25 resultados para Finanças públicas, Brasil

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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A presente dissertao trata das finanças pblicas do Estado do Rio Grande do Sul e apresenta os elementos determinantes que desencadeiam a configurao de um ambiente de crise fiscal. A caracterizao do ambiente de crise fiscal no Rio Grande do Sul est relacionada com o esgotamento do padro de financiamento do Estado implementado nas ltimas trs dcadas tanto por razes polticas como administrativas. O dficit oramentrio uma constante na histria do Estado, o que diferiu, ao longo do tempo, foi a forma de financiamento do mesmo. Durante o perodo do regime militar, o dficit foi financiado atravs da contratao de novas operaes de crdito, que, no perodo, foram suficientes para custear o servio da dvida e proporcionar recursos adicionais para alavancar os investimentos e ampliar a estrutura administrativa do Estado. A partir de 1983 e no decorrer de toda a dcada de 80, a reduo da folha de pagamento, possibilitada pela conjuntura inflacionria, foi a forma de ajuste. De 1991 a 1994, a conjuntura inflacionria foi decisiva para o financiamento do dficit, permitindo tanto a reduo das despesas com pessoal como a obteno de receitas financeiras em valores significativos. De 1995 a 1998, o dficit foi financiado pelo processo de privatizao. O ambiente de crise fiscal configura-se nessa conjuntura, na qual se inviabiliza a forma de financiamento at aqui utilizada. A relativa estabilidade econmica no permite a reduo, a curto prazo, da folha de pagamento. O custo do endividamento passado consome no presente grande parte de seu oramento, e o projeto poltico que venceu as eleies contra a continuidade das privatizaes como paliativo para resolver os problemas de caixa. Logo, o dficit ter que ser financiado de maneira diferente, provavelmente via reorientao dos gastos e aumento de receitas, o que altera tambm a forma de relao do Estado com os interesses dos diferentes segmentos da sociedade gacha.

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Este trabalho tem por finalidade apresentar um resumo sobre a problemtica da economia informal e as polticas para a gerao de emprego no Brasil, nos anos 90. Como o governo, por meio de polticas pblicas de desenvolvimento econmico, pode minimizar o problema do desemprego, assim, reduzindo a parcela de pessoas que trabalham no setor informal: caracterizar o mercado de trabalho; descrever o mercado informal brasileiro, relacionar e discutir possveis solues, particularmente, pelas polticas pblicas. O universo da pesquisa passa pelo setor informal da economia, sua definio e seu comportamento, sua viabilidade e a posio do governo em relao situao. A metodologia na anlise do estudo de caso mercado informal no Brasil nos anos 90 enquadra-se em uma anlise descritiva e exploratria, e quanto aos meios considerada uma pesquisa bibliogrfica. Este trabalho tem, tambm, por objetivo apresentar algumas polticas que influenciam o setor informal da economia, apresentando quais so elas e abrindo uma discusso sobre o assunto, suas vantagens e desvantagens, bem como quais as mudanas necessrias para uma melhor eficcia. O resultado obtido foi um levantamento do mercado de trabalho no Brasil nos anos 90, sua composio, a situao desse mercado e as polticas empregadas pelo governo durante o perodo para resolver o problema do desemprego e da informalidade. Na concluso, sugerem-se possveis solues para o mercado de trabalho informal no Brasil.

