18 resultados para Quercetina Uso terapêutico

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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O metotrexato (MTX) um antagonista do cido flico amplamente utilizado no tratamento de doenas neoplsicas e no neoplsicas. Entretanto, o uso terapêutico desse frmaco pode levar neurotoxicidade que pode se manifestar na forma aguda, subaguda e crnica, abrangendo os seguintes sintomas: cefalia, sonolncia, confuso, edema cerebral, convulses, encefalopatia, coma e prejuzo das funes cognitivas. Os achados neuropatolgicos consistem de astrogliose reativa, desmielinizao, dano axonal e necrose da substncia branca. Em nvel celular, o MTX parece afetar primeira e seletivamente os astrcitos, quando comparados com os neurnios.O exato mecanismo neurotxico do MTX continua no esclarecido, e parece ser multifatorial. Visando ampliar os conhecimentos a respeito dos efeitos do MTX no SNC, foram desenvolvidos dois trabalhos com diferentes modelos em animais, nos quais foram estudados os possveis mecanismos de ao txica desse frmaco, como tambm propomos a utilizao do marcador bioqumico S100B na deteco de injrias cerebrais associadas ao tratamento. A partir dos resultados obtidos nos experimentos de captao de glutamato in vitro, verificamos que o MTX interfere na remoo do glutamato da fenda sinptica, podendo levar excitotoxicidade. Tambm, o aumento da protena S100B auxilia no entendimento dos mecanismos de ao do MTX, pois sugere que os astrcitos esto respondendo a um insulto na tentativa de neuroproteo Alm disso, a S100B, aliada a outros marcadores neuroqumicos e tcnicas de diagnstico por imagem, seria muito importante no monitoramento terapêutico, pois poderia detectar alteraes celulares sutis e ajudaria a prevenir a neurotoxicidade pelo MTX. Os resultados que obtivemos nos experimentos de convulses induzidas pelo MTX demonstraram a participao do sistema glutamatrgico na neurotoxicidade desse frmaco. Especificamente, evidenciamos o envolvimento dos receptores inotrpicos glutamatrgicos na patognese das convulses. Porm, neste modelo experimental, a captao de glutamato possivelmente diminuiu em decorrncia das manifestaes das convulses e no por uma ao direta, ou indireta, do MTX. O entendimento dos mecanismos de ao muito importante para a clnica mdica, pois permite que novas ferramentas sejam criadas no intuito de prevenir os danos txicos induzidos por frmacos. Assim, mais estudos devem ser realizados para tentar desvendar os mecanismos de neurotoxicidade do MTX, como tambm para estudar potenciais marcadores bioqumicos de injria cerebral que auxiliem no monitoramento terapêutico.

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A adrenoleucodistrofia ligada ao cromossomo X (X-ALD) uma doena peroxissomal bioquimicamente caracterizada pelo acmulo de cidos graxos de cadeia muito longa (Very Long Chain Fatty Acids - VLCFA), principalmente os cidos hexacosanico (C26:0) e tetracosanico (C24:0), em diferentes tecidos e fluidos orgnicos. A doena clinicamente caracterizada por progressiva desmielinizao central e perifrica e insuficincia adrenal. Os mecanismos exatos do dano cerebral na X-ALD so pouco conhecidos. O tratamento usual para X-ALD com a mistura gliceroltrioleato/gliceroltrierucato na proporo 4:1, conhecido como leo de Lorenzo (OL), em combinao com uma dieta de restrio dos VLCFA normaliza os nveis de VLCFA, mas em pacientes sintomticos os sintomas neurolgicos persistem ou progridem. Os radicais livres parecem estar envolvidos em um grande nmero de enfermidades no ser humano, tais como nas doenas neurodegenerativas (como doena de Parkinson, doena de Alzheimer e esclerose mltipla), nas doenas crnico-inflamatrias, nas doenas vasculares e no cncer. Considerando que a gerao de radicais livres est envolvida em vrias desordens neurodegenerativas, no presente estudo foram avaliados vrios parmetros de estresse oxidativo em plasma, eritrcitos e fibroblastos de pacientes sintomticos com X-ALD. Tambm foi avaliado o efeito do tratamento com OL sobre diferentes parmetros de estresse oxidativo em plasma e em eritrcitos de pacientes sintomticos e assintomticos com X-ALD tratados e no tratados com OL. Considerando que no possvel estudar estresse oxidativo em crtex cerebral de pacientes com X-ALD, foi avaliado o efeito in vitro da mistura VI cido oleico (C18:1)/cido ercico (C22:1) sobre diversos parmetros de estresse oxidativo em plasma e em eritrcitos humanos normais e em crtex cerebral de ratos adicionados dos cidos hexacosanico(C26:0) e tetracosanico (C24:0). Foi verificado um aumento significativo da quimiluminescncia e das espcies reativas do cido tiobarbitrico (TBA-RS), refletindo uma induo da peroxidao lipdica, bem como uma diminuio da reatividade antioxidante total (TAR) medida em plasma de pacientes sintomticos, indicando uma capacidade deficiente em rapidamente combater um aumento das espcies reativas. Tambm foi observado um aumento da atividade da glutationa peroxidase (GPx) em eritrcitos e das atividades da catalase (CAT) e da superxido dismutase (SOD) em fibroblastos dos pacientes sintomticos estudados. Estes dados sugerem que o estresse oxidativo pode estar envolvido na fisiopatologia da X-ALD. Verificamos tambm que o OL no reverteu o aumento do TBA-RS no plasma de indivduos X-ALD. A determinao de TAR no apresentou alteraes no plasma de pacientes X-ALD sintomticos e assintomticos antes e aps o tratamento com OL. A atividade das enzimas antioxidantes CAT, GPx e SOD no se mostrou alterada em eritrcitos destes pacientes tratados ou no com OL. Nos experimentos in vitro, foi constatado um aumento significativo da quimiluminescncia e de TBA-RS em plasma humano e em crtex cerebral de ratos adicionados dos cidos C26:0C24:0, porm a mistura C18:1/C22:1 no reverteu este efeito. A medida de TAR no se mostrou alterada em crtex cerebral de ratos adicionado de C26:0C24:0, bem como no foi modificada pela mistura C18:1/C22:1. Por outro lado, a adio de C26:0C24:0 em plasma humano diminuiu a medida de TAR, porm a mistura C18:1/C22:1 no alterou esse efeito. As atividades das enzimas antioxidantes CAT e GPx no foram alteradas em eritrcitos humanos e em crtex cerebral de ratos pela adio de C26:0C24:0 , nem pela mistura C18:1/C22:1. O mesmo foi observado na medida de SOD em eritrcitos humanos adicionados de C26:0C24:0. A medida da atividade da SOD em crtex cerebral de ratos apresentou um aumento significativo induzido por C26:0C24:0 , porm a presena da mistura C18:1/C22:1 no modificou este efeito. Estes resultados sugerem fortemente que o estresse oxidativo possa estar envolvido na fisiopatologia da X-ALD e que o tratamento com leo de Lorenzo no modifica estes parmetros de estresse oxidativo. Assim, novas estratgias teraputicas deveriam ser investigadas para pacientes de X-ALD.

