16 resultados para Ave Grande, Ilha (RJ)

em Universidade Federal do Pará


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Este trabalho um estudo sobre participao e envolvimento scio-poltico dos moradores da rea de Retiro Grande na Ilha do Maraj, no Municpio de Cachoeira do Arari. Esta rea foi escolhida por ser uma localidade situada numa regio onde predominam baixas condies socioeconmicas, porm, onde seus moradores comearam a se organizar para superar os problemas e carncias que enfrentavam. Estas aes comearam com empreendimentos realizados de forma associativa na prpria rea e se expandiram at a participao na esfera pblica local. O objetivo desta investigao descortinar quais os elementos que permitiram (facilitaram) os processos de organizao, ao coletiva e participao poltica entre os moradores dessa localidade. Dois fatores foram considerados: a escolarizao e o capital social. As questes que nortearam esta investigao foram: qual o papel desempenhado pelo capital social no desencadeamento dos processos de organizao e engajamento comunitrio na rea de Retiro Grande? Qual a influncia da escolarizao sobre os nveis de participao e envolvimento scio-poltico dos seus moradores. Para fazer esta investigao primeiro fez-se uma reviso da bibliografia sobre o capital social e escolarizao assim como sobre o Municpio de Cachoeira do Arari. Na fase seguinte tratou-se da pesquisa de campo para a obteno dos dados a serem analisados. Conclui-se que o capital social gerado a partir dos fatores de coeso da comunidade foi o fator fundamental para produzir a capacidade de organizao e envolvimento comunitrio dos moradores de Retiro Grande e o desenvolvimento entre eles da participao social e poltica. Contudo o capital social produzido e acumulado foi relevante por meio da atuao da igreja catlica nesta regio, estimulando organizao e a formando de lideranas locais. A escolarizao no teve papel relevante nestes processos, foi, ao contrrio, uma resultante da operao destes fatores.

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Esta dissertao de mestrado constitui-se em um estudo de caso do processo de criao, implementao e gesto da rea de Proteo Ambiental da Ilha do Combu (APA Combu) localizada no municpio de Belm no estado do Par, delimitada temporalmente a partir do ato de sua criao no ano de 1997 ao perodo atual, ano de 2010. Como principais objetivos pretenderam-se analisar e refletir sobre os principais desafios e possibilidades da gesto ambiental da rea de Proteo Ambiental da Ilha do Combu; identificar as principais mudanas ocorridas na Ilha do Combu aps o processo de criao da APA e identificar os principais problemas existentes na APA da Ilha do Combu. Os problemas que pretendemos responder so: Quais os principais desafios colocados e as possibilidades de uma gesto ambiental na APA da Ilha do Combu no contexto atual? Como se deu processo de criao da APA da Ilha do Combu na tica do rgo gestor e das lideranas locais? E o que significou para a populao da Ilha do Combu na tica das lideranas locais a criao da APA? A pesquisa de cunho qualitativo e de carter interdisciplinar por abordar o problema na tica de vrias disciplinas buscando uma viso holstica. Para a sua realizao foi realizado levantamento bibliogrfico, consultas e anlises de fontes documentais, visitas de campo, trilhas no interior da ilha, observao simples em reunies e oficinas e entrevistas com as lideranas locais da APA, gestores e tcnicos do rgo ambiental. Utilizamo-nos tambm da cartografia como recurso metodolgico para entender a dinmica desse territrio e para georreferenciar a configurao atual da APA por meio de marcao de pontos atravs de GPS. As principais concluses apontam para a fragilidade da gesto em unidades de conservao. Os desafios referem-se aos aspectos relacionados s demandas, aspecto cultural, rgo gestor e conselho e uma atenta viso de futuro. As possibilidades encontram-se na manuteno de uma floresta ainda bem conservada, a existncia de um significativo arranjo institucional e lideranas comprometidas com o lugar. No partiu da populao local a criao da APA e nem houve um conhecimento por todos da sua criao. A criao da APA no teve muito significado para o cotidiano da sua populao porque nenhuma mudana foi percebida desde a sua criao. Mas, salienta que a partir de dois anos para c j sentido algumas tmidas intervenes do rgo gestor responsvel, inclusive com grande expectativa na construo da sede da APA na ilha.