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A preocupao com os ciclos econmicos induzidos por eleies no meramente uma curiosidade cientfica. J se pode dizer que h consenso na literatura que um comportamento ciclicamente endgeno da poltica econmica contribui para a volatilidade nos pases latinoamericanos, de modo que isto tem efeitos significativamente prejudiciais sobre o desenvolvimento destes pases. Em particular o ciclo na poltica fiscal, no estando associado tentativa de compensar o ciclo econmico, mas sincronizado com o calendrio eleitoral leva a uma alocao intertemporal ineficiente dos recursos. Pela importncia do ciclo e pela investigao emprica da teoria no pas, ao longo deste trabalho, buscou-se avanar na agenda de pesquisa sobre ciclo poltico no Brasil. Aqui se procurou cobrir a rea referente aos efeitos de polticas oportunistas de carter eleitoral sobre a execuo oramentria nos estados brasileiros. Investigou-se a existncia de ciclos eleitorais nas variveis oramentrias, visando fornecer uma idia minimamente clara do comportamento destas ao longo dos mandatos e identificar como algumas caractersticas polticoeleitorais dos estados poderiam afetar as receitas e despesas pblicas. Para tanto se utilizou um modelo de painel dinmico, que permitiu que se analisasse uma amostra na sua dimenso temporal capaz de abranger o perodo 1983-2000. Os resultados da estimao acabaram confirmando de maneira contundente as suposies tericas, e mesmo do senso comum, que se tinha em relao ao ciclo poltico nas variveis oramentrias. Para a maioria absoluta das variveis analisadas no se pode negar a existncia de um efeito do perodo eleitoral sobre o seu comportamento, sendo que para aquelas associadas despesa pblica e ao resultado oramentrio, o comportamento no ano eleitoral em particular, confirmou o sugerido pela teoria e pelos resultados de outros trabalhos aplicados a pases em desenvolvimento, desenvolvidos e mesmo para Brasil.

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A presente pesquisa, Mapas da formao docente na dcada de 90: espaos de regulao social e de emancipaes possveis analisa, com base no projeto socio-econmico em vigor no Brasil, as tendncias que so projetadas nas reformas da formao de professores. O estudo valeu-se da abordagem cartogrfica analisando os mapas normativos oficiais representados nesta investigao pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional de 1996, pelo Plano Nacional de Educao e pelas Diretrizes Curriculares para Formao de professores para a Educao Bsica. A pesquisa deteve-se, igualmente, na anlise do mapa de um lugar, em suas interrelaes com as determinaes das polticas macroeducacionais. Estas reflexes foram confrontadas com uma proposta de resistncia, nominada tambm de mapa emancipatrio, conforme ensinamento de Santos (1998, 2000). As concluses provisrias do processo investigativo sinalizam para as marcas reguladoras do processo de formao traduzidas em: transnacionalizao das polticas educativas; educao para o mercado; falsa autonomia; avaliao de desempenho; participao de baixa intensidade; formao, profissional gerenciada; nfase no tcnico e no administrativo; razo prtica. Propondo mapas emancipatrios defende-se a educao como direito universal e bem pblico; o conhecimento emancipatrio; uma poltica global de formao. A pesquisa refora a necessidade de construir novos mapas, os quais sejam portadores de novas frentes de dilogo, de utopia e de emancipaes.

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Este estudo examinou o comportamento do preo das aes de empresas brasileiras aps a realizao de seasoned equity offerings (SEOs), no mdio e no longo prazo, tendo como base as companhias com aes negociadas na Bolsa de Valores de So Paulo (BOVESPA), entre 1993 e 1997. O retorno anormal cumulativo (CAR) apresentou um retorno residual de 15,80% para o perodo de trs anos aps a emisso e de 34,04% para o perodo de cinco anos, estatisticamente significante ao nvel de 5% e 1%, respectivamente. Na segmentao das amostras por setor de atividade econmica, ano de emisso e classe de ao emitida, os resultados encontrados sugerem que esses fatores podem influenciar os desempenhos de longo prazo das companhias brasileiras aps a realizao de SEOs. Verificou-se que os piores desempenhos esto concentrados nas empresas de menor patrimnio lquido. Alm do mais, os piores retornos dos preos, em relao ao mercado, ocorreram para empresas que realizaram SEOs em 1993 e 1994, sugerindo que aspectos conjunturais presentes na economia brasileira influenciam o comportamento do preo das aes.

