74 resultados para Estresse oxidativo Teses

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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As acidemias propinica e metilmalnica so desordens neurometablicas hereditrias caracterizadas por progressiva deteriorao neurolgica, retardo mental, atraso no desenvolvimento psicomotor, convulses e coma. A fisiopatologia do dano cerebral caracterstico destas doenas ainda pouco conhecida. No presente estudo investigamos o efeito de administrao crnica (5o ao 28o dia de vida) dos cidos propinico (PA) e metilmalnico (MA), que so os metablitos acumulados em maiores concentraes nos pacientes portadores das acidemias propinica e metilmalnica, respectivamente, sobre o comportamento de ratos e sobre alguns parmetros bioqumicos de estresse oxidativo no hipocampo dos animais. O comportamento dos animais foi avaliado 30 dias aps o trmino do tratamento nas tarefas do labirinto aqutico de Morris e no campo aberto. Os parmetros bioqumicos avaliados foram o potencial antioxidante total do tecido (TRAP) e a atividade das enzimas catalase, superxido dismutase e glutationa redutase. Todos as anlises bioqumicas foram realizadas em hipocampo, estrutura fundamental para a localizao espacial, requerida na tarefa do labirinto aqutico de Morris. As doses de propionato ou metilmalonato foram administradas de acordo com as preconizadas nos modelos experimentais destas acidemias, tomando em considerao o peso e da idade dos animais. Os ratos controles receberam soluo salina nos mesmos volumes. A administrao de PA ou MA no alterou o peso dos animais. Entretanto foi encontrado um dficit de aprendizado e memria no grupo tratado com PA, e um dficit de memria no grupo tratado com MA. Nenhum dos grupos testados apresentou alteraes na atividade motora (nmero de cruzamentos) na tarefa do campo aberto. Tambm determinamos o efeito da co-administrao de cido ascrbico nos animais tratados cronicamente com PA ou MA. Encontramos que o cido ascrbico preveniu o dficit cognitivo provocado pela administrao crnica de PA e MA. Por outro lado, verificamos que os tratamentos crnicos com PA e MA diminuram o TRAP no hipocampo dos ratos, sem alterar a atividade de nenhuma das enzimas testadas. A preveno do dficit cognitivo pelo cido ascrbico associada diminuio do TRAP no hipocampo dos animais tratados cronicamente com PA ou MA sugere que o estresse oxidativo pode estar relacionado com o dficit cognitivo encontrado no presente trabalho. Concluindo, nossos resultados indicam que o estresse oxidativo pode estar envolvido, ao menos em parte, com o dano cerebral nos pacientes afetados pelas acidemias propinica e metilmalnica.

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A contribuio dos radicais livres na hipertenso est relacionada com a produo do nion radical superxido e sua influncia na ativao da enzima conversora da angiotensina (ECA). Os estrognios tm um potencial antioxidante bastante relevante, uma vez que esse hormnio esteride pode interferir no processo de iniciao da lipoperoxidao (LPO), atuando como scavenger de radicais livres. Foram objetivos deste trabalho avaliar a influncia dos estrognios na LPO, na capacidade antioxidante total (TRAP), na atividade das enzimas antioxidantes e no metabolismo do NO em corao e rins de ratas hipertensas. Procurou-se, ainda, avaliar a progresso temporal do estresse oxidativo sistmico. Foram utilizadas 60 ratas Wistar, divididas em 4 grupos: normotenso controle (NCO), hipertenso controle (HCO), normotenso castrado (NCA) e hipertenso castrado (HCA). Foi induzida a hipertenso