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A dourada (Brachyplatystoma rousseauxii) e a piramutaba (B. vaillantii), so dois bagres migradores de gua doce, exploradas pela pesca comercial artesanal e industrial na Amaznia. So de grande importncia para a pesca comercial nesta regio e atualmente seus estoques esto em estado de sobrexplotao. A literatura cientifica no registra trabalhos sobre a biologia e ecologia referentes aos estgios juvenis destes bagres. Em estudos de dinmica populacional, a correta estimao da idade essencial na estimativa dos parmetros de crescimento, que so essenciais para a avaliao dos estoques. Os estudos de determinao de idade geralmente so feitos em espcimes subadultos e adultos e a idade dos juvenis retrocalculada. O que pode levar aos erros de avaliao. A presente pesquisa teve como objetivos: (1) descrever e estimar as relaes entre as medidas morfomtricas dos otlitos lapillus com as medidas corporais de dourada e de piramutaba, e (2) verificar o surgimento dos primeiros anis de crescimento nos espcimes juvenis. Para o estudo da morfometria e descrio foram utilizados otlitos de dourada e de piramutaba juvenis, sub-adultos e adultos provenientes dos Municpios de Colares (PA), Almeirim (PA), Santarm (PA), Manaus (AM), do Distrito de Mosqueiro (PA), e do esturio amaznico. O perodo de coletas foi diferente para cada local, e de setembro de 1996 a janeiro de 2006. As seguintes relaes foram estimadas: comprimento furcal dos espcimes (CF) x peso total dos espcimes (PT); CF x comprimento mximo do otlito (CMO); CF x largura mxima do otlito (LMO); CF x peso total do otlito (PTO); PT x CMO; PT x LMO e PT x PTO. E as equaes estimadas foram: Dourada: PT = 9,5 x 10-6 x Cf 3,0279, CF = 25,259 * CMO1,1571, CF = 40,626 * LMO1,2127, CF = 840,419 * PTO0,4077, PT = 0,125 * CMO3,6547, PT = 0,568 * LMO3,8294, PT = 7549,98 * PTO1,2651; Piramutaba: PT = 5,4 x 10-6 x Cf 3,1441, CF = 31,871 * CMO1,3381, CF = 55,852 * LMO1,3722, CF = 1641,064 * PTO0,4686, PT = 0,3127 * CMO4,1857, PT = 1,823 * LMO4,2788, PT = 66675,977 * PTO1,4508. A descrio dos otlitos classificou os lapilli de dourada e de piramutaba em trs categorias conforme seu desenvolvimento e CF dos espcimes: dourada I (60 a 80 mm), dourada II (80 a 110 mm), dourada III (110 a 210 mm), piramutaba I (65 a 80 mm), piramutaba II (80 a 110 mm), e piramutaba III (110 a 190 mm). E no estudo da verificao de anis de crescimento em lapillus foram utilizados somente os juvenis, com CF 200 mm. Na baa de Maraj, a dourada e a piramutaba forma o primeiro anel de crescimento com CF mdio de 175,03 mm e 171,03 mm, respectivamente. E as duas espcies tm entre nove e doze meses de idade quando formam o primeiro anel de crescimento. Os raios mdios do primeiro anel hialino do corte transversal do lapillus de dourada e de piramutaba foram 0,36 mm ( 0,03) e 0,33 mm ( 0,01), respectivamente. O raio total mdio do corte transversal do lapillus de dourada foi de 0,64 mm ( 0,14) e o da piramutaba foi de 0,53 mm ( 0,09). A equao obtida entre o raio total do corte transversal do lapillus de juvenis de dourada com seu CF foi CF = 248,589 * Rt1,1901. E a equao estimada para a piramutaba foi CF = 400,494 * Rt1,7178. Douradas e piramutabas com CF de 60-70 mm tm idade de trs a seis meses, com CF de 70-110 mm tm de seis a nove meses e com CF de 110-200 mm tm de nove a doze meses.

