875 resultados para Estresse oxidativo Teses


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A hipertenso uma doena multifatorial pela interao de vrios mecanismos fisiopatolgicos, sendo considerada um importante fator de risco para outras doenas cardiovasculares. Uma vez que o exerccio tem sido recomendado com uma forma de tratamento antihipertensivo, buscou-se avaliar os efeitos do treinamento fsico nos sistemas reguladores da presso arterial (PA) e no seu controle reflexo, e sua correlao com o estresse oxidativo de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Assim, este estudo foi realizado com ratos machos Wistar-Kyoto (NK) e SHR, com 15 semanas, divididos em dois grupos: SHR sedentrio (HS) e SHR treinado (HT). Aps o estabelecimento da hipertenso nesses animais, o protocolo de exerccio foi realizado por 10 semanas com a intensidade determinada pelo limiar de lactato (20 m/min). Foram avaliadas as respostas bradicrdicas e taquicrdicas do barorreflexo, bem como a sensibilidade do reflexo cardiopulmonar de Bezold-Jarisch. O estresse oxidativo foi medido no sangue, corao e aorta dos animais em estudo. O treinamento fsico diminuiu a PAM, PAS e PAD dos animais do grupo HT, quando comparado com o grupo HS, apesar de no ter igualado aos valores dos NK. No entanto, a FC no foi diferente entre os grupos hipertensos. O barorreflexo esteve atenuado no grupo HS comparado com o NK, porm, o exerccio mostrou aumentar essa sensibilidade no grupo HT comparado com o HS. O exerccio tambm melhorou a sensibilidade dos receptores cardiopulmonares serotonina. Pelo bloqueio no foi observada diferena significativa na atividade dos sistemas arginina-vasopressina, renina-angiotensina e simptico. O sistema regulador endotelial, avaliado pela administrao de L-NAME, um bloqueador da sntese do xido ntrico, esteve significativamente aumentado no grupo HT quando comparado com o HS. O estresse oxidativo diminuiu significativamente no grupo HT comparado com o HS. Verificou-se nesse estudo diminuio da lipoperoxidao em eritrcitos, corao e aorta induzida pelo exerccio. Alm disso, a atividade das enzimas antioxidantes esteve aumentada no grupo HT comparado com o HS. Foi observada forte correlao negativa entre os valores de lipoperoxidao em eritrcitos e aorta e a sensibilidade barorreflexa, bem como entre a lipoperoxidao em eritrcitos e a sensibilidade do reflexo de Bezold-Jarisch. Estes resultados demonstram o efeito benfico do exerccio moderado em SHR, tanto no controle reflexo da PA, como no estresse oxidativo. Conclui-se tambm, que o estresse oxidativo desempenha importante papel na alterao da sensibilidade barorreflexa e do reflexo cardiopulmonar na hipertenso.

