41 resultados para Enfermagem


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O desenvolvimento de novos modelos de organização e gestão do trabalho, com crescente recurso a tecnologias de informação e comunicação, associado a dinâmicas abrangentes de globalização e de reestruturação económica, permite que a dimensão do trabalho assuma um lugar determinante na qualidade de vida do trabalhador relacionado com a organização de tempo, obtenção de recursos económicos e de construção identitária da personalidade, como elementos estruturantes da vida. Para responder às dimensões da qualidade de vida em contexto de trabalho dos professores de enfermagem, delineamos os seguintes objetivos: avaliar a QV (Qualidade de Vida) e a QVT (Qualidade de Vida no Trabalho), relacionar a QV com as variáveis sociodemográficas e características organizacionais e correlacionar as dimensões do QV e QVT. Estudo transversal, quantitativo, observacional, descritivo-correlacional de nível II. Amostra de 183 professores de Enfermagem em Portugal. Recolha de dados realizada por questionário de auto preenchimento, com recurso a Escalas de Qualidade de vida. Em todas as dimensões os professores, percecionam uma QV positiva (> 50). Com valor médio observado, para o global da escala (QV geral e perceção geral de saúde) de 70,29, com um desvio padrão de 15,28, a mediana foi de 75. O que nos permite afirmar que os professores em estudo percecionam uma boa QV no global. Na análise por dimensões, constatamos que é na dimensão "relações sociais" é onde se verifica o valor médio mais elevado (=76±19,05), onde percecionam melhor QV, seguido da dimensão "ambiente" (=71,52±14,78). Por outro lado, onde percecionam uma menor QV, é na dimensão "psicológico" (=60,13±7,51,) logo seguido pela dimensão "físico" (=64,07±10,77). Verificamos a existência de correlação positiva altamente significativa (ρ=0,737**) entre a QVT e a QV geral percecionada. Os professores, percecionam uma QV positiva. O "stresse no trabalho" é onde os professores se encontram menos satisfeitos com a sua QVT. Consoante maior é a perceção da QVT por parte dos professores, maior é a sua QV geral, o que significa que existe uma relação significativa entre a qualidade de vida relacionada com o trabalho nos professores e a sua qualidade de vida geral em todas as dimensões avaliadas.

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A segurança de doentes (SD), temática emergente da gestão da saúde é considerada um dos pilares da qualidade dos cuidados de saúde, dizendo respeito a todos os intervenientes. A segurança de doentes, hoje consagrada por directiva europeia um direito de todos é definida pela DGS (2011) como "a redução do risco de danos desnecessários relacionados com os cuidados de saúde, para um mínimo aceitável. Diversos autores apontam para taxas de incidência de eventos adversos (EA) em hospitais que variam entre 3,5% e 17%, sendo cerca de metade considerados evitáveis. Nas unidades de cuidados intensivos (UCI's) as taxas de EA's revelam-se ainda mais preocupantes (Rothschild, 2005; Valentin, (2009. Mais de 20% dos doentes em UCI sofreram pelo menos um EA. Os enfermeiros são os profissionais que mais permanecem e mais atos realizam aos doentes, como sustenta. Parte relevante dos erros é imputada aos enfermeiros, o que indicia a importância do papel a desempenhar por estes para na prática de cuidados seguros. Nesse sentido, A investigação pretende obter resposta para a seguinte questão orientadora: "Qual a perceção dos enfermeiros de cuidados intensivos do Hospital β relativa à segurança nos doentes críticos?". Definiram-se como objetivos: Conhecer a perceção dos enfermeiros de UCI's, sobre a cultura de segurança e sobre o risco e a ocorrência de EA's associados às suas práticas, analisar a relação entre estas variáveis e otempo de exercício profissional, do tempo de exercício em UCI e do nível de formação profissional dos enfermeiros. METODOLOGIA A investigação tem natureza descritiva e correlacional. A amostra é constituída por enfermeiros de UCI's do Hospital β. Foram definidos como critérios de inclusão no estudo ter mais de 6 meses de tempo de serviço em UCI, estar em funções no período do