5 resultados para Cervix uteri Cancer Diagnosis

em Universidade Federal do Pará


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Um dos problemas enfrentados pelos médicos na assistência a doentes com câncer refere-se aos dilemas relacionados à comunicação sobre a doença, especialmente pela associação ainda presente no imaginário social à idéia de morte e sofrimento, conferindo ao diagnóstico uma importante dimensão simbólica. Interpretado como uma construção social, o tema do diagnóstico do câncer é analisado com base na experiência de médicos que atuam no Hospital Ophir Loyola (PA), referência estadual no tratamento do câncer, compreendendo um total de 20 informantes, que concordaram em participar de entrevistas cujo enfoque era a comunicação sobre o diagnóstico, incluindo o enunciado inicial da doença e as informações dele derivadas. Por meio de uma abordagem sócio-antropológica, são analisadas diferentes variáveis, do doente, do médico, da família e da doença, incluindo algumas particularidades referentes aos contextos público e privado. Os dados sugerem que a relação do médico com o doente é influenciada pela condição de classe, com determinantes sócio-históricos e culturais, que tornam a comunicação um fenômeno complexo, agravado pelo limitado acesso aos serviços de saúde, contribuindo para que grande parte dos doentes já cheguem ao Hospital sem possibilidade de cura. Os resultados obtidos evidenciaram que, na realidade pesquisada, a influência da família no processo de decisão foi relevante para determinar os limites entre o dizer e o não dizer sobre a doença, incluindo o enunciado do diagnóstico e do prognóstico. A perda da esperança foi freqüentemente citada como um requisito para a não divulgação de informações, especialmente nos casos em que a doença está em uma fase avançada, havendo um maior silenciamento à medida que a doença progride.

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Esta dissertação, fruto de uma experiência pessoal e profissional com a arte e do interesse por estudos e ações na área da oncologia, consistiu numa pesquisa-intervenção baseada em fundamentos da fenomenologia e da arteterapia gestáltica, que teve a finalidade de identificar contribuições da arteterapia no cuidado de mulheres em tratamento do câncer de mama, a partir dos significados atribuídos pelas participantes à experiência com o fazer criativo. A importância desse estudo esteve relacionada à necessidade de ampliação de estratégias terapêuticas voltadas para a promoção da saúde de indivíduos em tratamento do câncer. Por isso foi levada em consideração a existência de fatores psicossociais geradores de conflitos e sofrimentos para as mulheres durante o período de diagnóstico e tratamento da doença, bem como a condição feminina de submissão e enfrentamento do câncer de mama durante a história. Além disso, o trabalho fez referência às funções terapêuticas da arte e a importância da arteterapia em oncologia. A pesquisa foi realizada no Núcleo de Acolhimento do Enfermo Egresso - NAEE, onde se aplicou a metodologia denominada de Oficina Criativa, constituída pelas etapas de sensibilização, expressão livre, elaboração da expressão, transposição da linguagem e avaliação. Para a coleta de dados foram utilizados os discursos e as criações das mulheres. Participaram 7 mulheres que estavam em tratamento para o câncer de mama, de 8 sessões de arteterapia, nas quais realizaram vivências corporais e atividades expressivas. A análise do tipo qualitativa constituiu-se com base nas expressões manifestas pelas informantes através da linguagem verbal e plástica durante a criação. O ambiente permeado pela escuta e acolhimento, favorecidos durante as oficinas, interpôs o processo terapêutico desta pesquisaintervenção, contribuindo para a resposta das mulheres em relação à experiência nas oficinas. Foi possível identificar uma riqueza de contribuições da arteterapia para o cuidado de mulheres com câncer de mama, no que se referiu a possibilidade de interação com o outro, ao desenvolvimento da capacidade de expressão, significação e ressignificação do vivido através do contato com o próprio potencial criativo e da aquisição de uma postura mais ativa das participantes para enfrentar as dificuldades da vida.

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O HPV (Papilomavírus humano) foi apontado pela OMS (Organização Mundial de Saúde - WHO) como principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de colo uterino, tornando-se assim um importante e gravíssimo problema de saúde pública, especialmente nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. A precocidade das atividades sexuais, múltiplos parceiros e sexo casual, o tabagismo, a imunossupressão (por exemplo, na população de pacientes aidéticos), gravidez, doenças sexualmente transmissíveis prévias como herpes e clamídia, além do não cumprimento das medidas já adotadas como prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), como por exemplo, o simples uso de preservativos, está reconhecidamente associado à incidência da infecção por HPV. Essa pesquisa teve como objetivo avaliar o desempenho diagnóstico das metodologias de citologia convencional (Exame de Papanicolau) em relação à citologia em base líquida, além de determinar a prevalência dos genótipos 16 e 18 do HPV em mulheres sem efeito citopático compatível com HPV e relacionar a presença de quadros inflamatórios, associados ou não ao HPV, com dados epidemiológicos como idade, escolaridade, condição sociocultural de mulheres provenientes do município de Barcarena – Pará – Brasil. Para tanto, participaram deste estudo, voluntariamente, 50 mulheres atendidas na Unidade de Saúde de Barcarena – Pará, através de campanha para coleta de Exame de Papanicolau como método de prevenção de câncer do colo do útero. Estas mulheres receberam informações referentes a todos os procedimentos realizados pelo corpo de saúde deste estudo e aos resultados desta pesquisa e somente após as voluntárias terem assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as mesmas foram incluídas para as coletas de amostras. As análises e os resultados dos testes de citologia de base líquida e convencional foram realizados segundo a Classificação de Bethesda e revisados cegamente por dois citopatologistas. Para a análise estatístca foi utilizado o teste exato de Fisher e o "Screening Test" visando determinar a especificidade/ sensibilidade dos métodos, considerando significativo o valor de p ≤ 0,05. Como resultado, observamos que o uso da citologia de base líquida tem demonstrado uma série de vantagens em relação à citologia convencional. No diagnóstico molecular (PCR) foram observadas ocorrências de HPV dos tipos 16 e 18 em 10% das mulheres atendidas. Dentre os casos que apresentaram PCR positivo para os tipos 16 ou 16/18 a maioria das mulheres tinham 27,4 anos de idade em média; com maior escolaridade; que exercem atividades domésticas e rurais; e com ocorrências de co-infecção por agentes infecciosos causadores de outras doenças sexualmente transmissíveis. Os resultados obtidos neste estudo reforçam a importância da manutenção de campanhas gratuitas de prevenção do câncer de colo do útero como uma medida preventiva no combate desta doença, principalmente no Estado do Pará onde, provavelmente, o perfil epidemiológico da doença está associado às grandes distâncias que as mulheres de comunidades ribeirinhas têm que percorrer para realizar este exame de forma gratuita; ao tipo de atividade econômica da região; ao preconceito local ainda existente com o exame; e ao grau de dificuldade de implementação de ações efetivas de retorno das pacientes às consultas médicas após a obtenção do resultado do exame e mesmo o encaminhamento para diagnóstico molecular dos casos positivos para lesões do tipo ASC-H e NIC I, II e III.

