrios, logo a ocorrncia de PIM graves, desconsiderando assim os aspectos farmacocinticos e farmacodinmicos dos medicamentos em uso concomitante.

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Este trabalho tem por objetivo geral apresentar uma ferramenta computacional auxiliar na gesto dos servios farmacuticos bem como alguns resultados alcanados com a sua aplicao na sistematizao do atendimento aos usurios do Centro de Ateno Psicossocial lcool e drogas (CAPS ad) do municpio de Vitria-ES, conhecido como Centro de Preveno e Tratamento de Toxicmanos (CPTT). O Programa de Gesto em Farmcia Pblica (PGFP) Mdulo Sade Mental possui um formato de banco de dados relacional, desenvolvido sob a plataforma Access e possui interface com o gerador de planilhas e grficos do tipo Excel , aplicveis a outras farmcias de unidades do tipo CAPS ad. Desde 2004 vem sendo utilizado e aperfeioado com uma proposta de informatizar a administrao da farmcia, possibilitando a instrumentalizao do farmacutico via emisso de relatrios para a gesto tcnica, operacional e estratgica, alm de propiciar a avaliao do servio baseando-se em indicadores scio demogrficos, de morbidade e especficos da Assistncia Farmacutica voltados para o campo da toxicodependncia. Para ilustrar o uso do PGFP so apresentados dados pertencentes a 489 pronturios de usurios cadastrados na farmcia no perodo de janeiro de 2007 a dezembro de 2008, alm de 50 prescries mdicas sistematicamente selecionadas para cada ano, coletadas a partir do sistema. Com isso, foi possvel elaborar o perfil demogrfico, sciosanitrio dos usurios alm de aspectos relacionados a Assistncia Farmacutica local. Foi utilizado o programa computacional SPSS 11.5 for Windows para a anlise estatstica exploratria descritiva (distribuio de freqncias) e inferencial (teste qui-quadrado) dos dados contidos nos pronturios. Dentre algumas dessas anlises, observou-se a prevalncia do Crack (44%) como substncia psicoativa. Revelou que a maioria dos usurios cadastrados so homens (82,4%), com faixa etria prevalente entre 25 e 34 anos (31,7%) e com grau de escolaridade equivalente ao 1 Grau Incompleto (41,3%). Com relao aos aspectos relacionados a Assistncia Farmacutica pode-se observar um No. mdio de medicamentos prescritos por receita entre 1,6 1,7 itens/receita; um percentual mnimo de 96% das receitas atendidas na farmcia; e o Clonazepam como o medicamento mais prescrito no perodo. So citadas algumas limitaes do PGFP e dos dados apresentados. Conclui-se o presente estudo fazendo-se aluso a relevncia do Programa de Gesto em Farmcia Pblica (PGFP), em relao no somente ao seu potencial de uso na gesto estratgica e operacional da Assistncia Farmacutica em Sade Mental (lcool e drogas), mas fundamentalmente, como importante ferramenta de informao que propicia a elucidao do perfil da drogadio, despertando a percepo para os aspectos ligados sade pblica e as implicaes scio-econmicas sobre a populao em estudo.

