2 resultados para Obesidade na adolescência Teses

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


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Introduo: A adolescência um dos perodos mais desafiadores no desenvolvimento humano. As alteraes que ocorrem a diferentes nveis (e.g. fsicas) geram repentinas mudanas na perceo do eu, incluindo na perceo da imagem corporal, alm de criarem necessidades nutricionais especiais. A literatura reconhece que existem diferenas importantes na prevalncia, sintomatologia especfica de perturbao do comportamento alimentar (PCA) e hbitos/comportamentos alimentares por sexo, mas ainda poucos estudos em Portugal, abordaram esta temtica. Assim, so nossos objetivos, considerando separadamente os rapazes e raparigas de uma amostra de adolescente: 1) verificar a prevalncia de diferentes hbitos/comportamentos alimentares; 2) apurar a prevalncia de sintomas especficos de perturbao do comportamento alimentar (PCA), avaliados atravs dos itens de um questionrio que avalia atitudes alimentares, associadas s PCA, o Teste de Atitudes Alimentares (TAA-25); 3) verificar a prevalncia de jovens que apresenta pontuao superior/igual a 19 no TAA-25, indicadora de eventual PCA e 4) averiguar a prevalncia das diferentes categorias de ndice de massa corporal (IMC) (magreza, peso normal, excesso de peso e obesidade). Pretendemos, tambm, explorar associaes entre a varivel sexo e diversas variveis: 1) o IMC categorizado; 2) as dimenses do TAA-25 e o IMC (enquanto varivel contnua); 3) a pontuao do TAA-25 dicotomizada pelo ponto de corte de 19; 4) itens relativos aos hbitos/comportamentos alimentares e 5) itens individuais do TAA-25. A ttulo exploratrio, pretendemos, ainda, verificar eventuais associaes entre diferentes sociodemogrficas e os itens que avaliam hbitos/comportamentos alimentares. Mtodos: A nossa amostra constituda por 308 adolescentes (M = 14,5 anos DP = 1,67; raparigas, n = 184, 59,7%). Todos preencheram um protocolo composto por um questionrio sociodemogrfico e pelo Teste de Atitude Alimentares-25/Eating Attitudes Test-25. Resultados: No se encontraram associaes estatisticamente significativas entre a varivel sexo e as variveis IMC categorizado, dimenses do TAA-25, IMC, TAA-25 (categorizado pelo ponto de corte de 19) e os itens que avaliam hbitos/comportamentos alimentares. Porm, alguns itens particulares do TAA-25 revelaram uma associao significativa com o sexo. Relativamente TAA-25 dicotomizado segundo o ponto de corte 19 verificou-se que em ambos os sexos, a grande maioria dos jovens apresenta uma pontuao abaixo desse ponto de corte. Quanto aos itens que avaliam hbitos/comportamentos alimentares e as variveis sociodemogrficas e familiares, a frequncia com que os jovens bebem refrigerantes e ingerem vegetais mostraram-se estatisticamente associadas escolaridade do pai. Igualmente, a frequncia com que ingerem vegetais e com que ingerem fast food tambm se mostraram estatisticamente associadas zona da escola que frequentam. Discusso: No geral, na nossa amostra, os hbitos/comportamentos alimentares dos adolescentes no so to negativos como os relatados por alguma literatura (e.g. percentagem elevada de jovens que salta o pequeno almoo). Igualmente, no parecem existir diferenas significativas de sexo quanto s atitudes alimentares, eventual PCA, IMC e hbitos/comportamentos alimentares. No entanto, existem diferenas de sexo em alguma da sintomatologia especfica avaliada pelo TAA-25. bom verificar que ambos os sexos revelam uma prevalncia baixa de eventual PCA, embora as raparigas revelam um valor superior. Algumas variveis sociodemogrficas revelam associaes com os hbitos/comportamentos alimentares. As implicaes dos resultados encontrados so discutidas pela autora.

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Introduo: As experincias adversas na infncia, tal como a exposio a acontecimentos traumticos e vivncias de vergonha, podem ter um contributo importante na vida dos adolescentes moldando a forma estes se percecionam a si prprios e aos outros, e como lidam com as adversidades, podendo aumentar a sua vulnerabilidade para desenvolver uma perturbao depressiva. Este estudo, de desenho longitudinal, consistiu em estudar os factores preditores (acontecimentos de vida traumticos e sentimentos de vergonha) no desenvolvimento de psicopatologia depressiva a seis meses. Mtodo: A amostra constituda por 325 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos a frequentar o 3 ciclo do ensino bsico e ensino secundrio. Para o estudo das variveis referidas, foram utilizados os seguintes instrumentos de medida: o Child Depression Inventory, o Childhood Trauma Questionaire e a Escala de Vergonha Externa. Resultados: Os resultados obtidos relativamente estabilidade absoluta das variveis demonstram diferenas significativas entre os valores mdios do 1momento de avaliao e do 2 momento de avaliao (aps 6 meses) para a varivel vergonha. Ao longo do estudo, verificou-se uma associao positiva entre as variveis relacionadas com o trauma e os sentimentos de vergonha avaliados no primeiro tempo (T1) e a varivel sintomas depressivos (T2). O modelo de regresso linear mltipla, explicou 63% da varincia dos sintomas depressivos no tempo 2, mostrando que o facto de pertencer ao sexo feminino, experienciar mais vivncias de vergonha, e mais experincias traumticas de abuso afetivo, abuso sexual e de negligncia emocional permitem predizer mais sintomas depressivos na adolescência. Concluso: Podemos concluir com a presente investigao, que o impacto de acontecimentos traumticos, do tipo abuso/negligncia, bem como de sentimentos de vergonha durante a fase da adolescência pode ser nocivo para o desenvolvimento harmonioso posterior, nomeadamente no desenvolvimento de sintomatologia depressiva. / Introduction: The adverse experiences in childhood, such as an exhibition of traumatic events and experiences of sham can have important contribution in teenagers life shaping the way they perceive themselves and the others and how they deal with adversity, increasing their vulnerability to develop a depressive disorder. This study, longitudinal design, it was consisted in study of the predictive factors (traumatic life events and feelings of shame) in the development of depressive psychopathology in six months. Method: The sample consisted of 325 adolescents aged between 12 and 18 years attending the 3rd cycle of basic education and secondary education. To the study of the variables mentioned, the following measuring instruments were used: the Child Depression Inventory, the Childhood Trauma Questionnaire and External Shame Scale. Results: The results obtained regarding the absolute stability of the variables showed significant differences between the mean values of the evaluation 1st moment and 2nd moment of evaluation (after 6 months) for the variable shame. Throughout the study, there was a positive association between variables related to the trauma and feelings of shame evaluated at the first time (T1) and the variable depressive symptoms (T2). The multiple linear regression model explained 63% of variance in depressive symptoms at time 2 , showing that the fact of being female experience more shame experiences, and most traumatic experiences of emotional abuse, sexual abuse and emotional neglect permit predict more depressive symptoms in adolescence. Conclusion: We can conclude with this research, that the impact of traumatic events, the type abuse/neglect, as well as feelings of shame during adolescence can be harmful to the subsequent harmonious development, including the development of depressive symptoms.