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Com a finalidade de contribuir para um melhor conhecimento do eventual papel do Papilomavirus humano (HPV) na etiopatogênese do câncer cervical na região norte do Brasil, estudou-se a prevalência do vírus em 228 mulheres portadoras de lesões de cérvix uterina, atendidas no Instituto Ofir Loiola (IOL), em Belém, Pará, no período de março de 1992 a maio de 1996. As pacientes foram submetidas à biópsia de colo uterino, sendo o material coletado encaminhado para histopatologia e pesquisa de HPV por diferentes técnicas laboratoriais. Para fins de análise, as participantes foram distribuídas em 3 grupos, de acordo com o diagnóstico histopatológico. O grupo A foi constituído de 155 mulheres com carcinoma epidermóide invasor ou adenocarcinoma, o grupo B de 54 portadoras de neoplasia intraepitelial cervical grau II ou III (NIC II e NIC 111) e o C, de 19 pacientes com cervicite crônica. Pelas técnicas de PCR e hibridização por dot-blot, registraram-se prevalência de HPV em 70,3%, 63,0% e 36,8% das mulheres reunidas nos grupamentos A, B e C, respectivamente. O tipo de HPV predominante foi o 16, que representou 60,4% das amostras positivas do grupo A e 54,5% daquelas do grupo B. Os HPV tipo 16, 18 e 33 representaram 71,4% dos detectados no grupo C. Em 155 das 228 amostras testadas por PCR, realizou-se também a técnica de hibridização in situ (HIS) com sondas para detectar HPV 6/11, 16/18 e 31/33/35. A prevalência de HPV registrada por essa técnica foi de 17,4%, enquanto que por PCR observou-se, nas mesmas amostras, percentual Positivo de 65,2%. No que diz respeito a outros fatores, também tidos como implicados no desenvolvimento de carcinomas e lesões precursoras em cérvix uterina, verificou-se que cerca de 40% das mulheres dos grupos A e B admitiram iniciação sexual precoce (com 15 anos ou menos). Entretanto, a grande maioria referiu de 1 a 3 parceiros, não caracterizando comportamento sexual promíscuo. Os dados aqui apresentados, a exemplo do que se registrou em outros estudos conduzidos em diversas áreas geográficas, sustentam a hipótese de que o HPV desempenha um importante papel na etiologia dos carcinomas de colo uterino e neoplasias intraepiteliais cervicais. Contudo, investigações adicionais e mais amplas devem ser realizadas, com vistas a uma melhor compreensão das características epidemiológicas da infecção por HPV na Região Amazônica.

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Background and Objectives — Considering the high prevalence of stomach cancer in the northern region of Brazil and the recognized relationship between chronic gastric inflammation caused by Helicobacter pylori, and its carcinogenic potential, the objective we had with this study was to investigate the presence of the microorganism in macro and microscopic presentations of neoplasm in different regions of the stomach, and in non-malignant lesions concomitant to the adenocarcinoma in patients originating from the metropolitan area of Belém (State of Pará, Brazil). Methods - Examinations were made on 172 patients divided into two groups: group I, formed by 75 patients with gastric carcinoma, and group II, formed by 97 patients with mild enanthematic gastritis, considered control group. The diagnosis was obtained during endoscopic examination and the respective biopsy. Gastric neoplasms were classified macroscopically in accordance with Borrmann's classification, and microscopically in accordance with Laurén's classification. In group I, 54 patients were male and 21 female while in group II, 22 patients were male and 75 female. The average age in group I was 61.2 years (range 27 to 86 years), while in group II it was 37.5 years (range 16 to 69 years). Thin sections were prepared and stained using the hematoxylin-eosin method. In the Helicobacter pylori research, the modified Gram stain was utilized. Statistical analysis was done by utilizing the chi-squared (c 2) test, Mann-Whitney test (U), and Fisher's exact test. Results - The results showed the detection of Helicobacter pylori were significantly greater in patients with mild enanthematic gastritis than in patients with gastric carcinoma. The presence of Helicobacter pylori in patients with gastric carcinoma and mild enanthematic gastritis was significantly greater in the antral region than in other gastric regions. Helicobacter pylori detection in patients with gastric carcinoma did not present a significant difference in relation to the macroscopic aspect of the tumor either intestinal or diffuse histological types. Conclusions - These data suggest the presence of the bacteria is predominant in the antral region and it does not show relation with the macroscopic types or histological intestinal or diffuse types of gastric carcinoma.