190 resultados para Arapaçu Ecologia

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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A presente dissertao de mestrado teve como objetivos verificar o efeito da inundao sobre os adultos de Efflagitatus freudei Pacheco, 1973 pelas mars de ressaca; caracterizar os tipos de tneis realizados pela espcie no substrato e descrever a dinmica populacional de E. freudei, analisando a sua distribuio espacial e temporal em funo de alguns parmetros ambientais. Para tanto, foram realizadas amostragens e observaes quinzenais na praia de Rondinha, Arroio do Sal, RS (292955S - 495047O), entre junho de 1999 e julho de 2000. Tambm foram realizados experimentos em laboratrio. Os adultos apresentaram sobrevivncia de 100% inundao, entretanto apresentaram dois tipos de comportamento: permanecer dentro dos tneis ou abandonar a rea inundada atravs de vo. Foram encontrados trs tipos de tneis: horizontais, verticais com uma sada e verticais com duas sadas. Em relao aos tneis verticais houve diferena na profundidade dos mesmos em relao ao estgio de desenvolvimento e localizao no perfil da praia. O padro de distribuio da espcie variou durante o ano. No inverno os animais estavam retrados regio superior da praia. Na primavera migraram para a regio central da praia e colonizaram praticamente toda a faixa praial at o vero. No outono, a populao voltou a subir para a regio ocupada no inverno anterior. No inverno foram encontrados apenas adultos; os estgios imaturos surgiram na primavera e ocorreram at metade do outono. As densidades mximas para posturas e larvas foram encontradas na primavera; j para adultos e pupas, os valores mximos foram registrados no outono. A espcie mostrou-se extremamente adaptada dinmica da praia, atravs da construo de tneis efetivos na proteo de inundao e da capacidade de acompanhar as modificaes da faixa praial.

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Os crustceos decpodos da famlia Aeglidae so os nicos anomuros que ocorrem em guas continentais, na regio subtropical e temperada da Amrica do Sul. Entre as mais de 60 espcies descritas, vrias so simptricas, destacando-se Aegla camargoi Buckup & Rossi, 1977 e Aegla leptodactyla Buckup & Rossi, 1977, que ocorrem no Rio da Divisa, Municpio de So Jos dos Ausentes, RS Com o objetivo de obter informaes sobre a ecologia trfica das espcies, com nfase na partio de nicho trfico, os animais foram coletados sazonalmente, em intervalos de 6 horas, por 24 horas. Em laboratrio, foi analisado o contedo estomacal, utilizando as tcnicas de mtodo dos pontos, classificao do grau de repleo estomacal, freqncia de ocorrncia, e ndice alimentar. A anlise indicou que os animais so omnvoros, alimentando-se preferencialmente de macrfitas, insetos imaturos das ordens Ephemeroptera, Trichoptera, Coleoptera e Diptera. Aegla leptodactyla mostrou maior preferncia por macrfitas, relacionada a sua predominncia nos ambientes onde ocorrem em maior abundncia. A estimativa de repleo estomacal indicou que as duas espcies alimentam-se em todos os horrios. Foram identificados e descritos os principais ossculos e estruturas que compem o estmago desses crustceos. No foram detectadas diferenas na morfologia dos estmagos cardaco e pilrico das espcies. Ambas possuem estmagos desenvolvidos, com dentes robustos, caractersticos de animais macrfagos. As peas bucais de ambas espcies, como as mandbulas, maxilas e maxilpodos foram descritas e comparadas, diferindo apenas em relao ao nmero de dentes da crista dentata do terceiro maxilpodo. A mandbula bem desenvolvida, caracterstica de caranguejos predadores. A largura do nicho trfico de cada espcie foi estimada, mostrando pequenas variaes sazonais. A sobreposio de nicho trfico entre as duas espcies ocorre em todas as estaes, corroborando os resultados obtidos da anlise do contedo estomacal. Concluiu-se que as espcies so omnvoras generalistas, partilhando os recursos disponveis no ambiente.

