4 resultados para Cromossomo X Teses

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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A adrenoleucodistrofia ligada ao cromossomo X (X-ALD) uma doena peroxissomal bioquimicamente caracterizada pelo acmulo de cidos graxos de cadeia muito longa (Very Long Chain Fatty Acids - VLCFA), principalmente os cidos hexacosanico (C26:0) e tetracosanico (C24:0), em diferentes tecidos e fluidos orgnicos. A doena clinicamente caracterizada por progressiva desmielinizao central e perifrica e insuficincia adrenal. Os mecanismos exatos do dano cerebral na X-ALD so pouco conhecidos. O tratamento usual para X-ALD com a mistura gliceroltrioleato/gliceroltrierucato na proporo 4:1, conhecido como leo de Lorenzo (OL), em combinao com uma dieta de restrio dos VLCFA normaliza os nveis de VLCFA, mas em pacientes sintomticos os sintomas neurolgicos persistem ou progridem. Os radicais livres parecem estar envolvidos em um grande nmero de enfermidades no ser humano, tais como nas doenas neurodegenerativas (como doena de Parkinson, doena de Alzheimer e esclerose mltipla), nas doenas crnico-inflamatrias, nas doenas vasculares e no cncer. Considerando que a gerao de radicais livres est envolvida em vrias desordens neurodegenerativas, no presente estudo foram avaliados vrios parmetros de estresse oxidativo em plasma, eritrcitos e fibroblastos de pacientes sintomticos com X-ALD. Tambm foi avaliado o efeito do tratamento com OL sobre diferentes parmetros de estresse oxidativo em plasma e em eritrcitos de pacientes sintomticos e assintomticos com X-ALD tratados e no tratados com OL. Considerando que no possvel estudar estresse oxidativo em crtex cerebral de pacientes com X-ALD, foi avaliado o efeito in vitro da mistura VI cido oleico (C18:1)/cido ercico (C22:1) sobre diversos parmetros de estresse oxidativo em plasma e em eritrcitos humanos normais e em crtex cerebral de ratos adicionados dos cidos hexacosanico(C26:0) e tetracosanico (C24:0). Foi verificado um aumento significativo da quimiluminescncia e das espcies reativas do cido tiobarbitrico (TBA-RS), refletindo uma induo da peroxidao lipdica, bem como uma diminuio da reatividade antioxidante total (TAR) medida em plasma de pacientes sintomticos, indicando uma capacidade deficiente em rapidamente combater um aumento das espcies reativas. Tambm foi observado um aumento da atividade da glutationa peroxidase (GPx) em eritrcitos e das atividades da catalase (CAT) e da superxido dismutase (SOD) em fibroblastos dos pacientes sintomticos estudados. Estes dados sugerem que o estresse oxidativo pode estar envolvido na fisiopatologia da X-ALD. Verificamos tambm que o OL no reverteu o aumento do TBA-RS no plasma de indivduos X-ALD. A determinao de TAR no apresentou alteraes no plasma de pacientes X-ALD sintomticos e assintomticos antes e aps o tratamento com OL. A atividade das enzimas antioxidantes CAT, GPx e SOD no se mostrou alterada em eritrcitos destes pacientes tratados ou no com OL. Nos experimentos in vitro, foi constatado um aumento significativo da quimiluminescncia e de TBA-RS em plasma humano e em crtex cerebral de ratos adicionados dos cidos C26:0C24:0, porm a mistura C18:1/C22:1 no reverteu este efeito. A medida de TAR no se mostrou alterada em crtex cerebral de ratos adicionado de C26:0C24:0, bem como no foi modificada pela mistura C18:1/C22:1. Por outro lado, a adio de C26:0C24:0 em plasma humano diminuiu a medida de TAR, porm a mistura C18:1/C22:1 no alterou esse efeito. As atividades das enzimas antioxidantes CAT e GPx no foram alteradas em eritrcitos humanos e em crtex cerebral de ratos pela adio de C26:0C24:0 , nem pela mistura C18:1/C22:1. O mesmo foi observado na medida de SOD em eritrcitos humanos adicionados de C26:0C24:0. A medida da atividade da SOD em crtex cerebral de ratos apresentou um aumento significativo induzido por C26:0C24:0 , porm a presena da mistura C18:1/C22:1 no modificou este efeito. Estes resultados sugerem fortemente que o estresse oxidativo possa estar envolvido na fisiopatologia da X-ALD e que o tratamento com leo de Lorenzo no modifica estes parmetros de estresse oxidativo. Assim, novas estratgias teraputicas deveriam ser investigadas para pacientes de X-ALD.

