148 resultados para BIOLOGIA CELULAR

em Universidade Federal do Pará


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Evidncias crescentes na literatura tm sugerido papel importante para os fatores ambientais, como a exposio a pesticidas, na patognese da doena de Parkinson. Em animais experimentais, a exposio rotenona, um pesticida e piscicida de uso comum, induz caractersticas de parkinsonismo atravs da inibio do complexo I mitocondrial. O objetivo deste estudo foi investigar a morte de neurnios induzida por rotenona utilizando culturas primrias mistas neurnio/glia derivadas de hipocampo e de mesencfalo ventral de ratos, bem como o papel do Ca2+ na neste modelo experimental e a utilizao de extrato aquoso de folhas de mogno com substncias com alto poder antioxidante. A perda neuronal foi analisada com ensaios colorimtricos (MTT e LDH). Nossos resultados mostraram significativa reduo na viabilidade celular aps exposio rotenona de maneira dependente de concentrao, mas no dependente de tempo. Foi observada igual e elevada suscetibilidade em culturas mistas neurnio/glia derivadas de hipocampo e de mesencfalo ventral ao agente neurotxico. Em termos mecanicsticos, nossos resultados mostraram um papel discreto desempenhado pelo Ca2+ mitocondrial na neurodegenerao induzida por rotenona. Alm disso, neste paradigma utilizado, verificamos que o extrato aquoso de folhas de mogno no promoveu proteo contra a toxicidade da rotenona, na concentrao testada; ainda, promoveu efeito sinrgico em associao com rotenona. Verificou-se ainda que a rotenona, bem como o extrato de mogno promoveu induo de morte celular tanto por necrose quanto por apoptose, nas concentraes utilizadas. Os resultados deste estudo devem avanar nosso conhecimento sobre o mecanismo de ao de fatores ambientais na patognese da doena de Parkinson.

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O mercrio um metal que se destaca dos demais por se apresentar lquido em temperatura e presso normais. Este xenobitico se apresenta como a maior fonte de poluio em vrias partes do mundo e tem como caracterstica ser altamente txico ao Sistema Nervoso Central (SNC). O despejo na forma lquida diretamente no solo e leito dos rios. Este metal pesado complexado com vrios elementos presentes no solo ou sedimentos sendo convertido metilmercrio (MeHg) pela microbiota aqutica. O MeHg apresenta a capacidade de se acumular ao longo da cadeia trfica, um evento conhecido como biomagnificao, o qual afeta diretamente a vida humana. Nesse sentido, a Regio Amaznica se destaca por possuir todos os componentes necessrios para a manuteno do ciclo biogeoqumico do mercrio, alm de populaes cronicamente expostas a este metal pesado, sendo este fato considerado um problema de sade pblica. Tem-se conhecimento que este xenobitico aps a exposio aguda a altas doses promove desordens relacionadas ao surgimento de processos degenerativos no SNC, entretanto, os efeitos a baixas concentraes ainda no so totalmente conhecidos. Nesse sentido, se destacam as clulas gliais que atuam como mediadores no processo de neurotoxicidade desse metal, principalmente em baixas concentraes. Apesar de este tipo celular exibir um importante papel no processo de intoxicao mercurial, a ao deste metal sobre as clulas glias pouco conhecida, principalmente sobre o genoma e a proliferao celular. Desta forma, este trabalho se prope a avaliar o efeito da exposio a este xenobitico em baixa concentrao sobre o material gentico e a proliferao celular em clulas da linhagem glial C6. As avaliaes bioqumica (atividade mitocondrial medida pelo ensaio de MTT ) e morfofuncional (integridade da membrana avaliada pelo ensaio com os corantes BE e AA ) confirmaram a ausncia de morte celular aps a exposio ao metal pesado na concentrao de 3 M por um intervalo de 24 horas. Mesmo sem promover processos de morte celular, o tratamento com esta concentrao subletal de MeHg foi capaz de aumentar significativamente os nveis dos marcadores de genotoxicidade (fragmentao do DNA, formao de microncleos, pontes nucleoplsmica e brotos nucleares). Ao mesmo tempo, foi possvel observar uma alterao no ciclo celular atravs do aumento do ndice mittico e uma mudana no perfil do ciclo celular com aumento da populao celular nas fases S e G2/M, sugerindo um aprisionamento nessa etapa. Esta mudana no ciclo celular, provocada por 24h de exposio ao MeHg, foi seguida de uma reduo no nmero de clulas viveis e confluncia celular 24h aps a retirada do MeHg e substituio do meio de cultura, alm do aumento no tempo de duplicao da cultura do mesmo. Este estudo demonstrou pela primeira vez que a exposio ao metilmercrio em concentrao baixa e subletal capaz de promover eventos genotxicos e distrbios na proliferao celular em clulas de origem glial.