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Aspectos da ecologia da capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) foram estudados na Reserva Biolgica do Lami, Rio Grande do Sul, Brasil, de janeiro de 2000 a maio de 2002. A rea abrange 210,3 ha, onde so encontrados seis categorias de vegetao (matas, campos midos, campos arenosos, banhados arbustivos, banhados herbceos e juncais) em interface com corpos hdricos (arroio Lami e lago Guaba). O clima da regio subtropical mido sem estao seca, com temperatura mdia anual de 18C. Foram realizadas contagens diretas dos indivduos, com identificao de classes etrias, ao longo de transeces fixas que percorriam as cinco categorias de hbitat mais expressivas (excluindo o juncal), totalizando 7.245 m de extenso. Acada indivduo contactado, registravase a posio espacial e o hbitat em que se encontrava, para identificao dos padres de uso do espao e dos hbitats A densidade foi calculada para cada ano de estudo, considerando o maior nmero de capivaras registrado, resultando em uma densidade de adultos de 0,24 ind/ha em 2000 e 0,21 ind/ha em 2001 e 2002, enquanto que a densidade geral foi de 0,28 ind/ha em 2000, 0,24 ind/ha em 2001 e 0,33 ind/ha em 2002. A proporo de adultos foi, em mdia, de 67 a 98% da populao. O maior nmero de nascimentos foi registrado no perodo de primavera/vero. A abundncia relativa, em nmero de indivduos registrados por quilmetro percorrido, diferiu significativamente entre quatro zonas da rea de estudo. Os hbitats mais utilizados foram a mata, o campo mido e o banhado arbustivo, sendo que, de forma geral, o primeiro foi positivamente selecionado, o segundo apresentou seleo positiva a neutra, e o terceiro foi negativamente selecionado. No foi verificado um padro sazonal de uso dos hbitats. Foram registradas, adicionalmente, informaes sobre comportamento, interaes com aves e causas de mortalidade.

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Populaes de Trachemys dorbigni foram estudadas em duas reas geogrficas distintas. Estas reas localizam-se na Estao Ecolgica do Taim (Base Santa Marta) (UTM x=346185 y=6365666 22H) e na Lagoa Verde, no municpio de Rio Grande (UTM x=385820 y=644500 22H), ambas no sul do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A populao da Lagoa Verde serviu de subsdio para a caracterizao da estrutura populacional da espcie, enquanto que a da Estao Ecolgica do Taim foi analisada quanto aos aspectos da biologia e ecologia reprodutiva. A caracterizao da estrutura foi analisada utilizando-se 210 exemplares adultos (104 fmeas e 106 machos). As fmeas atingem comprimentos da carapaa maiores que os machos ( x CMC= 212,1mm 14,823; x CMC= 181,6mm 17,076), sendo significativamente diferente (F1,207=191,140; P<0,001). O surgimento dos dimorfismos sexuais secundrios dos machos ocorre a partir de 130mm de comprimento da carapaa, e se caracterizam pelo maior tamanho da cauda e pela melanizao. Os machos de T. dorbigni no apresentam dimorfismo quanto concavidade do plastro. A maturidade das fmeas foi estimada entre 150 e 160mm. A espcie desova entre os meses de outubro e janeiro, depositando, em mdia, 12,1 ovos. Os ovos de T. dorbigni so brancos, pergaminosos e elpticos O comprimento mdio dos ovos 39,3mm 2,06, a largura 25,8mm 1,07 e o peso 14,9g 1,47. As fmeas podem realizar at trs posturas por temporada reprodutiva, havendo um intervalo de 15 a 20 dias entre cada evento. Apenas 31% da populao de fmeas desova anualmente. As fmeas depositam seus ninhos a distncias que podem variar de 0 a 560,3m ( x =69,2m; N=101) da gua. As estimativas do deslocamento de fmeas em terra foi de 132m/dia (Mn.=15m; Mx.=285m; N=8). J o maior deslocamento na gua foi 950m em um dia. A mdia geral da distncia entre duas capturas consecutivas para fmeas no transferidas foi de 545,0m, enquanto que para as transferidas foi 520,5m. Constatou-se uma acentuada capacidade de orientao nas fmeas transferidas ( =59,089; P<0,01), sendo que 86% destas foram capazes de retornarem na direo do seu ponto de captura aps sua transferncia.