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A presente dissertao resulta do trabalho de pesquisa realizado no mbito da administrao pblica do Estado do Rio Grande do Sul, cujo foco foi centrado no processo de evoluo e administrao da dvida pblica estadual. Durante dcadas, a maior parte dos investimentos realizados no Estado tem sido financiada com recursos de terceiros, num processo de endividamento crescente, que finalmente acabou por esgotar-se, encontrando seu limite na incapacidade do Estado de, com suas prprias receitas, fazer frente aos compromissos assumidos anteriormente e, ao mesmo tempo, realizar os investimentos necessrios continuidade do desenvolvimento social e econmico. Contudo, antes de ingressar no assunto, que constitui o ltimo captulo da dissertao, faz-se necessrio contextualizar a questo da dvida pblica dentro de um referencial terico, de uma evoluo histrica e do arcabouo legal. Assim, no primeiro captulo realiza-se uma abordagem terica a respeito do crdito pblico, apresentando as diversas teorias e definies sobre o assunto. No segundo captulo desenvolve-se um relato histrico, onde se busca demonstrar que a questo objeto de controvrsias desde a Antigidade, tendo sido tema de importantes debates por parte de financistas, governantes, economistas e historiadores. No terceiro captulo apresenta-se a evoluo da legislao sobre o tema, dando nfase s definies legais atuais que estabelecem a nomenclatura especfica sobre assunto. Ao final, faz-se uma anlise a respeito da evoluo da dvida pblica do Estado do Rio Grande do Sul, onde se questiona a atuao do administrador pblico estadual, ao permitir que, com o decorrer do tempo e com a expanso geomtrica dessa dvida , passasse ele, da condio de condutor desse processo, inerente ao cargo de Governador do Estado, condio de conduzido por esse mesmo processo, numa total dependncia da poltica econmica do Governo Federal.

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O presente trabalho tem por objetivo analisar a contribuio das aes do Poder Pblico Municipal de Porto Alegre (RS) para a consolidao, em moldes solidrios, das Unidades de Triagem (UTs) integrantes do Sistema de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos (GIRS). A implantao do GIRS no municpio marca uma mudana no paradigma predominante at ento, na qual o poder pblico municipal, em vez de simplesmente abandonar os resduos municipais em lixes, passa a gerenci-los, de modo a reduzir, reciclar e reaproveitar materiais, enxergando, assim, as atividades de limpeza pblica de modo global e relacionadas s demandas econmicas, culturais e sociais da sociedade. Para a consecuo deste trabalho, escolheu-se um estudo do tipo exploratrio, mas tambm descritivo, no qual, na coleta de dados, alm de extensa anlise documental, foram realizadas duas rodadas de entrevistas com agentes da rede pblica de rgos da Prefeitura Municipal de Porto Alegre que mantm interao com os recicladores e participam diretamente da formulao das aes pblicas em prol da reciclagem de resduos slidos no municpio, buscando-se identificar a real contribuio do poder pblico municipal para a consolidao das UTs. Os resultados sugerem que as UTs passaram a nortear a poltica municipal de resduos slidos. O poder pblico classificou estas iniciativas como caractersticas de empreendimentos de Economia Popular Solidria e, por meio do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e da Secretaria Municipal da Produo, Indstria e Comrcio (SMIC), desenvolveu diversas aes com o intuito de alavancar o programa de reciclagem de Porto Alegre. Todas estas aes visam fornecer uma contribuio para a incluso social dos excludos do sistema formal, bem como o desenvolvimento de condies de auto-sustentabilidade para a emancipao das associaes de catadores. Em relao s unidades de triagem, conclui-se que h uma mudana de foco nas aes do poder pblico. Em um primeiro momento, estas unidades eram vistas como uma forma de trazer da informalidade para a formalidade grupos de pessoas que tivessem antecedentes ou estivessem envolvidas com atividades relacionadas catao de resduos tanto nas ruas como em lixes. Com os resultados positivos do projeto, institucionalizou-se a criao das UTs, com a conseqente alimentao de matria-prima via Coleta Seletiva (CS), como o principal projeto de gerao de trabalho e renda do governo municipal. Entretanto, em virtude do agravamento da crise econmica enfrentada pelo pas, houve um crescimento do nmero de catadores independentes nas ruas de Porto Alegre, tanto de catadores em condio de excluso quanto catadores patrocinados por empresas interessadas no material do reciclo. Como conseqncia deste processo, est havendo uma diminuio da quantidade de resduos coletados pela CS, o que j est ocasionando quedas nos rendimentos dos trabalhadores nas associaes que dependem do DMLU para a obteno de resduos, evidenciando a necessidade da gerao de novas fontes de resduos como premissa de viabilidade da CS.