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Em 2025 o nmero de idosos no mundo ir dobrar e por volta de 2050 alcanar dois bilhes de indivduos, estando a maioria em pases desenvolvidos. A doena de Alzheimer (DA) a quarta doena que mais compromete a qualidade de vida dos idosos. Este trabalho pretende sugerir novas metodologias de avaliao de pacientes com declnio cognitivo e doena de Alzheimer, apresentando uma verso brasileira a partir da verso original em lngua inglesa intitulada Test Your Memory TYM (teste sua memria- TSM), bem como mostrar os resultados do desempenho dos idosos na bateria de testes neuropsicolgicos de Cambridge (CANTAB). Trata-se de estudo analtico, transversal retrospectivo do tipo caso-controle, realizado em pacientes do ambulatrio de Geriatria do Hospital Universitrio Joo de Barros Barreto, e em voluntrios da comunidade no perodo de janeiro de 2009 a janeiro de 2011. Participaram 95 indivduos com 65 ou mais anos de idade, divididos em 3 grupos: Alzheimer (DA, n=21), declnio cognitivo (DCL, n=31) e controle (n=43). Foram excludos pacientes com histria de acidente vascular enceflico (AVE), depresso primria, trauma cranioenceflico, outras demncias, outras patologias neuropsiquitricas e dficits visuo-auditivos limitantes. Os participantes foram submetidos avaliao inicial, triagem com GDS-5 e DSM-IV, ao Questionrio Internacional de Atividades Fsicas (IPAQ), testes neuropsicolgicos da bateria CERAD, teste do relgio, TSM (verso adaptada para o Portugus) e a bateria de Alzheimer do CANTAB. A anlise estatstica foi realizada empregando-se ANOVA, um critrio, definindo-se o valor p<0,05 como significante. Houve predomnio em todos os grupos de indivduos do gnero feminino, de cor parda, na faixa etria de 70 a 79 anos. A mdia de pontuao do MEEM entre os trs grupos foi diferente (controle: 26,62,2; DCL: 25,12,6; DA: 17,34,9; p<0,05), entretanto o TSM mostrou ser uma ferramenta de triagem mais confivel para distinguir os pacientes DCL dos DA (controle: 42,45; DCL: 35,57,7; DA: 25,78; p<0,01). Na lista de palavras do CERAD, teste do relgio, TNBR e na fluncia verbal fonolgica os trs grupos apresentaram diferenas significantes na mdia de pontos obtidos. A mdia da pontuao total no TSM foi significativamente menor nos grupos DCL e DA do que no grupo controle, e no grupo DA em relao ao DCL. Os testes e medidas do CANTAB que separam os trs grupos pelo desempenho obtido so: RVP A, nmero de tentativas para o sucesso e total de erros na fase de 6 figuras do PAL. Foram encontradas boas correlaes entre o TSM e outros testes, principalmente com o MEEM (Coeficiente de Pearson, r = 0,79; p<0,0001) e teste do relgio (r = 0,76; p<0,0001), bem como boa correlao entre as medidas do PAL e a pontuao do TSM e o MEEM. O nvel de atividade fsica no grupo controle foi maior do que em todos os outros grupos. Ao ser correlacionado o nvel de atividade fsica e o desempenho nos testes cognitivos, no foram observadas diferenas significativas nos diferentes grupos, exceto pela evocao de palavras no grupo DCL. Tomados em conjunto os resultados sugerem que a aplicao de testes neuropsicolgicos automatizados associados aos testes da rotina clnica e ao TSM aumentam a resoluo e a confiabilidade das anlises particularmente no estgio inicial das sndromes demenciais onde a precocidade e a preciso diagnstica so fundamentais para orientar as aes teraputicas, sejam elas medicamentosas e/ou comportamentais.