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Esse um estudo experimental que tem por objetivo avaliar as alteraes sistmicas, musculares e mecnica cardaca em virtude de um programa de exerccio fsico de mdia intensidade em ratas ovariectomizadas. Para esse estudo foram utilizadas ratas Wistar fmeas, divididas em quatro grupos: controle treinado (T), controle sedentrio (S), castrado treinado (CT) e castrado sedentrio (CS). O protocolo de treinamento utilizado foi de 8 semanas com intensidade inicial de 40% e final de 70% do VO2 Max. No final do protocolo, foi coletado sangue para anlise do estresse oxidativo (EO) sistmico e os animais foram mortos e retirado o msculo gastrocnmio para medida da lipoperoxidao (LPO), bem como da atividade enzimtica antioxidante. O corao para perfuso pelo mtodo de langendorff e anlise das enzimas antioxidantes e lipoperoxidao. Na anlise do msculo gastrocnmio, os grupos T e CS tiveram aumento significativo (p<0,05) na atividade da superxido dismutase (SOD) com relao aos outros grupos. Na atividade da catalase (CAT) o grupo CS foi maior que o CT (p<0,05), e na atividade da GPx, o grupo CT foi menor que o T (p<0,05). A LPO do grupo CT foi menor que dos grupos S e CS (p<0,05). Com relao anlise de EO sistmico, a atividade da SOD esteve aumentada no grupo CS com relao ao S (p<0,05). A CAT no apresentou diferenas significativas entre os grupos. Com relao atividade da GPx, os grupos T e CS estiveram aumentados com relao ao grupo CT (p<0,05), porm somente o grupo T aumentou com relao ao S (p<0,05). Na anlise do miocrdio os resultados encontrados na atividade da superxido dismutase (SOD) os grupos C e CT tiveram aumento significativo (p<0,05) com relao ao grupo CS; da catalase (CAT) os grupos T e CS estiveram diminudos com relao ao grupo CT (p<0,05), porm somente o grupo T esteve diminudo com relao a S (p<0,05); na atividade da GPx o grupo CS foi maior que S (p<0,05) e na LPO no houver diferena significativa entre os grupos. Na perfuso de corao isolado foi observada diferena (p<0,05), sendo a presso diastlica ventricular esquerda do grupo CS maior que T durante a isquemia. Conclumos que o organismo foi capaz de se adaptar a ausncia de estrognio e que o exerccio fsico promoveu uma menor oxidao de protenas nos animais castrados, no apresentando modificaes ente os grupos com relao ao estresse oxidativo e mecnica dos coraes de ratas treinados sob distintos nveis estrognicos.

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Neste estudo observamos os efeitos da ausncia de receptores para LDL sobre os nveis plasmticos de colesterol, presso arterial, controle reflexo da freqncia cardaca, nitratos totais e estresse oxidativo em eritrcitos e tecido cardaco. Para tanto utilizamos camundongos controle (n=13, para avaliaes hemodinmicas e de estresse oxidativo, e n=11, para dosagem de colesterol), e Knockout para receptores de LDL controle (n= 6, para avaliaes hemodinmicas e de estresse oxidativo, e n=5, para dosagem de colesterol). Como anlise estatstica utilizamos o teste T de Student para amostras no pareadas, considerando-se significativo quando p<0,05. A ausncia desses receptores aumentou os nveis plasmticos de colesterol total em mg/dL (179 35) no grupo knockout (KO), em relao ao controle (109 13). Esse resultado foi acompanhado pelo aumento da presso arterial mdia (PAM) em mmHg no grupo KO (1403), quando comparado ao controle (1186). A freqncia cardaca basal no foi significativamente diferente entre os grupos, mas o reflexo comandado pelos pressoreceptores estava significativamente atenuado nos animais KO. Tanto em eritrcitos como no tecido cardaco, a atividade das enzimas antioxidantes apresentou-se significativamente reduzida; e o dano oxidativo, expresso pela dosagem de carbonilas e quimiluminescncia, esteve significativamente aumentado no grupo KO. Esses resultados foram acompanhados pela reduo dos nveis de nitratos totais, indicando uma reduo da biodisponibilidade de xido ntrico circulante nesses animais. Esses resultados indicam que a ausncia de receptores para LDL no s causam aumento dos nveis de colesterol sangneo, mas tambm do estresse oxidativo. Esses aumentos poderiam estar contribuindo tanto para aumentar a degradao do xido ntrico quanto para reduzir sua sntese, resultando em aumento da PA e prejuzo da sensibilidade barorreflexa, observados nesse estudo.

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Nossos resultados portanto sugerem que a utilizao de agentes teraputicos como a suplementao de antioxidantes e do exerccio fsico pode amenizar os efeitos deletrios induzidos pela exposio ao carvo mineral.