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A tese analisa a poltica fiscal do Estado do Rio Grande do Sul entre 1970 e 2003. O estudo est assim dividido: em primeiro lugar, rev o debate sobre se os dficits pblicos importam ou no; em segundo lugar, testa a hiptese de sustentabilidade da poltica fiscal do Rio Grande do Sul, por meio de testes de raiz unitria e de cointegrao; em terceiro lugar, testa a hiptese tax-smoothing para o caso do Rio Grande do Sul; em quarto lugar, testa diversas hipteses sobre os determinantes do dficit pblico, medido pela variao da relao dvida/PIB, e do dficit primrio para o caso do Rio Grande do Sul. As hipteses foram divididas em grupos de fatores: os econmicos, os institucionais e os polticos.

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o Instituto Nacional do Livro - INL como organismo governamental responsvel pela promoo do livro, pela concepo e coordenao das polticas de bibliotecas pblicas implantadas no Brasil, entre 1937 e 1989. Influncias dos Planos Nacionais de Desenvolvimento e dos Planos Setoriais de Educao e Cultura no planejamento das politicas de bibliotecas. Anlise do desempenho da Seo das Bibliotecas e de suas sucessoras, em relao a seu objetivo de desenvolver a biblioteca pblica no pais. ldentificao da politica do livro concebida pelo INL, como poltica para as bibliotecas. Estudo da literatura publicada sobre bibliotecas públicas, para estabelecer a vinculao entre as politicas e a sua aplicao no dia-a-dia das bibliotecas.

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Foram utilizados metais pesados e colimetrias como indicadores biolgicos, na avaliao da qualidade do pescado artesanal do Lago Guaba, localizado junto regio metropolitana de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul (Brasil), visando oferecer subsdios para discusso da qualidade de vida dos pescadores artesanais, de suas famlias e dos consumidores deste pescado, bem como fundamentar decises de polticas pblicas. Exemplares de, Leporinus obtusidens (Characiformes, Anostomidae) (Valenciennes, 1847) Piava (denominao local) e de Pimelodus maculatus (Siluriformes, Pimelodidae) (Lacpde, 1803), Pintado (denominao local), foram capturados por pescadores cooperativados, em trs pontos do referido Lago a saber: Delta do Jacu, Canal de Navegao e Lagoa. As amostras foram colhidas entre junho de 2000 a setembro de 2001. Foram avaliadas, quanto a presena de mercrio, 27 exemplares de Leporinus obtusidens e 27 de Pimelodus maculatus. Os nveis de mercrio foram determinados por espectrofotometria de absoro atmica e, excetuando-se duas amostras de Piava, os nveis de mercrio estavam abaixo de 0,5g/g, limite tolerado pela legislao vigente no Brasil para peixes no predadores. A mdia encontrada nos Pintados (0,216 mg/kg) significativamente maior (p<0.001), quando comparada das Piavas (0,094 mg/kg). Presume-se como hiptese o fato dos Pintados serem peixes de nvel trfico elevado e as Piavas, por sua vez, de nvel trfico baixo. Tambm foram avaliadas, quanto a presena de arsnio, 27 amostras de Leporinus obtusidens 27 de Pimelodus maculatus. Os nveis de arsnio foram determinados por espectrofotometria de absoro atmica. Os nveis encontrados estavam abaixo de 1,0 mg/kg, limite tolerado pela legislao vigente no Brasil para peixes e seus produtos. A mdia encontrada nos Pintados foi de 0,142 mg/kg e nas Piavas de 0,144 mg/kg. Na mesma ocasio, foram avaliadas quanto a presena de coliformes totais, fecais e Escherichia col, 43 amostras de Leporinus obtusidens e 43 de Pimelodus maculatus. Os nveis colimtricos totais e fecais foram determinados segundo Brasil. Ministrio da Agricultura (1992), utilizando-se a tcnica dos Nmeros Mais Provveis. A presena de E. coli foi confirmada pelo teste do Indol. A mdia dos coliformes fecais significativamente maior nos Pintados quando comparado com as Piavas (p = 0,043). Em relao a E. coli existe diferena significativa entre a Piava e o Pintado (p=0,040). O Pintado significativamente mais contaminado que a Piava. Das Piavas analisadas 4,65 % estavam acima dos nveis permitidos pela legislao brasileira para coliformes fecais e dos Pintados, 11,62 % das amostras tambm estavam fora destes limites. Em 23,25 % das amostras de Piava e 44,18% de Pintados foi constatada a presena de E. coli. No houve diferena nos resultados quanto aos pontos de captao do pescado. Os valores encontrados no presente trabalho indicam a necessidade de maior ateno s boas prticas de higiene desde a captura, manipulao e processamento do pescado, preservando-se o ambiente e as condies sociais, culturais e mesmo artesanais envolvidas.