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Os Thalassinidea so invertebrados marinhos de grande importncia na ecologia de ambientes de fundos moles, especialmente dado sua influncia nos fluxos de oxignio, energia e nutrientes e, atividades bioturbadoras. Estes organismos vivem em galerias das quais dependem para diversas necessidades, como proteo, reproduo e alimentao. Em alguns lugares do mundo este grupo tem sido explorado para utilizao como isca. A espcie Lepidophthalmus siriboia Felder & Rodrigues, 1993 (Crustacea: Callianassidae) ocorre desde a Flrida at o Brasil. Este estudo tem como objetivo avaliar a dinmica e a estrutura populacional de L. siriboia na ilha de Maiandeua (PA), associando os processos observados com caractersticas ambientais ligadas ao sedimento e gua. As coletas ocorreram mensalmente entre junho de 2007 e maio de 2008, sendo os organismos capturados utilizando bomba de suco. Em laboratrio, os animais foram sexados, medidos e pesados. Nas fmeas ovgeras foi contado o nmero de ovos aderidos aos plepodos. O crescimento foi estimado atravs da equao de crescimento de Von Bertalanffy que estabelece a relao entre o comprimento total (CT) e a idade (t). Foi capturado um total de 1268 indivduos (753 machos e 515 fmeas), cujos comprimentos variaram de 0,3 a 1,85 cm e o peso de 0,01 a 3,09 g. Os comprimentos mdios mensais das fmeas foram significantemente maiores do que dos machos (p<0.05) em quase todos os meses do ano. O comprimento da carapaa e o comprimento do propdio para os machos tiveram alta e significante correlao, com crescimento alomtrico positivo para ambos os sexos. O tamanho de primeira maturao obtido foi de 0,7 cm para as fmeas e 0,6 cm para os machos. Os machos foram proporcionalmente mais abundantes, totalizando 59,4% de todos os organismos capturados (proporo sexual de 1,46 machos: 1 fmea). Houve predomnio significativo de machos nas classes de comprimento entre 0,2 e 1,2 cm e de fmeas nas classes de comprimento maior/igual a 1,2 cm. Foram registradas 139 fmeas ovgeras, na qual a maioria (48,2% do total) ocorreu no intervalo de classe 1,1 a 1,2 cm de comprimento da carapaa. A fecundidade absoluta variou de 0 a 1546 ovos/fmea, com valor mdio de 826,25 ovos/fmea. Observou-se correlao significativa entre o nmero de ovos, peso e comprimento da carapaa. As fmeas tiveram crescimento maior que dos machos, sendo observados valores para machos de L_: 1,63 , K: 1, C: 0,2, WP: 0,18 e para fmeas; L_: 1,68, K: 0,8, C: 0,2 e WP: 0,09. As estimativas de mortalidade dos machos foram maiores que para as fmeas em todos os mtodos utilizados: curva de captura (Z=1,67 e Z=0,11 para machos e fmeas), Beverton e Holt (Z=1,9 e Z= 1,76 para machos e fmeas) e PowellWetherall (Z/K=3,98 e Z/K= 2,25 para machos e fmeas). Foram registrados trs pulsos principais, sendo um pulso registrado em novembro, um em fevereiro e outro em maio. Os resultados obtidos permitem concluir: 1. comprimento mdio dos machos inferior ao das fmeas ao longo do ano; 2. fmeas so dominantes nas classes de comprimento superiores (_1,2 cm); 3. a reproduo contnua com a ocorrncia de fmeas ovgeras ao longo do ano; 4. parmetros de crescimento estimados foram maiores para as fmeas do que para machos; 5. Fmeas tiveram reduo da taxa de crescimento em janeiro (WP: 0,09) e machos em fevereiro (WP: 0,18); 6. a mortalidade maior para os machos; 7. Recrutamento ocorre ao longo do ano com trs picos pronunciados em novembro, fevereiro e maio.

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A Ilha das Onas uma das numerosas ilhas que se encontram na margem esquerda da Baa do Guajar, sendo conhecida principalmente pela presena da palmeira que produz o aa como fruto (Euterpe oleracea,) e pela importncia que seus canais representam para a navegao regional. Entre os principais canais que compem a ilha, destaca-se o Canal do Piramanha, que atravessa a Ilha das Onas. A composio e a distribuio da ictiofauna presente na Ilha pouco conhecida, com base nisso, esse trabalho teve como objetivo descrever as espcies da regio, bem como do seu uso pelo ambiente, e a importncia que possuem para a populao local. Foram feitas entrevistas com os pescadores onde foram obtidas informaes bsicas sobre a pesca no local. Foram realizadas pescarias trimestrais de acordo com os perodos climticos com rede de tapagem no igarap e de emalhe no canal. No momento da despesca foram registrados in situ os dados abiticos (pH, salinidade, temperatura), que no apresentaram diferenas entre os perodos. Foram capturados 1200 indivduos de 20 famlias de maioria Aspredinidae, Sciaenidae e Pimelodidae, distribudos em 39 espcies identificadas (27 no canal e 26 no igarap). As espcies foram em sua maioria constantes (FO>75%), e a diversidade foi similar ao longo do tempo, no havendo espcies dominantes em nenhum perodo de coleta. A estatstica W mostra ambientes perturbados, nos meses mais chuvosos de maro e dezembro, onde tambm foram registrados as maiores abundncias (CPUEn e CPUEb), indicando a anlise pode no ser adequada a ambientes onde h dominncia de indivduos de pequeno porte, fazendo com que o mtodo confunda a existncia natural de grande quantidade de indivduos pequenos com uma troca de dominncia. As anlises multivariadas mostraram que os ambientes so significativamente diferentes, principalmente pela grande abundncia numrica de A. aspredo no canal, e da P. squamosissimus no igarap, que juntamente com o L. dorsalis, o H. marginatus, o A. aff. ucayalensis formam as principais espcies capturadas na Ilha. No canal houve maioria de espcies estuarinas, que se alimentam principalmente de zoobentos e peixes, e no igarap, houve dominncia de espcies dulccolas, cujas preferncias alimentares mudam ao longo do ano, aparentemente de acordo com o regime de chuvas. De maneira geral as espcies so de pequeno e mdio porte (CT < 30 cm), imaturas (maioria em estdio A) e alimentando-se em pelo menos um perodo do ano. Apesar do ambiente favorvel a pesca, 90% dos entrevistados tem no aa sua principal fonte de renda, sendo a pesca colocada como fonte secundria, baseada nos perodos de safra e entre safra do aa. A principal arte de pesca o matapi que tem como alvo o camaro da Amaznia (Macrobachium amazonicum), seguida das malhadeiras e tapagens, cujas espcies alvo so na sua maioria as mesmas capturadas em abundancia nesse estudo. Pelo pequeno porte e baixo valor econmico, a pesca na ilha realizada principalmente como fonte suplementar de protenas, visto que a intensa atividade pesqueira e a perturbao causada pelas embarcaes diminuem ainda mais esse nmero.