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As alternativas teraputicas, atualmente oferecidas para o tratamento da cardiopatia isqumica, concentram-se na abordagem das propriedades da vasculatura coronariana e seus elementos circulatrios. Dentre essas, incluem-se drogas que inibem o desenvolvimento da aterosclerose, estabilizam as leses pr-existentes, drogas que reduzem a trombose intracoronaria, diminuem o consumo de oxignio pelo miocrdio e intervenes que restabelecem o fluxo coronariano. No entanto, esse arsenal terapêutico se torna deficiente, em relao aos agentes cardioprotetores diretos, que tm como alvo o metabolismo das clulas miocrdicas. Novas terapias tm sido propostas, para diminuir a repercusso celular da isquemia, protegendo as clulas miocrdica das conseqncias prejudiciais do fenmeno da reperfuso, ou leso de reperfuso, desencadeada principalmente pela ativao da glicoproteina trocadora de Na+/H+ (NHE). Essa glicoprotena tem como principal funo manter a estabilidade do pH das clulas miocrdicas durante a isquemia, podendo de forma paradoxal precipitar necrose celular durante a reperfuso, atravs do acmulo de clcio intracelular. Dos agentes cardioprotetores com capacidade de inibir a NHE, a amilorida foi a primeira droga que mostrou essa propriedade. Recentemente, outras mais potentes surgiram, como cariporide, eniporide e zoniporide, atualmente sendo avaliadas atravs de ensaios clnicos. Nesta reviso, analisaremos os mecanismos envolvidos na leso de reperfuso a nvel celular e a participao da inibio NHE na proteo miocrdica. Tambm, revisaremos os principais estudos clnicos envolvendo os inibidores da NHE-1 e sua aplicabilidade potencial.