estudo e aceitar participar voluntariamente no estudo. Utilizou-se um questionário, constituído pela por um bloco de questões de caraterização sócio demográfica e profissional, pela versão portuguesa do questionário " Hospital Survey on Patient Safety Culture" (Sorra & Nieva, 2004) constituído por 42 itens que permitem avaliar 12 dimensões da cultura de segurança, e a escala "Eventos Adversos Associados às Práticas de Enfermagem" (Castilho & Parreira, 2012), constituída por 54 itens, que permitem avaliar a perpetiva de processo (12 dimensões de práticas de enfermagem) e a perpetiva de resultado (6 dimensões de EAS). Para análise dos dados recorreu-se estatística descritiva e inferencial. Foram cumpridos os requisitos éticos e formais inerentes ao estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Participaram voluntariamente 37 enfermeiros, 82,22 % da população alvo, elementos das equipas de UCI's do Hospital β. O tempo médio de exercício profissional dos participantes é de 13,14 anos (± 7,37 anos). O tempo médio de serviço em UCI's é de 9,10 anos (± 6,18 anos). Os resultados conferem heterogeneidade de maturidade e de experiência. 61,1% (22) dos inquiridos têm licenciatura em Enfermagem, 13,9% (5) Têm uma pós graduação e os restantes 25% (9) detêm mestrado e/ou curso de especialidade em enfermagem. É percetível que os enfermeiros têm noção que os EA's acontecem, mesmo quando adotam práticas preventivas fortes, revelando consciência do problema. cerca de 25% dos enfermeiros percecionam risco para ocorrência de EA's. Cerca de metade assume que estes poderiam ser evitados, indiciando que os profissionais reconhecem que mais pode ser feito em prole da SD. Estudada a cultura de segurança, evidenciam-se áreas fortes, com taxas de resposta positivas superiores 75%: Trabalho em equipa (91.9%), Aprendizagem organizacional - melhoria contínua (77.5%) e Perceções gerais sobre a segurança do doente, (76.4%), contudo apenas 64.9% afirmam que "Os nossos procedimentos e sistemas são eficazes na prevenção dos erros que possam ocorrer", sugerindo necessidade de otimizar os procedimentos e sistemas adotados para prevenir a ocorrência de EA's. Embora se observe 81.1% de respostas positivas, no item "Avaliação geral sobre o grau de segurança do doente" identificam-se dimensões que carecem de atenção prioritária, por valores de resposta positiva baixos (inferiores a 50%), nomeadamente: "Apoio à segurança do doente pela gestão", (26.1%), "Resposta não punitiva ao erro", (28.9%), em que 19.1% refere que se preocupa se os erros que cometem são registados no seu processo pessoal, transparecendo receio de penalização/ culpabilização. Na Frequência da notificação, (34%), fica patente a sub notificação de EA's, limitativo da adoção de medidas preventivas por desconhecimento da existência de determinado EA. Na Dotação de profissionais, (41.5%), fica-se com a perceção de não existirem as dotações adequadas de enfermeiros, que faz com que estes trabalhem muitas vezes em modo crise. Na Comunicação e feedback acerca do erro, percebe-se que só 37.9% dos enfermeiros corroboram com a afirmação" É-nos fornecida informação acerca das mudanças efetuadas, em função dos relatórios de eventos" Quanto aos EA's associados às práticas de enfermagem constata-se, como dimensões de práticas preventivas fortes, a Vigilância, as Práticas de privacidade e confidencialidade (97.3% de respostas positivas), a Higienização das mãos, (94.6%), práticas preventivas de úlceras por pressão, (91.5%), contudo em alguns indicadores identifica-se espaço para melhoria, por nem sempre "O suporte nutricional é ajustado às necessidades", bem como nem sempre se verificam "práticas preventivas de úlceras por pressão ajustadas aos fatores de risco". Menor frequência de respostas positivas foi identificada na dimensão advocacia (64.9%), em que que cerca e agravamento/ complicações no estado do doente por falhas na defesa dos interesses do doente" e que " existe risco de agravamento/ complicações do estado do doente por julgamento clínico inadequado". O Risco e ocorrência de Quedas, (63.45% de respostas positivas), é identificada enquanto área a necessitar de melhoria para otimização do controlo de