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Os sistemas estuarinos funcionam como importante habitat para vrias especies de peixes, atraves das redes de canais de mare. Sob o ponto de vista ecologico, a comunidade ictiofaunstica desempenham importante funcao no balanco energetico dos varios niveis trficos dos ecossistemas estuarinos. Neste contexto, o presente estudo objetivou: determinar as distribuies espaco-temporais da ictiofauna; explicar suas caractersticas comportamentais e ecologicas; comparar a composicao da biomassa relativa, guildas ecologicas e funcionais em diferentes sistemas estuarinos da costa Norte; investigar a influencia das variaveis bioticas e abioticas e sua correlacao com os padroes biologicos da ictiofauna e identificar alteracoes na integridade biotica dos canais de mare estudados, utilizando a ictiofauna. Os dados foram obtidos a partir de amostragens bimestrais nos canais de mare Iguaiba, Grande e Cristovao, no periodo de janeiro/2006 a setembro/2007, utilizando redes de emalhar e tapagem. Paralelamente, foram tomadas amostras na camada superficial da agua para determinacao das variaveis fisico-quimicos e dos nutrientes inorganicos dissolvidos. Na caracterizacao ecologica das especies, foram empregados indices que estimam a diversidade, equitabilidade e riqueza. O Indice de Integridade Biotica foi aplicado para avaliar os efeitos das possiveis alteracoes ambientais na ictiofauna. Tecnicas univariadas (ANOVA, Kruskall-Wallis) e multivariadas (Cluster, nMDS, SIMPER, COIA e curvas ABC) foram usadas para comparar as especies e os locais de capturas. No total foram capturados 12.219 peixes distribudos em 55 especies e 27 familias. As familias Sciaenidae, Ariidae, Carangidae, Engraulidae e Mugilidae apresentaram maior riqueza de especies. Ariopsis bonillai e Cetengraulis edentulus, apresentaram maior contribuicao para a formacao de grupos mais similares; Stellifer naso e Cynoscion acoupa foram responsaveis pela dissimilaridade entre os grupos formados. Cerca de 66% dos peixes capturados foram representados por individuos jovens, confirmando a condicao de bercario dos sistemas estuarinos. Os registros ictiofaunisticos entre o Golfao Marajoara e Maranhense apontam a ocorrncia de 140 especies. Especies marinhas visitantes ocasionais e de agua doce ocorreram ocasionalmente. Marinhas estuarino-oportunistas e estuarino dependentes apresentaram maior contribuicao no Golfao Maranhense, ja as estuarino residentes apresentaram biomassa elevada em todos os sistemas estuarinos investigados. Detritivoros ocorreram principalmente no Par e zoobentivoros no Maranhao. A ocorrencia de piscivoros foi inversamente proporcional a abundancia de juvenis. A co-estrutura formada entre variaveis ambientais-peixes foi significativa. As variaveis salinidade, pH, silicato, amonio, fosfato e nitrato influenciaram na estrutura da ictiofauna. Nenhuma especie se associou a ambientes com elevadas concentracoes de nutrientes inorganicos. As curvas ABC demonstraram que o ambiente estuarino encontra-se moderadamente perturbado, enquanto o indice de integridade caracterizou a qualidade ambiental dos canais de mare entre muito pobre a regular. O estudo mostrou que os canais de mare so importantes areas de criacao devido a dominancia de juvenis; a ictiofauna apresenta sazonalidade em relacao aos periodos hidrologicos; a comunidade peixes presente nos canais de mare pode atuar como indicadora da qualidade de ecossistemas submetidos a pulsos de mares. Considera-se, portanto, a protecao dos canais entre-mares dos manguezais uma ao essencial para o manejo dos recursos pesqueiros, uma vez que existe uma forte relacao entre abundancia da ictiofauna e a composio estrutural do habitat.