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Durante minha trajetria profissional experenciando o cuidar de clientes portadores de doença onco-hematolgica percebi a luta destes seres humanos pela vida e como a relao enfermeiro-cliente era vital para a realizao do cuidado. O enfermeiro interage grande parte do tempo com esta clientela a qual percorre uma trajetria de re-internaes e longos perodos de tratamento. Nesse sentido, entendendo que a relao interpessoal como uma condio importante para que o enfermeiro compreenda o outro em sua totalidade e preste um cuidado singular, delimitei como objeto de estudo as relaes interpessoais do enfermeiro na ao de cuidar do cliente internado para tratamento onco-hematolgico. Para tanto, o objetivo foi compreender o significado das relaes interpessoais na ao de cuidar do enfermeiro junto ao cliente internado para tratamento onco-hematlgico. Trata-se de estudo de natureza qualitativa, cujo referencial terico pautou-se nas concepes da fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz. O cenrio de realizao do estudo foi a enfermaria de Hematologia de um Hospital Universitrio Federal do estado do Rio de Janeiro e os sujeitos foram todos os seis enfermeiros lotados nessa unidade. Antes da etapa de campo e em cumprimento aos princpios ticos da Resoluo 196/96 do CNS que trata da pesquisa com seres humanos, o projeto foi submetido ao Comit de tica dessa instituio cenrio do estudo, sendo aprovado com o Parecer n 092/11. A captao das falas deu-se por meio de entrevista com a utilizao das seguintes questes orientadoras: fale para mim sobre as aes que voc desenvolve junto ao cliente internado para tratamento onco-hematolgico; o que significam as relaes interpessoais na ao de cuidar do cliente internado para tratamento onco-hematolgico?; e o que voc faz para que esta relao acontea? A anlise compreensiva das falas possibilitou a apreenso das categorias: cuidar atravs de procedimentos tcnicos e cientficos, orientando para o enfrentamento da doença e atender o paciente na perspectiva de suas necessidades estabelecendo a relao interpessoal entre enfermeiro e o cliente. O enfermeiro descreve as aes desenvolvidas junto ao cliente em tratamento onco-hematolgico como um fazer tcnico, rico em procedimentos, que tem em vista apoiar o cliente para enfrentar o tratamento difcil de uma doença grave, a partir de suas necessidades, estabelecendo uma relao ntima, transparente e forte, ocorrendo de forma espontnea e natural. Para estabelecer esta relao os enfermeiros utilizam estratgias como: a empatia, a brincadeira, o carinho, a confiana e a disponibilidade para promover o cuidado de enfermagem. As relaes interpessoais se mostraram inerentes ao de cuidar desse enfermeiro, ator social da equipe de sade, o qual possui a disponibilidade para interagir com o cliente, transcendendo o aspecto tecnicista, fazendo parte de sua identidade profissional o constituinte relacional.

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Este estudo aborda a temtica das relaes existentes entre a formao universitria e a imagem social de mulheres negras universitrias da rea da sade e suas possveis transformaes pessoais e sociais. Considerando que a formao universitria produz uma valorizao social e os seus desdobramentos influenciam nos papis sociais vividos por este grupo. Buscamos assim, descrever a imagem social de mulheres negras na perspectiva de mulheres negras universitrias e sua autoimagem social; e analisar a influencia da formao universitria na autoimagem social das mesmas. Metodologia: Pesquisa descritivo-exploratria com abordagem qualitativa, realizada com roteiro de entrevista semi estruturada com dez entrevistadas que se autodeclararam pretas ou pardas matriculadas em Programa de Ps-graduao (Mestrado) de uma universidade pblica estadual no municpio do Rio de Janeiro (Brasil). Os dados produzidos foram analisados e interpretados luz da anlise de contedo de Bardin. Deste processo emergiram trs categorias. A primeira categoria A imagem social da mulher negra na perspectiva de mulheres negras universitrias descreve a condio desigual da mulher negra na sociedade a partir da desvalorizao do gnero feminino e da raa (sexismo e o racismo) e o corpo da mulher negra como objeto de sensualidade. A segunda categoria - A formao universitria na vida de mulheres negras desdobrou-se em duas categorias intermedirias: Situaes positivas vivenciadas durante a formao (formao universitria como veculo para as transformaes sociais e pessoais a partir da ampliao do conhecimento cientfico e a melhora na insero social); Situaes negativas (desigualdades de classes, sentimentos de indeciso, frustrao frente escolha do curso e limitaes na aprendizagem e adaptao). A terceira categoria A autoimagem social de mulheres universitrias negras desenvolve a percepo das entrevistadas acerca da sua autoimagem a partir do processo de formao universitria, e desdobra-se em vises positivas e negativas sobre sua autoimagem. A viso positiva destaca o empoderamento diante da sua condio tnica caracterizado por atitudes perseverantes e demonstrao de competncia no cotidiano, favorecendo o fortalecimento de posies sociais; algumas inclusive no identificam vivenciar diferenas sociais pela etnia. A viso negativa foi descrita a partir dos sentimentos de baixa estima, insegurana no posicionamento nos espaos sociais e a dificuldade de falar sobre a sua autoimagem. Para as depoentes a autoimagem se traduz no no esteretipo, mas, nas conquistas sociais que elas alcanam decorrente da formao universitria. A formao universitria se torna condio fundamental para transpor os estigmas sociais que interferem na imagem social deste grupo populacional na sociedade.

