937 resultados para Sacarose na dieta Teses


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Estudo dos efeitos de uma dieta rica em sal e / ou gordura saturada em grnulos de peptdeo natriurtico atrial (ANP), hipertenso, expresso da renina e ultraestrutura cardaca em camundongos C57Bl / 6. Camundongos machos adultos jovens foram separados em quatro grupos (n = 12) e alimentados com uma das seguintes dietas por 9 semanas: dieta padro para roedores (Grupo P), dieta hiperlipdica (Grupo HL), dieta hipersdica (Grupo HS) e dieta hiperlipdica e hipersdica simultaneamente (HL-HS). Foram examinados: alteraes no ANP srico, ultra-estrutura dos cardiomicitos produtores de ANP, estrutura do ventrculo esquerdo, presso arterial sangunea, expresso da renina no rim, taxa de filtrao glomerular (TFG), eficincia alimentar, parmetros lipdicos e glicdicos. Os animais alimentados com dieta hiperlipdica mostraram um pequeno aumento na produo de ANP, discreta hipertrofia ventricular esquerda, aumento da eficincia alimentar, dislipidemia e hiperglicemia. Animais alimentados com dieta hipersdica tiveram um grande aumento na produo de grnulos de ANP e correspondente elevao do seu nvel srico, hipertrofia ventricular esquerda, hipertenso arterial, diminuio dos nveis de renina e aumento da TFG. A combinao das duas dietas (HL-HS) teve um efeito aditivo. A ingesto de uma dieta com alto teor de sal e lipdeos induz alteraes ultraestruturais dos cardiomicitos, aumento da produo de ANP e elevao de seu nvel srico e reduz a quantidade de renina no rim.

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Neste trabalho tivemos como objetivo caracterizar a dieta, uso do habitat e padres comportamentais de Astyanax taeniatus da bacia do Rio Mato Grosso, que encontra-se na poro leste do Estado do Rio de Janeiro (22 52 S; 42 40 W e 22 53 S; 42 34 W). Para a anlise da dieta, os exemplares foram coletados bimestralmente entre maro de 2006 e janeiro de 2007 em trs localidades que diferiram pelas variveis fsicas. As observaes de uso dos recursos do habitat foram realizadas por observao subaqutica, na posio focal dos exemplares avistados, enquanto a quantificao da disponibilidade foi realizada em 50 quadrats de 20x20cm (400cm2) ao longo dos mesmos 50m onde foi realizada a observao sub-aqutica. A anlise do contedo estomacal de 651 exemplares foi realizada sob microscpio estereoscpico de acordo com mtodos qualitativos e quantitativos (Freqncia de Ocorrncia e Volumtrica). A participao relativa de cada item registrado nos estmagos em relao totalidade da dieta foi analisada atravs do ndice Alimentar (IAi). Para verificar possveis diferenas entre as propores dos itens de origem animal e vegetal, autctone e alctone, os valores proporcionais foram testados pelo 2 de contingncia. A partir dos dados de comprimento padro e comprimento do intestino, foi calculado o valor do quociente intestinal. Os itens de origem vegetal tiveram maior contribuio na dieta da espcie para as localidades com maior altitude, enquanto os itens animais tiveram maior contribuio na localidade baixa. A diferena na contribuio dos itens de origem autctone e alctone tambm foi significativa. Na dieta de jovens e adultos, houve diferena significativa na contribuio de itens de origem vegetal e animal somente na localidade mais alta, onde os adultos consumiram maior quantidade de matria vegetal. Os valores mdios de quociente intestinal em jovens e adultos foram significativamente diferentes nas localidades de maior altitude, com valores maiores para indivduos adultos. Observamos 52% dos indivduos em profundidades entre 30 e 45 cm, 72% em reas de rpido, 72% em velocidades entre 0 e 0,5km/h, 66% encontravam-se distantes da margem entre 40 e 120 cm, 37,6% em substrato do tipo areia e 34,4% em substrato do tipo pedra. De todos os padres comportamentais observados, aquele que mais se destacou foi o forrageamento, onde 70,91% dos indivduos estavam forrageando no meio da coluna dgua. Os resultados da dieta reforam a idia de as espcies de Astyanax tm hbito alimentar onvoro e oportunista, onde a espcie alimentou-se dos recursos disponveis no ambiente evidenciando sua alta plasticidade alimentar ao longo do riacho. Espcies do gnero Astyanax so consideradas generalistas em relao ao uso do habitat e altamente ativas, corroborando com os resultados do presente estudo.