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Ipomoea carnea subsp. fistulosa uma planta que contm swainsonina causando doena de depsito lisossomal em ruminantes, principalmente em caprinos na regio Nordeste do Brasil. Para o estudo das plantas txicas da Ilha de Maraj, foram visitadas sete propriedades rurais na Ilha de Maraj, seis localizadas no municpio de Cachoeira do Arari e uma no municpio de Soure. Em todas as propriedades visitadas as pastagens eram constitudas de campo nativo, tinham pouca disponibilidade de forragem e I. carnea subsp. fistulosa encontrava-se em grande quantidade. Nas trs propriedades onde eram criados caprinos foram observados animais com sinais nervosos, incluindo tremores de inteno, aumento da base de sustentao quando em estao, ataxia, hipermetria, nistagmo, paresia espstica ou debilidade, alteraes posturais, perda de equilbrio e quedas. Em duas fazendas a prevalncia foi de 32% (23/71) e 100% (32/32) e em outra havia um animal com sinais acentuados e o resto do rebanho, de 19 caprinos, no foi examinado clinicamente. Bovinos, ovinos e bubalinos no foram afetados. Foram eutanasiados e necropsiados seis caprinos que apresentavam sinais clnicos acentuados. Macroscopicamente no foram observadas alteraes. Na histologia observou-se vacuolizao do pericrio de neurnios e do citoplasma de clulas epiteliais da tireide, rim, fgado, pncreas e macrfagos de diversos rgos. No sistema nervoso central a vacuolizao era mais grave nos neurnios de Purkinje do cerebelo e nos neurnios dos ncleos cerebelares e do tronco enceflico. Observaram-se tambm degenerao walleriana dos axnios e gliose. A alta freqncia da intoxicao nas trs fazendas que criavam caprinos sugere que a intoxicao por I. carnea subsp. fistulosa muito importante para caprinos na Ilha de Maraj, onde h abundante quantidade da planta, que permanece verde durante todo o perodo seco.

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Analisa o modo de viver dos moradores da ilha do Combu Belm- Par, visando compreender os elementos de resistncia contidos no saber popular. Esta ilha dita 1,5 km da cidade de Belm e tem como territrio 15 km, sendo que, aproximadamente, 95% dessa superfcie coberta por floresta secundria (mata de vrzea). Anteriormente, pertenceu jurisdio do municpio de Acar, mas a partir de 1996 passou a cidade de Belm. Apresenta caracterstica peculiar de um espao rural, com conservao local de muitos recursos naturais e da singularidade do modo de viver ribeirinho, como populao que vive prximo aos cursos dgua e da vegetao florestal, o que lhes possibilita um cotidiano tranquilo, aparentemente cheio de paz, sem barulho nem poluio; diferente da vida na cidade maior. Sendo essa tranquilidade medida por uma relao baseada no respeito e na proteo da vizinhana, observados nos seus hbitos e costumes; alm da liberdade de conversar, passear, comer peixe fresco, camaro, tomar aa feito na hora e sentir-se despreocupado com a violncia, muito presente na cidade grande. Os resultados deste trabalho traduzem todo um aprendizado, obtido por meio desses moradores que resistem imposio do modelo formal da educao estatal. Assim, 70% dos pesquisados apresentou preferncia ao aprendizado com seus parentes, que vai alm dos remdios caseiros, dos saberes representados pelo fazer peconha, pelo tup, pelo fazer comida, plantar, pescar, nadar no rio, apanhar aa e jogar tarrafa, at o respeito s pessoas, na busca de conhecimento para viver uma vida honesta e para dar continuidade educao da gerao de cultura ribeirinha.

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Na Ilha de Maraj, embora exista grande quantidade de I. asarifolia e I. carnea subsp. fistulosa, no h relatos de intoxicao por essas plantas em caprinos, ovinos e bubalinos. A intoxicao por I. asarifolia foi observada nessa regio somente em bovinos (Barbosa et al. 2005). O objetivo do presente trabalho foi descrever a intoxicao por em bovinos e ovinos e a intoxicao por I. carnea subsp. fistulosa em caprinos na Ilha de Maraj, sendo constitudo de dois captulos: Capitulo I- Intoxicao por Ipomoea carnea subsp. fistulosa (Convolvulaceae) em caprinos na Ilha de Maraj; e Captulo II- Intoxicao por Ipomoea asarifolia (Convolvulaceae) em ovinos e bovinos na Ilha de Maraj.