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Foi realizado um estudo da dinmica de assemblias de Drosofildeos em oito amostras insulares e continentais de Santa Catarina atravs de dados coletados em vrias visitas ao longo de dois anos. Dentre os resultados obtidos est a estimativa do grau de diversidade destas assemblias. Nossas coletas mostraram que a predio de qual espcie ser dominante, num determinado perodo amostrado, razoavelmente possvel. A anlise dos ndices de diversidade nos indica que o Morro da Lagoa o ponto de menor diversidade especfica, seguido de Ratones Grande. Contudo, os dois pontos tm um grande nmero de espcies diferentes, sendo a sua diversidade baixa em funo da alta dominncia do subgrupo willistoni neles encontrada. Analisando o componente S (nmero de espcies) da diversidade, nas ilhas pontos de coleta, percebe-se que a ilha maior (Ilha de Santa Catarina) tem realmente um maior nmero de espcies coletadas 46 no ponto A alm de 10 espcies diferentes coletadas no ponto D (56 espcies no total) do que as ilhas menores (42, 44, 40 e 50), o que corrobora a teoria da biogeografia de ilhas. No continente, a curva espcie/rea se comportou da mesma forma que nas ilhas se considerarmos a diversidade como um todo. Realmente estes pontos foram uns dos que apresentaram maior diversidade, principalmente o ponto F, com um H de 2,22, que se manteve com Mata Atlntica Primria at o final do perodo de coletas, sendo portanto o ponto mais preservado de todos utilizados e, teoricamente, o que apresentava maior diversidade de nichos ecolgicos para serem ocupados Outros Drosofildeos como Zaprionus, Zygotricha, Gitona, Cladochaeta, Diathoneura, Micodrosophila, Leucophenga e Amiota foram coletados. Embora nosso interesse preliminar fosse apenas o gnero Drosophila, a incluso destes outros gneros em nosso estudo visou uma maior compreenso das possveis associaes que podem ocorrer entre eles e espcies de Drosophila. Os dois primeiros gneros foram mais freqentes nas nossas coletas. Zaprionus indianus foi considerada uma espcie invasora, pois surgiu com freqncias baixssimas que aumentaram gradualmente nas coletas subsequentes, superando em freqncia as espcies nativas. Isto confirma o carter generalista e polifgico deste tipo de espcie. Neste trabalho, relatado o primeiro registro do Gnero Zaprionus (Diptera, Drosophilidae) para o Estado de Santa Catarina, na regio litornea central que inclui as Ilhas de Santa Catarina, Arvoredo, Ratones Grande, Ratones Pequeno e Campeche. Drosophila roerhae, D. unipunctata, D. schineri, D. bifilum, D. fuscolineata, D. meridionalis, D. neosaltans, D. bocainoides e D. platitarsus foram pela primeira vez registradas para a regio Sul do Brasil, aumentando, portanto o limite meridional de suas distribuies. Como um ponto de partida para estudar o polimorfismo para inverses cromossmicas em D. neocardini, foi construdo um fotomapa de referncia dos cromossomos politnicos de glndulas salivares de larvas de terceiro estgio. Pelo menos 258 indivduos (aproximadamente trs ncleos por glndula) de sete diferentes localidades (Serto do Peri, Ilha do Arvoredo, Serra do Tabuleiro, Ilha de Ratones Grande, Ilha de Ratones Pequeno, Morro da Lagoa da Conceio e Ilha do Campeche, todos no Estado de Santa Catarina) foram analisados e fotomicrografias foram obtidas, at se chegar a um consenso sobre a identidade dos elementos cromossmicos. Uma nova inverso no brao cromossmico IIIL foi registrada e denominada de IIILA. A variabilidade cromossmica encontrada nas espcies de Drosophila do grupo cardini em todas as localidades tambm foi pesquisada, e foi comparada visando contribuir para uma melhor compreenso da evoluo destas comunidades. Analisando o polimorfismo cromossmico de D. polymorpha encontramos nove inverses diferentes pela primeira vez descritas. Uma das inverses novas foi encontrada no cromossomo X, duas outras foram encontradas para o brao IIL; quatro foram catalogadas para o brao cromossmico IIIR e duas inverses novas foram achadas no brao cromossmico IIIL. Com relao ao polimorfismo, em D. neocardini foi encontrada apenas uma nova inverso no brao IIIL e para D. cardinoides uma nova inverso no brao IIIL. O estudo discute as implicaes ecolgicas e evolutivas deste tipo de polimorfismo, para um maior entendimento da evoluo deste grupo de espcies.