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A menopausa est associada a algumas alteraes metablicas como a obesidade, dislipidemia e inflamao, entre outras anomalias presentes na sndrome metablica humana. Uma dieta hiperlipdica ou high-fat (HF) associada menopausa piora tais alteraes, aumentando ainda mais o risco de doena cardiovascular. A hiptese de que uma dieta HF agrava as complicaes relacionadas ovariectomia foi testada. Foram avaliadas fmeas C57BL/6 ovariectomizadas (OVX) ou com operao SHAM e alimentados com rao padro ou Standard Chow (SC, 10% de gordura) ou uma dieta HF (60% de gordura) por 18 semanas. A eficincia alimentar (EA), massa corporal (MC), distribuio regional das massas de gordura e a morfometria dos adipcitos foram estudados. As anlises de sangue (colesterol total, CT, triglicerdeos, TG, citocinas e adipocinas) foram realizadas. Camundongas OVX-HF apresentaram maior EA e maior MC do que os demais grupos (P<0,05). A gordura visceral (ovariana e retroperitoneal) e a gordura subcutnea (gordura inguinal) tiveram o mesmo padro de distribuio entre os grupos SHAM-SC, SHAM-HF e OVX-SC, mas o grupo OVX-HF apresentou um padro diferente de acmulo de gordura - muito maior do que no rupo SHAM-SC. A associao da ovariectomia com a dieta HF aumentou significativamente o dimetro dos adipcitos dos animais OVX-HF em comparao aos SHAM-HF (P<0,0001) e tambm agravou a elevao dos nveis de CT, TG e de leptina nas camundongas OVX-HF, em relao aos OVX-SC (P<0,0001). Os nveis de adiponectina foram maiores nas camundongas OVX-SC comparados com as das camundongas SHAM-SC e OVX-HF (P<0,001). A associao da ovariectomia com a dieta HF agravou o aumento dos nveis sricos de leptina em camundongas OVX-HF, em relao aos OVX-SC (P<0,005). TNF-alfa no foi diferente entre os grupos, mas a IL-6 foi significativamente maior nas camundongas OVX-HF comparados a ambos os grupos SHAM-HF e OVX-SC (P<0,0001). Concluindo, a ingesto de uma dieta hiperlipdica por camundongas ovariectomizadas, leva ao aumento do acmulo e redistribuio inadequada de gordura, piora dos nveis de citocinas e adipocinas, assim como desordem metablica, o que aumenta os fatores de risco para doenas cardiovasculares.