renovascular (modelo Goldblatt 2) por 21 dias e, concomitantemente, realizada a ovariectomia. Num grupo de animais, amostras de sangue foram coletadas no 3, 10 e 20 dia. Em outros animais, os coraes e rins foram homogeneizados, no 21 dia. Na avaliao sistmica, a quimiluminescncia (QL) aumentou do 3 para o 21 dia nos grupos HCO, NCA e HCA em relao ao grupo NCO. A atividade da superxido dismutase (SOD) seguiu o mesmo padro de oscilao. Os nveis de nitratos tambm aumentaram no 21 dia nos grupos HCO, NCA e HCA. No entanto, no 3 dia mostraram-se menores que os do grupo NCO.A atividade da catalase (CAT) mostrou-se aumentada no 10 dia nos grupos HCO e HCA em relao aos grupos NCO e NCA. J o TRAP apresentou-se diminudo no 10 dia nos grupos HCO, NCA e HCA em relao ao 3 dia e ao grupo NCO. Nos tecidos, a LPO apresentou-se aumentada no grupo NCA em relao ao grupo NCO e o grupo HCA apresentou-se aumentado em relao aos grupos HCO e NCA . A atividade da SOD em homogeneizado cardaco apresentou-se aumentada nos grupos hipertensos. A atividade da glutationa peroxidase (GPx) em tecido cardaco apresentou-se aumentada no grupo HCO em relao aos grupos NCO e HCA. A atividade da CAT em homogeneizado cardaco apresentou-se aumentada nos grupos HCO e NCA em relao ao grupo NCO. No rim a CAT apresentou-se aumentada nos grupos castrados. A atividade da glutationa S-transferase (GST), em corao e rins, apresentou-se aumentada com a hipertenso. O TRAP apresentou-se, em tecido cardaco, diminudo no grupo HCO e aumentado no grupo HCA. No tecido renal, apenas o grupo NCA apresentou TRAP aumentado. O nvel de nitratos em tecido cardaco apresentou-se menor no grupo HCO e maior no grupo NCA em relao ao grupo NCO. O grupo HCA apresentou-se menor em relao ao grupo NCA. Nos homogeneizados de rins a SOD, a GPx e os nitratos no apresentaram diferenas significativas entre os grupos. Pode-se observar que tanto a hipertenso quanto a castrao induziram um aumento de estresse oxidativo sistmico que progride com o passar do tempo, assim como adaptaes do sistema antioxidante enzimtico e no enzimtico. Nos tecidos, o estresse oxidativo aumentado pela retirada dos estrognios, efeito este potencializado quando concomitante hipertenso. Os dados encontrados neste trabalho confirmam a ao antioxidante dos estrognios.

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A deficincia da enzima desidrogenase de acil-CoA de cadeia curta (SCAD) um erro inato do metabolismo potencialmente letal que afeta o ltimo ciclo da oxidao de cidos graxos. O bloqueio da rota na converso de n-butiril-CoA a acetil-CoA resultante da deficincia enzimtica leva ao acmulo tecidual e aumento da concentrao nos lquidos biolgicos predominantemente dos cidos etilmalnico e metilsucnico. Os pacientes afetados apresentam episdios de acidose metablica intermitente, hiperamonemia, coma e acidose neonatal com hiperreflexia, miopatia por depsito de lipdios e hipotonia. Os sinais e sintomas dessa doena so variveis, podendo aparecer em qualquer idade, do nascimento vida adulta, e em combinaes variveis, freqentemente levando a episdios ameaadores vida de descompensao metablica depois de um perodo de ingesta inadequada de calorias e/ou doena intercorrente. Tendo em vista que a patognese do dano cerebral na deficincia da SCAD pouco conhecida, no presente estudo investigamos a ao dos cidos etilmalnico e metilsucnico sobre alguns parmetros envolvendo o sistema glutamatrgico e a produo de estresse oxidativo em crebro de ratos jovens. Observamos inicialmente que o cido etilmalnico promoveu uma diminuio significativa