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Passiflora suberosa Linnaeus (Passifloraceae), uma espcie de maracuj nativa no Rio Grande do Sul, estudada em relao biologia reprodutiva e ao processo de polinizao. As avaliaes so realizadas em populaes cultivadas de P. suberosa presentes em reas urbanas no Muncipio de Porto Alegre, RS. Aspectos concernentes biologia floral foram avaliadas em uma populao do Campus do Vale(UFRGS). A observao e coleta dos visitantes florais foi realizada em um jardim residencial, no bairro Passo da Areia. Avalia-se o sistema reprodutivo de P. suberosa em condies de campo atravs de trs tratamentos: xenogamia, autogamia espontnea e autogamia manual. Um grupo de flores marcado e deixado em condies naturais(controle) para se observar a formao de frutos. O padro de produo e o volume de nctor produzido foram observados em flores isoladas e amostradas a cada duas horas das 8 as 18 horas. O efeito provocado pela remoo intermitente de nctar foi avaliado nas mesmas flores. A quantidade diria de nctar produzida foi avaliada utilizando-se um novo conjunto de flores a cada amostragem Para verificar o padro de disponibilizao diria de plen, amostrou-se flores isoladas a cada 30 minutos, das 7 s 14 horas. Similarmente, flores no isoladas foram avaliadas para determinar quanto tempo o plen permanece disponvel na presena dos visitantes florais.A receptividade do estigma foi testada in vivo, por meio de polinizao manual em flores emasculadas, das 8 at s 18 horas. Os visitantes florais foram monitorados de dezembro de 2001 a novembro de 2002.Observaes seguidas de coleta foram realizadas a cada quinze dias, no perodo entre as 8 e as 14 horas. Nessas ocasies, as flores abertas foram contadas e registrava-se a posio das ptalas, anteras e estigmas. Os visitantes florais foram observados em relao a hora da visita, contato com anteras e/ou estigmas, partes do corpo que contava as estruturas reprodutivas, presena de plen no corpo e taxa de visita Os gros de plen aderidos no dorso dos insetos foram montados em lminas microscpicas e analisadas em laboratrio. Os resotados indicam que P. suberosa autocompatvel, entretanto a autofecundao espontnea no parece ser freqente devido a posio das anteras e estigmas na flor. O poln no disponibilizado de forma gradual, devido ao fato das cinco anteras de uma mesma flor tornarem-se deiscentes em tempos diferentes, desde a abertura da flor at o final da manh, perodo em que todo o plen est disponvel. O nmero de flores com estigmas receptivos na populao variou durante o dia, sendo o perodo entre 10 e 15 horas aquele em que se observou o maior nmero de flores receptivas. As flores P. suberosa j abriram com algum nctar disponvel e continuaram produzindo. As 10 horas observou-se o volume mximo de nctar produzido durante o dia. As folhas foram visitadas principalmente por Polybia ignobilis, Pachodynerus guadulpensis, Polistes versicolor, Polistes cavapytiformis (Vespidae), por Augochloropsis sp. e Augochlorella ephyra (halictidae) e por Apis mellifera(Apidae). Ainda que todos os visitantes florais amostrados possam polinizar as flores, Polybia ignobilis, dado os seus atributos morfolgicos, padro comportamental de forrageio e a grande quantidade de plen amostrada sobre a regio dorsal do trax, foi aquela que efetivamente contribuiu para a polinizao da populao de P. suberosa estudada.

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Esse trabalho foi realizado em uma remanescente de Mata Atlntica, na regio metropolitana de Porto Alegre, Parque Estadual de Itapu (PEI), Rio Grande do Sul, Brasil e teve como objetivos avaliar aspectos da ecologia dos graxains do mato Cerdocyon thous e do campo Pseudalopex gymnocercus (horrio de atividade, atividade ao longo das estaes do ano e fases lunares, ecologia reprodutiva, densidade na rea de estudo e simpatria). Alm disso, foi proposta desse estudo avaliar o uso de estaes-de-cheiro para acessar informaes sobre atividade e uso de hbitat de C. thous. Para isso foram utilizados diferentes mtodos. Para avaliao de aspectos da ecologia dos candeos foram realizadas transeces para observao direta dos animais. Esses dados foram georeferenciados e comparados com fatores ambientais (ndice de vegetao NDVI, estao do ano, fase lunar e hora). Para o clculo da densidade, animais foram capturados e marcados durante um ano. Utilizou-se uma estimativa da rea amostral e do tamanho populacional mdio atravs do mtodo Jolly-Sebber. Para avaliao da ecologia reprodutiva, foram agrupadas as informaes obtidas com os mtodos anteriores. Com relao s estaes-de-cheiro, foram montados 22 plots de areia com um metro de dimetro e distancia de 100 metros entre si com um atrativo olfativo ao centro. As estaes foram montadas e revisadas duas vezes por ms durante um ano. As informaes de visitao foram cruzadas com dados ambientais (NDVI altitude, proximidade de cursos dgua, cobertura vegetal) e temporais (estao-do-ano e lua). Os principais resultados obtidos foram os seguintes: graxains-do-campo e do mato ocorrem em simpatria apenas na metade sul do PEI, sendo que os primeiros utilizam reas com pouca vegetao e areia, enquanto o graxaim-do-mato ocupa todos os ambientes disponveis. Ambos tm atividade preferencialmente noturna. O graxaim-do-mato ocorre em uma densidade mdia estimada de 0,78 ind/km2, estando esse valor dentro do encontrado na literatura. Os graxains-do-mato apresentam maior atividade no outono, diminuindo na primavera, poca essa em que ocorrem os nascimentos dos filhotes. A maior atividade foi registrada na lua crescente e a menor na lua nova. Com relao s estaes-de-cheiro, estas demonstraram ser um bom mtodo para avaliar atividade de espcies de candeos em curtos perodos de tempo e, associadas a tcnicas de geoprocessamento, podem fornecer informaes sobre uso de hbitat.