risco bem como de ocorrência deste EA. No Risco e ocorrência de Úlceras dde metade dos enfermeiros raramente ou apenas algumas vezes questionam a prática de outros profissionais quando está em causa o interesse do doente; na dimensão de prevenção de quedas, (70.2%), onde vários enfermeiros afirmam nunca avaliar o risco de quedas.; na dimensão preparação de medicação, (69,7%), particularmente o indicador "O enfermeiro ser interrompido durante a atividade". Constata-se uma perceção de 89.6% nas práticas preventivas de falhas de administração de medicação, contudo identificam-se taxas relevantes de "Falhas na comunicação entre médico e equipe de enfermagem sobre alteração da prescrição médica". Ainda que a percentagem de respostas positivas possa ser considerada globalmente elevada, não se ignora que seria desejável adotar práticas preventivas de ocorrência de EA's com taxas de resposta positivas próximo dos 100%. Parte não negligenciável de enfermeiros assumiu que "existe risco de Pressão, (43.2%), e o Risco e ocorrência de Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde, (28.35%) alertam para áreas particularmente críticas. Na perceção geral de risco e ocorrência de EA's em UCI's constatou-se que não existe relação entre a cultura de segurança e as características individuais dos inquiridos, nomeadamente tempo de exercício profissional e formação académica. A perceção dos inquiridos, face aos EA's associados às práticas de enfermagem, quer nas práticas preventivas quer no risco e ocorrência de EA's, não difere tendo em conta o tempo de experiência profissional, e o nível de formação académica. Estes resultados sugerem que a perceção dos profissionais é relativamente homogénea, não variando em função das características individuais. CONCLUSÃO A análise da correlações das várias dimensões de cultura de segurança com os EAs associados às práticas de enfermagem permitiu verificar que a cultura de segurança se correlaciona negativa e moderadamente com os EA's e positiva e moderadamente com as práticas de enfermagem. As correlações são mais fortes no que concerne às práticas preventivas de enfermagem, indiciando que a melhoria dos resultados (redução dos EA's) passa também pela melhoria das práticas profissionais. Dos resultados obtidos ressalta a necessidade de uma Política de Segurança no Hospital, a disseminar pelos colaboradores, através dos canais de comunicação institucional, formações em serviço, na presença de elemento(s) da Direção, onde ficaria expresso o interesse desta sobre a SD. Importa adotar e difundir uma cultura de erro não punitiva, mediante uma liderança que fomente a notificação de EA's e a formação em SD.

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Introdução: o stress pode influenciar negativamente o bem-estar dos estudantes de enfermagem, o seu estado de saúde e os resultados académicos. Apesar de serem conhecidas as principais variáveis intervenientes neste processo não existe evidência empírica sistematizada que oriente para a tomada de decisão sobre a inclusão de programas para a redução de stress nos cursos de enfermagem. Objetivo: identificar os estudos disponíveis acerca do efeito de intervenções para redução de stress em estudantes de enfermagem e analisar a consistência dos resultados obtidos. Metodologia: revisão sistemática de literatura na B-on, TRIP e Cochrane, com os seguintes descritores, nas línguas português, espanhol e inglês: Estudantes de enfermagem + Stress, para busca em título; e, Intervenção ou programa + Impacto ou Efeito ou Eficácia ou Influencia, em resumo. Resultados: foram analisados 14 artigos que obedeceram aos critérios de inclusão. A maioria são estudos quasi-experimentais (11), com uma grande variedade de programas de intervenção, mas encontrando diminuição estatisticamente significativa para ansiedade e stress. O resultado para depressão não é consistente. Discusao: não existem estudos com follow-up em número suficiente para compreender os efeitos a longo prazo. Conclusão: as intervenções para reduzir o stress em estudantes de enfermagem parecem ser eficazes a curto prazo numa grande variedade de programas. São necessários estudos que analisem os efeitos a longo prazo.