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Este estudo objetivou compreender a vivncia e a sexualidade dos adolescentes que (con)vivem com HIV e indicar possibilidades para as prticas de cuidado realizados pelos enfermeiros. Trata-se de um estudo de natureza descritiva, com abordagem qualitativa, com aproximao na hermenutica dialtica. Foram estudados 20 adolescentes com HIV atendidos em um Hospital Universitrio do Rio de Janeiro. Foi utilizada como tcnica de coleta de dados entrevistas semi-estruturadas e dois instrumentos de coleta: um questionrio de caracterizao dos sujeitos e um roteiro temtico que guiou as entrevistas. As entrevistas foram gravadas e os contedos transcritos e analisados conforme a tcnica de anlise de contedo temtica. O resultado evidenciou que o significado da sade para os sujeitos, numa anlise geral, est associado qualidade de vida e necessidade de manuteno de hbitos saudveis. Sobre o HIV, destacou-se o desconhecimento sobre o vrus e os modos de transmisso. A vivncia com o HIV marcada predominantemente por sentimentos negativos como medo e sofrimento relacionados com preconceito, estigma e discriminao. Os adolescentes associam a sexualidade ao ato sexual ou orientao sexual. A sexualidade para os adolescentes que adquiriram o vrus atravs da transmisso sexual tambm est relacionada s dificuldades com a mesma aps a descoberta. J os adolescentes contaminados por transmisso vertical tiveram como elementos mais presentes a aceitao e conformao da doença. Observar-se a falta de percepo dos adolescentes em relao s prticas de cuidados realizadas pelos enfermeiros, direcionados para minimizar suas necessidades Conclui-se, ento, as tcnicas de anlise utilizadas foram pertinentes, pois permitiram identificar as vivncias e os sentidos da sexualidade dos adolescentes que (con)vivem com HIV e a importncia das prticas de cuidados de enfermeiros. Este estudo servir para reflexo crtica para profissionais de sade, principalmente, enfermeiros, atravs da identificao e percepo das demandas dos adolescentes com HIV para desenvolver estratgias visando as peculiaridades e necessidades destes adolescentes.

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Manguezais so ecossistemas marinhos costeiros que ocorrem nas regies tropicais e subtropicais do globo. A associao desses ambientes a formaes recifais restrita, particularmente no Brasil, onde se destaca a ilha de Tinhar, na costa sul do estado da Bahia, no s pela ocorrncia desse sistema manguezal-recifes, mas tambm pelo desenvolvimento estrutural da floresta e pela atividade produtiva de mariscagem exercida pela populao do povoado de Garapu. Apesar da proximidade de Morro de So Paulo, atrator turstico internacional, este povoado experimentava certo isolamento socioeconmico at a chegada da indstria do petrleo que, em funo de suas potencialidades e riscos, tensionou a vida da comunidade local. Este estudo tem por objetivo analisar a vulnerabilidade socioambiental dos manguezais adjacentes Garapu, Cairu-BA, frente a insero da indstria petrolfera na regio, a partir da caracterizao estrutural das florestas de mangue e da caracterizao social do povoado de Garapu e, particularmente, das marisqueiras usurias deste ecossistema. As abordagens metodolgicas utilizadas podem ser classificadas como pesquisas quantitativas, empregadas no levantamento fitossociolgico, e qualitativas, utilizadas a partir de observaes de campo e entrevistas, alm de levantamentos bibliogrficos, para elaborao das anlises sociais. Os resultados indicam florestas de mangue de porte varivel, em bom estado de conservao, com altura mdia das dez rvores mais altas entre 2,40,2 metros (estao 7) e 22,71,1 metros (estao 29), geralmente dominadas por Rhizophora mangle (38 das 52 estaes de amostragem). A partir da caracterizao estrutural foi realizado teste estatstico de agrupamento que, aliado a aspectos da arquitetura das rvores, permitiu a classificao das florestas em 12 Tipos Estruturais. As anlises relativas vulnerabilidade ambiental fundamentaram-se nos aspectos