985 resultados para Leptina Teses


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Ainda no est bem definido na literatura se uma dieta rica em sacarose, mesmo sendo isoenergtica, provoca danos sade. Camundongos C57BL/6 foram alimentados com uma dieta controle (10% da energia proveniente de gordura, 8% da energia proveniente da sacarose - SC), uma dieta rica em sacarose (10% de energia proveniente da gordura, 32% da energia proveniente da sacarose - HSu), uma dieta hiperlipdica (42% da energia proveniente de gordura, 8% da energia proveniente da sacarose - HF) ou uma dieta combinada HF/HSu (42% da energia proveniente de gordura, 32% da energia proveniente da sacarose), durante oito semanas. Apesar da massa corporal e do ndice de adiposidade no terem sofrido alterao, o grupo HSu apresentou hipertrofia dos adipcitos, o que tambm foi observado nos grupos HF e HF/HSu. Os grupos HF, HSu e HF/HSu foram intolerantes glicose e apresentaram nveis sricos de insulina elevados. Os nveis sricos de leptina, resistina e protena quimiottica de moncitos-1 (MCP-1) aumentaram, enquanto adiponectina srica reduziu nos grupos HF, HSu e HF/HSu. No tecido adiposo, os animais HF, HSu e HF/HSu apresentaram maiores nveis de expresso protica de leptina e nveis mais baixos de expresso protica de adiponectina, em comparao ao grupo SC. Colesterol heptico foi maior nos grupos HF e HF/HSu, enquanto TG heptico foi maior nos grupos HSu e HF/HSu. Os animais dos grupos HF, HSu e HF/HSu apresentaram esteatose heptica, aumento da expresso protica heptica de elemento regulador de esterol ligante da protena 1 (SREBP-1c) e diminuio da expresso protica do receptor ativador de proliferao peroxissomal alfa (PPAR-α). Em concluso, a dieta rica em sacarose no provoca obesidade nos animais, mas provoca alteraes nos adipcitos (hipertrofia), intolerncia glicose, hiperinsulinemia, hiperlipidemia, esteatose heptica e aumento de citocinas inflamatrias. Os efeitos prejudiciais da dieta rica em sacarose, mesmo quando a sacarose substitui isocaloricamente o amido na alimentao, pode ter consequncias para a sade.

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O extrato aquoso de erva-mate, obtido a partir de folhas secas de Ilex paraguariensis, uma bebida amplamente consumida na Amrica do Sul. Inicialmente, nosso objetivo foi caracterizar os compostos presentes nas amostras de erva-mate disponveis no mercado brasileiro (CH: chimarro; T: ch mate torrado; G: ch mate torrado, comercialmente acondicionado em garrafas ou C: em copos; TS: ch mate torrado solvel A mutagenicidade, citotoxicidade e antimutagenicidade de todas as amostras tambm foram avaliadas atavs do Teste de Ames na presena e na ausncia de ativao metablica. Em seguida, analisamos a amostra TS (2,5, 5,0 e 10 mg/mL) quanto a sua atividade antioxidante e antigenotxica. Alm disso, avaliamos tambm os efeitos da amostra TS sobre a sinalizao da leptina e da insulina no hipotlamo e o estresse oxidativo heptico de ratos adultos obesos programados pela superalimentao neonatal (S). Para induzir S, o tamanho da ninhada foi reduzido a trs filhotes por lactante e as ninhadas com nmero padro de filhotes (dez/lactante) foram utilizadas como controle. Aos 150 dias de vida, as proles S foram subdivididas em: TS - tratados com extrato aquoso de erva-mate (1g/kg de peso corporal/dia, por gavagem) e S - recebendo gua por gavagem durante 30 dias. A prole controle (C) tambm recebeu gua nas mesmas condies do grupo S. Em nossos resultados, verificamos a presena de cido clorognico, cafena e teobromina em todas as amostras analisadas. O contedo de compostos fenlicos nas infuses estudadas foram CH: 5,140,23; T: 4,330,01; G: 0,930,25; C: 0,800,3 e TS: 8,350,5 mg/ml. No observamos efeito mutagnico ou citotxico nas amostras analisadas. Um efeito antimutagnico significativo foi observado para a cepa TA97 (pr-, co- e ps-tratamento), na presena de ativao metablica, em todas as amostras testadas. A amostra TS tambm apresentou um efeito antimutagnico significativo para a TA102 (pr-, co-e e ps-tratamento), na presena de ativao metablica. Na anlise exclusiva da amostra TS, observamos uma atividade antioxidante quando utilizado o ensaio de DPPH, apresentando IC50 69,3+3,1 μg/ml. Alm disso, a amostra TS apresentou um efeito protetor sobre a quebra do DNA plasmidial induzida por radicais superxido e hidroxila, de maneira dose dependente. No teste do cometa, detectamos um efeito antigenotxico induzido pelo TS em cultura primria de clulas epiteliais de esfago. Em nossos testes in vivo observamos que os animais TS no desenvolveram sobrepeso, obesidade visceral e hiperfagia. A resistncia hipotalmica leptina no foi significativamente revertida, porm a resistncia insulina foi minimizada pelo tratamento com TS no grupo programado pela S. No fgado, TS normalizou as atividades das enzimas antioxidantes (SOD, GPx e CAT) e diminuiu os marcadores de estresse oxidativo, MDA e 4-HNE. O tratamento com TS tambm reduziu o contedo de glicognio e triglicerdios hepticos. Nossos resultados sugerem que a erva-mate foi capaz de proteger o DNA contra danos oxidativos, aumentou as defesas antioxidantes, melhorou a funo heptica em ratos superalimentados na lactao, talvez atravs da modulao da sinalizao hipotalmica da insulina podendo ser, portanto, uma importante ferramenta para preveno e tratamento de doenas relacionadas ao estresse oxidativo.