na captao de L-[3H]glutamato por fatias de crtex nas concentraes de 0,01, 0,1 e 1,0 mM. J nas tcnicas relacionadas unio de L-[3H]glutamato em membranas sinpticas plasmticas, o cido provocou uma diminuio da ligao de L-[3H]glutamato s membranas na ausncia de sdio em todas as concentraes testadas (0,01 1,0 mM) e, quando em presena de sdio, houve diminuio da unio somente na concentrao de 1,0 mM do cido. Por outro lado, no foi verificado qualquer efeito desse cido sobre a captao vesicular de L-[3H]glutamato nas concentraes utilizadas. O cido metilsucnico comportou-se de forma semelhante ao cido etilmalnico nos parmetros de captao de L-[3H]glutamato por fatias e unio de L-[3H]glutamato em membranas sinpticas plasmticas. Houve uma diminuio da captao de glutamato por fatias de crtex cerebral, uma diminuio da unio de L-[3H]glutamato na ausncia de sdio em todas as concentraes e, na presena de sdio, uma diminuio da captao apenas na concentrao de 1,0 mM. Por outro lado, distintamente do que ocorreu com o cido etilmalnico, na captao vesicular observamos uma diminuio da captao em todas as concentraes testadas. Nossos resultados demonstram, desta forma, alteraes importantes no sistema glutamatrgico pelos cidos acumulados na deficincia da desidrogenase de acil-CoA de cadeia curta. A etapa seguinte foi investigar o efeito dos cidos etilmalnico e metilsucnico sobre parmetros de estresse oxidativo em crtex cerebral de ratos jovens: medida do potencial antioxidante total (TRAP), medida das substncias reativas ao cido tiobarbitrico (TBA-RS) e medida de quimiluminescncia. Foi verificado que os dois cidos no afetam a lipoperoxidao, medida atravs do TBA-RS e quimiluminescncia e tampouco as defesas antioxidantes no-enzimticas, medidas atravs do TRAP. Embora no tenhamos medido o efeito dos cidos sobre as defesas enzimticas antioxidantes representadas pelas enzimas superxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase, os resultados dos parmetros analisados no presente trabalho sugerem que os cidos acumulados na deficincia da SCAD no produzem estresse oxidativo.

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O exerccio fsico est relacionado com a formao de radicais livres e com a adaptao do sistema antioxidante. O objetivo deste trabalho foi avaliar os parmetros oxidativos e antioxidantes aps trs sesses independentes de exerccio agudo em esteira rolante, em trs intensidades diferentes, determinadas a partir dos limiares ventilatrios e consumo mximo de oxignio, obtidos em um teste de potncia aerbia mxima. Dezessete indivduos do sexo masculino com idade entre 20 e 30 anos divididos em dois grupos; oito triatletas, compondo o grupo treinado, e nove estudantes de educao fsica, compondo o grupo no treinado. As amostras sangneas foram coletadas antes e imediatamente aps o exerccio para determinao da quimiluminescncia, da capacidade antioxidante total plasmtica (TRAP) e da atividade eritrocitria das enzimas superxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx). Foram observados um efeito do exerccio sobre a capacidade antioxidante total, que se apresentou aumentada aps o exerccio (p<0,05) e um efeito do estado de condicionamento fsico sobre a atividade da enzima glutationa peroxidase, que se apresentou maior nos indivduos treinados (p<0,05). Houve reduo da quimiluminescncia aps o exerccio em alta intensidade no grupo treinado (p<0,05). A enzima superxido dismutase se apresentou elevada aps o exerccio nas intensidades baixa e mdia no grupo no treinado (p<0,05). No foram encontradas mudanas na atividade da enzima catalase.