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A Metade Sul do Rio Grande do Sul, considerando sua extenso territorial e a persistncia secular de seu declnio econmico, configura-se como uma das questes de maior complexidade na rea regional. Nos ltimos anos, diversos estudos foram realizados para compreender os motivos desse baixo dinamismo econmico. Ao mesmo tempo, presses de polticos locais e da opinio pblica motivaram a formulao de diversas aes governamentais desenhadas especificamente com o objetivo de reverter essa situao. O presente trabalho teve como objetivo central destacar e analisar, do ponto de vista da administrao pblica, os principais programas econmicos concebidos nas ltimas duas dcadas, direcionados a recuperar economicamente essa regio. Baseado nos conceitos tericos das recentes contribuies no campo da economia regional e utilizando o instrumental de anlise de polticas públicas, tornou-se possvel compreender a concepo central das polticas adotadas e apresentar novas perspectivas de ao.

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O objetivo geral deste trabalho analisar as relaes existentes entre o capital social e as polticas pblicas. Especificamente, pretende-se avaliar a capacidade de uma poltica pblica brasileira em induzir a formao do capital social. Sendo esta poltica a Linha Infra-estrutura e Servios aos Municpios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Fundando-se nas concepes de WOOLCOCK (1998), avalia-se que o capital social uma noo terica dinmica e multidimensional, ocorrendo, portanto, vrios tipos (institucional, extra-comunitrio e comunitrio) e dimenses (enraizamento e autonomia) de capital social. Conclui-se que o capital social ainda no um conceito definido. Mas considera-se que um arcabouo terico emergente, com expressiva possibilidade de utilizao nos estudos que procurem entender a importncia das relaes sociais no processo de desenvolvimento. Parte-se de uma crtica concepo de capital social presente na obra de PUTNAM (1996). Avalia-se que o capital social no formado apenas pelos atributos culturais, determinados historicamente, de uma dada populao. O Estado tambm cumpre uma importante funo protetora ou coercitiva que contribui para a formao do capital social social. Defende-se, inclusive (e de acordo com EVANS) que o Estado deve ter uma forma de atuao que seja mais ativa para a induo a formao do capital social, principalmente entre populaes mais empobrecidas. So apresentadas experincias latino americanas de polticas públicas, que conseguiram xito na induo a formao do capital social. A anlise destas experincias evidenciaram que, em polticas pblicas que visem descentralizao, o Governo central cumpre um papel primordial na proteo ao capital social emergente das populaes pobres, em relao aos interesses dominantes das elites locais. E foi a adequada estratgia operacional destas polticas que permitiu que elas alcanassem tais objetivos Os principais mecanismos operacionais que estas polticas utilizaram para o seu sucesso foram a publicizao, a formao e a capacitao, a proteo aos conselhos gestores locais e a presena de funcionrios pblicos, ao nvel local, que cumpriam a funo da autonomia inserida. A Linha Infra-estrutura e Servios aos Municpios do PRONAF, que o objeto desta investigao, avaliada neste trabalho somente em relao capacidade que possui em induzir a formao dos vrios tipos e dimenses do capital social. As fontes empricas utilizadas foram as vrias pesquisas, estudos e relatrios de campo j elaborados sobre este programa. A hiptese bsica de pesquisa foi comprovada e permitiu concluir que esta poltica pblica tm uma baixa capacidade de induo a formao do capital social, especialmente o tipo institucional. Prope-se a adoo de mecanismos operacionais em polticas pblicas descentralizadas, ao moldes da Linha Infra-estrutura do PRONAF, com o objetivo de se buscar induzir a formao do capital social. E, por ltimo, defende-se a importncia da utilizao de polticas pblicas descentralizadas e da noo terica sobre o capital social nas estratgias de desenvolvimento rural para o Brasil.