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A influncia da dieta e da hereditariedade nas caractersticas dentofaciais foi avaliada atravs do exame de duas populaes indgenas amaznicas divididas por um processo de fisso linear. Os indgenas que constituem a aldeia Arara-Iriri so descendentes de um nico casal expulso da aldeia Arara-Laranjal. O crescimento da aldeia Iriri ocorreu pelo acasalamento de parentes prximos, ratificado por um alto coeficiente de consanguinidade (F=0,25, p<0,001). A epidemiologia da m ocluso e das caractersticas da face foi analisada nos indivduos entre dois e 22 anos, das aldeias Iriri (n=46) e Laranjal (n=130). A biometria da dentio e da face foi obtida em 55 indgenas em dentio permanente sem perdas dentrias, atravs da fotogrametria facial e dos modelos de gesso. O desgaste dentrio foi examinado em 126 indivduos atravs da anlise de regresso mltipla. Os resultados revelaram uma determinao significativa da idade no desgaste dos dentes (R2=87,6, p<0,0001), que se mostrou semelhante entre as aldeias (R2=0,027, p=0,0935). Por outro lado, diferenas marcantes foram observadas nas caractersticas dentofaciais. Revelou-se uma face mais vertical (dolicofacial) entre os ndios Iriri e o predomnio do tipo braquifacial nos indgenas da aldeia original, corroborado pela fotogrametria. Uma face sagitalmente normal foi observada em 97,7% da aldeia Laranjal, enquanto faces convexas (26,1%, RR-16,96) e cncavas (15,2%, RR=19,78) eram mais prevalentes na aldeia Iriri (p<0,001). A biprotruso, com consequente reduo do ngulo nasolabial, era uma caracterstica comum entre os Arara, porm com maior prevalncia no grupo Iriri (RP=1,52, p=0,0002). A prevalncia da m ocluso foi significativamente mais alta na aldeia Iriri (RP= 1,75, p=0,0007). A maioria da populao da aldeia original (83,8%) apresentou uma relao normal entre os arcos dentrios, contudo, na aldeia resultante (Iriri), 34,6% dos indivduos era Classe III (RP=6,01, p<0,001) e 21,7% era Classe II (RP=2,02, p=0,05). Enquanto nenhum caso de apinhamento e de sobremordida foi observado na aldeia Iriri, a razo da prevalncia era 2,64 vezes maior para a mordida aberta anterior (p=0,003), 2,83 vezes (p<0,001) para a mordida cruzada anterior, 3,93 (p=0,03) para a sobressalincia aumentada, e de 4,71 (p=0,02) para a mordida cruzada posterior. Observou-se uma alta prevalncia das perdas dentrias, sem diferena entre as aldeias (RP=1,46, p=0,11). O exame dos modelos revelou uma tendncia de incisivos maiores e pr-molares e caninos menores na aldeia Iriri, delineando uma semelhana na massa dentria total entre as aldeias, que, aliada a arcadas dentrias maiores, justificaram o menor ndice de irregularidade dos incisivos entre esses indgenas. Esses resultados minimizam a influncia do desgaste dentrio, uma evidncia direta de como um indivduo se alimentou no passado, no desenvolvimento dentofacial e enfatizam o predomnio da hereditariedade, atravs da endogamia, na etiologia da variao anormal da ocluso dentria e da morfologia da face.

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O objetivo desse trabalho foi avaliar as alteraes no tecido cardaco e pulmonar de camundongos dislipidmicos, esquistossomticos e seus controles que haviam sido eutanasiados com 9 (fase aguda) e 17 (fase crnica) semanas de infeco. Foram estudados quatro grupos de camundongos, segundo a dieta e tempo de infeco: dieta padro (SCa e SCc), dieta hiperlipdica (HFCa e HFCc), dieta padro infectados (ISCa e ISCc) e dieta hiperlipdica infectados (IHFCa e IHFCc). O corao e o pulmo foram retirados, seccionados e os fragmentos foram submetidos a processamento histolgico e corados com Hematoxilina e Eosina e Picrosirius red. Foram realizadas anlises histopatolgicas dos dois rgos, alm de estudos estereolgico (dissector ptico) e morfomtrico (vasos, cardiomicitos e quantificao de colgeno) do corao. Os grupos foram comparados pelos Testes T de Student e/ou ANOVA. Todos os animais com dieta hiperlipdica, infectados ou no, apresentaram menor densidade de nmero e nmero total de cardiomicitos (p<0,05), alm de vasos intramiocrdicos com lmen mais reduzido e paredes mais espessas que os controles, independente da semana em que foram eutanasiados. Os cardiomicitos dos grupos IHFCa e IHFCc estavam mais hiperplsicos (p<0,0001) e continham mais colgeno ao redor (p<0,05) que os dos demais grupos estudados. Os coraes dos grupos IHFC, nas duas fases, apresentaram maior quantidade de nichos inflamatrios, inmeras regies contendo coagulao de fibras cardacas, maior nmero de reas com desaparecimento de fibras e proliferao de fibroblastos quando comparados aos grupos ISC. Os pulmes de camundongos do grupo IHFCc apresentaram aumento do nmero de reaes granulomatosas e infiltrados perivasculares quando comparados aos demais grupos infectados. Esses dados sugerem que a infeco por S. mansoni causa danos s estruturas miocrdica e pulmonar que se intensificam com a interao com a dieta rica em lipdios.