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A desnutrio, altamente prevalente em pases em desenvolvimento, um mau antigo que aflige a humanidade. Apresenta-se como um estado de deficincia alimentar, com dficit global de protenas e calorias, provocando menor aporte de nutrientes s clulas. Alguns estudos tm mostrado evidncias de interao entre desnutrio e estresse oxidativo, ocasionado pelo acmulo de espcies reativas de oxignio que causam danos estrutura das biomolculas em decorrncia da desregulao entre a produo de oxidante e a depleo das defesas antioxidantes. Nesse estudo foi avaliada a utilizao da farinha instantnea de amaranto adicionada de arroz na proporo de 30/70% como suplemento alimentar da dieta de base do paraense usada como modelo de induo da desnutrio experimental em ratos sobre o estresse oxidativo dos animais desnutridos comparados aos controles e aos tratados com a dieta suplementada. A dieta modelo de desnutrio (DBR-PA) foi confeccionada respeitando-se as quantidades dos alimentos consumidos rotineiramente pela populao do Par, segundo inqurito alimentar realizado na dcada de 70 por pesquisadores da Universidade Federal do Par, enquanto que, a dieta utilizada como tratamento foi elaborada adicionando-se a DBRPA 30% da farinha de amaranto. As anlises da composio centesimal e o perfil de aminocidos foram realizados de acordo com as normas do Instituto Adolfo Lutz (1995) e por espectrofotometria atmica. A dieta controle foi utilizada na forma que comercializada. Para realizao do estudo utilizou-se animais no ps parto imediato de mes alimentadas na gestao com dieta controle para ratos (22% de protenas), com peso mnimo de 6 g ao nascer. No ps parto imediato as ratas mes foram divididas em 3 grupos a saber: grupo controle (22% de protenas); grupo desnutridos (DBR-PA contendo 7,8% de protenas) grupo 3 tratados (DBR-PA+AA) suplementada com a farinha instantnea de amaranto contendo 11,33%). No ps desmame os animais foram separados e em gaiolas individuais receberam a dieta materna especfica de cada grupo at os 60 dias de vida, quando foram sacrificados e realizada a coleta de sangue para as dosagens bioqumicas (colesterol total e fraes, valores hemogramas (hematimetria, leucograma e plaquetas), nveis de peroxidao lipdica e atividade da catalase. Aps a coleta do sangue os animais foram submetidos exerese do fgado para posterior anlise histopatolgica. Os resultados revelaram que a dieta indutora da desnutrio um modelo de desnutrio grave comum na regio norte, hipoproteica, normocalrica, com aminocido limitante (metionina), promoveu perda de peso nos animais desde o perodo de aleitamento com acentuado perda de peso nas ratas me e nos filhotes aos desmame (21 dias), aos 28 e 60 dias de vida (p <0,05) quando comparados aos animais tratados com amaranto e aos controles. A dieta suplementada com a farinha extrusada de amaranto promoveu ganho de peso no perodo do aleitamento tanto nas ratas mes (p<0,05) como nos filhotes a partir do 14 dias de uso da mesma ( p<0,05), aos 21 dias (desmame)(p<0,05) aos 28 ( p< 0,05)e 60 dias de vida (p<0,05). Os animais desnutridos consumiram mais dieta em todos os momentos avaliados quando comparados aos tratados e controles (p<0,05). No foi observada diferena entre os grupos nos valores bioqumicos de hematimetria, leucograma, plaquetas, colesterol total e fraes. Os nveis de peroxidao lipdica no apresentaram diferena estatstica entre os grupos. A atividade da catalase foi maior no grupo tratado com a suplementao da farinha de amaranto quando comparado aos desnutridos.Os animais tanto os tratados com amaranto como os desnutridos apresentaram esteatose heptica e processo inflamatrio dos hepatcitos.O estudo mostrou que a desnutrio imposta no ocasionou estresse oxidativo, porm a diminuio da atividade da catalase nos animais desnutridos pode ter sido ocasionado pela diminuio da sntese da catalase.

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A doena de Parkinson (DP) uma doena neurodegenerativa, que afeta principalmente neurnios dopaminrgicos da substncia negra que projetam para o estriado. A rotenona, um composto amplamente usado como pesticida, pode estar relacionada a influncias ambientais que aumentam o risco do aparecimento da DP. Estudo com anlise de danos no DNA, como o ensaio em eletroforese do cometa foi introduzido neste trabalho para uma melhor compreenso de efeitos neurotxicos da rotenona em modelo experimental da DP. O teste do cometa foi aplicado em neurnios provenientes de culturas mesenceflicas mistas de ratos expostas a diferentes concentraes em dois tempos de exposio, 24 e 48 horas. A mdia do ndice de dano dos cometas mostrou-se, segundo anlise estatstica, significativamente diferente em relao ao grupo controle em todas as concentraes de rotenona testadas e nas duas duraes analisadas. No entanto, na anlise comparativa do ndice de dano considerando o tempo de exposio para concentraes equivalentes, somente 20 e 30 nano molares demonstraram diferena significativa entre 24 e 48 horas de exposio. Este trabalho demonstrou que, nas condies empregadas, o teste do cometa detectou danos no material gentico sem alterao detectvel no teste de viabilidade celular pelo MTT (5 nM de rotenona por 24h), sugerindo que alteraes genotxicas podem anteceder alteraes de viabilidade celular em neurnios expostos rotenona. Entretanto, no possvel afirmar se tais alteraes possuem carter irreversvel ou no.