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A Hiperplasia Prosttica Benigna (HPB) uma anormalidade proliferativa relacionada com a idade e muito freqente no perodo da senescncia. A Prevalncia da HPB encontra-se em torno de 40 a 50% aos 50 anos e de aproximadamente 80% aos 70 anos. A patognese da formao tumoral tem sido estreitamente associada ao dos hormnios esterides. Os efeitos andrognicos so mediados pela testosterona e dihidrotestosterona (DHT) nas clulas alvo e suas aes tm sido demonstradas na morfognese, diferenciao, proliferao celular e secrees da glndula prosttica. A ligao dos andrognios promove a ativao do receptor de andrognios, recrutamento de cofatores, promovendo a transcrio de genes alvo hormnio-dependentes. O gene do AR humano est localizado no cromossomo X apresentando regies polimrficas no exon 1. O polimorfismo CAG o mais estudado e seu nmero de repeties est inversamente correlacionado com a atividade transcricional do receptor. Este trabalho teve como objetivo analisar a freqncia do polimorfismo CAG do AR em uma amostra da populao masculina do Rio Grande do Sul com e sem HPB e verificar se o nmero de repeties est relacionado com o desenvolvimento da HPB. Foram avaliados 44 pacientes com HPB e 52 controles. O DNA foi extrado de leuccitos do sangue perifrico. A regio do gene do AR correspondente ao polimorfismo CAG foi amplificada por reao em cadeia da polimerase (PCR). O produto da PCR foi avaliado por eletroforese capilar e analisado pelo software Genemapper no seqenciador automtico ABI3100 Avant. A anlise estatstica foi feita atravs do teste t para amostras independentes, teste de qui-quadrado, anlise de regresso linear mltipla e anlise de varincia seguida pelo teste complementar de Duncan quando mais de trs grupos foram comparados. O nmero de repetioes CAG variou de 16 a 30 no grupo controle e de 16 31 no grupo HPB. A mdia de repeties foi de 22,27 3,04 e 21,64 2,89 respectivamente (p=0,30). A testosterona srica diferiu entre os grupos HPB (4,18 1,34 ng/dl) e controles (4,92 1,29 ng/dl), sendo menor no grupo com HPB (p=0,009). A correlao entre estas variveis de 0,256 (p= 0,014). Porm, quando corrigida pela idade, a correlao diminui e perdeu a significncia (p=0,104). Estes resultados sugerem que no h correlao entre o nmero de repeties CAG e o risco de HPB na amostra estudada. Os nveis sricos de testosterona no esto associados com o nmero de repeties CAG. Pacientes com HPB tm nveis de testosterona mais baixos que os controles.

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A G6PD expressa em todos os tecidos, onde catalisa a primeira etapa da via das pentoses-fosfato. O NADPH produzido pela ao da G6PD serve como doador de eltrons na biossntese redutora. Pelo fato de os glbulos vermelhos no terem mitocndria, a via das pentoses-fosfato a nica fonte de NADPH e essencial para sua proteo contra o stress oxidativo. A deficincia da G6PD classificada como anemia hemoltica hereditria ligada ao cromossomo X, associada a manifestaes clnicas heterogneas. O gene da G6PD possui cerca de 140 variantes moleculares j descritas, muitas dessas associadas enzimopatia. Considerando-se a alta freqncia populacional da deficincia de G6PD, a constituio da populao do Rio Grande do Sul e as dificuldades diagnsticas desta deficincia, este trabalho teve como objetivo caracterizar os aspectos laboratoriais do diagnstico da deficincia de G6PD em nosso meio. Para a quantificao da atividade da G6PD, foi utilizado o mtodo enzimticocolorimtrico com normalizao da hemoglobina (kit intercientfica) e para as anlises moleculares foram investigadas as mutaes 202, 376 e 563 por PCR/RFLP. O presente estudo revelou uma prevalncia combinada de 7,9% das duas formas de deficincia de G6PD (completa e parcial) no Rio Grande do Sul, com alta prevalncia de pacientes parcialmente deficientes e sem correlao com origem tnica. Usando tcnicas bioqumicas e moleculares, foi caracterizada a deficincia de G6PD em amostras de Porto Alegre como sendo principalmente devida s mutaes G202A e A376G, representando a variante G6PD A-, confirmando uma distribuio homognea do padro G6PD A- no Brasil. Os resultados apresentados aqui demonstraram que as condies de estocagem (temperatura principalmente) desempenham um papel fundamental na atividade da G6PD, especialmente nas coletas em papel filtro. Na avaliao da acurcia do mtodo enzimtico de medida da atividade da G6PD as sensibilidades e especificidades calculadas para os valores de cut-off estabelecido em uma populao normal foram: para 2,9 U/gHb ( 11,4% e 100%), para 8 U/g Hb (77,1% e 94,7%) e para 11,5 U/g hb (97,1% e 76,3%). Estima-se que a deficincia de ambas as formas combinadas de G6PD seja de aproximadamente 8% numa amostra do RS. A partir de uma probabilidade pr-teste de 8,0%, aps a realizao do ensaio enzimtico, a probabilidade ps-teste de uma pessoa ser deficiente de G6PD com nvel enzimtico inferior a 8 U/g Hb passa a ser 55,9%. Ao passo que para nveis superiores a 11,5 U/gHb esta probabilidade de deficincia diminui para 0,37%. Pode-se concluir que o mtodo empregado (kit Intercientfica) foi adequado para avaliar a atividade enzimtica de G6PD em amostras de sangue total. um mtodo capaz de detectar a deficincia de G6PD, demonstrando de forma satisfatria o grau de deficincia em indivduos que possuem mutaes que causam deficincia enzimtica menos severa, inclusive mulheres heterozigotas. A anlise molecular pode identificar o tipo de variante mas no pode indicar o risco real para as mulheres portadoras, que diretamente estimado pelo nvel de atividade enzimtica.