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As associaes entre obesidade, doena heptica gordurosa no alcolica (NAFLD) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) so bem estabelecidas, e o sistema renina-angiotensina (SRA) pode proporcionar uma ligao entre eles. O bloqueio do SRA em diferentes nveis pode estar relacionado a respostas na resistncia insulina, remodelagem do pncreas e do fgado em um modelo de obesidade induzida por dieta. Camundongos C57BL/6 foram alimentados com uma dieta hiperlipdica (HF) durante oito semanas e depois tratados com alisquireno (50 mg/kg/dia), enalapril (30 mg/kg/dia) ou losartana (10 mg/kg/dia) por um perodo adicional de seis semanas. As drogas foram incorporadas na dieta. Avaliou-se a massa corporal (MC), presso arterial, consumo e gasto energtico (GE), metabolismo da glicose e lipdico, histopatologia pancretica e heptica, anlise hormonal, imunohistoqumica, perfil gnico e/ou proteico do SRA no pncreas, gliconeognese heptica, sinalizao da insulina, oxidao e acmulo lipdico. Todos os inibidores do SRA reduziram significativamente o aumento da presso arterial nos camundongos alimentados com dieta HF. O tratamento com enalapril, mas no alisquireno ou losartana, reduziu o ganho de MC e a ingesto alimentar; aumentou o GE; amenizou a intolerncia glicose e resistncia insulina; melhorou a massa de clulas alfa e beta; impediu a reduo da adiponectina plasmtica e restaurou a sensibilidade leptina. Alm disso, o tratamento com enalapril melhorou a expresso proteica nas ilhotas pancreticas de Pdx1, GLUT2, ECA2 e do receptor Mas. O tratamento com losartana apresentou uma elevao na expresso proteica de AT2R no pncreas. No fgado, a administrao de enalapril atenuou a esteatose heptica, o acmulo de triglicerdeos e preveniu o aumento dos nveis de PEPCK, G6Pase e do GLUT2. Do mesmo modo, o enalapril melhorou a transduo dos sinais da insulina atravs da via IRS-1/Akt, bem como reduziu os nveis de expresso gnica e/ou proteica de PPAR-gama, SREBP-1c e FAS. Esses resultados sugerem que a inibio da ECA com enalapril atenuou muitos efeitos deletrios provocados pelo consumo da dieta HF, incluindo: normalizao da morfologia e funo das ilhotas pancreticas, proteo contra a resistncia insulina e acmulo de lipdios no fgado. Estes efeitos protetores do enalapril podem ser atribudos, principalmente, reduo no ganho de MC e ingesto alimentar, aumento do GE, ativao do eixo ECA2/Ang(1-7)/receptor Mas e dos nveis de adiponectina, o que promove uma melhora na ao heptica da insulina e leptina, normalizao da gliconeognese, amenizando a NAFLD.

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A exposio precoce a fatores de risco cardiovascular gera estado inflamatrio crnico, podendo causar dano da funo endotelial, seguido de espessamento da ntima-mdia carotdea. O objetivo desta pesquisa foi estudar a espessura ntima-mdia carotdea e seu comportamento em relao aos fatores e biomarcadores de risco cardiovascular em crianas com excesso de peso pr-pberes. Realizou-se estudo transversal com 80 obesos, 18 com sobrepeso e 31 eutrficos do Ambulatrio de Pediatria do Hospital Universitrio Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Avaliou-se, atravs de comparao de mdias, medianas e frequncias, o comportamento dos fatores de risco e da espessura ntima-mdia carotdea entre os sexos; entre obesos, com sobrepeso e eutrficos; entre resistentes e no resistentes insulina. Avaliou-se, atravs de anlise de regresso logstica bivariada e multivariada, associao entre os fatores de risco e espessamento de ntima-mdia carotdea. Houve diferena estatisticamente significativa das mdias e medianas de escore Z de ndice de massa corprea (p-valor=0,02), presso arterial sistlica (p-valor=0,04) e adiponectina (p-valor=0,02) entre sexos; de circunferncia da cintura (p-valor=0,0001), presso arterial sistlica (p-valor=0,0001), diastlica (p-valor=0,001), homeostaticmodelacessment for insulinresitance (p-valor=0,0001), colesterol total (p-valor=0,02), HDL (p-valor=0,01), LDL (p-valor=0,03), triglicerdeos (p-valor=0,01), protena C reativa (p-valor=0,0001), interleucina 6 (p-valor=0,02), leptina (p-valor=0,0001), espessura da ntima-mdia carotdea esquerda (p-valor=0,03) entre obesos, com sobrepeso e eutrficos; de escore Z de ndice de massa corprea (p-valor=0,0009), circunferncia da cintura (p-valor=0,0001), presso arterial sistlica (p-valor=0,0001), diastlica (p-valor=0,0006), colesterol total (p-valor=0,0004), triglicerdeos (p-valor=0,0002), leptina (p-valor=0,004) entre resistentes e no resistentes insulina. Na regresso logstica bivariada, escore Z de ndice de massa corprea, circunferncia da cintura e presso arterial sistlica associaram-se positivamente (p-valor<0,05) com o espessamento das cartidas direita, esquerda e com mdia dos valores de ambas. Na regresso logstica multivariada, escore Z de ndice de massa corprea (p-valor=0,02) e presso arterial sistlica (p-valor=0,04), associaram-se positivamente com ntima-mdia carotdea espessada esquerda; nveis tensionais sistlicos (p-valor=0,01) se associaram com a mdia dos valores da ntima mdia carotdea de ambos os lados.Os achados mostram nas crianas pr-pberes com excesso de peso: que os fatores e biomarcadores de risco cardiovascular j se encontram presentes; influncia de escore Z de ndice de massa corprea e nveis tensionais sistlicos sobre espessura ntima-mdia carotdea. A preveno de aterosclerose deve iniciar precocemente, identificando-se e controlando-se fatores de risco cardiovascular. O pediatra deve procurar promover sade cardiovascular da criana, prevenindo e/ou controlando obesidade, orientado prtica regular de exerccios fsicos e hbitos alimentares saudveis.

