2 resultados para Menores Brasil Condições sociais

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A depresso materna tem sido associada a factores que em nada promovem o desenvolvimento infantil. O presente estudo tem como objectivo compreender implicaes da depresso materna no desenvolvimento da criana em idade escolar A amostra foi composta por 24 mes e respectivos filhos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 8 e os 15 anos, do 1, 2 e 3 ciclo, pertencentes ao Agrupamento de Escolas da Batalha, encaminhados aos Servios de Psicologia e Orientao. As crianas foram distribudas em grupos distintos, G1, constitudo por 12 crianas cujas mes sofreram depresso nos primeiros trs anos de vida dos seus filhos, e G2, composto por 12 crianas cujas mes no sofreram depresso nem outros distrbios psiquitricos nos primeiros trs anos de vida dos seus filhos. A identificao das mes com indicadores de depresso foi feita de forma retrospectiva, atravs do questionrio sobre a sade do paciente (PHQ-9) e a confirmao diagnstica atravs da SCID. Os dados sociodemogrficos das mes e crianas foram recolhidos em contexto de entrevista, em que se analisaram dados relativos gravidez, ao desenvolvimento da criana e ao seu contexto escolar. As mes responderam igualmente ao questionrio de capacidades e dificuldades (SDQ) relativo ao comportamento dos seus filhos. Para a anlise do sucesso escolar, foi feito um levantamento das notas a Portugus e Matemtica. Por fim, realizou-se a avaliao psicolgica das crianas atravs da WISC-III. A partir da anlise dos resultados obtidos, conclui-se a existncia do impacto negativo da depresso materna no desenvolvimento da criana em idade escolar, observando-se que as crianas que conviveram com a depresso nos trs primeiros anos de vida, apresentam piores notas nas reas estruturantes do Portugus e da Matemtica, e maiores problemas na adaptao escolar. Relativamente aos Q.I.s, observam-se diferenas estatisticamente significativas em todos os domnios da escala, apresentando estas crianas um perfil de resultados mais baixo. De acordo com a avaliao feita pelas mes, estas crianas manifestam maiores dificuldades na regulao emocional e apresentam menores habilidades pr-sociais. / Maternal depression has been linked to factors that in no way promote child development. The present study aims to understand the implications of maternal depression on child development at school age. The sample consisted of 24 mothers and their children of both sexes, aged between 8 and 15, from 1st, 2nd and 3rd cycle, belonging to Agrupamento de Escolas da Batalha, referred to the Servios de Psicologia e Orientao (Psychology and Guidance Services). The children were divided into distinct groups, G1, consisting of 12 children whose mothers suffered depression in the first three years of life of their children, and G2, composed of 12 children whose mothers did not suffer depression or other psychiatric disorders in the first three years of life of their children. The identification of mothers with indicators of depression was made retrospectively, by questionnaire on the patient's health (PHQ-9) and diagnosis confirmation by SCID. Socio-demographic data of mothers and children were gathered in the context of the interview, where data on pregnancy, child development and their school context were analysed. Mothers also responded to the strengths and difficulties questionnaire (SDQ) on the behavior of their children. For the analysis of academic success, a survey was made of the notes on Portuguese and Mathematics. Finally, there was a psychological assessment of children using the WISC-III. From the analysis of the results obtained, the existence of the negative impact of maternal depression on child development at school age is concluded, noting that children who lived with depression for the first three years of life, have worse grades in the structuring areas of Portuguese and Mathematics, and major problems in school adjustment. For IQs, there are significant statistical differences in all areas of the scale, presenting these children lower profile results. According to the assessment made by the mothers, these children have greater difficulty in emotional regulation and have lower pro-social skills.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

A investigao desenvolvida Mercado e condições de trabalho dos Assistentes Sociais no concelho de Tomar resulta da preocupao e da necessidade de conhecimento e anlise das transformaes ocorridas no mercado de trabalho dos assistentes sociais, em pleno sculo XXI, no seio do padro de acumulao flexvel, e dos impactos nas condições de trabalho destes profissionais. Partiu-se de uma anlise das alteraes ocorridas na relao entre Estado, sociedade e mercado e da regulamentao existente acerca das condições e mercado de trabalho dos A.S. Procedeu-se aplicao de um inqurito por questionrio aos A.S. a exercer a profisso no concelho de Tomar, no ano de 2007, no sector pblico, privado no lucrativo e privado lucrativo. A pesquisa efectuada de natureza qualitativa e quantitativa. Em Portugal, a profisso de Assistente Social sofreu alteraes qualitativas, a partir da dcada de 90, com a atribuio do grau de licenciatura aos cursos de Servio Social, com a criao da carreira tcnica superior de Servio Social na Administrao Pblica e com o alargamento do mercado de trabalho. No entanto, este alargamento do mercado de trabalho no foi suficiente para acompanhar o crescimento exponencial de licenciados em Servio Social, entre finais do sc. XX e incio do sc. XXI, o que teve como consequncia a precariedade no mercado de trabalho do A.S. Reportando-nos ao mercado de trabalho do A.S., verificamos que o tempo de espera entre a obteno do diploma em Servio Social e a entrada no mercado de trabalho, tem vindo a alargar-se, no ultrapassando, na maioria das situaes os 12 meses. H uma maior mobilidade profissional e o Estado continua a ser o maior empregador de A.S., mas tende a ser ultrapassado pelo sector privado. A flexibilidade no mercado de trabalho notria, e caracteriza-se pela polivalncia exigida aos A.S, por horrios de trabalho que incluem o trabalho ao fim-de-semana e feriados, as folgas rotativas e as horas extras, sem acrscimo de remunerao. VI Ao nvel das condições de trabalho prevalece o contrato sem termo, embora surjam novas modalidades de trabalho, mais precrias. no sector pblico que as condições de trabalho so mais favorveis e a carreira mais compensatria (melhores vencimentos, mais frias, horrio de trabalho mais reduzido). A preocupao com a formao ao longo da vida, associada qualificao da profisso constatada entre os A.S., reflectindo-se na crescente procura de ps-graduaes e mais recentemente de mestrados.