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A esquizofrenia uma sndrome neuropsiquitrica, altamente incapacitante, que acomete em torno de 1% da populao, constituindo-se um grave problema de sade pblica. Apesar dos avanos neurocientficos das ltimas dcadas, sua neurobiologia e tratamento permanecem um desafio. As evidncias sugerem que a esquizofrenia seja uma doena do neurodesenvolvimento que envolve os sistemas dopaminrgico, serotoninrgico e glutamatrgico. O sistema purinrgico um importante sistema neuromodulador e neuroprotetor do SNC. A adenosina um efetor desse sistema que tem papel neuromodulador inibitrio dos sistemas dopaminrgico, serotoninrgico e glutamatrgico. Em 2000 Lara e Souza propuseram um modelo patofisiopatolgico que postula que na esquizofrenia haveria uma hipofuno adenosinrgica, buscando integrar diversas hipteses. A presente tese composta de dois captulos apresentados sob forma de artigos cientficos. O primeiro, intitulado: Involvement of adenosine in the neurobiology of schizophrenia and its therapeutic implications, apresenta uma reviso da hiptese purinrgica da esquizofrenia luz dos estudos publicados nos ltimos anos na literatura. Prope que na esquizofrenia haveria uma disfuno adenosinrgica. A adenosina seria a mediadora do dano cerebral precoce, levando a uma reduo de receptores A1 e perda de tnus inibitrio adenosinrgico sobre outros sistemas neurotransmissores como glutamato. E sugere como modelo farmacolgico os antagonistas adenosinrgicos cafena e teofilina, j com resultados de estudos em animais e de P50 em humanos. O segundo captulo, intitulado: Clinical trial of allopurinol adjuvant therapy for moderately refractory schizophrenia, apresenta o ensaio clnico randomizado, duplo-cego, cruzado de terapia adjuvante com alopurinol em pacientes esquizofrnicos com resposta pobre aos tratamentos convencionais. Nesse estudo, em uma amostra de 23 pacientes, 9 apresentaram melhora de 20% ou mais nos escores da PANSS total (resposta). A resposta foi mais proeminente para os escores da PANSS para sintomas positivos (11respondedores/23), em pacientes mais jovens e com menor tempo de doena. Com esses resultados demonstramos o efeito terapêutico do alopurinol para o tratamento da esquizofrenia refratria, especialmente dos sintomas positivos. O tratamento com alopurinol foi bem tolerado e seu baixo custo favorece seu uso no sistema de sade pblica. Alm disso, seu efeito terapêutico refora o papel da adenosina e do sistema purinrgico na esquizofrenia, estimulando novos estudos.

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Foi investigada a associao entre a utilizao pr-natal de medicamentos com finalidade profiltica, teraputica e no-teraputica e desfechos adversos da gravidez. Foram analisadas as evidncias sobre o potencial teratognico do misoprostol, por meio de reviso sistemtica e metanlise de estudos de caso-controle. A partir da base de dados do Estudo Brasileiro de Diabetes Gestacional (EBDG), uma coorte multicntrica de gestantes atendidas pelo Sistema nico de Sade em seis capitais brasileiras, foi analisada a associao entre o uso referido de medicamentos para induzir a menstruao e desfechos adversos perinatais, incluindo anomalias congnitas, morte intra-uterina e nascimento pr-termo. O uso referido e prescrito de sais de ferro, isolado ou associado a vitaminas, foi analisado quanto aos riscos e benefcios da utilizao profiltica ou teraputica em relao a nascimento pr-termo e baixo peso ao nascer. Quatro estudos envolvendo 4899 casos de anomalias congnitas e 5742 controles foram includos na reviso sistemtica de acordo com os critrios de seleo. Nenhum estudo analisou outros efeitos adversos do misoprostol no resultado da gestao. Foi estimado um risco aumentado de anomalia congnita associada ao uso de misoprostol para qualquer defeito congnito (RC= 3,56; IC 95% 0,98 12,98), seqncia de Moebius (RC= 25,31; IC 95%11,11 57,66) e reduo transversa de membros (RC=11,86; IC 95% 4,86 28,90). Entre as 4856 gestantes estudadas a partir da base de dados do EBDG, 707 (14,6%) relataram o uso de substncias para induzir a menstruao, das quais as mais citadas foram chs, hormnios sexuais e misoprostol. Foi verificada associao positiva entre misoprostol e anomalias congnitas ajustado para centro de realizao da pesquisa (RC 2,64: IC 95% 1,03 6,75). Foi detectada associao positiva entre o uso de hormnios sexuais e anomalias congnitas (RC 2,24; IC 95% 1,06 4,74), independente do centro de realizao da pesquisa. Para os desfechos morte intra-uterina e nascimento pr-termo, no foi verificada qualquer associao com o uso de misoprostol, hormnios sexuais ou chs. Entre as 3865 gestantes estudadas quanto ao uso de sais de ferro durante a gestao, 805 (20,8%) referiram o uso de sais de ferro isolado e 1136 (29,4%) ferro associado a vitaminas. O uso prescrito de sais de ferro isolado foi verificado para 1973 gestantes (51,0%) e de ferro vi associado a vitaminas prescrito para 890 (23%). A prevalncia de anemia foi de 31,3%. Entre as gestantes anmicas, 70,9% utilizavam sais de ferro e entre as no-anmicas, o percentual foi de 51,5%. Aps ajustamento para potenciais confundidores, o uso prescrito de sais de ferro isolado apresentou associao negativa para nascimento pr-termo em gestantes anmicas (RC 0,57 IC 95% 0,40 0,80) mas no em gestantes no-anmicas. Para as demais exposies analisadas, no foi verificado qualquer associao. No foi detectada associao entre o uso de sais de ferro e/ou vitaminas e baixo peso ao nascer. Os resultados apresentados indicam que o uso de misoprostol em gestaes que no se perdem est associado a um maior risco de anomalias congnitas, em geral, e de Seqncia de Moebius e reduo transversa de membros, em particular. O uso terapêutico de sais de ferro em gestantes anmicas mostrou associao negativa para nascimento pr-termo. Entretanto, o uso de sais de ferro em gestantes no anmicas no mostrou relao com os desfechos analisados.