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O cido L-piroglutmico (PGA) o principal intermedirio do ciclo -glutamil, que est relacionado sntese e degradao da glutationa. Altos nveis de PGA no lquido cefalorraquidiano, sangue e outros tecidos, juntamente com a alta excreo urinria do mesmo (acidria piroglutmica ou 5-oxoprolinria), ocorrem em alguns erros inatos do metabolismo envolvendo diferentes enzimas do ciclo -glutamil. Essas desordens so clinicamente caracterizadas por anemia hemoltica, acidose metablica e disfuno neurolgica severa. No entanto, os mecanismos de dano cerebral permanecem ainda no esclarecidos. Vrias aes neurotxicas foram previamente atribudas ao PGA, como excitotoxicidade, inibio da atividade da Na+,K+-ATPase e alterao do metabolismo energtico cerebral. No presente estudo, investigamos o possvel papel do estresse oxidativo na neurotoxicidade do PGA. O efeito in vitro do PGA nas concentraes de 0,5 3,0 mM foi estudado sobre o potencial antioxidante total (TRAP), a reatividade antioxidante total (TAR), quimiluminescncia, susbtncias reativas ao cido tiobarbitrico (TBA-RS), e atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx) em crtex cerebral e cerebelo de ratos de 14 dias de vida. Tanto o TRAP quanto o TAR foram significativamente reduzidos nas estruturas estudadas. Ao contrrio, a quimiluminescncia e o TBA-RS no foram afetados pelo PGA. As atividades da CAT, SOD e GPx tambm no foram alteradas. Esses resultados mostram que o PGA pode diminuir as defesas antioxidantes noenzimticas em crtex cerebral e cerebelo de ratos. Outros estudos, no entanto, parecem vlidos a fim de melhor caracterizar o papel dos radicais livres na neurotoxicidade do PGA.

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A adrenoleucodistrofia ligada ao cromossomo X (X-ALD) uma doena peroxissomal bioquimicamente caracterizada pelo acmulo de cidos graxos de cadeia muito longa (Very Long Chain Fatty Acids - VLCFA), principalmente os cidos hexacosanico (C26:0) e tetracosanico (C24:0), em diferentes tecidos e fluidos orgnicos. A doena clinicamente caracterizada por progressiva desmielinizao central e perifrica e insuficincia adrenal. Os mecanismos exatos do dano cerebral na X-ALD so pouco conhecidos. O tratamento usual para X-ALD com a mistura gliceroltrioleato/gliceroltrierucato na proporo 4:1, conhecido como leo de Lorenzo (OL), em combinao com uma dieta de restrio dos VLCFA normaliza os nveis de VLCFA, mas em pacientes sintomticos os sintomas neurolgicos persistem ou progridem. Os radicais livres parecem estar envolvidos em um grande nmero de enfermidades no ser humano, tais como nas doenas neurodegenerativas (como doena de Parkinson, doena de Alzheimer e esclerose mltipla), nas doenas crnico-inflamatrias, nas doenas vasculares e no cncer. Considerando que a gerao de radicais livres est envolvida em vrias desordens neurodegenerativas, no presente estudo foram avaliados vrios parmetros de estresse oxidativo em plasma, eritrcitos e fibroblastos de pacientes sintomticos com X-ALD. Tambm foi avaliado o efeito do tratamento com OL sobre diferentes parmetros de estresse oxidativo em plasma e em eritrcitos de pacientes sintomticos e assintomticos com X-ALD tratados e no tratados com OL. Considerando que no possvel estudar estresse oxidativo em crtex cerebral de pacientes com X-ALD, foi avaliado o efeito in vitro da mistura VI cido oleico (C18:1)/cido ercico (C22:1) sobre diversos parmetros de estresse oxidativo em plasma e em eritrcitos humanos normais e em crtex cerebral de ratos adicionados dos cidos hexacosanico(C26:0) e tetracosanico (C24:0). Foi verificado um aumento significativo da quimiluminescncia e das espcies reativas do cido tiobarbitrico (TBA-RS), refletindo uma induo da peroxidao lipdica, bem