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A Doena de Parkinson (DP) uma das doenas neurodegenerativas mais comuns relacionadas com a idade, e apresenta sintomatologia com alteraes motoras clssicas que esto relacionadas com a degenerao dos neurnios dopaminrgicos da SNpc e a diminuio de dopamina no estriado. Modelos animais da DP so instrumentos importantes utilizados por pesquisadores para uma maior compreenso de mecanismos patolgicos envolvidos na doena e para a avaliao de possveis intervenes teraputicas. Tais modelos devem mimetizar algum aspecto da doena, como a degenerao dos neurnios dopaminrgicos nigrais. Neste contexto, o modelo da DP induzido pela injeo da neurotoxina 6- hidroxidopamina (6-OHDA) j se encontra bem estabelecido em ratos, mas necessita ainda de melhor caracterizao das alteraes comportamentais e leses no sistema nigro-estriatal em camundongos de diferentes linhagens a fim de que haja interpretaes confiveis quando o modelo for usado em testes teraputicos. O presente estudo teve como objetivo melhorar a caracterizao do modelo unilateral da DP com 6-OHDA em camundongos suos, avaliando alteraes comportamentais e o efeito sobre os neurnios dopaminrgicos da SNpc. Nesta investigao utilizou-se uma nica injeo intraestriatal unilateral de 6-OHDA, em duas diferentes concentraes da toxina: 5g/l e 10g/l. Os nossos resultados mostraram que ambas as concentraes utilizadas causaram perda severa de neurnios dopaminrgicos na SNpc, com uma mdia de 74,5% e 89,5% de per da, respectivamente. Esta perda apresentou uma correlao alta com o comportamento rotatrio induzido por apomorfina e uma correlao baixa com a ambulao no teste do campo aberto. Desta forma, injees intraestriatais de 5g/l ou 10g/l de 6-OHDA, em camundongos suos, reproduzem de forma efetiva o modelo animal unilateral da DP com 6-OHDA, podendo ser utilizadas de forma confivel em experimentos que visem a investigao de terapias farmacolgicas, celulares e/ou de neuroproteo para a DP.

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O mercrio um perigoso metal e uma importante fonte de contaminao ambiental no Brasil e sobretudo na Amaznia. O principal rgo-alvo deste metal o SNC onde causa danos que podem levar aos sintomas clssicos: ataxia, parestesia, disartria e alteraes no desenvolvimento do sistema nervoso de crianas. A contaminao mercurial nos rios amaznicos aumenta a quantidade encontrada nos peixes, principalmente os que esto no topo da cadeia alimentar, expondo dessa forma a populaes ribeiras intoxicao mercurial, uma vez que o peixe um elemento central na dieta dessas populaes. Por isso, fundamental o monitoramento peridico dos nveis de mercrio nas espcies de peixes consumidas nessa regio. Nosso trabalho se props a identificar os nveis de metilmercrio e mercrio inorgnico nas espcies de peixes mais consumidas pelas populaes ribeirinhas da regio do Tapajs e comparlos com os nveis encontrados em peixes da mesma espcie obtidos na regio de Belm. Alm disso, realizar uma comparao com os resultados obtidos por Dos Santos et al. (2000) e analisando os nvel atuais e os antigos. Os peixes foram coletados no mercado municipal de Itaituba, no Tapajs, e no mercado do Ver-o-peso, em Belm. Amostras de msculo de cada peixe foram liofilizadas e analisadas pela Universidad de Castilla-La Mancha (Espanha) para quantificao do metilmercrio e do mercrio inorgnico. Os resultados obtidos no presente trabalho mostraram que somente os peixes piscvoros da regio do Tapajs apresentam nveis de metilmercrio acima do limite preconizado pela OMS (0,5 g/g). Em todos todos os grupos do estudo, os nveis de mercrio inorgnico esto bem abaixo deste limite. A espcie mais contaminada foi a Brachyplatystoma flavicans (dourada) chegando a ultrapassar at cinco vezes o limite de tolerncia da OMS. Com nossos dados, pode-se dizer que os peixes da regio do Tapajs continuam atualmente expostos a altas concentraes de mercrio. As espcies no-piscvoras tiveram baixas concentraes de mercrio orgnico, sendo aptas para consumo humano. O presente estudo apoia a importncia do monitoramento continuado dos ambientes considerados expostos e no expostos na Amaznia. O conhecimento originado por este monitoramento fomentar definitivamente o desenvolvimento de estratgias de preveno e de aes governamentais perante o problema da contaminao mercurial na Amaznia.