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Estudos da microcirculao cutnea demonstram que a disfuno microvascular neste stio est relacionada a diversos fatores de risco cardiovascular. Existem poucos estudos avaliando a reatividade microvascular em crianas e a interferncia da puberdade est presente na maioria deles. O objetivo deste estudo foi avaliar se a disfuno microvascular est presente em crianas pr-pberes com excesso de peso atravs da tcnica de videocapilaroscopia de leito periungueal. Realizou-se um estudo transversal com 52 obesos, 18 sobrepesos e 28 eutrficos, com idade de 7,44 1,22 anos. Avaliou-se o comportamento dos fatores de risco e a funo microvascular. A reatividade microvascular foi testada atravs da avaliao da densidade capilar funcional, da velocidade de deslocamento das hemcias em repouso e aps uma isquemia de 1 min, e do tempo de reperfuso durante a hiperemia reativa. Anlise de funo disciminante cannica foi utilizada de forma multivariada para testar a possibilidade de separao dos grupos conforme o grau de adiposidade. Nos pacientes estudados no observamos diferena na reatividade microvascular, em nenhuma da variveis testadas. Conforme esperado, os grupos obeso e sobrepeso apresentavam maiores valores para a circunferncia da cintura (p<0,001), a relao cintura/altura (p<0,001), a presso arterial mdia (p<0,001), o homeostasis model assessment for insulin resistance (HOMA-IR) (p<0,001) e os nveis de insulina (p<0,001), leptina (p<0,0001), glicose (p=0,02), triglicerdeos (p<0,05), colesterol total (p=0,004), cido rico (p=0,007) e protena C reativa (p<0,0001) do que os eutrficos. A anlise multivariada demonstrou a associao de variveis metablicas, antropomtricas e microvasculares, sendo que estas foram separadas pelo grau de adiposidade corporal. Conclumos que nessa populao estudada, apesar das diferenas nos perfis metablico, inflamatrio e hormonal, no houve diferena na reatividade microvascular. Entretanto, a associao entre variveis clnico-antropomtricas com aquelas relacionadas com a reatividade microvascular esteve presente nestas crianas pr-pberes e o grau de adiposidade corporal foi capaz de influenciar estas associaes.

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Metablitos ativos da cafena apresentam toxicidade, podendo causar efeitos deletrios em muitos rgos no perodo fetal pelo consumo materno. O estudo objetivou avaliar o papel da administrao de cafena durante a gestao em vrios parmetros importantes para a funo testicular em camundongos adultos C57BL/6. Fmeas grvidas foram divididas em: grupo controle (C), que receberam injees de sol. salina (0,9% NaCl) e grupo cafena (CF), que receberam diariamente injees subcutneas de 20 mg / kg de cafena. Filhotes tiveram livre acesso rao padro desde o desmame at trs meses de idade, quando foram mortos. O grupo CF apresentou uma reduo no consumo alimentar (C = 4,36 0,14; CF = 3,79 0,05/g, p<0,05) e ganho de massa corporal (C = 25,73 0,14; CF = 21,08 0,41/g, p=0,0001). Ainda este grupo, apresentou alteraes estruturais nos testculos da prole, como reduo no peso relativo (C = 0,078 0,003; CF = 0,063 0,002/g, p=0,002), dimetro tubular (C = 455,4 2,7; CF = 393,5 3,1/m, p=0,0001), lume tubular (C = 310,6 2,5; CF = 254,8 2,9/m, p=0.0001) e altura do epitlio seminfero (C = 144,8 0,9; CF = 138,7 1,3/m, p=0,0005) observados pela tcnica de morfometria. Testosterona srica avaliada por quimioluminescncia foi reduzida (C = 6,6 2,8; CF = 0,5 0,2/ng/ml, p=0.04). Western Blotting foi utilizado para anlise de expresso protica. Houve aumento do receptor de leptina (C = 0,81 0,04; CF = 1,28 0,15/g, p=0,01), do receptor para o hormnio leteinizante (C = 0,92 0,05; CF = 0,74 0,05/g, p=0,01),da aromatase (C = 0,32 0,03; CF = 0,48 0,05/g, p=0,03) e do regulador pr apoptose (C = 0,27 0,02; CF = 0,42 0,03/g, p=0,01) enquanto o receptor para hormnio folculo estimulante (FSHR) (C = 0,76 0,06; CF = 0,56 0,04/g, p=0,02), o receptor para protena reguladora da esteroidognese (C = 1,009 0,065; CF = 0,584 0,060/g, p=0,0007), a protena do fator de crescimento vascular endotelial (C = 0,33 0,08; CF = 0,05 0,01/g, p=0,009), o receptor de andrognio (C = 0,97 0,11; CF = 0,59 0,07/g, p=0,02) e o antgeno nuclear de proliferao celular (C = 0,93 0,11; CF = 0,48 0,07/g, p=0,01) foram reduzidos. Este estudo sugere que o consumo de cafena durante a gravidez parece ser nocivo fertilidade de animais machos, caracterizando o fenmeno de programao, o que gera alteraes funcionais e estruturais nos testculos da prole adulta.