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A partir da metade da dcada de 1980, no Brasil, aconteceram uma srie de mudanas, entre elas o ressurgimento da sociedade civil, a retomada da democracia, a aplicao de polticas neoliberais com a conseqente minimizao do Estado, a descentralizao das polticas pblicas e o surgimento da questo ambiental. Ao mesmo tempo em que o Estado perdeu poder no mbito econmico, conservou boa parte da sua capacidade reguladora, convertendo-se num Estado atuante. Neste contexto de mudanas, se implementaram no Brasil projetos centrados no manejo e conservao dos recursos naturais, financiados, executados e avaliados pela articulao entre o Banco Mundial e os governos estaduais e federal. Entre eles, dois projetos destacam-se por terem alcanado as suas metas programadas, o Paran Rural e o Microbacias implementados respectivamente nos Estados do Paran (1989-1997) e Santa Catarina (1991-1999). Estes comearam como projetos agronmicos, caractersticos dos anos setenta e oitenta, mas se transformaram em projetos tipicamente scio-ambientais com a idia de sustentabilidade em seu cerne operativo, incorporando a microbacia hidrogrfica como unidade operacional. Alm disso, se destacaram pela descentralizao das aes, deslocando responsabilidades aos diferentes atores, estimulando uma crescente participao dos beneficirios e incorporam a dimenso ambiental nos seus componentes Este trabalho analisa comparativamente as caractersticas originais dos projetos, a sua evoluo experimentada, os principais resultados, as mudanas introduzidas, os limites encontrados e o aprendizado de sua implementao. Alm disso, se examinam aspectos como o papel da sociedade civil, descentralizao, polticas de redes e capital social, noes tericas que ajudam interpretao das polticas pblicas atuais. Finalmente, se analisa a influncia da discusso em relao questo ambiental e utilizao da noo de microbacia hidrogrfica como unidade de planejamento e ao. Nas avaliaes constatou-se que os projetos lograram superar suas metas programadas, mesmo com diferentes graus nas distintas regies, obtendo-se um adequado controle da eroso dos solos, aumento da produtividade, diminuio da poluio das guas e melhoramento da infra-estrutura de estradas, entre outros. Ao mesmo tempo, geraram-se condies, em virtude da dinmica ocorrida, que criaram situaes novas de cooperao social e que ampliaram as possibilidades de construir novas iniciativas econmicas e sociais Alm disso constatou-se um alto envolvimento das entidades pblicas e privadas e dos agentes locais na participao dos projetos, maior participao da assistncia tcnica, e um significativo comprometimento das prefeituras. Os resultados alcanados estiveram relacionados com as estratgias operacionais implementadas, que tinham os pressupostos bsicos das polticas de redes. Os trabalhos nas microbacias hidrogrficas foram pautados em arranjos ou acordos institucionais que permitiram a descentralizao das decises e das aes, e, junto participao dos beneficirios, permitiram congregar e estimular o capital social comunitrio.