de sensibilidade e na posio fisiogrfica ocupada por cada Tipo de floresta e identificaram nveis distintos de vulnerabilidade a derramamentos de leo. Com relao aos aspectos sociais, as informaes sobre os sistemas socioeconmicos e culturais relacionados sade, educao, s prticas produtivas e gerao de renda, ao transporte, religio e organizao social, como um todo, evidenciaram vulnerabilidades frente insero da indstria do petrleo, apontando as marisqueiras como o segmento mais suscetvel a vivenciar os riscos e os impactos desse empreendimento no local. A insero da indstria do petrleo neste contexto socioambiental representa aumento de riscos e, consequentemente, de vulnerabilidade socioambiental, na medida em que o dilogo estabelecido entre empreendedor e populao se apresenta de forma assimtrica, dificultando a participao da populao local, sobretudo dos mais excludos que, nesse caso, so representados pelos usurios dos manguezais.

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Vulnerabilidade e empoderamento apresentam-se como elementos presentes na vida profissional e pessoal dos enfermeiros. Delimitou-se como objeto de estudo as representaes sociais elaboradas por enfermeiros que cuidam de pacientes com HIV/Aids acerca de sua vulnerabilidade no contexto do cuidar em enfermagem. O objetivo geral foi analisar as representaes sociais construdas por enfermeiros acerca de sua vulnerabilidade no contexto do cuidado que exercem. Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva e exploratria, orientada pelo referencial terico-metodolgico das Representaes Sociais em sua abordagem processual. Participaram do estudo trinta enfermeiros de um hospital pblico municipal do Rio de Janeiro. Como tcnicas de coleta de dados foram utilizados o questionrio sociodemogrfico e a entrevista semiestruturada em profundidade. Como tcnica de anlise de dados adotou-se a anlise de contedo temtico-categorial proposta por Bardin, sistematizada por Oliveira e operacionalizada pelo software QSR NVivo 9.0. Entre os sujeitos, h predomnio do gnero feminino, da faixa etria de 41 a 45 anos, da realizao de ps-graduao lato sensu e de tempo de atuao mnimo de 16 anos em HIV/Aids. Sete categorias emergiram na segmentao do material discursivo: 1) O acesso a informaes, a formao profissional e o desenvolvimento da naturalizao da aids atravs da experincia: elementos de vulnerabilidade e de empoderamento; 2) A instituio hospitalar e sua infraestrutura como polo de vulnerabilidade e de empoderamento nas construes simblicas de enfermeiros que cuidam de pacientes com HIV/Aids; 3) Entre o risco e a preveno: a vulnerabilidade e o empoderamento no contexto dos acidentes ocupacionais biolgicos e as prticas preventivas adotadas por enfermeiros frente ao HIV/Aids no cotidiano hospitalar; 4) Relaes interpessoais entre enfermeiro e paciente soropositivo para o HIV enquanto mediadoras da vulnerabilidade e do empoderamento de ambos; 5) As limitaes psquicas enfrentadas por enfermeiros no vivenciar do trabalho junto a portadores do HIV/Aids; 6) A busca pela espiritualidade e pela religiosidade como bases de apoio para a vida profissional contextualizada na aids; e 7) O HIV e a aids no contexto de diferentes modalidades de relacionamento: a presena do risco como elemento organizador da discursividade. Na vida profissional, as representaes sociais da vulnerabilidade so compostas pela fragilidade, pelo risco e pela dificuldade. O empoderamento, por sua vez, emerge sustentado por um tripformado pela proteo, suporte e satisfao como elementosdo bem-estar. Na vida pessoal, o risco possui centralidade nas representaes. J o empoderamento se mostra oriundo do bem-estar e da proteo. Conclui-se que a reconstruo sociocognitiva da vulnerabilidade e do empoderamento permitiu o acesso ao arsenal simblico do qual o grupo dispe para a superao do que o ameaa. Vulnerabilidade e empoderamento so, portanto, diversificados e mutveis em suas bases e produtos e, em movimentos de balano e contrabalano, corporificam a dade vulnerabilidade-empoderamento.