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O aumento da prevalncia da obesidade e osteoporose, bem como a identificao de mecanismos comuns que ligam a osteognese e a adipognese, sugerem que a obesidade e osteoporose podem ser distrbios relacionados, e alm disso, ambos podem ter suas origens no incio da vida. Em 3 modelos diferentes de plasticidade ontogentica foi observado obesidade na vida adulta. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi investigar o impacto desses 3 modelos, o desmame precoce mecnico (DPM) e o farmacolgico (DPF), e a supernutrio neonatal (SN) no tecido sseo da prole durante o desenvolvimento. Para tanto, 2 experimentos foram realizados. No experimento 1, ratas lactantes foram divididas em 3 grupos: controle - os filhotes tiveram livre acesso ao leite durante toda a lactao; DPM - as mes foram envolvidas com uma atadura nos ltimos 3 dias de lactao; DPF - as mes foram tratadas com bromocriptina (0,5 mg/duas vezes/dia) 3 dias antes do desmame padro. No experimento 2, o tamanho da ninhada foi reduzido para 3 filhotes machos no 3o dia de lactao at o desmame (SN); o grupo controle permaneceu com 10 filhotes durante toda a lactao. Realizou-se absorciometria de raios-x de dupla energia, tomografia computadorizada, microtomografia computadorizada, teste biomecnico e anlises sricas. Os dados foram considerados significativos quando P<0,05. No experimento 1, ao desmame, os filhotes DPM e DPF apresentaram menor massa corporal, massa gorda, densidade mineral ssea total (DMO), contedo mineral sseo total (CMO), rea ssea e osteocalcina srica, e maior telopeptdeo carboxi-terminal do colgeno tipo I (CTX-I). O clcio ionizado srico foi menor apenas na prole DPM, a 25-hidroxivitamina D (25(OH)D) foi maior e o PTH menor apenas na prole DPF. Aos 180 dias, as proles DPM e DPF apresentaram maior massa corporal, maior massa de gordura visceral, hiperleptinemia, maior 25(OH)D e menor CTX-I. Ambos os grupos apresentaram aumento da DMO total, do CMO, da DMO da coluna vertebral e da rea ssea aos 150 e 180 dias de idade. Nas avaliaes sseas individuais, as proles DPM e DPF tambm apresentaram aumento da DMO do fmur e da vrtebra lombar, da radiodensidade da cabea femoral e do corpo vertebral; melhora da microarquitetura trabecular ssea e da resistncia ssea. No experimento 2, observamos aumento da massa corporal, da massa gorda e da massa magra, do CMO e da rea ssea no grupo SN desde o desmame at a idade adulta. Aos 180 dias, a prole SN tambm apresentou aumento da DMO total, da DMO do fmur e da vrtebra lombar, da radiodensidade da cabea femoral e do corpo vertebral; melhora da microarquitetura trabecular ssea e da resistncia ssea, maior osteocalcina e menor CTX-I. Demonstramos que, apesar de fatores de imprinting opostos, ambos os modelos causam melhora da massa, do metabolismo, da qualidade e da resistncia ssea. Porm, parece que este efeito protetor sobre o tecido sseo no um resultado direto da programao deste tecido, mas sim consequncia das alteraes fisiopatolgicas da obesidade programada pelos trs modelos.

