16 resultados para Sistema cardiovascular Doenças Fatores de risco - Teses

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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Introduo - Na preveno primria das doenças cardiovasculares, a adoo de estilo de vida saudvel representa uma das estratgias mais importantes. Entretanto, baixos ndices de adeso e o abandono da dieta constituem obstculo importante ao tratamento. Neste sentido, as intervenes cirrgicas surgiram como um mecanismo promotor da restrio alimentar e tm ganhado importncia no s pelo tratamento da obesidade como tambm no controle dos fatores de risco cardiovascular e na possvel reduo da mortalidade. Atravs de estudos clnicos foi possvel observar que estas estratgias cirrgicas promovem profundas modificaes estruturais no trato gastrointestinal gerando aumento da saciedade e da sensibilidade insulina. Em especial para os pacientes diabticos, por si s associados a maior risco cardiovascular, as cirurgias baritricas seriam capazes de promover um efeito muito intenso e agudo sobre os marcadores relacionados ao desenvolvimento da aterosclerose. Um evento muito definido no tempo como uma interveno cirrgica pode ser muito til para o estudo e identificao de mecanismos que ainda no esto completamente estabelecidos no processo aterosclertico. Objetivos - Analisar o comportamento das variveis laboratoriais, clnicas e estruturais relacionadas ao desenvolvimento e progresso da aterosclerose em indivduos diabticos submetidos cirurgia baritrica. Mtodos - Foram includos vinte voluntrios diabticos refratrios ao tratamento clnico e que apresentavam obesidade abdominal. Deste grupo, metade foi aleatoriamente selecionada para realizao da cirurgia baritrica e metade foi mantida em tratamento clnico otimizado. Todos os participantes foram submetidos a exames clnicos e bioqumicos nas mesmas ocasies, at trinta dias antes da cirurgia, trs e vinte e quatro meses aps a cirurgia. Nestas ocasies alm do perfil lipdico e da glicemia, determinamos os hormnios incretnicos, adipocinas. A avaliao da quantidade de gordura epicrdica e a presena de esteatose heptica ser realizada somente aps dois anos de seguimento em conjunto com as demais variveis,. Foram includos tambm 10 indivduos saudveis e com IMC dentro da normalidade, como parte do grupo controle. Estes indivduos foram submetidos coleta de sangue em dois momentos para avaliao dos mesmos metablitos. Resultados - No momento pr-interveno os indivduos do grupo cirrgico e clinico eram diferentes em relao ao IMC, Glicemia e Triglicrides, sendo assim, os resultados obtidos foram ajustados minimizando o impacto destas diferenas. Aps o seguimento de 3 meses, o grupo cirrgico apresentou reduo significativa nos valores de peso, IMC (33,4 2,6 vs. 27,42,8 kg/m2, p < 0,001), HbA1c (9,26 2,12 vs. 6,180,63%, p < 0,001), CT (182,9 45,4 vs. 139,8 13 mg/dl, p < 0,001), HDL (33,1 7,7 vs. 38,4 10,6 mg/dL, p < 0,001), TG (369,5 324,6 vs. 130,8 43,1 mg/dL, p < 0,001), Pro-insulina (12.729,11 vs. 1,761,14 pM, p < 0,001), RBP-4 (9,852,53 vs. 7,31,35 ng/ml, p < 0,001) e CCK (84,833,2 vs. 79,9 31,1, ng/ml, p < 0,001), houve tambm aumento significativo nos nveis de HDL-colesterol (33,1 7,7 vs. 38,4 10,6 mg/dL, p < 0,001), Glucagon (7,4 7,9 vs. 10,29,7 pg/ml, p < 0,001) e FGF- 19 (74,1 45,8 vs. 237,3 234 pg/ml, p=0,001). Um dado interessante foi que os valores de Pro-insulina, RBP-4, HbA1c e HDL- colesterol no grupo cirrgico atingiram valores similares queles do grupo controle trs meses aps a interveno, sendo que o FGF-19 apresentava valor duas vezes maior do que o encontrado no grupo de indivduos saudveis (237 234 vs. 98 102,1 pg/ml). O grupo clnico no apresentou variao nas variveis clinicas, apenas nos valores de glucagon com reduo significativa no perodo ps-interveno (18,1 20,7 vs. 16,8 18,4 pg/ml, p < 0,001). Concluso - Conclumos que indivduos diabticos descompensados e refratrios ao tratamento clnico, quando submetidos cirurgia baritrica, apresentam uma alterao profunda do ponto de vista clnico, metablico e hormonal, em relao ao indivduos de mesmo perfil mantidos em tratamento clnico otimizado. Esta importante alterao, observada j com trs meses aps a interveno, pode representar uma importante reduo do risco cardiovascular nestes indivduos. Individualmente, a notvel modificao dos valores de FGF-19 associadas interveno devem ser estudadas com maior profundidade para compreenso de seu significado e sua potencial utilidade como marcador ou como um dos protagonistas no mecanismo de preveno cardiovascular