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Muitos laboratrios de eletrofisiologia visual no possuem seus prprios valores de normalidade para o eletrorretinograma de campo total. Isto prejudica a confiabilidade dos diagnsticos de diversas doenas que afetam as vias visuais. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi estabelecer os valores normativos para o teste Eletrorretinograma de Campo Total para o Laboratrio de Neurologia Tropical (LNT) da Universidade Federal do Par (UFPA). Realizaram o eletrorretinograma 68 indivduos saudveis e sem queixas visuais divididos em trs grupos de acordo com a faixa etria: 36 indivduos pertenceram ao grupo 1 (entre 17 e 30 anos), 21 indivduos ao grupo 2 (entre 31 e 45 anos) e 11 indivduos ao grupo 3 (entre 46 e 60 anos). O protocolo de realizao do teste seguiu as recomendaes da ISCEV, com a utilizao de seis tipos de estimulao. Quatro aps adaptao escotpica e estimulao com intensidades de: 0,01 cd.s/m2 (resposta de bastonetes), 3,0 cd.s/m2 (resposta mista de cones e bastonetes e potenciais oscilatrios) e 10,0 cd.s/m2 (resposta mista adicional). Dois aps adaptao fotpica em fundo de 30 cd/m2: 3,0 cd.s/m2 (resposta de cones e Flicker 30Hz). Para a anlise dos resultados foram calculados os valores de amplitude e tempo implcito das ondas a e b obtidas em resposta a cada um dos seis tipos de estimulao utilizados. Estes valores foram descritos estatisticamente atravs da mediana, intervalos de confiana, 1 e 3 quartis, coeficiente de variao, mdia, desvio padro e valores mnimos e mximos. Os grupos de maior faixa etria apresentaram menores valores de amplitude e atraso no tempo implcito. A utilizao da transformada wavelet permitiu a melhor visualizao das ondas sem alterao de amplitude e tempo implcito. Portanto, os valores normativos obtidos podem servir como parmetros de normalidade confiveis para auxiliar o diagnstico de doenas retinianas.

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O xido Ntrico (NO-) uma molcula de sinalizao celular que regula o desenvolvimento embrionrio pr-implantacional. Ns investigamos o papel do NO- no cultivo de embries bovinos produzidos in vitro, atravs do uso de N-Nitro-L-Arginina Metil Ester (L-NAME), um inibidor da produo de NO-, e L-arginina (ARG), um precursor de NO-, em diferentes perodos de cultivo (ativao do genoma embrionrio e compactao). Foram avaliados seus efeitos sobre as taxas de desenvolvimento, cintica do desenvolvimento, qualidade embrionria, e expresso gnica. Os embries foram produzidos por maturao e fertilizao in vitro de ocitos aspirados de ovrios provenientes de abatedouro frigorfico. No experimento 1, as taxas de desenvolvimento foram avaliadas em SOFaa na presena de L-NAME em diferentes perodos: do 1 ao 4 dia de cultivo (LN1-4), do 4 ao 8 (LN4-8) e do 1 ao 8 dia de cultivo (LN1-8). A inibio foi prejudicial a partir do 4 dia de cultivo (grupos LN4-8 e LN1-8), ao reduzir as taxas de ecloso (17,3%13,44 e 13,7% 14,51, respectivamente, p<0,05). Entretanto, o efeito mais negativo ocorreu do 1 ao 8 dia (LN1-8) em que a taxa de blastocisto foi significativamente menor comparada ao controle (29,4%3,72 vs 47,8%11,34, respectivamente, p<0,05). Por isso no experimento 2, a ARG (1, 10 e 50mM) foi adicionada desde o 1 dia de cultivo. As taxas de blastocisto usando 1 e 10mM de ARG foram similares ao controle (48%13,03 e 34,2%3,92 vs 49,4%4,82, respectivamente, p>0,05), mas 50mM prejudicou a taxa de desenvolvimento embrionrio (10,7%7,24, p<0,001). No experimento 3, ARG a 1mM foi adicionada do 5 ao 8 dia de cultivo. Foram observadas taxas de desenvolvimento similares ao grupo GLN (somente com glutamina). Mas comparada ao controle (sem ambos os aminocidos), rendeu melhores taxa de ecloso (54,8%6,9 vs 41,4%11,47, respectivamente, p<0,05) e qualidade embrionria (84,8%2,63 vs 52%8,62, respectivamente, p<0,05), mas no de taxa de blastocisto (49,4%6,5 vs 49,4%4,8, respectivamente, p>0,05). Neste perodo a produo de NO- foi positivamente correlacionada com a taxa de ecloso (R=96,4%, p<0,001) e a qualidade embrionria (R=75,5%, p<0,05). Adicionalmente, embries foram cultivados na presena de L-NAME e ARG simultaneamente (grupo ARG/LN), do 5 ao 8 dia de cultivo, e os transcritos de OCT-4 e INT-t foram quantificados por PCR tempo real. Foi encontrada expresso similar de OCT-4 (p>0,05), mas reduo de 1,8x e 1,5x de INT-t em relao aos grupos controles ARG e GLUT (p<0,05), respectivamente. Esses dados fornecem evidncias da contribuio do NO-, principalmente no perodo entre os estgios de mrula e blastocisto, para a melhoria da ecloso e qualidade embrionria. A produo de NO- requerida para o desenvolvimento pr-implantacional de embries bovinos produzidos in vitro, e pode ser mediada pela suplementao do meio de cultivo com ARG.