como uma diminuio da reatividade antioxidante total (TAR) medida em plasma de pacientes sintomticos, indicando uma capacidade deficiente em rapidamente combater um aumento das espcies reativas. Tambm foi observado um aumento da atividade da glutationa peroxidase (GPx) em eritrcitos e das atividades da catalase (CAT) e da superxido dismutase (SOD) em fibroblastos dos pacientes sintomticos estudados. Estes dados sugerem que o estresse oxidativo pode estar envolvido na fisiopatologia da X-ALD. Verificamos tambm que o OL no reverteu o aumento do TBA-RS no plasma de indivduos X-ALD. A determinao de TAR no apresentou alteraes no plasma de pacientes X-ALD sintomticos e assintomticos antes e aps o tratamento com OL. A atividade das enzimas antioxidantes CAT, GPx e SOD no se mostrou alterada em eritrcitos destes pacientes tratados ou no com OL. Nos experimentos in vitro, foi constatado um aumento significativo da quimiluminescncia e de TBA-RS em plasma humano e em crtex cerebral de ratos adicionados dos cidos C26:0C24:0, porm a mistura C18:1/C22:1 no reverteu este efeito. A medida de TAR no se mostrou alterada em crtex cerebral de ratos adicionado de C26:0C24:0, bem como no foi modificada pela mistura C18:1/C22:1. Por outro lado, a adio de C26:0C24:0 em plasma humano diminuiu a medida de TAR, porm a mistura C18:1/C22:1 no alterou esse efeito. As atividades das enzimas antioxidantes CAT e GPx no foram alteradas em eritrcitos humanos e em crtex cerebral de ratos pela adio de C26:0C24:0 , nem pela mistura C18:1/C22:1. O mesmo foi observado na medida de SOD em eritrcitos humanos adicionados de C26:0C24:0. A medida da atividade da SOD em crtex cerebral de ratos apresentou um aumento significativo induzido por C26:0C24:0 , porm a presena da mistura C18:1/C22:1 no modificou este efeito. Estes resultados sugerem fortemente que o estresse oxidativo possa estar envolvido na fisiopatologia da X-ALD e que o tratamento com leo de Lorenzo no modifica estes parmetros de estresse oxidativo. Assim, novas estratgias teraputicas deveriam ser investigadas para pacientes de X-ALD.

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A deficincia da semialdedo succnico desidrogenase, ou acidria -hidroxibutrica, um erro inato do metabolismo do cido -aminobutrico. Bioquimicamente, caracterizada pelo acmulo de elevadas concentraes do cido -hidroxibutrico nos tecidos, lquido cefalorraquidiano, sangue e urina dos pacientes. As manifestaes clnicas descritas nesses pacientes so muito variadas e inespecficas, mas observa-se que os principais sintomas e sinais clnicos so neurolgicos. Entretanto, os mecanismos responsveis pela disfuno neurolgica desses pacientes so pouco conhecidos. Neste trabalho, o efeito in vitro do cido -hidroxibutrico foi investigado sobre a quimiluminescncia, as substncias reativas ao cido tiobarbitrico (TBA-RS), o potencial antioxidante total (TRAP), a reatividade antioxidante total (TAR) e as atividades das enzimas antioxidantes superxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPX) em homogeneizados de crtex cerebral de ratos jovens com o intuito de esclarecer, ao menos em parte, a etiopatogenia dos sintomas neurolgicos caractersticos dessa doena. O cido -hidroxibutrico aumentou significativamente a quimiluminescncia e os nveis de TBA-RS, enquanto que o TRAP e o TAR foram marcadamente reduzidos. No entanto, as atividades das enzimas antioxidantes no foram alteradas pelo cido -hidroxibutrico. Esses resultados indicam que o cido -hidroxibutrico estimula a lipoperoxidao e reduz as defesas antioxidantes no-enzimticas, sugerindo a participao do estresse oxidativo na neuropatologia da deficincia da semialdedo succnico desidrogenase. Porm, esses achados devem ser confirmados em pacientes afetados por essa doena.