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O sobrepeso induzido por uma dieta rica em gordura atrasa a cicatrizao atravs do prolongamento da fase inflamatria, entretanto, quando recebem uma dieta obesognica, alguns ratos so suscetveis a desenvolver sobrepeso, enquanto outros so resistentes. Drogas anti-inflamatrias no-esterides so frequentemente utilizadas para reduzir a inflamao. Este estudo investigou a cicatrizao cutnea em ratos propensos a obesidade induzida por dieta (DIO) e em ratos resistentes a dieta (DR) e avaliou a participao da administrao do celecoxibe na cicatrizao cutnea destes animais. Ratos machos foram alimentados com uma dieta padro (Controle, C) ou com uma dieta rica em gordura saturada (30%). Aps 19 semanas, o grupo experimental foi subdividido nos grupos DIO e DR. Uma leso excisional foi feita e os animais foram mortos 7 ou 14 dias depois. Os grupos tratados receberam uma dose diria de 5 ou 10 mg/kg/dia de celecoxibe a partir de dois dias antes da leso at 7 dias aps a leso, quando foram mortos. O peso corporal foi maior no grupo DIO comparado aos grupos C e DR. A gordura retroperitoneal foi maior no grupo DIO do que nos grupos C e DR e foi maior no grupo DR do que no grupo C. O tratamento com o celecoxibe no alterou o maior peso corporal apresentado pelo grupo DIO ou a maior porcentagem de gordura retroperitoneal apresentada pelos grupos DIO e DR. Todos os grupos tratados com celecoxibe 10 mg apresentaram atraso na cicatrizao e no foram mais analisados. O grupo DIO apresentou intolerncia a glicose, e ambos os grupos DIO e DR apresentaram atraso na contrao e na reepitelizao da leso. O tratamento com celecoxibe 5 mg reverteu a intolerncia a glicose no grupo DIO e a contrao atrasada nos grupos DIO e DR. Comparado ao grupo DR, o grupo DIO apresentou maior quantidade de clulas inflamatrias, assim como maiores nveis de peroxidao lipdica. O tratamento com celecoxib (5 mg) no reduziu o nmero de PMN, mas reduziu o nmero de mastcitos no grupo DIO, o nmero de macrfagos e a peroxidao lipdica em ambos os grupos. A diferenciao miofibroblstica e o remodelamento dos vasos foram atrasados em ambos os grupos DIO e DR. O tratamento com celecoxibe 5 mg aumentou a diferenciao miofibroblstica, mas no alterou os vasos sanguneos. A quantidade de hidroxiprolina foi semelhante nos grupos DIO e DR. O tratamento com celecoxibe 5 mg aumentou a quantidade de hidroxiprolina em todos os grupos. A quantidade de nitrito foi menor no grupo do que no grupo DR. A expresso de TNF-&#945; foi aumentada no grupo DIO comparada ao grupo DR. Nossos resultados mostraram que os ratos DIO assim como os ratos DR apresentam retardo na cicatrizao cutnea devido principalmente a intensa inflamao, e a baixa dose de celecoxibe acelerou o reparo cutneo nestas condies.