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A insuficincia renal crnica (IRC) uma sndrome caracterizada pela perda geralmente progressiva e irreversvel da funo renal. O tratamento da IRC terminal envolve alguma forma de dilise ou transplante renal. O objetivo deste estudo foi avaliar a repercusso de uma sesso de hemodilise (HD) na funo pulmonar e estresse oxidativo de doentes renais crnicos. Foram estudados 33 pacientes, 17 mulheres e 16 homens com mdia de idade 42,76 14,25 anos, que realizavam HD na Unidade de Nefrologia do Hospital de Clnicas de Porto Alegre. Para participar do estudo, os pacientes no podiam apresentar doena pulmonar de base e nenhum episdio respiratrio nos seis meses que o antecederam. A avaliao respiratria deu-se atravs de exames de espirometria, manovacuometria, oximetria e gasometria, realizados antes e aps uma sesso de HD. As variveis espiromtricas foram analisadas em percentagens de valores de referncia em substituio a valores absolutos com o objetivo de eliminar efeitos de idade, altura e sexo. A capacidade vital forada (CVF), o volume expiratrio forado no primeiro segundo (VEF1) e o pico de fluxo expiratrio (PFE) apresentaram um aumento significativo aps sesso de HD. O fluxo expiratrio forado, 25 a 75% da manobra de capacidade vital forada (FEF25-75%), tambm apresentou melhora aps HD, porm, esta no foi estatisticamente significativa O aumento observado nas variveis espiromtricas se refletiu numa variao nos laudos espiromtricos em 27% dos pacientes, ocorrendo principalmente naqueles que apresentavam quadro de distrbio ventilatrio restritivo. Houve um aumento significativo no nmero de espirometrias normais, passando de 12 (37%) para 17 (52%). A manovacuometria foi utilizada para medir a fora muscular respiratria e os dados foram analisados em percentagens de valores previstos. A fora muscular inspiratria e expiratria, medida pela presso inspiratria mxima (PImx) e presso expiratria mxima (PEmx) respectivamente, apresentaram aumento significativo. A oximetria no acompanhou as variveis espiromtricas e fora muscular respiratria, permanecendo inalterada aps HD. Isso pode ser explicado pelos resultados encontrados na gasometria, aps HD houve um aumento substancial no pH e nos nveis de bicarbonato, caracterizando um quadro de alcalose metablica. Observou-se tambm queda na presso parcial de oxignio e aumento na presso parcial de dixido de carbono, provavelmente na tentativa de restabelecer o valor do pH Assim, constatou-se que, mesmo sem apresentar sintomas respiratrios, pacientes renais crnicos, na maioria das vezes, apresentam alterao na funo pulmonar que melhora aps tratamento com HD. Dos 33 pacientes avaliados do ponto de vista respiratrio, 17 foram selecionados para anlise de estresse oxidativo. Utilizaram-se como critrios de excluso, pacientes com doenas hepticas, processos inflamatrios crnicos, doena cardaca conhecida, tabagistas e alcoolistas. Como no existem valores de referncia para estresse oxidativo, 18 indivduos saudveis e no fumantes formaram o grupo controle. A lipoperoxidao (LPO) em eritrcitos foi medida por quimiluminescncia (QL). Os doentes renais crnicos apresentaram nveis expressivamente maiores que os controles, que permaneceram os mesmos aps uma sesso de HD. O dano s protenas no plasma observado atravs da tcnica das carbonilas, no mostrou variao relevante aps sesso de HD, e os nveis apresentados pelos pacientes foram significativamente superiores aos observados nos controles. Nos eritrcitos, o sistema antioxidante enzimtico, foi verificado atravs da atividade das enzimas superxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). Ambas apresentaram o mesmo perfil: atividade consideravelmente diminuda quando comparada com controles, no modificando aps uma sesso de HD. No plasma, a capacidade antioxidante total (TRAP), foi muito superior nos pacientes quando comparados aos controles, com importante reduo aps sesso de HD Analisou-se tambm o metabolismo do xido ntrico (NO) atravs de seus metablitos: nitritos e nitratos. Os nitritos mostraram-se expressivamente aumentados nos doentes renais, e ainda mais aps sesso de HD. Os nitratos quando comparados aos controles, apresentaram valor semelhante. Seus nveis aumentaram aps tratamento, porm, de forma estatisticamente irrelevante. Portanto, aps HD, houve incremento no estresse oxidativo caracterizado por elevao nos nveis de nitritos e reduo do TRAP, apesar do dano a lipdios e protenas no ter aumentado neste tempo de avaliao.