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INTRODUO: A ressuscitao volmica do choque hemorrgico (CH) um evento que acentua uma srie de reaes em cascata, com ativao celular generalizada e liberao de potentes agentes pr-inflamatrios que podem contribuir para alteraes no fluxo sangneo na microcirculao e prejuzos no aporte nutricional aos tecidos. Atualmente muitos resultados tm mostrado os benefcios da ressuscitao com pequenos volumes de soluo salina hipertnica a 7,5% (SSH) sobre a microcirculao e na atenuao do dano oxidativo. O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos tardios (aps 6 horas) da resssuscitao com SSH e com Ringer Lactato (RL) sobre a funo, integridade e estresse oxidativo heptico. MATERIAL E MTODOS: ratos Wistar foram submetidos a choque hemorrgico controlado com PAM de 45 mmHg. Aps 60 minutos de choque os animais foram divididos em dois grupos: Grupo RL: ressuscitado com RL 4 vezes o volume sangneo perdido; Grupo SSH: ressuscitado com SSH 7,5 % em 2 minutos, 10% do volume sangneo perdido. Aps 6 horas de recuperao os animais foram novamente anestesiados, submetidos laparotomia e o ducto coldoco canulado. Avaliou-se a presso arterial mdia (PAM), a freqncia cardaca (FC) e o hematcrito (HT). As defesas antioxidantes mensuradas no tecido heptico foram a catalase (CAT) e a superxido dismutase (SOD). A funo heptica foi avaliada pela quantificao do fluxo biliar. Bilirrubinas, alanino aminotranferase (ALT) e o escore histopatolgico de leso foram os parmetros avaliados quanto integridade heptica. O estresse oxidativo foi determinado atravs das dosagens da mieloperoxidase (MPO), das substncias reativas do cido tiobarbitrico (TBARS) e da protena carbonilada. RESULTADOS: aps 6 horas de ressuscitao os animais no apresentaram diferenas significativas nos parmetros macro-hemodinmicos (PAM, FC, HT). Os nveis de ALT e das bilirrubinas foram significativamente menores no grupo SSH (p<0,001). O fluxo biliar apresentou significativa elevao no grupo SSH (p<0,05). As defesas antioxidantes (CAT e SOD) no apresentaram variaes significativas. O grupo SSH apresentou valores menores de mieloperoxidase, de TBARS e da protena carbonilada (p<0,001) em comparao ao grupo RL. O escore total de leso histopatolgica foi significativamente menor no grupo SSH (p<0,05). CONCLUSO: no nosso modelo de CH a SSH atenuou o estresse oxidativo heptico aps 6 horas da ressuscitao, assim como induziu a recuperao da funo e demonstrou menor dano ao parnquima heptico.