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Camundongos C57BL/6 machos com oito semanas de idade alimentados com diferentes dietas durante 16 semanas: de alta densidade energtica (ADE, 26% das calorias de carboidrato, 60% de gordura e 14% de protena) ou dieta padro (CO, 76% das calorias de carboidrato, 10% de gordura e 14% de protena). Comparado ao grupo CO, o grupo ADE apresentou maior ganho de massa e maior depsito de tecido adiposo, bem como maiores nveis plasmticos de triglicerdeos, LDL-c, ALT, AST e fosfatase alcalina e com maiores nveis de corticosterona plasmtica, glicose de jejum e insulina com uma consequente resistncia insulina (avaliado pelo HOMA-IR). No TOTG, a glicose plasmtica aumentou ao mximo aps 15 min. da administrao de glicose oral em ambos os grupos. Entretanto os nveis de glicose foram maiores no grupo ADE que no grupo CO (P<0.0001). O clearance de glicose no grupo ADE foi reduzido, permanecendo aumentado aps 120 min. (P<0.001), caracterizando intolerncia a glicose no grupo ADE. O teste intraperitoneal de tolerncia insulina mostrou uma rpida reduo na glicose plasmtica aps 15 minutos da administrao de insulina em ambos os grupos, mas significativamente aumentada no grupo ADE (P<0.0001), permanecendo desta forma at os 120 min. aps a administrao. Concluindo, camundongos C57BL/6 respondem a dieta ADE desenvolvimento os sinais e sintomas associados sndrome metablica observada em humanos. Por conseguinte, este modelo animal poder ajudar-nos a compreender melhor as alteraes em rgos alvos associadas com a sndrome metablica, assim como a possibilidade de tratamentos diferentes.

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Nesta dissertao, foram estudadas a preparao e a caracterizao debionanocompsitos base de gelatina e magnetita. Sacarose foi empregada comoagente de reticulao e gelatina tipo A e gelatina tipo B foram comparadas nautilizao para a preparao das microesferas por meio de emulso gua-em-leo.As microesferas foram caracterizadas por VSM, DSC, TGA, FTIR, testes deinchamento, espectroscopia de absoro atmica, microscopia tica e microscopiaeletrnica de varredura. Um planejamento de experimentos variando-se aconcentrao de gelatina e de sacarose, a temperatura e a velocidade de agitaofoi realizado a fim de encontrar quais parmetros influenciam o dimetro dasmicroesferas. A concentrao de gelatina e velocidade de agitao foram osparmetros diretamente associados com os tamanhos de partculas. A distribuiode tamanho das partculas revelou que o dimetro das microesferas variou de 5 a 60micrmetros, com predominncia na faixa de 11 a 30 micrmetros. A extenso dareticulao foi aumentada com o aumento do tempo de aquecimento na etapa depreparao das microesferas. Todos os bionanocompsitos apresentaramsuperparamagnetismo. Os resultados mostraram que no h diferena significativa entre a utilizao de gelatina do tipo A e gelatina do tipo B. Alm disso, o estudo de reticulao degelatina revelou que, ao contrrio do que diz a literatura, a sacarose no umagente de reticulao para as cadeias proteicas, pois no foram encontradasevidncias de uma reao qumica entre a sacarose e gelatina

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O boto-cinza (Sotalia guianensis Van Bendn, 1864) um pequeno cetceo da famlia Delphinidae. Ocorre em guas costeiras da Amrica do Sul e Central, associado ambientes estuarinos, s baas e reas protegidas. Estudos sobre hbitos alimentares so importantes para avaliar os padres de relao entre presa e predador. Desta forma, o conhecimento da composio da dieta do predador pode fornecer informaes a respeito de sua distribuio, padres de migrao e de seu comportamento, alm de contribuir com informaes sobre a biologia e comportamento de suas presas. Neste trabalho, so abordados aspectos da ecologia alimentar do boto-cinza da Baa de Sepetiba, com o objetivo de caracterizar a dieta e compar-la em relao ao sexo, classe etria e estaes do ano, a partir da anlise do contedo estomacal de 76 botos-cinza encalhados entre 2005 e 2011. Os itens alimentares recuperados dos estmagos como otlitos e ossos de peixes, bicos de