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Os dejetos de mercrio utilizados industrialmente atingem a natureza e, por este motivo, isto se tornou um problema de Sade Pblica. O mercrio pode agir como iniciador de lipoperoxidao (LPO) e promover formao de radicais livres. Estudos prvios demonstraram que o HgCl2, de forma aguda, diminui a atividade mecnica do corao e afeta a freqncia cardaca. Foi objetivo deste estudo reproduzir um modelo de intoxicao crnica por cloreto de mercrio atravs da administrao subcutnea deste metal por 30 dias e verificar se muda a concentrao sangnea deste metal nos ratos tratados. Buscou-se tambm observar se o cloreto de mercrio produz modificaes temporais sistmicas no estresse oxidativo e alteraes na lipoperoxidao, na capacidade antioxidante total e na atividade das enzimas antioxidantes em homogeneizado cardaco, heptico e renal entre os grupos, aps 30 dias de intoxicao. Para isto, foram utilizados 20 ratos machos Wistar com peso aproximado de 250g, divididos em dois grupos: grupo Controle (C), que foram injetados subcutaneamente sem introduo de substncias e grupo HgCl2 (H), os quais receberam injeo subcutnea deste composto na concentrao de 5mg/Kg de peso, diludos em soro fisiolgico. Ambos foram injetados durante 30 dias consecutivos, sempre mesma hora. Foi coletado sangue do plexo retrorbital dos animais na 1, 2 e 4 semana de tratamento para medida do estresse oxidativo. Aps o trmino do tratamento, o sangue total de cada rato foi retirado e, ento, estes animais foram sacrificados e seus coraes, fgados e rins foram retirados e homogeneizados. Os eritrcitos lavados e os sobrenadantes teciduais foram utilizados para medidas de lipoperoxidao, atravs de quimiluminescncia e para medida das atividades enzimticas da Catalase (CAT), Superxido Dismutase (SOD), Glutationa-S-Transferase (GST) e Glutationa Peroxidase (GPx). A capacidade antioxidante total (TRAP) foi medida em plasma e sobrenadante tecidual. Como resultados, observamos que os ratos tratados diminuram de peso significativamente (diferena de peso de quase 50% entre os grupos). A concentrao sangnea de mercrio no grupo tratado estava aumentada significativamente. Comparando-se os grupos experimentais, observou-se, em relao ao estresse oxidativo temporal sangneo, que na 2 semana de tratamento as enzimas antioxidantes GST e GPx aumentaram suas atividades (14% e 28%, respectivamente), em relao ao grupo controle. A SOD mostrou-se diminuda na 1 e 2 e aumentou na 4 semana, significativamente (25%, 50% e 43%, respectivamente). A atividade da CAT no variou no sangue. O TRAP esteve diminudo pela metade na 1 semana de estudo. Quando se comparou o comportamento de cada grupo com ele mesmo como referncia ao longo do tempo de estudo, notou-se que o grupo controle apresentou um aumento progressivo na atividade da GST, com o passar das semanas. Em relao GST, o grupo controle apresenta uma queda de atividade na 2 semana, tendo esta atividade aumentada na 1 e 4 semana. A enzima SOD e o TRAP mantiveram-se aproximadamente constantes no decorrer dos trinta dias de experimento, no grupo controle. A atividade da CAT mostrou-se diminuda na 1 semana, em relao s demais, no grupo controle. J o grupo tratado, quando comparado a si mesmo durante o tempo de intoxicao, apresentou-se com a atividade da enzima GST diminuda na 1 semana, aumentando na 2 e, a partir da, constante. A atividade da GPx e da SOD mostrou o mesmo perfil neste grupo, estando aumentada na 1 semana, diminuda na 2 e aumentada novamente na 4semana de tratamento. A CAT aumentou progressivamente no grupo tratado no decorrer do tempo de