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Esta tese discute trs temas: polticas públicas, gesto tecnolgica, e setor automotivo. Tendo por objetivo abreviar o ciclo de absoro e desenvolvimento de tecnologia, um volume expressivo de recursos tem sido transferido do setor pblico para o setor privado atravs do que denominado de Poltica Pblica Indutora (PPI). Os governos pretendem, assim, atrair aquelas empresas tecnologicamente mais capacitadas, na expectativa de que transfiram para a localidade onde se instalam o conhecimento que detm. No Brasil, um dos setores-alvo deste tipo de poltica tem sido o automotivo, circunstncia observada em diferentes momentos da histria. Efetivamente, o Regime Automotivo Brasileiro pretende no apenas acelerar o desenvolvimento do pas, mas tambm promover uma significativa transferncia de tecnologia. A anlise das PPI, por ser de extrema importncia, bastante influenciada e dificultada quer por seus defensores, quer por seus destratores, que as vem sob os aspectos de sucesso ou no; mas, no bastasse essa dificuldade, h tambm o elevado contedo ideolgico que sustenta as argumentaes, que faz com que a avaliao se perca num quadro inconclusivo. Afinal, estas iniciativas so benficas ou no para o pas e para as economias regionais? Finalmente, a eficcia, e portanto o acerto desta estratgia s pode ser avaliado expost facto, quando j comprometidos, qui irremediavelmente, os recursos pblicos. Por essa razo, este estudo desenvolve uma anlise ex-ante das polticas pblicas do tipo indutoras, fazendo uso de um modelo compreensivo que permite uma anlise longitudinal, captando assim, as mudanas no ambiente. Entre outras, procurou-se responder seguinte questo: possvel, hoje, inferir quanto contrib uio, se positiva ou negativa, que o Regime Automotivo Brasileiro e os seus desdobramentos estaduais traro capacidade tecnolgica no entorno da empresa atrada? O problema e a questo de pesquisa foram abordados, predominantemente, sob um enfoque qualitativo, e o mtodo escolhido foi o estudo de caso. Com o auxlio do modelo proposto foi analisada e avaliada a potencialidade de aumento na capacidade tecnolgica induzida pela instalao da unidade montadora da General Motors do Brasil, em Gravata, Rio Grande do Sul. Ao final conclui- se que os benefcios previstos pelo Regime Automotivo Brasileiro, no que diz respeito a capacitao tecnolgica local, dificilmente sero atingidos pela instalao de novas empresas automotivas ou a modernizao das existentes.

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Esta pesquisa tem como objetivo analisar o impacto das fuses e aquisies no desempenho operacional dos bancos comerciais e mltiplos que operam no mercado brasileiro no perodo compreendido entre 1996 e 2000. Foram examinadas as mudanas na performance de uma amostra de trinta e trs bancos envolvidos nestes processos. Para isto foram calculados dezenove indicadores pertencentes s seguintes categorias: retorno para os acionistas, eficincia operacional e qualidade da gerncia. A seguir, foram aplicados dois tipos de testes. O teste de sries com sinal de Wilcoxon permitiu provar a significncia das mudanas percentuais dos indicadores . O teste foi utilizado para avaliar as seguintes diferenas: dos indicadores de bancos - alvo e dominantes antes das fuses, dos indicadores dos bancos participantes de aquisies para um ano anterior e posterior compra e dos indicadores dos bancos constituintes das incorporaes para um ano antes e depois do acontecimento. O teste t para amostras emparelhadas foi aplicado para avaliar as diferenas nos indicadores de bancos fundidos contra bancos no fundidos durante todo o perodo de estudo. Foi possvel verificar que os processos de aquisio e fuso no resultaram em ganhos significativos na eficincia operacional, quando a eficincia medida por relaes de despesas. Observa-se que estas propores so maiores nos bancos fundidos, o que mostra uma desvantagem, em termos de eficincia, dos bancos fundidos em comparao com os outros bancos. Para as aquisies observou-se uma melhora nos indicadores de rentabilidade e qualidade da gerncia, aps a compra. Porm, em comparao com o grupo de controle estes indicadores foram inferiores na maioria dos anos. Por sua vez, as incorporaes apresentaram uma diminuio nestes indicadores, mas esta reduo no foi significativa. Poder-se-ia inferir que os bancos no fundidos reportaram maiores margens de lucro para os acionistas.