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Foi estabelecido um modelo de imunossupresso em roedores por inoculao do agente alquilante Ciclofosfamida (CY). A administrao de 50 mg/kg de CY em ratos Wistar provocou uma significante diminuio dos parmetros de celularidade e peso relativo dos rgos linfides. Pela anlise da titulao de anticorpos, do ensaio sobre as clulas formadoras de placa e do teste de hemlise foi comprovada que a imunidade humoral dos roedores sofreu supresso. Foram realizadas quatro inoculaes desse imunossupressor e a periodicidade entre as inoculaes foi determinada pela recuperao dos nveis de normalidade dos parmetros supracitados. A alterao na contagem diferencial de clulas sanguneas brancas representou o maior efeito adverso da CY, observado nos parmetros de laboratrio analisados nos Cebus apella. Nas duas vezes que foi administrada a droga houve reduo no nmero de linfcitos e posteriormente diminuio de neutrfilos, porm somente na segunda foi observada a imunossupresso. Visto a proximidade filogentica dos primatas no humanos, este desenho experimental ser de suma importncia para o estudo de tumores em diversas fases do desenvolvimento e principalmente para testes de novos frmacos e esquemas teraputicos. Com relao s anlises de genotoxicidade da CY podemos concluir que em ratos Wistar, as administraes de CY aumentaram significativamente a freqncia de microncleos em eritrcitos policromticos (MN PCEs) e provocaram efeito citotxico (P<0.05). Em C. apella, os linfcitos do sangue perifrico, aps o tratamento com CY apresentaram um aumento significativo da media de MN/1000 clulas em relao aos linfcitos controle (P<0.05). A concentrao de CY de 50mg/kg, em C. apella, corresponde concentrao DL50 da droga, visto que 50% desses animais morreram durante o experimento de imunossupresso. At o desenvolvimento deste trabalho, no se conhecia a concentrao correspondente ao DL50 nessa espcie. Ao comparamos as duas espcies de animais utilizadas neste trabalho, os primatas no humanos tm uma recuperao imune mais rpida em relao aos ratos Wistar. Provavelmente a capacidade de metabolizao da droga seja mais eficaz em C. apella. Nossos resultados apiam, portanto, que os primatas no humanos constituem os melhores modelos experimentais devido a sua grande proximidade evolutiva e filogentica com o ser humano.