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Os mares e oceanos vm sendo intensamente impactados por diversas atividades antrpicas, as quais vm provocando a diminuio dos recursos naturais devido a sobrepesca, poluio e o aumento do trfego de embarcaes. A perda de hbitat crtico, decorrente do intenso uso das zonas litorneas, tem sido uma das maiores ameaas aos cetceos costeiros. O Chile possui uma grande diversidade de baleias e golfinhos, porm o golfinho-chileno (Cephalorhynchus eutropia) a nica espcie endmica s guas costeiras deste pas. Na poro sul da distribuio de C. eutropia (fiordes e canais) h uma grande sobreposio da indstria de aqicultura (uma das atividades antrpicas mais importantes no sul do Chile) aos principais locais de ocorrncia desta espcie. Observaes a partir de terra foram realizadas com o objetivo de estudar a seleo de hbitat dos golfinhos-chilenos em pequena escala espacial e avaliar as reaes comportamentais desta espcie em relao ao trfego de embarcaes presente na Baa Yaldad, local onde h intenso cultivo de mexilho e de salmo. Utilizou-se um teodolito para marcar a posio dos golfinhos e um total de 293,5 horas de esforo foram realizadas entre os meses de janeiro a abril de 2002. O padro de uso de hbitat, concentrado a uma pequena poro da rea de estudo, mostrou que os golfinhos selecionam locais rasos, prximos costa e prximo aos rios. As atividades dos golfinhos foram influenciadas pelo regime de mar e o forrageio foi a principal atividade realizada na baa. . A aqicultura representou um impacto negativo, devido reduo de espao disponvel aos animais e ao aumento do trfego de embarcao, que afetou consideravelmente os padres comportamentais de C. eutropia. A presena, os padres de movimento e uso de hbitat dos golfinhos-chilenos devem ser levados em considerao na regulamnetao das atividades de aqicultura e nas polticas de manejo dos ecossistemas costeiros. Visto que predadores topo de cadeia podem ser considerados indicadores ambientais, a conservao dos ecossistemas marinhos poderia ser abordada pela descrio dos movimentos e seleo de hbitat de cetceos que atuariam como espcies guarda-chuva.