cefalpodes, carapaas de crustceos, foram identificados baseando-se em trabalhos de identificao e em uma coleo de referncia. O comprimento e biomassa das presas foram estimados com o uso de equaes de regresso encontradas na literatura para estas espcies. As amostras foram separadas em machos adultos, fmeas adultas e juvenis, e em estaes quente/chuvosa (out-abr) e fria/seca (mai-set), em que os estmagos foram recuperados. Um total de 1800 presas foi identificado, relativo a 23 espcies de telesteo, quatro espcies de cefalpode e trs de crustceo. O boto-cinza da Baa de Sepetiba apresentou uma dieta tipicamente piscvora, com um hbito alimentar no qual, poucas espcies foram consumidas em alta frequencia. Todas as presas identificadas tm distribuio costeira sendo a maioria estuarina de pequeno porte ou juvenil. As presas mais importantes na dieta do boto-cinza, segundo o ndice de importncia relativa (IIR), foram Cetengraulis edentulus; Micropogonias furnieri; Mugil spp.; Chloroscombrus chrysurus; Cynoscion jamaicensis; Stellifer sp.; e Sciadeichthys luniscutis. Dentre os cefalpodes, a lula Doryteuthis plei foi presa mais importante. Este estudo indica que o boto-cinza apresenta variaes intra-especficas no seu hbito alimentar entre fmeas adultas, machos adultos e juvenis, alm de variaes sazonais na composio de sua dieta. A partir do conhecimento do comportamento e hbito de suas presas, pode-se concluir que, Sotalia guianensis da Baa de Sepetiba se alimenta ao longo de toda a Baa, alm de utilizar reas costeiras prximas para atividades de alimentao e forrageio.

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A dieta hiperlipdica (high-fat, HF) materna durante a gestao e/ou lactao aumenta a susceptibilidade da prole para o desenvolvimento de doenas crnicas na fase adulta. Verificar a hiptese que a ingesto materna de dieta HF nos perodos crticos de desenvolvimento (gestao e/ou lactao) predispe doena no alcolica do fgado gorduroso e alteraes pancreticas e no tecido adiposo de camundongos machos adultos. Camundongos C57BL/6 fmeas receberam durante a gestao e/ou lactao dieta padro (standard chow, SC) ou HF. Filhotes machos foram divididos em cinco grupos: SC provenientes de mes SC; G provenientes de mes HF durante a gestao; L provenientes de mes HF durante a lactao; GL/HF provenientes de mes HF durante a gestao/lactao, mantendo a mesma dieta HF no perodo ps-natal (do desmame aos 3 meses deidade); GL provenientes de mes HF durante a gestao/lactao trocando a dieta para SC no perodo ps-natal (do desmame aos 3 meses deidade). Foi analisada ao longo do experimento a massa corporal da prole. No sacrifcio (3 meses), o fgado, o pncreas e a gordura epididimria foram removidos, pesados e processados e o sangue foi coletado para anlise bioqumica. Ao nascimento e ao desmame, filhotes GL/HF foram mais pesados (+6% e +44%, p<0,05, respectivamente) que os filhotes SC. Os filhotes G apresentaram resistncia insulina e menor expresso do transportador de glicose no fgado (GLUT-2). A esteatose heptica foi observada nos grupos G, L, GL e principalmente nos filhotes do grupo GL/HF. A expresso heptica da protena ligante de elementos regulatrios de esteris (SREBP-1c) estava aumentada nos filhotes G, GL e GL/HF. Os filhotes G, GL e GL/HF apresentaram hipertrofia da ilhota pancretica e dos adipcitos quando comparados com o grupo SC. O consumo de dieta HF durante a gestao mostra-se ser o perodo mais prejudicial para os filhotes adultos de camundongos. A programao metablica por dieta HF leva ao remodelamento adverso do fgado, do pncreas e do tecido adiposo

