2 resultados para Ave Grande, Ilha (RJ)

em ARCA - Repositório Institucional da FIOCRUZ


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A malria, doena milenar, que afeta milhes de pessoas no mundo, em especial na frica subsaariana, sudeste asitico e Amrica do Sul, persiste na regio amaznica brasileira desde o final do sculo XIX como sua principal endemia e grande desafio da sade pblica. Presente na vida e no imaginrio popular, tem sido objeto frequente dos discursos do Estado e da Imprensa, vozes socialmente autorizadas e com forte poder na construo dos seus sentidos e da realidade simblica que d vida e forma sua existncia. Analisar como o poder pblico e os jornais amazonenses significaram a malria no agravamento de sua condio epidemiolgica, no contexto do Ciclo da Borracha, e como a significam no perodo contemporneo, quando a doena ainda capaz de produzir entre 100 e 200 mil adoecimentos anuais somente no Amazonas, constituiu o objetivo desta pesquisa, realizada luz da Semiologia Social. Buscamos compreender as estratgias discursivas usadas por estes dois dispositivos, com suas relaes de concorrncia e colaborao e verificar possveis mudanas nos sentidos produzidos sobre a malria e seu doente no passado e na atualidade Para isso, foram analisados, pelo mtodo de Anlise Social de Discursos, 47 textos de jornais e documentos oficiais produzidos em dois perodos histricos (1898 a 1900 e 2005 a 2007). Os resultados do estudo apontam a relao indissocivel entre Estado e Imprensa na produo de sentidos sobre a malria, com o segundo incorporando predominantemente os discursos do primeiro; tambm mostram que a imagem da malria, construda pela mdia e pelo poder pblico, a de uma endemia amaznica, de sentidos negativos e socialmente perifrica; e que o doente, aquele que materializa a existncia da doena, um sujeito passivo ou ilustrativo nas cenas discursivas, historicamente silenciado e, por isto, enfraquecido no seu poder de fazer ver e fazer crer

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A toxoplasmose, causada pelo Toxoplasma gondii uma protozoose que acomete o homem e uma grande variedade de animais de sangue quente e aves. No Brasil, a prevalncia pode variar de 20% a 90% dependendo da rea estudada, clima, condio socioeconmica e cultural. A infeco se d atravs da ingesto de oocistos, que podem ser encontrados no solo, gua e alimentos ou atravs da manipulao e ingesto de carne crua ou mal cozida, alm da infeco congnita, apresentando importncia em sade pblica. Este trabalho objetivou estudar a ocorrncia da infeco por Toxoplasma gondii em animais silvestres, bovinos, sunos, ovinos e comunidade rural da regio de Nhecolndia, no Pantanal do Mato Grosso do Sul, utilizando mtodos sorolgicos (Hemaglutinao Indireta - HAI, Reao de Imunofluorescncia Indireta - RIFI, Tcnica de aglutinao modificada - MAT) e moleculares (Reao em cadeia pela polimerase \2013 PCR, PCR-RFLP). Foram feitas coletas de amostras de sangue de 73 indivduos da comunidade rural, de 25 ces, 442 bovinos e 148 porco-monteiros. Observou-se que 47,95% (35/73) das pessoas eram sororreagentes. Destas, apenas um indivduo sororreagente (2,9%) apresentou leso ocular presumvel da infeco pelo parasito. Nos animais, observou-se a ocorrncia de anticorpos anti- T. gondii em 48% dos ces, 30,55% dos bovinos e 1,3% nos porco-monteiros. Relatos de vrias partes do mundo tm demonstrado a importncia do ciclo silvestre na epidemiologia da infeco por Toxoplasma gondii. No entanto, apesar do papel conhecido de alguns felinos selvagens como hospedeiros definitivos para manuteno e transmisso do parasita para outros predadores carnvoros, pouco se sabe sobre a incidncia de Toxoplasma gondii nestes animais Os carnvoros foram capturados em armadilhas contendo iscas e aps a conteno qumica as amostras biolgicas (sangue de todos os animais e fezes dos feldeos) foram coletadas e armazenadas para anlise posterior. No presente estudo, trs espcies de carnvoros foram avaliadas: quati (Nasua nasua), lobinho ou cachorro do mato (Cerdocyon thous) e jaguatirica (Leopardus pardalis). Quarenta e dois roedores (Tricomys) tambm avaliados tiveram anlises de PCR realizada em 42 tecidos (crebro, pulmo e msculo). Atravs dos exames sorolgicos (Hemaglutinao Indireta, Reao de Imunofluorescncia Indireta, Tcnica de aglutinao modificada) observou-se a ocorrncia da infeco por Toxoplasma gondii em 29,16% (7/24) dos quatis, 47,82% (11/23) em lobinhos e 100% (2/2) nas jaguatiricas. No PCR observou-se positividade em 41,66% (10/24) dos quatis, 47,82 % (11/23) dos lobinhos e em 100% (2/2) das jaguatiricas. Em roedores, observou-se 23,80 % (10/42) de positivos pela PCR. Realizamos a caracterizao molecular de amostras sanguneas dos animais silvestres positivos pela PCR, onde utilizamos 12 marcadores genotpicos (SAG1, SAG2 (5\2019-SAG2 e 3\2019-SAG2), SAG3, GRA6, BTUB, c22-8, c29-2, L358, PK1, novo SAG2, Apico, CS3), onde observou-se a presena de um novo gentipo do parasito, circulando na regio de forma homognea entre as espcies