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O Diabetes Mellitus uma sndrome metablica caracterizada por hiperglicemia crnica e, esta por sua vez, contribui para o desenvolvimento das complicaes secundrias freqentemente observadas nos pacientes diabeticos. O estresse oxidativo decorrente dessa hiperglicemia um dos principais fatores envolvidos na fisiopatologia dessas complicaes. Vrios estudos comprovam o efeito nocivo in vivo e in vitro de concentraes altas de glicose sobre diferentes tecidos e rgos. Enzimas sulfidrlicas como -aminolevulinato desidratase (-ALAD), lactato desidrogenase (LDH) e succinato desidrogenase (SDH), so altamente sensveis a elementos pr-oxidantes. Uma freqente coexistncia entre Diabetes mellitus e porfiria tem sido observada em humanos e em animais experimentais, o que pode estar ligado inibio da -ALA-D observada em diabticos. Este estudo tem como objetivos induzir estresse oxidativo in vivo com exerccio fsico intenso ou dieta contendo altos nveis de sacarose e in vitro e com altas concentraes de acares redures e avaliar seus efeitos sobre os nveis de lipoperoxidao, fragilidade osmtica dos eritrcitos, atividade de enzimas antioxidantes (catalase e superxido dismutase) e enzimas sulfidrlicas (-ALA-D, LDH e SDH), verificar o efeito de um antioxidante seleno-orgnico (ebselen) e a suplementao de selnio sobre a atividade destas enzimas, bem como avaliar o possvel papel teraputico do ebselen sobre a fragilidade osmtica dos eritrcitos. Os resultados obtidos neste estudo demonstram que eritrcitos de pessoas com diabetes descontrolado so mais sensveis ao choque osmtico que eritrcitos de pacientes com diabetes controlado e eritrcitos de pessoas saudveis. Alm disso, uma funo protetora do ebselen contra a fragilidade osmtica, indica que eritrcitos de pessoas com diabetes descontrolada esto expostos a um aumento na produo de radicais livres in vivo. O ebselen tambm apresentou propriedade de inibir a glicao in vitro. O exerccio fsico intenso associado deficincia de selnio, capaz de diminuir a atividade das enzimas sulfidrlicas. No entanto, exerccio fsico moderado de menor intensidade melhora a sencibilidade insulina em camundongos com resistncia insulina, previne contra fatores nocivos comumente encontrados no diabetes como ganho de peso corporal e acmulo de gordura abdominal no capaz de afetar atividade da -ALA-D. Atravs dos 2 modelos experimentais utilizados, modelo de induo de peroxidao lipdica em eritrcitos incubados com concentraes elevadas de acares redutores in vitro e modelo de induo de resistncia insulina em animais treinados e sedentrios, pode-se concluir que: A incubao de eritrcitos in vitro com altas concentraes de glicose ou frutose leva a um aumento na lipoperoxidao e contribui para a diminuio da atividade de enzimas tilicas provavelmente por oxidao dos seus grupos SH. O exerccio fsico associado com baixos nveis de selnio na dieta prejudica a atividade de enzimas tilicas como -ALA-D e SDH. O exerccio fsico de intensidade moderada aumenta a sensibilidade insulina em camundongos com resistncia insulina induzida pela dieta com sacarose e previne contra o ganho de peso corporal e aumento do ndice de gordura abdominal.

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A homocistinria um erro inato do metabolismo caracterizado, bioquimicamente, pela deficincia da enzima cistationina--sintase, resultando no acmulo tecidual de homocistena. Os pacientes afetados apresentam sintomas neurolgicos e vasculares caractersticos, como retardo mental e arteriosclerose, cuja fisiopatologia desconhecida. No presente trabalho, avaliamos os efeitos in vitro e in vivo da homocistena sobre alguns parmetros bioqumicos. Primeiramente, observamos o efeito in vitro da exposio de homogeneizados de crtex parietal de ratos ao cido flico, avaliando a inibio causada pela homocistena sobre a atividade da Na+,K+-ATPase de membranas plasmticas. Nos estudos in vivo, investigamos o efeito do pr-tratamento com cido flico sobre a inibio das enzimas Na+,K+-ATPase e butirilcolinesterase em crtex parietal e em soro de ratos submetidos hiperhomocisteinemia aguda, respectivamente. Considerando que a Na+,K+-ATPase suscetvel ao ataque de radicais livres, ns determinamos o efeito da hiperhomocisteinemia aguda sobre alguns parmetros de estresse oxidativo, como a formao de substncias reativas ao cido tiobarbitrico e o contedo total de grupos tiis em crtex parietal de ratos. Finalmente, investigamos o efeito do cido flico sobre a reduo da atividade da Na+,K+-ATPase em crtex parietal e sobre o aumento do ndice de dano ao DNA em sangue total de ratos submetidos hiperhomocisteinemia crnica. Nossos resultados mostraram que a homocistena in vitro reduz, significativamente, a atividade da Na+,K+-ATPase e que o cido flico previne esse efeito. Estudos cinticos com o substrato ATP revelaram que a homocistena inibe de forma no-competitiva a enzima Na+,K+-ATPase. Os estudos in vivo confirmaram que a hiperhomocisteinemia aguda diminui as atividades das enzimas Na+,K+-ATPase e butirilcolinesterase e que o pr-tratamento com cido flico tambm previne os efeitos causados pela homocistena. Por outro lado, a hiperhomocisteinemia aguda no alterou os parmetros de estresse oxidativo analisados. A hiperhomocisteinemia crnica inibiu a Na+,K+-ATPase em crtex parietal e aumentou o ndice de dano ao DNA em sangue total de ratos e, novamente, o tratamento com cido flico previne tais efeitos. Esses resultados, em conjunto, revelam os efeitos da homocistena sobre alguns parmetros bioqumicos e colaboram com o entendimento da fisiopatologia da homocistinria. Alm disso, os resultados sugerem que o cido flico, j utilizado por alguns pacientes homocistinricos, poder ser uma importante ferramenta teraputica utilizada na preveno dos efeitos neurolgicos e vasculares da homocistena.