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Esta pesquisa objetivou compreender o itinerrio teraputico de quatro mulheres com cncer de mama, no que concerne trajetria assistencial na busca por cuidado no SUS de Volta Redonda, procurando perceber em que medida elas tiveram suas necessidades, relacionadas ao processo de adoecimento, atendidas pelos servios de sade, tendo como eixo norteador a integralidade em sade. O objeto do estudo foi construdo a partir do entendimento do cncer de mama como um problema de sade pblica, da contextualizao do programa de controle do cncer de mama e da reflexo sobre avaliao, integralidade e itinerrios teraputicos como prtica avaliativa no campo da sade. Como trajetria metodolgica, para o alcance dos objetivos propostos, a opo foi desenvolver um estudo de natureza qualitativa, empregando a histria de vida como abordagem central. Nesta perspectiva, para o trabalho investigativo e interao com as quatro mulheres, visando narrativa de suas experincias, foi utilizada a tcnica de entrevista aberta na coleta de dados, com nfase na etapa da vida aps a descoberta do cncer de mama e a busca de cuidado nos servios de sade. As entrevistas, complementadas pelos dados dos pronturios e do dirio de campo, constituram- se como o material emprico para proceder s anlises, visando, sobretudo, a apreender os atributos de integralidade na dimenso da organizao dos servios de sade e nos conhecimentos e prticas dos profissionais de sade. Tambm se buscou analisar o cumprimento dos objetivos do Programa Nacional de Controle do Cncer de Mama, em Volta Redonda, tendo em vista que as aes a propostas representam um conjunto de prescries para reverso da atual situao da doença no pas. Pode-se evidenciar, nas anlises, que o cuidado em sade dedicado a essas mulheres com cncer de mama est muito distante do princpio da integralidade que nos orienta e que defendemos como bandeira de luta. Nesse sentido, so vrias as pistas nas narrativas que nos levam a afirmar que os servios e prticas profissionais no esto organizados para proteger essas mulheres, garantindo as respostas necessrias a suas demandas, pautadas no princpio da integralidade e nos direitos e valores relacionados defesa da vida humana. Percebe-se um quadro de retardamento do diagnstico e tratamento, com dificuldade no acesso a diversos procedimentos envolvidos nesse cuidado como exemplos, a mamografia, o resultado do exame histopatolgico e a cirurgia de mama. O exame clnico da mama no realizado ou valorizado na ateno bsica, alm de que, as prticas das unidades especializadas continuam centradas na ateno mdica, com nfase na doença, no existindo equipe multiprofissional para o atendimento s demandas psicolgicas, sociais, etc. Alm disso, constatou-se a falta de servios de referncia de reconstituio de mama, imprescindvel no cuidado, quando se trata de garantia de ateno integral. Conclumos que fundamental que a equipe gestora local repense a organizao dos servios e das prticas nos diversos nveis de complexidade do SUS de Volta Redonda, no atendimento s mulheres com cncer de mama e apoio a suas famlias, na perspectiva da integralidade e do direito sade. Por fim, o estudo defende o itinerrio teraputico como importante prtica avaliativa em sade, amistosa integralidade, que pode ser incorporada ao cotidiano do SUS.