intoxicao, o mesmo ocorrendo com o TRAP. Em relao aos tecidos, no corao a atividade da CAT encontrou-se diminuda e houve aumento significativo de LPO ao final do estudo. O TRAP apresentou-se aumentado em 225%. No rim, a CAT diminuiu significativamente no grupo que recebeu HgCl2 e a GST encontrou-se muito aumentada, quando comparada ao grupo controle. O TRAP aumentou 100%. No fgado, a lipoperoxidao aumentou 44% e as enzimas antioxidantes estudadas tiveram suas atividades diminudas significativamente, com exceo da GST. O TRAP mostrou-se diminudo 55%. Os resultados encontrados sugerem que a administrao de HgCl2 por injeo subcutnea, de forma crnica, aumentou o estresse oxidativo sistmico principalmente na fase aguda, causando uma piora do estado de sade geral dos animais. Da mesma forma, o estresse oxidativo cardaco e heptico mostrou-se aumentado, no perodo de intoxicao crnica determ

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O estresse oxidativo tem um papel importante no desenvolvimento da falncia orgnica mltipla e choque sptico. O presente estudo foi realizado para determinar diferentes parmetros de dano oxidativo a biomolculas, produo de superxido mitocondrial, atividades da superxido dismutase e catalase e suas relaes com a mortalidade por sepse em um modelo animal. Alm disso, ns avaliamos os efeitos da combinao de antioxidantes (N-acetilcistena e deferoxamina) em um modelo murino de sepse polimicrobiana induzida por ligao cecal e puno (CLP). Ratos Wistar machos (250-300 g) foram randomicamente divididos em quatro grupos: sham-operated, CLP ressuscitado com soluo salina (50 ml/Kg imediatamente e 12h aps CLP), CLP ressuscitado com soluo salina e antibioticoterapia (soluo salina 50 ml/ Kg imediatamente e 12h aps CLP + ceftriaxone 30 mg/Kg e clindamicina 25 mg/Kg de 6/6h), e CLP com N-acetilcistena (20 mg/kg subcutneo, 3h, 6h, 12h, 18h e 24h aps CLP) + deferoxamina (20mg/kg, subcutneo, 3h e 24h aps CLP). A peroxidao lipdica, a carbonilao protica e a atividade da superxido dismutase se apresentaram significativamente aumentadas nos animais no-sobreviventes podendo predizer a mortalidade. Ns demonstramos que existe uma modulao diferente da superxido dismutase e da catalase nos animais no-sobreviventes Existe um grande aumento da atividade da superxido dismutase sem um aumento proporcional da atividade da catalase nos no-sobreviventes. Os ratos tratados com antioxidantes apresentaram uma reduo significante da atividade da mieloperoxidase e da peroxidao lipdica em todos os rgos estudados. A produo de superxido mitocondrial apresentou uma reduo significante nos animais tratados com antioxidantes. Alm disto, o tratamento com antioxidantes melhorou o equilbrio entre a atividade da catalase e superxido dismutase. A sobrevivncias nos ratos spticos no tratados foi de 10%. A sobrevivncia aumentou para 40% com a ressuscitao volmica e antibiticos. Ratos tratados apenas con N-acetilcistena e desferoxamina apresentaram uma sobrevivncia de 47%, similar aos ratos que receberam suporte bsico. Este estudo demonstrou pela primeira vez que a atividade da superxido dismutase deve ser um marcador precoce de mortalidade em sepse. Nossos resultados auxiliam o entendimento de aspectos importantes da resposta oxidativa na sepse; um aumento na atividade da superxido dismutase sem um aumento proporcional na atividade da catalase. Alm disto, nossos resultados demonstraram que o tratamento combinado com N-acetilcistena e desferoxamina reduzem as conseqncias da sepse, reduzindo o estresse oxidativo, limitando a ativao de neutrfilos e a disfuno mitocondrial, levando a uma melhor sobrevida.