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O baixo peso ao nascer (BPN) possui grande impacto na mortalidade neonatal, assim como no desenvolvimento de complicaes futuras, como obesidade, hipertenso arterial sistmica e resistncia insulnica, condies relacionadas doena cardiovascular aterosclertica, principal causa de morbimortalidade no mundo. O objetivo desta pesquisa foi estudar o perfil clnico, metablico, hormonal e inflamatrio relacionado doena cardiovascular em crianas pr-pberes de BPN, bem como avaliar a influncia do BPN, prematuridade e restrio do crescimento intrauterino nas variveis de interesse. Realizou-se estudo transversal com 58 crianas de dois a sete anos de BPN, sendo 32 prematuros adequados para idade gestacional (AIG), 17 prematuros pequenos para idade gestacional (PIG), 9 a termo PIG e 38 crianas de peso ao nascer adequado, nascidas no Hospital Universitrio Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de janeiro, oriundas do Ambulatrio de Pediatria Geral deste mesmo hospital. Frequncias de perfil lipdico alterado, assim como medianas das variaes no Z escore de peso e estatura do nascimento at o momento do estudo, do Z escore de ndice de massa corporal (ZIMC), da circunferncia da cintura, da presso arterial sistlica e diastlica, do colesterol total, da lipoprotena de baixa densidade, da lipoprotena de baixa densidade, do triglicerdeo, da glicose, insulina, do Homeostasis Assessment for Insulin Resistance (HOMA-IR), da leptina, da adiponectina, da interleucina 6 e da protena C reativa foram comparadas entre os dois grupos. No grupo de BPN, avaliou-se a correlao entre estas mesmas variveis e peso de nascimento, idade gestacional, Z escores de peso e comprimento de nascimento e variaes no Z escore de peso e comprimento at o primeiro ano, e at o momento do estudo, com ajuste para idade e sexo. O grupo de BPN apresentou maiores variaes nos Z escore de peso (p-valor 0,0002) e estatura (p-valor 0,003) at o momento do estudo e menores nveis de adiponectina (p-valor 0,027). No houve correlao entre as variveis associadas ao risco cardiovascular e o grau de baixo peso, prematuridade ou crescimento intrauterino retardado. Os nveis de ZIMC (p-valor 0,0001), circunferncia da cintura (p-valor 0,0008), presso arterial diastlica (p-valor 0,046), insulina (p-valor 0,02), HOMA-IR (p-valor 0,016) e leptina (p-valor= 0,0008) se correlacionaram com a variao no Z escore de peso no primeiro ano. O ZIMC (p-valor 0,042) tambm se correlacionou com a variao do Z escore de comprimento no primeiro ano. Houve ainda correlao entre o ZIMC (p-valor 0,0001), circunferncia da cintura (p-valor 0,0001), presso arterial sistlica (p-valor 0,022), presso arterial diastlica (p-valor 0,003), insulina (p-valor 0,007), HOMA-IR (p-valor 0,005) e leptina (p-valor 0,0001) com a variao no Z escore de peso at o momento do estudo. Os achados mostram que este grupo de crianas pr-pberes com BPN ainda no diferem do grupo de crianas nascidas com peso adequado exceto pelos nveis de adiponectina, sabidamente um protetor cardiovascular. Em relao s anlises de correlao, nem o peso ao nascer, tampouco a prematuridade ou CIUR, influenciaram as variveis de interesse. No entanto, fatores ps-natais como o ganho pondero-estatural se correlacionaram com o ZIMC, circunferncia da cintura, presso arterial sistlica e diastlica, insulina, HOMA-IR e leptina. Mais estudos so necessrios para avaliar se os achados configuram risco cardiovascular aumentado neste grupo de pacientes.

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A obesidade atinge propores epidmicas em pases industrializados e est relacionada a uma srie de doenas metablicas e circulatrias. Nesse contexto, a atividade fsica, tratamento no farmacolgico da obesidade, acessvel a diversas populaes e est relacionada com a reduo do risco cardiovasvascular mesmo. O objetivo deste trabalho foi avaliar, aps mudana ou no da dieta, associao ou no a um programa de treinamento aerbico (PTA) durante 8 semanas, a possvel reversibilidade dos danos causados por uma dieta hiperlipdica por 12 semanas. Para tal, 120 hamsters machos da espcie Mesocricetus auratus, com massa corporal de 60 g, foram distribudos em quatro grupos, cada um subdividido em trs subgrupos, com dez animais para diferentes anlises. Os grupos Obeso Controle (OBC) e Obeso Exercitado (OBEX) receberam a rao hiperlipdica por 20 semanas, com adio do PTA ao grupo OBEX nas ltimas 8 semanas. Os Obeso Rao Padro (OBRP) e Obeso Rao Padro/Exerccio (OBRP/EX) tiveram a rao modificada para comercial padro e adio do PTA ao grupo OBRP/EX aps as 12 semanas iniciais. Para as anlises microcirculatrias, a bolsa da bochecha foi usada para determinao do nmero mximo de extravasamentos induzidos por 30 min de isquemia seguida de reperfuso e da reatividade microvascular aps a aplicao tpica de acetilcolina e nitroprussiato de sdio. No sangue coletado foi avaliado o perfil lipdico, glicemias quinzenais e leptina. As expresses de eNOS e iNOS foram determinadas na aorta por imunoblotting e a composio corporal avaliada nos tecidos adiposos visceral, urogenital e retroperitoneal, retirados no dia do experimento. Os resultados foram analisados com os mtodos o teste estatstico de anlise de varincia (One Way ANOVA - Teste de Kruskal-Wallis), seguido pelo ps-teste de Dunn. Resultados mostram que a modificao diettica, associada ou no ao PTA, reduziu significativamente a massa corporal (p<0,0001), comprimento naso-anal (p=0,0011) e tecido adiposo (visceral [p<0,0001], urogenital [p=0.0004] e retroperitoneal [p= 0,0083]). Nas anlises sanguneas no foram encontradas diferenas com relao ao perfil lipdico e glicemia, j na leptina houve uma reduo significativa (p=0,0039). A anlise da reatividade microvascular mostrou melhora significativa na vasodilatao endotlio-dependente nos grupos submetidos modificao diettica associada ou no ao PTA. Nas medidas de permeabilidade a macromolculas houve reduo significativa no nmero de extravasamentos nos grupos submetidos modificao diettica associada ou no ao PTA, (5 min [p= 0,0207] e 10 min [p= 0,0057]). Houve um aumento na expresso de eNOS nos grupos submetidos modificao diettica associada ou no ao PTA, em comparao ao grupo OBC (p=0,0352). Os resultados mostraram que a modificao diettica, associada ao protocolo de treinamento aerbico melhora a vasodilatao endotlio-dependente, aumenta a expresso da xido ntrico sintase endotelial e reduz o nmero de extravasamentos induzidos por isquemia e reperfuso, mesmo sem melhoras nos marcadores bioqumicos tradicionais como glicemia e perfil lipdico.