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A relao entre as concentraes intracelulares de glutationa (GSH) e dissulfeto de glutationa (GSSG), dita o estado redox celular que, por sua vez, modula a atividade de muitos genes e protenas sensveis s alteraes de potencial redox. As protenas de choque trmico (HSP) so fundamentais na defesa contra o estresse oxidativo e em processos de reparo celular. J a bomba GS-X codificada pelo gene MRP1 pode regular o estado redox celular exportando dissulfeto de glutationa (GSSG), prevenindo o estresse oxidativo. Nosso objetivo foi verificar a expresso de HSP70, da bomba MRP1 e sua atividade, bem como o metabolismo da glutationa (GSH) no miocrdio e gastrocnmio de ratos submetidos ao exerccio agudo e ao treinamento fsico de natao. Ratos machos Wistar, separados em controle e exerccio (n=6; treinamento de uma semana, com carga de 5% do peso corporal na cauda, temperatura da gua 30C). Aps o exerccio os ratos foram sacrificados e o msculo cardaco e gastrocnmio retirados. Para anlise do estado redox, foram utilizadas tcnicas bioqumicas de anlise do contedo intracelular de GSH e GSSG; para anlise da expresso de HSP70 e MRP1 foram utilizadas tcnicas de SDS-PAGE e Western blotting. A atividade da bomba MRP1 foi medida por tcnicas espectrofotomtricas em membranas isoladas dos msculos em estudo. Os resultados foram expressos como mdia desvio padro da mdia. Foi utilizado o teste de anlise de varincia complementado com o teste de comparaes mltiplas de Student-Newmann-Keus, para p < 0,05. Na anlise do estado redox celular ([GSSG]/[GSH]), o miocrdio no apresentou mudanas significativas, enquanto que o gastrocnmio do grupo exerccio demonstrou aumento nesta modalidade indicando estresse (controle: 0,424 0,056 e exerccio: 3,775 0,466). Com relao expresso de HSP70 (unidades arbitrrias), o miocrdio no apresentou diferena, enquanto o gastrocnmio do grupo exerccio obteve um aumento significativo (controle 0,602 0,047 e exerccio 0,807 0,224). Na expresso da MRP1, o corao apresentou diferena significativa (controle: 0,360 0,028 e exerccio: 0,800 0,094), enquanto o gastrocnmio no. A atividade da bomba MRP1 foi 21,4% maior no corao, e essa atividade foi diminuda pelo treinamento em 27,76% em relao ao controle. Os dados obtidos indicam que o miocrdio parece estar mais protegido do que o gastrocnmio contra o estresse oxidativo induzido pelo exerccio por apresentar maior expresso e atividade da bomba MRP1, uma vez que esta previne o acmulo de GSSG intracelular bombeando o mesmo para o exterior da clula.