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A hiperprolinemia tipo II uma doena autossmica recessiva causada pela deficincia severa na atividade da enzima 1 pirrolino-5-carboxilato desidrogenase, o que resulta em acmulo tecidual de prolina. Muitos pacientes apresentam manifestaes neurolgicas como epilepsia e retardo mental. Embora as manifestaes neurolgicas sejam encontradas em um considervel nmero de pacientes hiperprolinmicos, os mecanismos pelos quais estas ocorrem so pouco compreendidos. O estresse oxidativo um importante processo que vem sendo relatado na patognese de algumas condies que afetam o sistema nervoso central (SNC), como o caso das doenas neurodegenerativas, epilepsia e demncia. Este fato torna-se facilmente compreensvel, visto que o SNC altamente sensvel ao estresse oxidativo, em face do alto consumo de oxignio; do alto contedo lipdico, principalmente de cidos graxos poliinsaturados, dos altos nveis de ferro e da baixa defesa antioxidante. Considerando que: a) pouco se sabe a respeito dos altos nveis de prolina no SNC, b) a prolina ativa receptores NMDA e epileptognica e c) o estresse oxidativo est associado com doenas que afetam o SNC, no presente estudo investigamos os efeitos in vivo e in vitro da prolina sobre alguns parmetros de estresse oxidativo, como a quimiluminescncia, o potencial antioxidante total (TRAP), e sobre as atividades das enzimas antioxidantes catalase (CAT), glutationa peroxidase (GSH-Px) e superxido dismutase (SOD) em crtex cerebral de ratos Wistar. Os resultados mostraram que a administrao aguda de prolina aumentou significativamente a quimiluminescncia e reduziu o TRAP em crtex cerebral de ratos de 10 e 29 dias. Em contraste, a administrao crnica de prolina no alterou estes parmetros. Todavia, a presena de prolina no homogeneizado de crtex cerebral de ratos de 10 e 29 dias aumentou significativamente a quimiluminescncia e reduziu o TRAP em concentraes de prolina semelhantes quelas encontradas nos tecidos de pacientes hiperprolinmicos (0,5 1,0 mM). Nossos resultados tambm mostraram que a administrao aguda de prolina no alterou as atividades das enzimas GSH-Px e SOD em crtex cerebral de ratos de 10 e 29 dias, mas diminuiu significativamente a atividade da CAT em ratos de 29 dias. Por outro lado, a administrao crnica de prolina no alterou a atividade da enzima SOD, mas significativamente aumentou a atividade da CAT e reduziu a atividade da GSH-Px. Em adio, a presena de prolina no homogeneizado de crtex cerebral reduziu significativamente a atividade da SOD em ratos de 10 dias, permanecendo as atividades da CAT e GSH-Px inalteradas. Todavia, as atividades das enzimas antioxidantes no foram alteradas na presena de prolina no homogeneizado de crtex cerebral de ratos de 29 dias. Os resultados obtidos em nosso trabalho sugerem que o estresse oxidativo induzido pela prolina pode estar envolvido na disfuno cerebral observada na hiperprolinemia tipo II.

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A hipertenso uma doena multifatorial pela interao de vrios mecanismos fisiopatolgicos, sendo considerada um importante fator de risco para outras doenas cardiovasculares. Uma vez que o exerccio tem sido recomendado com uma forma de tratamento antihipertensivo, buscou-se avaliar os efeitos do treinamento fsico nos sistemas reguladores da presso arterial (PA) e no seu controle reflexo, e sua correlao com o estresse oxidativo de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Assim, este estudo foi realizado com ratos machos Wistar-Kyoto (NK) e SHR, com 15 semanas, divididos em dois grupos: SHR sedentrio (HS) e SHR treinado (HT). Aps o estabelecimento da hipertenso nesses animais, o protocolo de exerccio foi realizado por 10 semanas com a intensidade determinada pelo limiar de lactato (20 m/min). Foram avaliadas as respostas bradicrdicas e taquicrdicas do barorreflexo, bem como a sensibilidade do reflexo cardiopulmonar de Bezold-Jarisch. O estresse oxidativo foi medido no sangue, corao e aorta dos