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A história da enfermagem em Portugal, necessita de estudos de aprofundamento, rigorosamente alicerçados em fontes. Em particular os que podem contribuir para a compreensão do processo de invisibilidade/visibilidade da enfermagem portuguesa. Objetivo: Interpretar as fontes históricas disponíveis nos diários das sessões das câmaras de representantes de Portugal, no período 1821-1910. Métodos: Utilizando-se descritores sensíveis à temática enfermagem, foi possível acessar, identificar a sua localização e organizar os diários das sessões disponíveis em texto integral, no endereço digital da Assembleia da República Portuguesa. Resultados: Encontrou-se 1317 páginas de 903 diários de sessões correspondentes a seis câmaras que funcionaram nesse período. Organizou-se cronologicamente a informação e procedeu-se à caracterização das tendências,lacunas e aumento de referência à enfermagem- enfermeiro nestes documentos. Conclusão: É nítida a referência aos descritores enfermeiro, enfermagem e enfermaria em determinados períodos políticos de Portugal, com destaques para momentos de maior investimento nas colônias, exigindo outros estudos.

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A internacionalização da educação superior e a cooperação internacional devem ser assumidas, hoje, não mais como um meio, mas como um fim para se movimentar e relacionar na sociedade globalizada, sem fronteiras e centrada no conhecimento. Esse compromisso, portanto, além de estratégia prioritária das agendas governamentais, deve também ser assumido pelas universidades, pelas profissões e pesquisadores, como desafio ao impacto da globalização.

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Introdução: A informação de enfermagem reveste-se de grande relevância na prestação de cuidados de qualidade e ganhos em saúde (Pritchard, 2011). Os enfermeiros, nomeadamente os especialistas em enfermagem médico-cirúrgica devem investir no fortalecimento da informação acerca dos cuidados de enfermagem que prestam ao longo do período perioperatório. O fornecimento de informações ao doente cirúrgico torna-se fundamental, e deve ir de encontro às suas necessidades, dúvidas e expetativas (Barbosa, Terra, & Carvalho, 2014). Objetivos: Construir e validar um instrumento de medida para avaliação da perceção que o doente cirúrgico possui relativamente à informação de enfermagem, no pré-operatório. Metodologia: A escala de 15 itens foi aplicada no período pré-operatório a uma amostra de 200 doentes propostos para cirurgia programada. Foi realizado um estudo de validade de constructo através da análise fatorial com rotação ortogonal varimax, validação pela randomização de amostras e foi feita a estimativa da consistência interna (Filho & Júnior, 2010). Os cálculos foram efectuados no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados: Após o estudo de consistência interna pelo cálculo do Alfa de Cronbach, verificou-se um valor de 0,903, indicando um excelente índice. Procedeu-se ainda à análise fatorial da escala. Através dos testes de adequação da amostra, obteve-se uma medida de Kaiser-Meyer-Olkin de 0,912 e um nível de significância de p=0,000 no teste de esfericidade de Bartlett, ambos considerados excelentes pela literatura consultada (Filho & Júnior, 2010). Obtidos dois fatores. A análise da fidelidade dos dois fatores apresenta uma consistência interna de 0,911 e 0,627, respetivamente. Conclusões: A Escala de Informação de Enfermagem é um instrumento que se apresenta válido e fiável para utilizar no estudo da informação transmitida pelos enfermeiros aos doentes cirúrgicos, no pré-operatório, revelando um elevado potencial para utilização em investigação.