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Introduo e Objetivo: O fluxo sangneo gera estresse de cisalhamento sobre a parede dos vasos induzindo a converso do aminocido L-arginina em L-citrulina pela ao da eNOs, liberando o vasodilatador xido ntrico. O exerccio aumenta o fluxo sangneo e ativa a eNOs, promovendo vasodilatao. Um aumento no dimetro do vaso diminuiria os nveis de estresse oxidativo pela diminuio do estresse de cisalhamento. O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos da suplementao de L-arginina sobre a funo endotelial e estresse oxidativo em indivduos com diabetes tipo 1. Mtodos: Foram avaliados 10 indivduos do sexo masculino com diabetes do tipo 1 e 20 indivduos saudveis para controle, que realizaram teste de cargas progressivas em cicloergmetro para a determinao da carga de exerccio, que correspondia a 10% abaixo do 2 limiar ventilatrio. Em uma nova data, os voluntrios se exercitaram durante 45 minutos em cicloergmetro, onde foram avaliados parmetros de funo endotelial e estresse oxidativo antes e depois do exerccio. Os voluntrios foram separados aleatoriamente em dois grupos: L-arginina e placebo. A suplementao de L-arginina foi realizada a partir da ingesta de 7g ao dia na forma de cpsulas; o grupo placebo recebeu amido. Aps a suplementao, foi repetido o protocolo de exerccio. A funo endotelial foi avaliada atravs da avaliao do fluxo sangneo e concentrao de nitritos plasmticos; o estresse oxidativo foi avaliado pelas tcnicas do TBARS, carbonil, TRAP e cido rico plasmticos Utilizou-se ANOVA Fatorial de duas vias e teste post hoc de Tukey para anlise dos resultados, aceitou-se p<0,05 como significativo. Resultados: Os dados esto expressos em mdia + erro padro. Os indivduos com diabetes do tipo 1 no apresentaram disfuno endotelial quando comparados aos controle, entretanto tiveram parmetros de estresse oxidativo elevados (TBARS de 1,09 + 0,41 e 2,44 + 0,46 nmolMDA.mg PTN-1, p=0,039; carbonil de 0,148 + 0,02 e 1,48 + 0,20 fM.mg PTN-1, p=0,000 e cido rico de 44,55 + 2,06 e 28,10 + 1,57 mg/dl, p=0,000, em controles e diabticos, respectivamente). O exerccio aumentou significativamente o fluxo sangneo nos controle e diabticos ( de 3,53 + 0,35 para 5,46 + 0,35 ml.100ml-1.min-1 no controle, p=0,001 e de 2,66 + 0,33 para 3,77 + 0,36 ml.100ml-1.min-1 nos indivduos com diabetes, p= 0,000), mas no alterou as concentraes plasmticas de nitritos nem os parmetros de estresse oxidativo. Os diabticos que receberam suplementao com L-arginina tiveram seus valores de fluxo sangneo em repouso elevados significativamente (de 3,05 + 0,63 para 4,74 + 0,86 ml.100ml-1.min-1 , p=0,036), efeito no encontrado no grupo controle que recebeu a suplementao. Entretanto, este grupo no apresentou aumento do fluxo sangneo aps o exerccio, conforme observado no momento antes da suplementao. Concluso: O exerccio fsico em cicloergmetro aumenta o fluxo sangneo sem alterar os parmetros de estresse oxidativo em indivduos controle e diabticos tipo 1. A suplementao com L-arginina aumenta a vasodilatao dependente do endotlio em indivduos com diabetes do tipo 1, e atenua o aumento do fluxo sangneo em resposta ao exerccio nestes pacientes. Esta resposta demonstrou uma possvel melhora na funo endotelial na situao de repouso com a suplementao. Entretanto, restam questes obscuras sobre a resposta de fluxo ao exerccio sob o efeito da L-arginina nesta populao, sendo necessrios estudos adicionais para o esclarecimento.