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Objetivo: Avaliar os efeitos da obesidade materna sobre a estrutura do pncreas e metabolismo de carboidratos no incio da vida adulta, com foco na prole da primeira gerao (F1) e segunda gerao (F2) de progenitoras F0 alimentadas com dieta rica em gordura nos perodos pr-gestacional, durante a gestao e lactao. Mtodos: Camundongos C57BL/6 do gnero feminino (F0) foram alimentadas com dieta padro (SC) ou dieta rica em gordura (HF) durante as oito semanas que antecederam o acasalamento, durante a gestao e lactao para gerar a F1 (F1-SC e F1-HF). As proles geradas receberam dieta SC at o terceiro ms de vida. Aos trs meses de idade, fmeas F1 foram acasaladas para gerar a F2 (F2-SC e F2-HF). Apenas os machos das gerao F1 e F2 foram avaliados aos 3 meses de idade. As caractersticas metablicas foram avaliadas pela massa corporal (MC), glicemia de jejum, rea sob a curva no teste oral de tolerncia a glicose; anlise plasmtica de insulina, leptina e adiponectina; distribuio e anlise morfolgica do pncreas atravs da imunohistoqumica e imunofluorescncia. Resultados: A prole F1-HF teve aumento significativo na massa corporal e glicemia quando comparado F1-SC. Por outro lado, as proles F2-HF e F2-SC tiveram massas corporais semelhantes. A prole F1-HF e F2-HF mostrou aumento da ingesto de energia, intolerncia glicose, hiperinsulinemia, hiperleptinemia, hipoadiponectinemia, resistncia insulina, aumento da massa pancretica, o aumento da densidade de volume de ilhotas com elevada massa de clulas alfa e beta, ilhotas hipertrofiadas caracterizadas por uma distribuio alterada de clulas alfa e beta, e fraca imunoreatividade do pncreas homeobox duodeno-1 (PDx1). Concluses: Uma dieta HF materna consumida durante o perodo pr-concepo e durante toda a gestao e lactao em camundongos promoveu programao metablica do pncreas endcrino com pr-disposio ao diabetes mellitus tipo 2 precoce nas proles F1 e F2 do gnero masculino, sugerindo que essas mudanas so intergeracionais.

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Estudos demonstram que o sobrepeso e a obesidade podem afetar a fertilidade masculina. Alm disso, a funo tireidea tambm esta associada alterao da funo testicular, entretanto, o papel fisiolgico dos hormnios tireoideanos na regulao do sistema reprodutor masculino ainda no esta claro. Aos 21 dias de idade, ratos machos receberam uma dieta manipulada contendo diferentes concentraes de leo de soja at a idade de 30 e 60 dias, os grupos controle (C30, n=6 e C60, n=6), receberam dieta contendo 7% e os grupos hiperlipdicos (HL30, n=6 e HL60, n=6), receberam dieta contendo 19% deste leo. Ao final de cada perodo, os animais foram avaliados por DXA (Absorciometria de Raios-x em Duas Energias) e sacrificados por exsanguinao. Para avaliar alteraes na estrutura dos tecidos testicular e tireideo, foram realizados a morfologia e a estereologia. No plasma, para determinar os perfis bioqumico e hormonal, foram avaliados, triglicerdeos, colesterol total, HDL-colesterol, VLDL, glicose e albumina, por mtodos colorimtricos e leptina, insulina, T4, T3, TSH e testosterona por radioimunoensaio (RIE). Para evidenciar a expresso de receptor andrognico (AR) em testculos, foi realizado imunomarcao, com anti-AR. Durante todo o perodo experimental, foram analisados a massa corporal, a ingesto alimentar e o comprimento corporal, os quais permaneceram inalterados. No grupo HL, a massa magra foi menor aos 30 dias, j a gordura corporal total foi maior no mesmo grupo, aos 60 dias nenhuma diferena foi notada entre os grupos. No grupo HL30 no houve diferena quanto massa dos tecidos, j no grupo HL60, o peso do epiddimo, fgado e gordura visceral mantiveram-se aumentados. No grupo HL30 no houve diferena em relao ao perfil bioqumico, j no grupo HL60, os nveis de glicose, mantiveram-se altos. Quanto s dosagens hormonais no grupo HL30, TSH e leptina estiveram aumentados e T3 reduzido, e no grupo HL60, T3 e leptina estiveram aumentados. Os dados morfomtricos e estereolgicos de testculo no grupo HL30 mostram aumento no nmero de tbulos seminferos e da densidade de comprimento (Lv), j no grupo HL60, h reduo no nmero de tbulos seminferos e no dimetro do mesmo. Quanto expresso de receptor andrognico nas clulas testiculares, no parece haver diferena entre os grupos independente da idade de consumo da dieta. A dieta hiperlipdica promoveu alteraes metablicas aos 30 dias e modificaes na morfologia do tecido tireoidiano e testicular em ambas as idades, o que indica reflexos na funo reprodutora.

