3 resultados para Ave Reprodução
em Biblioteca Digital da Produção Intelectual da Universidade de São Paulo
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o estágio de maturação nuclear de oócitos com o primeiro corpúsculo polar (CP) visÃvel de pacientes inférteis submetidas à estimulação ovariana para injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) e comparar os resultados da injeção intracitoplasmática de espermatozoide entre os oócitos em telófase I (TI) e metáfase II (MII), e entre aqueles em metáfase II com e sem fuso celular visÃvel. MÉTODOS: Estudo prospectivo que incluiu 106 pacientes inférteis submetidas à injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Foram incluÃdas pacientes com idade menor ou igual a 38 anos, hormônio folÃculo estimulante (FSH) basal menor que 10 mIU/mL e Ãndice de massa corpórea (IMC) menor que 30 kg/m². Foram excluÃdas pacientes com doenças sistêmicas, com qualquer infecção ativa, tabagistas ou que fizeram uso de medicações hormonais e anti-inflamatórias hormonais e não hormonais nos últimos dois meses, previamente à programação para o procedimento de reprodução assistida. Os oócitos com extrusão do primeiro corpúsculo polar foram avaliados pela microscopia de polarização, imediatamente antes da realização da injeção intracitoplasmática de espermatozoide, e caracterizados quanto ao estágio de maturação nuclear (telófase I ou metáfase II). Os oócitos em metáfase II foram avaliados de acordo com a presença ou não do fuso meiótico. Foram analisadas as taxas de fertilização, clivagem e o número de embriões de boa qualidade no segundo dia (D2) de desenvolvimento. Os dados foram analisados comparativamente através do teste exato de Fisher. Em todas as análises foi considerado o nÃvel de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: O fuso meiótico de 516 oócitos foi visualizado através da microscopia de polarização. Dezessete dos 516 oócitos avaliados estavam em telófase I (3,3%) e 499 (96,7%) em metáfase II. Os oócitos injetados em telófase I apresentaram taxas de fertilização significativamente menores do que os injetados em metáfase II (53 e 78%, respectivamente) e não produziram nenhum embrião de boa qualidade no segundo dia. Comparando-se os oócitos com e sem fuso celular visÃvel, não foi observada diferença significativa nos resultados de injeção intracitoplasmática de espermatozoide. CONCLUSÕES: Oócitos injetados em telófase I apresentaram menores taxas de fertilização quando comparados aos em metáfase II. É possÃvel que a análise do estágio de maturação nuclear oocitária, por meio da microscopia de polarização, possa ser utilizada como fator de predição das taxas de fertilização pós-injeção intracitoplasmática de espermatozoide.
Resumo:
Profissionais da área da saúde entram em contato com o sofrimento humano mesmo quando não trabalham diretamente no campo da Psicologia. Este estudo baseou-se no referencial da psicanálise com vistas a compreender os aspectos do sofrimento humano que emerge para os médicos no exercÃcio da reprodução assistida, e a importância do estudo do imaginário coletivo sobre situações de difÃcil manejo em suas clÃnicas. Participaram vinte e dois médicos que atuam em hospitais e clÃnicas do estado de São Paulo em âmbitos público e privado, independentemente de sexo, idade e tempo de formação. Foi utilizado o procedimento desenhos-estórias com tema, compreendido como procedimento dialógico. A entrevista caracterizou-se como uma situação especial de comunicação e expressão das emoções geradas nos atendimentos relacionados à temática proposta. Constatou-se a necessidade de proposição de espaços facilitadores da expressão emocional, que promovem a continência do sofrimento humano e a ocorrência de experiências reflexivo-vivenciais transformadoras do real.
Resumo:
A realização de exercÃcios fÃsicos para pacientes com sequelas motoras pós-acidente vascular encefálico (AVE) é essencial para a recuperação funcional. Programas educacionais podem facilitar a repetição dos exercÃcios em casa e contribuir para o tratamento. Este trabalho teve como objetivo elaborar e aplicar um manual de exercÃcios domiciliares para pacientes com AVE. O estudo consistiu em duas etapas: na primeira foi elaborado um manual de exercÃcios domiciliares (piloto) com fotos e textos simples para facilitar a compreensão. Foi realizada uma avaliação funcional de cada paciente e selecionados os exercÃcios mais adequados, que deveriam ser feitos em casa. Esse manual foi aplicado a 17 pacientes, 70% crônicos e 30% agudos. Após 15 dias, o paciente retornava e era solicitado que reproduzisse os exercÃcios e informasse o nÃvel de compreensão das fotos e do texto do manual e se sentia dor ao realizá-los. As fotos e os exercÃcios referidos como difÃceis foram revistos, e criada a versão teste que foi aplicada em outros 23 pacientes, dando origem à versão final do manual. A avaliação do manual piloto foi insatisfatória, sendo que apenas 56% referiram aprovação das fotos e 87% do texto. Após a reformulação, a compreensão das fotos e do texto alcançou valores acima de 98%. Foi possÃvel obter um manual ilustrado de exercÃcios domiciliares, de fácil aplicação e compreensão, especÃfico e individualizado, para pacientes com AVE e adaptável aos diferentes quadros motores.