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Soure, Municpio da Ilha do Maraj, apresenta grande potencial turstico, sobretudo por suas paisagens naturais, a exemplo de suas praias e fazendas, diante disso e por ser umas das cidades marajoaras mais prximas da capital paraense, tornou-se um dos destinos mais visitados pelos turistas, fatos dentre outros que levaram esta cidade marajoara a receber interveno do Estado por intermdio de polticas pblicas destinadas ao fomento do turismo no estado do Par. O presente estudo tem por objetivo analisar as polticas pblicas de turismo, nas quais Soure est inserida. Contudo, o foco dessa anlise ocorre sobre a apropriao de sua paisagem, pelo Estado que busca atravs dessas aes fomentar o turismo no municpio desde a dcada de 1970. Buscou-se analisar a apropriao da paisagem pelo Estado, mercado, turistas e populao local, bem como os trs ltimos esto includos nessas polticas. O estudo foi realizado a partir da anlise geogrfica do turismo, pois entende-se o turismo, para alm do vis econmico, como uma atividade socioespacial. Para alcanar os objetivos seguiu-se as seguintes etapas metodolgicas: coleta, organizao e sistematizao das informaes contidas nos documentos. Trabalho de campo, onde foram feitas entrevistas com turistas e populao local. Enfim, observou-se que, a paisagem de Soure utilizada nas polticas sobre a tica da exoticidade, caracterstica que tambm utilizada pelo trade tursticos, porm a populao local, contraditoriamente no a usufrui em sua totalidade da paisagem do municpio. H em Soure um processo de turistificao, fato proporcionado pelo Estado, trade turstico, e turistas, cabendo populao local papel secundrio nesse processo.

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A presente pesquisa tem como foco de anlise a escola da comunidade ribeirinha, objetivando analis-la enquanto contexto de desenvolvimento de crianas e adolescentes que ali residem, no sentido de compreender como as caractersticas deste ambiente possibilitam e/ou impem limites ao desenvolvimento dos estudantes por ela atendidos. Abarcando uma perspectiva terico-metodolgica sintonizada com princpios da abordagem ecolgica, esta pesquisa utiliza a metodologia da insero ecolgica. Nesse sentido, foram evidenciados os contextos que poderiam limitar ou propiciar o desenvolvimento das crianas que freqentam a escola. Como resultado foi destacado sinteticamente, o fato de que os elos da rede sistmica que interligam o microssistema escolar ao mesossistema e exossistema no tm resistncia suficiente para garantir o desenvolvimento em nveis minimamente satisfatrios quando comparado a outras escolas no meio urbano, pois o peso dos condicionantes de diversas naturezas - histrica, geogrfica, poltica, jurdica, social, cultural, a que as crianas esto expostas, nessa teia de relaes, distancia-se, sobremaneira, dos padres encontrados sem grande esforo, no meio urbano, supostamente desenvolvido. Ou seja, o precrio atendimento escolar, concretizado na aprendizagem da leitura, escrita e realizao das operaes matemticas bem como o ensino descontextualizado da realidade local contribui para a manuteno do modo de vida daquela comunidade ribeirinha.

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A deteriorao da qualidade da gua pode ser causada tanto por resultado da presso antrpica sobre os ambientes aquticos em maiores escalas, como por fatores naturais em menores escalas, tal como ocorre em parte da bacia hidrogrfica do Rio Arari (Ilha de Maraj, Par). Este artigo teve como objetivo a avaliao da qualidade das guas superficiais e o estado trfico do Rio Arari, no trecho entre Santana e Cachoeira do Arari, considerando as variaes temporais e espaciais de variveis fsicas, qumicas e biolgicas da gua em dois perodos hidrolgicos distintos de 2009: descarga mxima (abril e maio) e descarga mnima (setembro e novembro). Os ndices de Qualidade da gua (IQA) e Estado Trfico (IET) foram determinados simultaneamente em amostras de gua superficial durante 12 horas consecutivas nas trs estaes de coleta ao longo do Rio Arari. Os valores do IQA variaram entre "Ruim" e "Regular", e esto provavelmente relacionadas aos elevados nveis de coliformes fecais, baixas concentraes de oxignio dissolvido e pH cido do Rio Arari. Conforme o IET, o rio pode ser classificado como supereutrfico e hipereutrfico, reflexo da grande disponibilidade de nutrientes (e.g. fsforo) e elevada biomassa fitoplanctnica em termos de clorofila a. O Rio Arari est sob um processo de eutrofizao natural, visto que as fontes de contaminao antrpica ainda so incipientes, mas elas podem contribuir para um processo de longo prazo de eutrofizao artificial.