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Hbitos inadequados no estilo de vida, pelo consumo exacerbado de dietas ricas em gorduras e acares (frutose e sacarose), correlacionam-se positivamente com o desenvolvimento da obesidade, da resistncia insulina (RI) e da esteatose heptica no alcolica (NAFLD). O estudo teve como objetivo avaliar a magnitude dos efeitos da administrao crnica de dietas ricas em gordura e/ou frutose, e ainda, comparar os efeitos dos acares isoladamente (frutose e sacarose) sob as alteraes bioqumicas, o perfil inflamatrio, as respostas morfofuncionais e as expresses proteicas e gnicas de fatores de transcrio envolvidos na lipognese, na beta-oxidao, na gliconeognese e no estresse oxidativo no fgado. Camundongos machos C57BL/6 foram divididos em dois experimentos: 1) Dieta controle/standard chow (SC), dieta high fat (HF 42%), dieta high frutose (HFr 34%) e dieta high fat + high frutose (HFHFr - 42% fat + 34% frutose) por 16 semanas; 2) Dieta controle/standard chow (SC), dieta high frutose (HFru 50%) e dieta high sacarose (HSu 50%) por 15 semanas. Ao final dos experimentos foram observados: 1) No houve diferena na massa corporal entre os animais HFr e SC, s foi observado ganho de peso nos grupos HF e HFHFr. Houve ainda aumento do colesterol total, dos triglicerdeos plasmticos e hepticos e RI nos grupos HF, HFr e HFHFr. No fgado, foi observado NAFLD com aumento na expresso de SREBP-1c e PPAR-&#947;, e reduo de PPAR-&#945;. A gliconeognese mediada pelo GLUT-2 e PEPCK tambm foi aumentada nos grupos HF, HFr e HFHFr em relao ao grupo SC. reas de necroinflamao tambm foram observadas nos animais HFr e HFHFr; 2) No houve diferena na massa corporal entre os grupos SC, HFru e HSu. Porm, houve aumento do colesterol total, dos triglicerdeos plasmticos e hepticos, da RI, das adipocinas (IL-6, resistina, MCP-1 e leptina), e reduo da adiponectina. No fgado, abundante NAFLD com predominncia da expresso proteica e gnica de SREBP-1c, PPAR-&#947; e reduo de PPAR-&#945;; e desequilbrio antioxidante com reduo da SOD, da Catalase e da GRx nos grupos HFru e HSu quando comparados ao SC. No houve diferena na GPx entre os trs grupos. Ainda foi observado aumento na expresso proteica de G6Pase, PEPCK e GLUT-2, envolvidos na gliconeognese heptica nos grupos HFru e HSu. reas de necroinflamao, caracterstico da transio NAFLD-NASH, tambm foram observados. Os resultados permitem concluir que, independente do aumento da massa corporal, a administrao crnica de dietas ricas em frutose e sacarose tem efeitos similares aos observados com o consumo de dieta hiperlipdica. Parece que a RI e a NAFLD sejam os precursores destas alteraes.

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A modulao do tecido adiposo marrom (TAM) e do tecido adiposo branco (TAB) est associada preveno ou reduo do ganho de massa corporal. O leo de peixe possui diversos efeitos benficos que podem estar relacionados a esses tecidos. Dessa forma, objetivou-se avaliar os efeitos antiobesognicos de diferentes dietas hiperlipdicas com leo de peixe na termognese do TAM e na lipognese e beta-oxidao do TAB. Para isso, foram utilizados camundongos machos C57BL/6, com trs meses de idade, que foram divididos em quatro grupos experimentais: um que recebeu dieta standard-chow (SC, 10% kcal de lipdios) e outros trs que receberam dieta hiperlipdica (HL, 50% kcal de lipdios). Obtivemos os grupos HL com banha de porco (HL-B), HL com banha de porco mais leo de peixe (HL-B+Px) e HL com leo de peixe (HL-Px). As dietas foram administradas por um perodo de oito semanas, sendo que a ingesto alimentar foi avaliada diariamente e a massa corporal, semanalmente. Na ltima semana de experimento, realizou-se a calorimetria indireta e o teste oral de tolerncia glicose. No sacrifcio, a glicemia foi aferida, o sangue foi puncionado para obteno do plasma e o TAM interescapular e o TAB epididimrio foram dissecados e armazenados. A leptina, os triglicerdeos e a insulina foram mensurados no plasma. O ndice de adiposidade e o HOMA-IR foram calculados. O TAM e o TAB foram avaliados por microscopia confocal e de luz. Realizou-se RT-qPCR e Western blot para avaliao de marcadores termognicos, da captao e oxidao de cidos graxos e glicose e de PPAR no TAM, e para a avaliao da lipognese e beta-oxidao e de PPAR no TAB. Com relao aos resultados, o grupo HL-B apresentou ganho de massa corporal e elevao da adiposidade, associado com hipertrofia dos adipcitos, hiperleptinemia, hipertrigliceridemia, intolerncia glicose e resistncia insulina, reproduzindo um quadro de obesidade e sndrome metablica. Por outro lado, a ingesto de leo de peixe nos dois grupos (HL-B+Px e HL-Px) foi capaz de reduzir o ganho de massa corporal e a adiposidade, sem alterar a ingesto alimentar. Essa ingesto tambm aumentou o gasto energtico dos animais, regularizou a leptina e os triglicerdeos plasmticos, bem como a tolerncia glicose e a resistncia insulina. Esses efeitos foram associados ao aumento de marcadores termognicos no TAM, bem como da captao e oxidao de cidos graxos e glicose e da expresso de PPAR nesse tecido. No TAB, houve reduo de marcadores da lipognese e aumento de marcadores da beta-oxidao, juntamente com elevao na expresso de PPAR. Em concluso, nossos resultados mostram que a ingesto de leo de peixe tem efeitos antiobesognicos em camundongos atravs da modulao benfica do TAM e do TAB e pode, portanto, representar uma terapia auxiliar alternativa contra a obesidade e suas comorbidades.