animais em estudo. O treinamento fsico diminuiu a PAM, PAS e PAD dos animais do grupo HT, quando comparado com o grupo HS, apesar de no ter igualado aos valores dos NK. No entanto, a FC no foi diferente entre os grupos hipertensos. O barorreflexo esteve atenuado no grupo HS comparado com o NK, porm, o exerccio mostrou aumentar essa sensibilidade no grupo HT comparado com o HS. O exerccio tambm melhorou a sensibilidade dos receptores cardiopulmonares serotonina. Pelo bloqueio no foi observada diferena significativa na atividade dos sistemas arginina-vasopressina, renina-angiotensina e simptico. O sistema regulador endotelial, avaliado pela administrao de L-NAME, um bloqueador da sntese do xido ntrico, esteve significativamente aumentado no grupo HT quando comparado com o HS. O estresse oxidativo diminuiu significativamente no grupo HT comparado com o HS. Verificou-se nesse estudo diminuio da lipoperoxidao em eritrcitos, corao e aorta induzida pelo exerccio. Alm disso, a atividade das enzimas antioxidantes esteve aumentada no grupo HT comparado com o HS. Foi observada forte correlao negativa entre os valores de lipoperoxidao em eritrcitos e aorta e a sensibilidade barorreflexa, bem como entre a lipoperoxidao em eritrcitos e a sensibilidade do reflexo de Bezold-Jarisch. Estes resultados demonstram o efeito benfico do exerccio moderado em SHR, tanto no controle reflexo da PA, como no estresse oxidativo. Conclui-se tambm, que o estresse oxidativo desempenha importante papel na alterao da sensibilidade barorreflexa e do reflexo cardiopulmonar na hipertenso.

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Esse um estudo experimental que tem por objetivo avaliar as alteraes sistmicas, musculares e mecnica cardaca em virtude de um programa de exerccio fsico de mdia intensidade em ratas ovariectomizadas. Para esse estudo foram utilizadas ratas Wistar fmeas, divididas em quatro grupos: controle treinado (T), controle sedentrio (S), castrado treinado (CT) e castrado sedentrio (CS). O protocolo de treinamento utilizado foi de 8 semanas com intensidade inicial de 40% e final de 70% do VO2 Max. No final do protocolo, foi coletado sangue para anlise do estresse oxidativo (EO) sistmico e os animais foram mortos e retirado o msculo gastrocnmio para medida da lipoperoxidao (LPO), bem como da atividade enzimtica antioxidante. O corao para perfuso pelo mtodo de langendorff e anlise das enzimas antioxidantes e lipoperoxidao. Na anlise do msculo gastrocnmio, os grupos T e CS tiveram aumento significativo (p<0,05) na atividade da superxido dismutase (SOD) com relao aos outros grupos. Na atividade da catalase (CAT) o grupo CS foi maior que o CT (p<0,05), e na atividade da GPx, o grupo CT foi menor que o T (p<0,05). A LPO do grupo CT foi menor que dos grupos S e CS (p<0,05). Com relao anlise de EO sistmico, a atividade da SOD esteve aumentada no grupo CS com relao ao S (p<0,05). A CAT no apresentou diferenas significativas entre os grupos. Com relao atividade da GPx, os grupos T e CS estiveram aumentados com relao ao grupo CT (p<0,05), porm somente o grupo T aumentou com relao ao S (p<0,05). Na anlise do miocrdio os resultados encontrados na atividade da superxido dismutase (SOD) os grupos C e CT tiveram aumento significativo (p<0,05) com relao ao grupo CS; da catalase (CAT) os grupos T e CS estiveram diminudos com relao ao grupo CT (p<0,05), porm somente o grupo T esteve diminudo com relao a S (p<0,05); na atividade da GPx o grupo CS foi maior que S (p<0,05) e na LPO no houver diferena significativa entre os grupos. Na perfuso de corao isolado foi observada diferena (p<0,05), sendo a presso diastlica ventricular esquerda do grupo CS maior que T durante a isquemia. Conclumos que o organismo foi capaz de se adaptar a ausncia de estrognio e que o exerccio fsico promoveu uma menor oxidao de protenas nos animais castrados, no apresentando modificaes ente os grupos com relao ao estresse oxidativo e mecnica dos coraes de ratas treinados sob distintos nveis estrognicos.