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Objetivo: Descrever a percepção de docentes sobre o ensino da sistematização da assistência de enfermagem em nível técnico. Métodos: Estudo descritivo, de abordagem mista. Participaram do grupo focal sete docentes do Curso Técnico em Enfermagem de uma universidade pública do Nordeste brasileiro. O conteúdo textual foi tratado com auxílio do IRAMUTEQ e a análise dos dados foi realizada a partir do referencial teórico de Alfred Schutz. Resultados: Os docentes do curso técnico de enfermagem tipificam a importância de integrar o técnico de enfermagem na sistematização da assistência e para tanto realçam a necessidade de incluir tal temática na formação em nível técnico. Conclusão: os docentes denotam dúvidas e receios em não saber como e quando efetivar o ensino da SAE em nível técnico, mas refletem sobre as possibilidades e necessidades de consolidar esta temática.

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O desenvolvimento profissional em enfermagem e o processo de individualização das especialidades em enfermagem é fundamental para a qualidade dos cuidados de enfermagem e consequente adequação às reais necessidades da população. A presença de enfermeiros especialistas nos contextos clínicos conduz ao incremento de qualidade dos cuidados prestados, traduzidos em ganhos de saúde.

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Introdução: Serious games podem viabilizar ambiente simulado virtual transformando a experiência de jogo em aprendizagem significativa (Marsh, 2011). Os recursos multimídias são também interessantes para uso no ensino, enriquecendo, por meio da tecnologia, conteúdo cientificamente estruturado (Fonseca et al., 2013). Outra estratégia bastante utilizada na área da saúde, na qual também temos interesse, é a simulação, que oferece vantagens como segurança do paciente, ética na assistência e oportunidades de aprendizagem clínica (Martins et al., 2012). Objectivos: Avaliar a aprendizagem cognitiva de estudantes de enfermagem sobre avaliação clínica neonatal em um curso semipresencial utilizando simulação virtual e em laboratório; comparar a aprendizagem cognitiva dos estudantes assumindo como intervenção do grupo experimental a simulação em laboratório; e avaliar o curso na perspectiva dos estudantes. Metodologia: Foi conduzido estudo quase-experimental junto a 14 estudantes portugueses incluindo pré-teste, teste intermediário e pós-teste. As tecnologias incluídas no curso oferecido foram serious game e-Baby (jogo educacional com formato de simulação virtual), software instrucional de semiologia e semiotécnica (recursos multimídia e conteúdo embasado cientificamente) e simulação em laboratório, todos no tema avaliação clínica do bebê prematuro. Para a avaliação do curso e caracterização dos estudantes foram utilizados instrumentos de coleta de dados desenvolvidos especificamente para este estudo, e análise descritiva. A análise estatística foi não paramétrica: Mann-Whitney e Wilcoxon. Resultados: O uso de tecnologias digitais e de simulação em laboratório, evidenciou diferença estatisticamente significativa (p=0,001) na aprendizagem dos participantes. O curso foi avaliado como muito satisfatório pelos estudantes, que afirmaram, unanimemente, ter sido esta a primeira vez em que participaram de um curso envolvendo tecnologias educacionais digitais, apesar de já terem participado de outras simulações em laboratório. A simulação em laboratório isoladamente não representou diferença significativa no aprendizado (p=0,845), quando comparado grupo experimental em relação ao controle. Os resultados de avaliação do curso foram majoritariamente positivos variando essencialmente entre "muito bom" e "excelente" em todos os critérios. Sobre avaliação negativa, caracterizada pela opção "insuficiente", verificou-se no quesito: "Tempo reservado às práticas de simulação em laboratório" (n=3/21,5%). Tanto para a simulação em laboratório como a virtual, alguns estudantes sugeriram que fossem inseridos mais casos para estudo, de forma a oferecer mais material de natureza semelhante, reforçando a satisfação em utilizá-los como apoio para o curso oferecido. Conclusões: A aprendizagem cognitiva dos participantes aumentou significativamente ao se comparar os escores no fim do curso em relação ao início. A simulação em laboratório, analisada isoladamente, não representou mudança significativa nas pontuações quando se comparou grupo controle e experimental, o que destaca a importância da associação de ferramentas e estratégias no ensino superior em enfermagem. Considera-se que o uso de tecnologia seja parte do sucesso do mesmo, podendo ser uma importante ferramenta de inovação didática e motivação da aprendizagem na área da saúde. A avaliação dos estudantes sobre o curso reforça o interesse em ferramentas diferenciadas para apoio dos estudos.

