3 resultados para História das Mulheres

em Repositório Institucional da Universidade Federal do Rio Grande - FURG


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Esta dissertação tem por objetivo analisar as mudanças ocorridas na representação feminina, ao longo do tempo, em contos de fadas e suas adaptações, através de um viés comparativo. Para esta pesquisa, selecionamos como corpus as duas versões do conto “Branca de Neve”, dos Irmãos Grimm – uma publicada entre os anos de 1812 e 1815 e a outra publicada em 1822 –, e o filme Espelho, espelho meu (2012), dirigido por Tarsem Singh com história de Melissa Wallack e roteiro de Jason Keller e Marc Klein. Nossa análise pauta-se nas informações obtidas em História da vida privada, organizada por Georges Duby e Philiphe Ariès (1991) e Minha história das mulheres, de Michelle Perrot (2008). Como principal fundamentação teórica, utilizamos as concepções de Linda Hutcheon, em especial aquelas constantes em seu livro Uma teoria da adaptação (2013). Além disso, durante a escrita desta dissertação, também fizemos uso dos estudos de Bruno Bettelheim (2007), Tomás Enrique Creus (2006) e Carl Gustav Jung (2000). Ao longo deste estudo, procuramos ainda compreender as mudanças na representação feminina nos contos de fadas clássicos, comparando-se as adaptações referidas, relacionando-as com as alterações sociais acontecidas ao longo do tempo.

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É na busca por compreender a inserção e participação de mulheres na política partidária na contemporaneidade que esta dissertação, situada na linha de pesquisa Culturas, Linguagens e Utopias, tem como objetivo analisar as narrativas de vereadoras de municípios que estão localizados na região sul do Rio Grande do Sul no período de 2009-2012. O corpus de análise constitui-se de entrevistas individuais semiestruturadas com as onze vereadoras participantes a partir da metodologia de investigação narrativa. Partindo das contribuições dos Estudos Culturais e de Gênero em suas vertentes pós-estruturalistas procurou-se problematizar alguns discursos e práticas que emergiram nas narrativas com base nas contribuições da análise do discurso de Michel Foucault. Assim, verificou-se que a representação cultural das mulheres neste campo político está fundamentada em concepções essencialistas do gênero feminino como a sensibilidade. Isso vem provocando discussões na ciência política e nos estudos de gênero a partir de termos como política de ideias, política de desvelo que discutem a presença das mulheres em decorrência ou não desses atributos. O fato é que esses discursos vêm instituindo diferenças na participação de homens e mulheres na política e constituindo formas de ser mulher na política partidária e de fazer política diferenciada das dos homens de forma menos “dura”, “rígida”. Ao debruçar-se na inserção das mulheres nessa esfera pública constatou-se uma trajetória marcada pelas noções de público e privado que impediu ao longo de nossa história a participação das mulheres no campo político e o desenvolvimento de sua cidadania. Além disso, nas narrativas das vereadoras fica evidente que as mulheres não foram constituídas para participarem do que hoje é um direito seu: a esfera pública de decisão da política. Isso foi constatado a partir do convite que foi feito para a candidatura pelos partidos que a partir das cotas partidárias procuraram mais significativamente por mulheres para concorrer. Também se observou neste estudo o capital político de ingresso das mulheres nessa esfera: o capital familiar, capital dos movimentos sociais e capital de ocupação em cargos públicos. Quanto a participação das mulheres no cotidiano de seus mandatos identificamos a dificuldade de ser mulher e política na atualidade. As negociações com os partidos e os colegas, a conciliação entre a família e a vida pública; os focos de atuação dedicados as áreas sociais e nesse destacamos mais significativamente a educação. Por fim, o que pretendemos foi desconfiar da máxima “lugar de mulher não é na política” e conhecer as trajetórias e histórias de mulheres que cotidianamente entre conflitos e disputas lutam pelo seu lugar na esfera pública, pelo exercício de sua cidadania.

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A presente pesquisa foi iniciada pela compreensão que, mesmo com os significativos avanços ocorridos nos últimos anos, relacionados aos debates de gênero, mulheres, feminismo, faz-se necessário, ainda, que educadoras/es consigam estabelecer diálogos nas salas de aula sobre o tema, eis que, ou está ausente ou é muito pouco debatido no âmbito das escolas. Pretende-se estabelecer uma relação entre o Ensino de História e o gênero/mulher no contexto da História. Para tanto, foi utilizado o conceito de literacia histórica, o qual aborda a História em múltiplas possibilidades e definições sobre como ela (História) pode ser “lida”, uma alfabetização histórica. Neste sentido espera-se que a abordagem de uma História local seja percebida como inter-relacionada com a História global. Para que tal propósito seja alcançado, serão utilizados os paradigmas da Educação Histórica e o conceito de Teoria Social. A partir da investigação das memórias de professoras e professores de História sobre a sua formação, busca-se identificar as influências que sofreram no meio escolar, e o quanto significou, para elas e para eles, estas nas suas vidas, os aprendizados e as dificuldades encontradas. Levando-se em conta que muitos trabalhos fundamentados em estudos sobre mulheres têm sido realizados por alunas/os da Universidade Federal do Rio Grande – FURG para a obtenção da titulação em vários níveis de formação acadêmica, na área de História, realizou-se um levantamento inicial, a fim de encontrar mulheres que escreveram sobre mulheres no Centro de Documentação Histórica Prof. Hugo Alberto Pereira Neves (CDH-FURG). Buscou-se também uma dissertação, resultante de curso realizado na Universidade Federal de Pelotas – UFPel. A partir da identificação de algumas mulheres que escreveram sobre mulheres e que se encontram atuando como docentes em sala de aula, ou em outros espaços onde desenvolvem atividades correlatas, idealizou-se conhecer como estão sendo abordadas, se o são, as questões relacionadas às mulheres no contexto em que se encontram essas profissionais. Por fim, foram realizadas entrevistas e buscou-se observar as coincidências e/ou divergências entre elas no tocante ao tema gênero/mulheres, no espaço escolar ou onde atuam.