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Nos ltimos dez anos foram realizadas na parte leste da Ilha de Maraj (regio dos campos naturais) pelo IDESP e NCGG, mais de 800 SEVs para fins hidrogeolgicos. Na poca, grande parte dessas SEVs no foram totalmente interpretadas em forma quantitativa, devido falta de recursos tcnicos para faz-lo de forma eficiente. Agora, usando meios mais modernos para interpretao automtica de SEVs, voltou-se a interpret-las com a finalidade de apresentar uma viso regional dos principais aquferos da rea, agrupar as SEVs em famlias caractersticas, testar at que ponto essa interpretao confivel e propor o modelamento bidimensional como tcnica alternativa para interpretar as SEVs realizadas em certos locais da rea em questo. Como resultado dessa interpretao, com base na teoria convencional dos meios estratificados, foram definidos trs tipos de sistemas de aquferos. 1. O primeiro, denominado de aqufero profundo, situado a profundidades maiores que 50m, estende-se por toda a regio prospectada, estando provavelmente associada s camadas superiores da Formao Maraj ou s litologias altamente resistivas das camadas mais profundas do Grupo Par. 2. O segundo, denominado de aqufero raso e de mdia profundidade, localiza-se na parte sul e sudeste da regio a profundidades compreendidas entre 10 a 50m, e est associado s lentes arenosas do Grupo Par. 3. O terceiro, constitudo pelos paleocanais e estruturas similares, distribudos aleatoriamente na regio a pouca profundidade. A partir do estudo detalhado das SEVs, decidiu-se classific-las em 3 famlias caractersticas com seus respectivos tipos e apresentar mapas de localizao e da espessura dos aquferos, bem como mapas de condutncia longitudinal total e resistividade mdia da rea. Estes ltimos, permitem que se divida a regio dos campos da Ilha de Maraj em trs zonas principais: 1. Uma, altamente resistiva, situada ao sul e sudeste, a qual coincide com os terrenos aflorantes do Grupo Par. 2. Outra, altamente condutiva, est localizada no centro e norte, onde se encontram aleatoriamente distribudos os paleocanais e coincide com os terrenos topograficamente mais baixos, geralmente argilosos e embebidos de gua salgada, que so procedentes da eroso dos terrenos circundantes topograficamente mais altos. 3. A ltima medianamente resistiva e est relacionada com os terrenos vizinhos cidade de Chaves (noroeste da regio dos campos), os quais apresentam semelhanas com os do sul e sudeste da rea. Usando-se a tcnica de inverso na interpretao de uma SEV caracterstica de cada famlia, testou-se, atravs do seu tratamento estatstico, at que ponto os modelos usados na interpretao dessas SEVs (teoria convencional dos meios estratificados) seriam confiveis. Conclui-se, ento, que a alta correlao existente entre os parmetros dos modelos assumidos (camadas horizontais, isotrpicas e homogneas) pode-se dever utilizao de modelos geofsicos muito simples para interpretar a complexa geologia de Maraj. Tendo-se verificado que nem sempre possvel aplicar a teoria das SEVs em meios horizontalmente estratificados para interpretar SEVs obtidas em certos locais de Maraj, os quais muitas vezes apresentam bruscas variaes laterais de resistividade, passou-se a demonstrar que estas variaes laterais afetam profundamente os dados das SEVs, utilizando-se para isto a tcnica dos elementos finitos, a qual leva em conta essa variao bidimensional das propriedades fsicas do meio. Foi tambm possvel com esta tcnica, modelar uma estrutura rasa, semelhante a um paleocanal, concluindo-se que estes resultados sugerem o emprego, duma forma mais profunda, deste tipo de tratamento para os dados obtidos na regio dos campos da Ilha de Maraj.