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Os sistemas de monitoramento utilizando diatomceas foram desenvolvidos, em sua maioria, para monitorar os efeitos da poluio orgnica e da eutrofizao, adotando como parmetros de referncia a demanda biolgica de oxignio aps cinco dias e a concentrao de fsforo total. Entretanto, vrios fatores naturais tm sido apontados como causadores de variao na composio destas comunidades em rios. Por isso, grandes mudanas estruturais no provam necessariamente a hiptese de que tenha ocorrido algum evento poluidor. Neste contexto, a partir da relao entre a estrutura da comunidade de diatomceas epilticas da microbacia do arroio Schmidt, RS, Brasil, mudanas na qualidade da gua e alteraes fsicas do meio, como fluxo, sombreamento riprio, largura e profundidade, objetivou-se colher subsdios para aplicao em programas de manejo e conservao de ecossistemas aquticos. Durante os meses de janeiro e fevereiro de 2004, foram realizadas quatro excurses cientficas a seis estaes, totalizando 24 amostragens, para medio das seguintes variveis: condutividade eltrica, oxignio dissolvido em saturao, pH, turbidez, demanda biolgica de oxignio em cinco dias (DBO5), demanda qumica de oxignio (DQO), fsforo total, nitrato, slidos totais dissolvidos, slidos suspensos, slica, profundidade de submerso do substrato, velocidade da correnteza, dimetro dos seixos, largura do rio e sombreamento em funo da vegetao ripria. Para as anlises qualitativas e quantitativas das diatomceas epilticas, uma rea de 25 cm2 foi raspada de cinco replicatas O material foi oxidado com dicromato de potssio, cido sulfrico e clordrico para confeco de lminas permanentes. Padres de distribuio e abundncia das espcies foram explorados atravs da Anlise de Espcies Indicadoras e os fatores ambientais responsveis por esta distribuio foram evidenciados pela Anlise de Correspondncia Cannica. Os resultados confirmaram a preferncia de Cymbella e Encyonema por guas lentas e elevada luminosidade, bem como a adaptabilidade de Cocconeis ao sombreamento. Nitzschia acicularis, Surirella tenera e Planothidium rupestoides revelaram-se indicadoras de ambientes meso-eutrficos. Encyonema perpusilum destacou-se no habitat oligo/- mesossaprbico, e Sellaphora pupula no stio de maior concentrao de eletrlitos. Pelo cruzamento das respostas das espcies saturao de oxignio, DBO5, DQO, condutividade, fsforo total, slidos totais dissolvidos e turbidez, foi possvel estabelecer dois grupos sinalizadores de qualidade: Achnanthes sp. 3, Cocconeis fluviatilis, Navicula angusta, Nitzschia acicularis, Tryblionella victoriae, Pinnularia cf. obscura, Planothidium rupestoides, Sellaphora pupula, Stenopterobia sp. e Surirella tenera, relacionadas com maior impacto antropognico, e Achnanthes sp. 2, Encyonema perpusilum, Geissleria aikenensis, Luticola goeppertiana, Navicula symmetrica e Nitzschia amphibia, referindo-se a ambientes mais oxigenados, pouco mineralizados e com reduzidos teores de compostos orgnicos. Estas informaes tambm constituem subsdios para estudos paleolimnolgicos envolvendo a reconstituio de paleoambientes (e.g. maior abundncia de Cymbella indicando ambientes lnticos) e a concentrao de paleonutrientes (e.g. Nitzschia acicularis designando perodos de maior eutrofizao).

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Para a caracterizao dos bitopos naturais da futura Unidade de Conservao (UC) do Morro Santana (Porto Alegre, RS) foi realizado o macrozoneamento da rea de estudo utilizando-se a cobertura com fitofisionomias campestres e florestais nativas e as variveis do meio fsico: declividade, altitude e exposio solar. Em quatro macrozonas campestres e em nove florestais, foram realizados estudos fitossociolgicos e estatsticos para definir as unidades e sub-unidades vegetais presentes e a relao destas com a varivel distncia aos cursos dgua, caracterizando assim os onze bitopos naturais da rea de estudo. Os tipos naturais de uso e cobertura do solo ocupam 51,6% da rea do morro e as categorias de uso antrpico cobrem 48,4%. As formaes de campo nativo do Morro Santana foram caracterizadas a partir da estrutura da vegetao dominante fisionomicamente, por duas unidades e quatro sub-unidades de vegetao, sendo que a unidade Aristida filifolia - Axonopus sp1 obteve a maior freqncia e densidade, no ocorrendo em apenas uma macrozona. A unidade de vegetao Guapira opposita - Casearia sylvestris ocorreu em todas as macrozonas arbreas amostradas e caracteriza a estrutura da vegetao dominante fisionomicamente, nestas formaes O mtodo seguiu o cruzamento de informaes espacializadas utilizando o sistema de informao geogrfica (SIG) Idrisi, verso 14.02 (Kilimanjaro). Uma nova anlise conferiu valores ecolgicos s reas com cobertura campestre e florestal nativas do morro a partir dos parmetros relativos : climacidade das espcies presentes nas unidades e sub-unidades de vegetao, naturalidade das comunidades vegetais presentes e ndices da configurao estrutural da paisagem (tamanho e forma das manchas e distncia de reas urbanas). Foram ento somados os valores ecolgicos de cada parmetro e estabelecidas as quatro zonas de caracterizao ecolgica, que so: ncleo, extenso do ncleo, tamponamento e ligao, em ordem decrescente de valor ecolgico. Os bitopos de formaes campestres encontram-se com melhor grau de conservao em relao aos florestais, por comporem a maior parte da zona ncleo. As zonas de caracterizao ecolgica servem como importante ferramenta para a realizao do plano de manejo da unidade de conservao.