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A Alfa-galactosidase A (-Gal A) humana uma enzima lisossmica que quando deficiente causa a doena de Fabry. A doena de Fabry uma esfingolipidose cuja principal causa de morbi-mortalidade a insuficincia renal crnica (IRC). O objetivo deste estudo foi a implantao de um protocolo laboratorial que permita o diagnstico da doena de Fabry em plasma e leuccitos, alm da anlise das caractersticas cinticas da enzima -Gal A em plasma e busca ativa da doena em 25 indivduos com IRC de causa desconhecida. Tambm foram avaliadas a reprodutibilidade e a estabilidade do mtodo enzimtico. A padronizao dos ensaios foi realizada com o substrato fluorescente 4-metilumbeliferil--Dgalactopiranosdeo. A reprodutibilidade foi avaliada utilizando amostras de plasma aliquotadas a 4C, -20C e -70C, analisadas uma vez ao ms por 6 meses e a estabilidade da fluorescncia por at 24 horas aps o trmino do ensaio enzimtico. A padronizao permitiu a implantao de valores de referncia da -Gal A para o estado do Par, de 4 a 28 nmoles/h/mL (plasma) e de 20 a 96 nmoles/h/mg protena (leuccitos). A enzima -Gal A se mostrou termolbil, visto que com apenas 1 minuto de pr-incubao das amostras a 60C, sua atividade decaiu 71,09%. Com relao ao tempo de incubao, a atividade enzimtica apresentou uma disposio linear crescente entre 15 a 180 minutos de incubao. A -Gal A apresentou maior atividade no pH 4,8, o Km encontrado para a -Gal A foi de 1,007 mM e a Vmx foi 30,9 nmoles/h/mL. A melhor temperatura de armazenamento de plasma at o ensaio enzimtico -20C, onde foi observada menor variao em um perodo mximo de 6 meses. O mtodo enzimtico utilizado estvel, mesmo aps 24 horas do trmino do ensaio, em temperatura ambiente. Com relao aos pacientes com IRC de causa desconhecida, todos apresentaram valor de atividade da -Gal A dentro dos parmetros de referncia e, portanto, nenhum foi diagnosticado com doena de Fabry. O entendimento da cintica da -Gal A e do seu comportamento in vitro possibilita um melhor diagnstico laboratorial da doena de Fabry gerando dados para futuras comparaes com indivduos afetados por mutaes nesta enzima

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O cncer de mama um dos tumores de maior incidncia na mulher, e por isso, muitas pesquisas vm sendo realizadas, desde a avaliao das caractersticas epidemiolgicas, dinmica biocelular e o tratamento desta doena. Na avaliao de respostas ao tratamento, os fatores preditivos so marcadores que auxiliam na escolha da melhor droga a ser usada. Esta dissertao teve o objetivo de avaliar os genes de receptores de estrognio e progesterona, HER-2 e C-MYC em tumores localmente avanados da mama, como fatores preditivos de resposta quimioterapia neoadjuvante. Estudaram-se fragmentos da neoplasia maligna mamria de 50 pacientes com carcinoma ductal infiltrativo, com estadiamento clnico E-III e tratadas com quimioterapia neoadjuvante. Utilizaram-se as tcnicas de imunohistoqumica e de hibridizao in situ por fluorescncia (FISH). A anlise dos receptores hormonais no apresentou diferena estatisticamente significativa comparando as pacientes com resposta satisfatria quimioterapia, das insatisfatrias; a anlise do HER-2 apresentou significncia apenas para as respostas satisfatrias, onde houve baixa amplificao deste gene. Em relao ao C-MYC observou-se uma diferena estatisticamente significativa comparando a alta amplificao deste gene a uma resposta insatisfatria quimioterapia. O estudo concluiu que o gene C-MYC pode ser um importante marcador de predio nos tratamentos quimioterpicos neoadjuvantes usados em cncer mamrio.

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O presente estudo descreve um mtodo eficiente e simples utilizando cromatografia lquida de alta eficincia (CLAE) acoplada a detector de fluorescncia para determinao dos parmetros cinticos da captao de glutamato (glu) no sistema nervoso central (SNC). O tecido retiniano embrionrio de ave com sete dias de desenvolvimento foi incubado com concentraes conhecidas de glu (50-500 M) por dez minutos. Os nveis do aminocido derivado a partir de ortoftaldedo (OPA) no meio de incubao foram mensurados. Aps avaliar a diferena entre a concentrao de glu inicial e a final no meio, foi determinada a saturao do mecanismo de captao (Km = 8,2 e Vmax = 9,8 nmol/mg protena/minuto). Estas determinaes foram dependentes e independentes de sdio e temperatura, indicando que o mecanismo que regula a diminuio dos nveis de glu no SNC, a captao via transportadores de alta afinidade. Alm disso, o cloreto de zinco (ZnCl) (um inibidor do transportador glu/aspartato) foi utilizado em diversas concentraes e evocou diminuio da captao de glu. Com isto, destaca-se a elevada aplicabilidade desta metodologia. Alm deste trabalho caracterizar metodologia alternativa para avaliar captao de glu no SNC usando CLAE, tambm pode ser importante ferramenta para estudos relacionados caracterizao do transporte do neurotransmissor durante injrias no SNC.