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Introduo: As doenças cardiovasculares so a principal causa de morte no Brasil e no mundo e apresentam importante contribuio para a carga global de doenças. A dieta tem sido considerada um dos determinantes primrios do estado de sade dos indivduos, atuando na modulao dos fatores de risco metablicos para doena cardiovascular. Objetivos: Desenvolver um modelo conceitual para a relao entre fatores de risco metablicos e investigar sua associao com padres de dieta de adultos e idosos residentes no municpio de So Paulo. Mtodos: Estudo transversal de base populacional com amostra probabilstica de adultos e idosos, residentes em rea urbana do municpio de So Paulo, que participaram do Inqurito de Sade do Municpio de So Paulo, realizado em duas fases entre os anos de 2008 e 2011 (estudo ISA Capital 2008). Na primeira fase do estudo, 1.102 adultos e idosos, de ambos os sexos, foram entrevistados no domiclio, por meio da aplicao de questionrio estruturado e do recordatrio alimentar de 24 horas. Na segunda fase, 642 indivduos adultos e idosos foram reavaliados quanto ao consumo alimentar por meio da aplicao, por telefone, do segundo recordatrio alimentar, e, destes, 592 participaram da coleta domiciliar de amostras de sangue venoso, da medio antropomtrica e da aferio da presso arterial por tcnico de enfermagem. Os alimentos relatados em ambos os recordatrios foram agrupados segundo a similaridade do valor nutricional e hbitos alimentares da populao, e corrigidos pela varincia intrapessoal da ingesto por procedimentos estatsticos da plataforma online Multiple Source Method. Os grupos de alimentos foram analisados por meio de anlise fatorial exploratria e confirmatria (manuscrito 1) e por modelos de equaes estruturais exploratrios (manuscrito 3), a fim de obter os padres de dieta. O modelo conceitual da relao entre os fatores de risco metablicos (leptina srica, protena C-reativa de alta sensibilidade srica, presso arterial sistlica e diastlica, razo colesterol total/lipoprotena de alta densidade, razo triacilglicerol/lipoprotena de alta densidade, glicemia de jejum plasmtica, circunferncia da cintura e peso corporal) foi obtido por modelos de equaes estruturais estratificados por sexo (manuscrito 2). Por fim, a associao dos padres de dieta com o modelo conceitual proposto (manuscrito 3) foi investigada por modelos de equaes estruturais exploratrios. ndices de qualidade de ajuste foram estimados para avaliar a adequao de todos os modelos. As anlises foram realizadas no programa Mplus verso 6.12. Resultados: No manuscrito 1, a anlise fatorial exploratria revelou a existncia de dois padres de dieta, os quais apresentaram boa qualidade de ajuste na anlise fatorial confirmatria quando aplicados os pontos de corte de cargas fatoriais |0,25| na rotao oblqua Promax. No manuscrito 2, a relao entre os fatores de risco metablicos foi diferente entre os sexos. Nas mulheres, a leptina srica apresentou efeitos indiretos e positivos, mediados pelo peso corporal e pela circunferncia da cintura, em todos os fatores de risco avaliados. J nos homens, a leptina srica apresentou efeitos diretos e positivos sobre a protena C-reativa de alta sensibilidade e efeitos indiretos e positivos (mediados pelo peso corporal e pela circunferncia da cintura) sobre a razo triacilglicerol/lipoprotena de alta densidade, colesterol total/lipoprotena de alta densidade e glicemia de jejum plasmtica. No manuscrito 3, foram obtidos trs padres de dieta, dos quais o Tradicional apresentou relao direta e negativa com a leptina srica e relao indireta e negativa com o peso corporal e a circunferncia da cintura, bem como com os demais fatores de risco metablicos. J o padro Prudente apresentou relao direta e negativa com a presso arterial sistlica, enquanto o padro Moderno no se associou aos fatores de risco metablicos investigados. Concluso: Diferenas nos padres de dieta de acordo com o tipo de rotao fatorial empregada foram observadas. A relao entre os fatores de risco metablicos para doena cardiovascular foi distinta entre homens e mulheres, sendo a leptina um dos possveis hormnios envolvidos. Os padres de dieta Tradicional e Prudente associaram-se inversamente com os fatores de risco metablicos, desempenhando uma importante estratgia de preveno e controle s doenças cardiovasculares no pas.