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Apesar de assemblias de drosofildeos j terem sido estudadas em diversos ambientes, os manguezais ainda surgem como um ambiente inexplorado. Este trabalho teve como objetivo caracterizar as assemblias de drosofildeos encontradas nos manguezais da ilha de Santa Catarina, sul do Brasil. Para isso, foram realizadas 28 coletas nos trs principais manguezais da ilha Itacorubi (13 coletas), Tavares (8 coletas) e Ratones (7 coletas) - entre o perodo de julho de 2002 e julho de 2005. Um total de 82.942 espcimes foi analisado, distribudos em 69 espcies de seis gneros. Foi encontrada uma grande dominncia de Drosophila simulans Sturtevant, seguida por D. malerkotliana Parshad & Paika, Zaprionus indianus Gupta, D. mediostriata Duda, D. willistoni Sturtevant, D. paulistorum Dobzhansky & Pavan, D. repleta Wollaston, D. polymorpha Dobzhansky & Pavan e D. mercatorum Patterson & Wheeler. As demais espcies no atingiram 1% de abundncia relativa. No foram encontradas diferenas importantes entre os locais, mas as diferenas sazonais foram relevantes. A dinmica populacional de vrias espcies pareceu estar relacionada, experimentando picos de abundncia no outono, embora haja algumas excees importantes O nmero de indivduos e a riqueza de espcies observada tambm foram mais elevados nesta estao, mas a eqitabilidade e a riqueza de espcies estimada por rarefao se mostraram mais elevadas no inverno. No entanto, algumas importantes variaes temporais pareceram no ser relacionadas a fatores que operam sazonalmente. A composio das assemblias pareceu sofrer uma pequena modificao quando so comparadas as amostras de vero e outono com as de inverno e primavera. As assemblias de outono apresentaram uma estrutura tpica, caracterizada pela abundncia aumentada de D. malerkotliana, enquanto as demais estaes se assemelharam mais aos perodos adjacentes do que aos mesmos perodos de anos diferentes.

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Este estudo analisou variaes mensais na dinmica populacional, biomassa area, taxas de crescimento e produo primria de Zizaniopsis bonariensis, uma macrfita aqutica emergente, no Sistema Hidrolgico do Taim, RS, durante o ano de 2004. Indivduos fotossinteticamente ativos tiveram todas suas folhas etiquetadas, quantificaes de incrementos em biomassa foram determinadas de modo no destrutivo atravs de quadros experimentais in situ. Variveis alomtricas foliares como comprimento de tecido clorofilado e senescente e dimetro basal de centenas de indivduos foram mensuradas em campo e convertidas em biomassa atravs da regresso da rea da superfcie foliar contra biomassa. Devido emergncia contnua de indivduos de Z.bonariensis durante todo o ano, coortes mensais foram recrutadas e monitoradas. Variaes na biomassa desta espcie tambm foram avaliadas de modo destrutivo atravs de blocos de colheita. Os dados obtidos foram utilizados para calcular a Produo Primria Area Anual (PPAA) com base em nove mtodos de estimativa: Pico Anual de Biomassa; Pico Anual de Biomassa modificado; Milner & Hughes (IBP); Smalley; Valiela et al; Curva de Allen; Soma dos Mximos de Biomassa; Soma de Incrementos e Crescimento Instantneo. A taxa media mensal de emergncia de brotos foi de 11,7ind m-2, sem evidncias de pulsos de emergncia em funo de mudanas sazonais. A densidade mdia foi de 48 ind m-2. A longevidade das coortes foi estimada em 10,5 meses, e taxa de mortalidade aumentou aps o perodo reprodutivo, sugerindo preliminarmente influncia da sazonalidade sobre estas variveis A biomassa mdia das coortes aumentou durante o perodo reprodutivo, demonstrando alto investimento reprodutivo, sendo o maior valor registrado em outubro, 39,96 gPS m-2, pela coorte de janeiro. A taxa de crescimento relativo se mostrou maior durante o primeiro ms aps emergncia entre todas as coortes, 0,048 g PSm-2d-1. A biomassa clorofilada dos quadros experimentais decresceu no inverno, voltando a aumentar durante a primavera. A PPAA foi estimada em 2870 gPS m-2. Dos mtodos utilizados, apenas o mtodo de Milner & Hughes (no-destrutivo) se mostrou adequado, enquanto os baseados em dados de colheita (destrutivo) subestimaram a produo real de Z. bonariensis.