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Para estudar a resposta imune inata produzida especificamente no interior do SNC em desenvolvimento, evitando a influencia do sistema imune, empregamos modelo de infeccao viral induzida pela inoculacao intracerebral do virus da dengue em camundongos neonatos. Oito camundongos lactentes de dois dias de idade da espcie Mus musculus e variedade suica albina foram inoculados por via intracerebral com homogenado cerebral infectado com a especie Flavivirus (DENV3 genotipo III). Outro conjunto de animais foi utilizado como controle (nao infectado) e inoculado com igual volume de homogenado cerebral nao infectante e mantidos nas mesmas condicoes dos infectados. Decorridos 7 dias apos a infeccao os camundongos doentes foram sacrificados e tiveram seus cerebros processados para imunomarcacao de astrocitos e microglias. Quantificou-se a resposta imune glial no stratum lacunosum molecular (Lac Mol), radiatum (Rad) e pyramidale (Pir) de CA1-2 do hipocampo e na camada molecular do giro denteado (GDMol) usando o fracionador optico para estimar o numero de microglias e astrocitos em animais infectados e controles. Intensa astrocitose reativa e intensa ativacao microglial foram encontradas em animais neonatos com sinais clinicos de meningoencefalite. Entretanto, embora tenham sido maiores as estimativas do numero de microglias ativadas nos infectados (Inf) do que nos animais controles (Cont) nas camadas GDMol (Inf: 738,95 } 3,07; Cont: 232,73 } 70,38; p = 0,0035), Rad (Inf: 392,49 } 44,13; Cont: 62,76 } 15,86; p = 0,0004), em relacao ao numero total de microglias (ativadas ou nao) apenas o stratum radiatum mostrou diferena significante (Inf: 6.187,49 } 291,62; Cont: 4.011,89 } 509,73; p = 0,01). Por outro lado apenas a camada molecular do giro denteado mostrou diferenca no numero de astrocitos (Inf: 8.720,17 } 903,11; Cont: 13.023,13 } 1.192,14; p = 0,02). Tomados em conjunto os resultados sugerem que a resposta imune inata do camundongo neonato a encefalite induzida pelo virus da dengue (sorotipo 3, genotipo III) esta associada a um maior aumento do numero de microglias do que de astrocitos reativos e essa mudanca e dependente da camada e da regiao investigada. As implicacoes fisiopatologicas desses achados permanecem por ser investigadas.

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Sabe-se que as regies cerebrais envolvidas no controle do canto so sexualmente dimrficas em muitas espcies de pssaros adultos de regies temperadas como nos zebra finches em que os machos cantam e as fmeas no cantam. Em diversas espcies de pssaros canoros dos trpicos, contudo, tanto os machos quanto as fmeas so capazes de cantar. Porm, os mecanismos envolvidos na produo do canto em fmeas ainda pouco compreendido. Com o intuito de identificar diferenas que possam explicar o canto em fmeas, ns estudamos a morfologia do sistema do canto de pssaros machos e fmeas da espcies Uraegynthus cyanocephalus, espcie esta em que tanto machos quanto fmeas cantam. Como primeiro passo para a anlise e estabelecimento de diferenas anatmicas quanto ao sexo, ns quantificamos alteraes de volume de reas prosenceflicas relacionadas ao cantos, atravs de marcao com Nissl e de marcao de receptores andrgenos (RA) por meio de hibridizao in situ radioativa. Ns verificamos que, tanto em machos quanto em fmeas, o volume do centro vocal superior (HVC) no sofre alterao estatisticamente significativa ao longo do desenvolvimento. Observamos, ainda, que o volume do HVC em machos sempre superior ao das fmeas, inclusive na fase adulta, quando esta diferena se torna significativa, existindo portanto, dimorfismo sexual. Contrariamente ao desenvolvimento do HVC, o ncleo robusto do arcopalio (RA) de machos aumenta de modo significativo gradualmente com a idade, atingindo o seu pico de crescimento na fase adulta. O volume do RA aumentou em 2,21 vezes no macho (0,104 mm3 em 20 dias para 0,236 mm3 na idade adulta). Nas fmeas, as alteraes volumtricas de RA observadas ao longo do crescimento no foram significativas.