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Introdução: Serious games podem viabilizar ambiente simulado virtual transformando a experiência de jogo em aprendizagem significativa (Marsh, 2011). Os recursos multimídias são também interessantes para uso no ensino, enriquecendo, por meio da tecnologia, conteúdo cientificamente estruturado (Fonseca et al., 2013). Outra estratégia bastante utilizada na área da saúde, na qual também temos interesse, é a simulação, que oferece vantagens como segurança do paciente, ética na assistência e oportunidades de aprendizagem clínica (Martins et al., 2012). Objectivos: Avaliar a aprendizagem cognitiva de estudantes de enfermagem sobre avaliação clínica neonatal em um curso semipresencial utilizando simulação virtual e em laboratório; comparar a aprendizagem cognitiva dos estudantes assumindo como intervenção do grupo experimental a simulação em laboratório; e avaliar o curso na perspectiva dos estudantes. Metodologia: Foi conduzido estudo quase-experimental junto a 14 estudantes portugueses incluindo pré-teste, teste intermediário e pós-teste. As tecnologias incluídas no curso oferecido foram serious game e-Baby (jogo educacional com formato de simulação virtual), software instrucional de semiologia e semiotécnica (recursos multimídia e conteúdo embasado cientificamente) e simulação em laboratório, todos no tema avaliação clínica do bebê prematuro. Para a avaliação do curso e caracterização dos estudantes foram utilizados instrumentos de coleta de dados desenvolvidos especificamente para este estudo, e análise descritiva. A análise estatística foi não paramétrica: Mann-Whitney e Wilcoxon. Resultados: O uso de tecnologias digitais e de simulação em laboratório, evidenciou diferença estatisticamente significativa (p=0,001) na aprendizagem dos participantes. O curso foi avaliado como muito satisfatório pelos estudantes, que afirmaram, unanimemente, ter sido esta a primeira vez em que participaram de um curso envolvendo tecnologias educacionais digitais, apesar de já terem participado de outras simulações em laboratório. A simulação em laboratório isoladamente não representou diferença significativa no aprendizado (p=0,845), quando comparado grupo experimental em relação ao controle. Os resultados de avaliação do curso foram majoritariamente positivos variando essencialmente entre "muito bom" e "excelente" em todos os critérios. Sobre avaliação negativa, caracterizada pela opção "insuficiente", verificou-se no quesito: "Tempo reservado às práticas de simulação em laboratório" (n=3/21,5%). Tanto para a simulação em laboratório como a virtual, alguns estudantes sugeriram que fossem inseridos mais casos para estudo, de forma a oferecer mais material de natureza semelhante, reforçando a satisfação em utilizá-los como apoio para o curso oferecido. Conclusões: A aprendizagem cognitiva dos participantes aumentou significativamente ao se comparar os escores no fim do curso em relação ao início. A simulação em laboratório, analisada isoladamente, não representou mudança significativa nas pontuações quando se comparou grupo controle e experimental, o que destaca a importância da associação de ferramentas e estratégias no ensino superior em enfermagem. Considera-se que o uso de tecnologia seja parte do sucesso do mesmo, podendo ser uma importante ferramenta de inovação didática e motivação da aprendizagem na área da saúde. A avaliação dos estudantes sobre o curso reforça o interesse em ferramentas diferenciadas para apoio dos estudos.