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Esta tese composta por quatro artigos que permitiram avaliar o impacto do consumo de alimentos fora do domiclio na dieta e no peso corporal da populao brasileira. O primeiro artigo revisou de forma sistemtica as evidncias cientficas da associao entre alimentao fora do domiclio e peso corporal com abordagem crtica dos artigos publicados na literatura. Foram avaliados 28 artigos e os resultados sugeriram uma associao positiva entre o consumo de alimentos fora do domiclio e o ganho de peso. A reviso mostrou que uma das limitaes nessa rea a ausncia de padronizao nas definies e mtodos de avaliao do consumo de alimentos fora do domiclio. Para o desenvolvimento dos demais artigos, utilizou-se dados do Inqurito Nacional de Alimentao (INA) do Brasil, uma subamostra da Pesquisa de Oramentos Familiares (POF) 2008-2009, com o objetivo de caracterizar o consumo de alimentos fora do domiclio da populao brasileira (artigo 2) e investigar a associao entre alimentao fora do domiclio e ingesto total de energia (artigo 3) e peso corporal (artigo 4). As anlises foram realizadas com os dados de consumo de alimentos coletados por meio de registro alimentar de 34.003 indivduos acima de 10 anos em dois dias no-consecutivos. Os registros incluram descrio detalhada dos alimentos e quantidade consumida, tipo de preparao, horrio e local de consumo (dentro ou fora do domiclio). Alimentao fora do domiclio foi definida como todo alimento adquirido e consumido fora de casa. O primeiro dia de registro foi utilizado nas anlises, considerando o peso amostral especfico do INA e o efeito do desenho amostral. O consumo de alimentos fora do domiclio no Brasil foi reportado por 40% dos entrevistados; diminuiu com a idade e aumentou com a renda em todas as regies brasileiras; foi maior entre os homens e na rea urbana. Os grupos de alimentos com maior percentual de consumo fora de casa foram bebidas alcolicas, salgadinhos fritos e assados, pizza, refrigerantes e sanduches. Entre indivduos residentes nas reas urbanas do Brasil (n=25.753), a mdia de energia proveniente dessa alimentao foi 337 kcal, representando 18% do consumo total de energia. Alimentao fora do domiclio foi positivamente associada ao consumo total de energia. Avaliando somente adultos entre 25 e 65 anos de idade das reas urbanas (n=13.736) no foi encontrada associao entre o consumo de alimentos fora do domiclio e ndice de Massa Corporal (IMC). Indivduos que consumiram alimentos fora do domiclio apresentaram menor ingesto de protena; maior ingesto de gordura total, gordura saturada e acar livre; menor consumo de arroz, feijo e leite e maior consumo de salgadinhos fritos e assados, doces e acar, refrigerantes e bebidas alcolicas do que no consumidores. Apesar da ausncia de associao entre alimentao fora de casa e excesso de peso, o consumo de alimentos fora do domiclio influencia a qualidade da dieta dos indivduos e em longo prazo pode ter um impacto no ganho de peso da populao, portanto, deve ser considerado nas aes de sade pblica voltadas para a melhoria da alimentao dos brasileiros.

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O presente estudo analisou o contedo digestrio de 221 indivduos de seis espcies de peixes, do reservatrio de Ribeiro das Lajes (Pira-RJ), sendo 44 exemplares da espcie Loricariichthys castaneus, 56 de Parauchenipterus striatulus, 46 de Metynnis maculatus, 40 de Astyanax bimaculatus, 31 de Astyanax parahybae e 4 de Rhamdia quelen. O intuito foi o de estabelecer suas dietas, atravs do emprego do ndice de importncia alimentar (IAi), verificar a existncia de diferenas na alimentao entre pocas seca e chuvosa e ainda as suas relaes trficas no ambiente aqutico em questo. No foram observadas grandes alteraes da dieta das espcies estudadas entre pocas do ano. Foi evidenciada uma utilizao de recursos alimentares semelhantes entre as espcies, que puderam ser divididas em dois grupos: um composto por espcies de hbitos onvoros com tendncia a insetivoria e que empregaram recursos alctones em suas dietas, formado por A. bimaculatus, A. parahybae e P. striatulus e outro contendo L. castaneus, R. quelen e M. maculatus que apresentaram uma maior amplitude de itens ingeridos, sendo muitos itens associados ao substrato e alguns a coluna dgua. Existiu uma sobreposio alimentar entre as espcies onvoras, todavia a ampla disponibilidade de recursos alimentares passveis de serem explorados pelos peixes no reservatrio faz com que esta sobreposio no se converta em possvel competio por alimentos. Alm disso, as espcies exploraram secundariamente itens alimentares diferenciados em suas dietas.