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A Amaznia tradicional a Amaznia dos rios, que foi e continua sendo um padro de ocupao espacial e econmico importante para o desenvolvimento regional. O arquiplago de Maraj, espao geral emprico desta pesquisa, como parte da Amaznia dos Rios, no foge a esta regra. No entanto, sabe-se que a organizao espacial da Amaznia vem sofrendo grandes mudanas, incluindo diversas dinmicas nos sistemas produtivos agropecurios, com reflexos econmicos, sociais e ambientais complexos. Muitos estudos tm produzido interpretaes distintas sobre a sustentabilidade das atividades agropecurias na Amaznia brasileira e internacional. Por exemplo, os estudos sobre os modelos de explorao pecuria bovina e bubalina identificam que esta atividade j no prioridade somente dos grandes estabelecimentos, como em dcadas anteriores, em razo do processo de "pecuarizao" da agricultura familiar. Esta pesquisa aborda fundamentalmente, as dinmicas que vm se processando ou tomando forma nos sistemas de produo familiar, no municpio de Cachoeira do Arari, situado na Ilha de Maraj - PA, entre os anos de 1994 a 2004. A investigao foi desenvolvida junto s famlias camponesas de seis comunidades (Bacuri, Camar, Gurup, Jabuti e Retiro Grande). O objetivo principal do trabalho foi caracterizar as dinmicas socioeconmicas ocorridas nesta dcada. Os resultados deste trabalho podero subsidiar futuras pesquisas e polticas pblicas que visem a sustentabilidade da produo agropecuria familiar. O mtodo usado para determinao da tipologia das propriedades foi o multi-variado por agregao. Os principais eixos de variveis que definiram esses tipos foram: magnitude do componente agrcola, magnitude do componente pecurio, rendimento da lavoura branca, magnitude da criao de pequenos e mdios animais e fontes de renda externas propriedade. Os tipos resultantes foram: subsistncia, aaizeiro, abacaxizeiro, pecuaa, pecuarista e outrarenda. Constatou-se uma grande variabilidade dos sistemas de produo e identificou-se as dinmicas especficas dos tipos de propriedades ao longo de dez anos, bem como os fatores determinantes de viabilidade dos sistemas de produo e as demandas de poltica pblica.

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Esta pesquisa se refere a um Estudo de Caso intitulado Educao e Conservao da Biodiversidade no contexto escolar da Reserva Extrativista Terra Grande Pracuba. As Reservas extrativistas (RESEX) so uma modalidade de Unidades de Conservao da Natureza (UCN), fraes territoriais do espao nacional legalmente institudas pelo poder pblico como rea protegida, sob regime especial de utilizao. No contexto dessas UCNs, a Reserva Extrativista constitui-se em uma categoria de manejo genuinamente brasileira, nascida da luta dos seringueiros na dcada de 1980 no Acre e que se espalhou pelos outros biomas do Brasil. Em seu processo histrico pela efetivao de suas demandas, se constata o enfrentamento das populaes tradicionais residentes nesses territrios pela a conquista de direitos, tendo a educao como elemento determinante no processo de enfretamento e superao de dificuldades e embates travados por liberdade e conquista de direitos fundamentais. Neste contexto, a educao ainda um de seus problemas mais evidentes que necessita urgentemente de resolues. Este estudo objetivou desenvolver uma anlise crtica da educao acessada pelas populaes tradicionais residentes no contexto escolar da RESEX Terra Grande Pracuba, considerando sua concepo, a realidade socioambiental dessas populaes e os objetivos de uma Reserva Extrativista. O estudo realizado de fundamental importncia para a explicitao da problemtica das populaes extrativistas residentes na RESEX e sua compreenso de educao como possibilidade de liberdade, considerando sua histria de expropriao e explorao, prpria da sociedade capitalista. Este estudo de caso se prope ser um referencial para subsidiar a anlise da realidade de outras unidades de conservao, em especial das RESEX espalhadas pelo pas, pelas suas similaridades. A presente discusso circunscreve-se no mbito dos debates sobre Educao Escolar em Unidades de Conservao da Natureza, tendo como lcus a Reserva Extrativista Terra Grande Pracuba RESEX TGP, localizada no arquiplago do Maraj, entre os municpios de Curralinho e So Sebastio da Boa Vista, no Estado do Par. Metodologicamente a pesquisa configurou-se como um estudo de caso com aporte epistemologico do materialismo histrico e dialtico, possibilitando a anlise a partir do processo histrico e a explicitao de suas contradies e conflitos. Concluiu-se que a educao escolar, da forma como se apresenta atualmente no interior da RESEX TGP, est distanciada dos processos de efetivao dos objetivos socioambientais da rea demarcada, sendo incapaz de contribuir com a realidade histrica dos extrativistas na busca pela transformao da realidade vivenciada; constata-se o distanciamento da educao escolar ofertada em relao ao seu direito efetivo educao e o respeito diversidade, seu modo de vida e as relao que estabelece com o espao e com os objetivos da unidade de conservao. A educao na RESEX se distancia da prpria concepo da comunidade que v a educao como um mecanismo de liberdade. A educao estabelecida no lugar precisa avanar na garantia do direito educao, nos vrios nveis de ensino e na implementao da poltica de educao do campo e da prpria educao ambiental, necessitando estabelecer um dilogo sistemtico entre a educao escolar e a gesto ambiental no sentido de favorecer a interveno dessas populaes no processo, a transformao de sua realidade, bem como sua compreenso no sentido de garantir a sua manuteno no territrio e consequentemente, a conservao da biodiversidade.