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A obesidade, cuja origem multifatorial e a prevalncia crescente em diferentes regies no mundo, est geralmente associada produo desregulada de adipocinas, ao aumento do estresse oxidativo e ocorrncia de distrbios metablicos como dislipidemia, intolerncia glicose e hipertenso. A Programao Metablica ou Plasticidade Ontogentica tem sido proposta como um importante fator na etiologia da obesidade. Este fenmeno sugere que alteraes nutricionais, hormonais e ambientais durante perodos crticos do desenvolvimento, tais como gestao e lactao, podem alterar a fisiologia e o metabolismo de um organismo provocando o desenvolvimento de distrbios metablicos na vida adulta. Neste trabalho foram estudados dois modelos de plasticidade ontogentica que programam ratos Wistar para obesidade na vida adulta: a supernutrio na lactao e o desmame precoce. A supernutrio na lactao provocada pela reduo da ninhada causou obesidade, hiperfagia, aumento do estresse oxidativo, resistncia heptica ao da insulina e esteatose nas proles na idade adulta. A desnutrio, provocada pelo desmame precoce, tambm se associou na idade adulta com obesidade visceral, aumento do estresse oxidativo e esteatose, assim como dislipidemia, resistncia insulina, hipertenso arterial e resistncia central leptina. No modelo de programao pelo desmame precoce, os animais adultos foram tratados com resveratrol (30mg/kg/MC), um polifenol encontrado nas uvas e conhecido por seus efeitos antioxidante e hipoglicemiante, por 30 dias. Os animais programados pelo desmame precoce que receberam resveratrol tiveram massa corporal, gordura visceral e morfologia heptica semelhantes aos animais controles. Ainda, o resveratrol normalizou a presso arterial, a dislipidemia, a glicemia e as concentraes de adiponectina e leptina. A normalizao da leptinemia esteve associada correo da resistncia central leptina nestes animais, uma vez que o resveratrol normalizou alm da ingesto, o contedo hipotalmico de JAK2, pSTAT3 e NPY. Portanto, os animais programados pela supernutrio na lactao ou pelo desmame precoce apresentaram aumento do estresse oxidativo associado obesidade e alteraes metablicas como esteatose. O tratamento com resveratrol nos animais programados pelo desmame precoce preveniu o aumento de estresse oxidativo, obesidade visceral, resistncia insulina, dislipidemia e esteatose. Alm disso, o resveratrol causou normalizao da leptinemia nestes animais, assim como da ao deste hormnio no hipotlamo, controlando a hiperfagia caracterstica deste modelo.

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O termo vitamina D compreende um grupo de hormnios esterides com aes biolgicas semelhantes. O mtodo mais acurado para determinar o estado de vitamina D atravs dos nveis plasmticos de 25 hidroxivitamina D [25(OH)D]. A deficincia de 25(OH)D considerada um problema de sade pblica, tendo como principal causa baixa exposio solar, idade avanada e doenas crnicas. A deficincia de 25(OH)D frequente em pacientes com doena renal crnica (DRC) na fase no dialtica. Estudos tm evidenciado que os nveis sricos de 25(OH)D apresentam associao inversa com adiposidade corporal e resistncia insulina (RI) na populao em geral e na DRC. O excesso de gordura corporal e o risco de Doena Cardiovascular (DVC) vm sendo estudados em pacientes com DRC e dentre as complicaes metablicas associadas adiposidade corporal elevada observa-se valores aumentados de HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance) um marcador para RI. Estudos avaliando o perfil da 25(OH)D na DRC na fase no dialtica, especialmente relacionados com a adiposidade corporal e RI so escassos. O presente estudo tem como objetivo avaliar a relao entre os nveis sricos de 25(OH)D, RI, e adiposidade corporal em pacientes com DRC na fase no dialtica. Trata-se de um estudo transversal observacional, incluindo pacientes adultos, clinicamente estveis e com filtrao glomerular estimada (FGe) &#8804; 60 ml/min., em acompanhamento regular no Ncleo Interdisciplinar de Tratamento da DRC. Os participantes foram submetidos avaliao do estado nutricional por antropometria (peso, altura, ndice de massa corporal (IMC), circunferncias e dobras cutneas) e absorciometria de duplo feixe de raios X (DXA); foram avaliados no sangue: creatinina, uria, glicose, albumina, colesterol total e fraes e triglicrides, alm de leptina, insulina e 25(OH)D. Nveis sricos < 20ng/dL de 25(OH)D foram considerados como deficincia. As anlises estatsticas foram realizadas utilizando-se o software STATA verso 10.0, StataCorp, College Satation, TX, USA. Foram avaliados 244 pacientes (homens n=135; 55,3%) com mdia de idade de 66,3 13,4 anos e de FGe= 29,4 12,7 ml/min. O IMC mdio foi de 26,1 kg/m (23,0-30,1) com elevada prevalncia de sobrepeso/obesidade (58%). A adiposidade corporal total foi elevada em homens (gordura total-DXA= 30,2 7,6%) e mulheres (gordura total-DXA= 39,9 6,6%). O valor mediano de 25(OH) D foi de 28,55 ng/dL (35,30-50,70) e de HOMA-IR foi 1,6 (1,0-2,7). Os pacientes com deficincia de 25(OH)D (n= 51; 20,5%) apresentaram maior adiposidade corporal total (DXA% e BAI %) e central (DXA%) e valores mais elevados de leptina. A 25(OH)D apresentou correlao significante com adiposidade corporal total e central e com a leptina, mas no se associou com valores de HOMA-IR. Estes resultados permitem concluir que nos pacientes DRC fase no dialtica a deficincia de 25(OH)D e a elevada adiposidade corporal so frequentes. Estas duas condies esto fortemente associadas independente da RI; a alta adiposidade corporal total e central esto positivamente relacionadas com RI; 25(OH)H e RI no esto associados nessa populao com sobrepeso/obesidade.