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Introduo: O excesso de peso em adultos jovens est associado ao desenvolvimento de doenças crnicas no transmissveis (DCNT) e diminuio da qualidade de vida e ao aumento da mortalidade precoce. A transio da adolescncia para a fase adulta o perodo de maior risco para a incidncia da obesidade. Objetivo: Estimar o efeito o ndice de massa corpora (IMC) aos 20 anos sobre a incidncia de DCNT em adultos brasileiros com idade entre 30 a 49 anos. Mtodos: Foram selecionados 12.079 indivduos de 30 a 49 anos da Pesquisa Nacional de Sade (PNS), realizada no ano de 2013. O modelo adotado para determinao das DCNT foi aquele proposto pela Organizao Mundial de Sade. A incidncia das DCNT (hipertenso, doenças cardiovasculares, diabetes e cncer, entre outras), informada pela data do diagnstico, foi modelada como funo do IMC aos 20 anos. Os indivduos sem a doena at o presente foram considerados como censura. As estimativas de sobrevida foram calculadas com o mtodo de Kaplan-Meier (KM) para cada uma das doenças, estratificada por sexo e ajustada por escolaridade. A anlise dos fatores de risco para as doenças foi feita utilizando-se o modelo de riscos proporcionais de Cox. Resultados: Nas curvas de sobrevida KM, indivduos com IMC >=25kg/m apresentaram incidncia mais elevada e precoce de DCNT, principalmente hipertenso, diabetes e depresso. A idade mediana para incidncia do diabetes em obesos foi de 47 anos para homens e 48 anos para mulheres. A incidncia da hipertenso arterial foi 4,2 por mil com sobrevida mediana de 48 e 44 anos em mulheres com excesso de peso e obesidade, respectivamente. Dentre os fatores de risco associados as DCNT, o tabagismo em idade precoce foi associado incidncia de depresso. Concluso: O excesso de peso em adultos jovens aumenta a incidncia precoce de DCNT, com efeitos negativos na qualidade de vida, lazer e produtividade, alm de aumentar a demanda por servios de sade. Torna-se necessrio que a interveno para reduo dessas doenças seja direcionada para o perodo da infncia e adolescncia com aes que promovam a reduo da exposio desses indivduos alimentao de m qualidade e incentivo a prtica de atividade, no uso do tabaco e consumo moderado de lcool.

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Trata-se de um estudo analtico de corte transversal, que visa avaliar o risco cardiovascular de PVHA segundo o Escore de Framingham e identificar a associao entre o risco e as variveis demogrficas, comportamentais, psicossociais e clnicas de PVHA. O estudo foi aprovado na Secretaria Municipal de Sade e no Comit de tica da Escola de Enfermagem de Ribeiro Preto, a coleta de dados foi realizada no perodo de outubro de 2014 a agosto de 2015 em cinco Servios de Atendimento Especializado s PVHA utilizando questionrio sociodemogrfico, clnico e comportamental, avaliao da alimentao saudvel, Inventrio de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp e avaliao do risco cardiovascular por meio do Escore de Framingham. A anlise dos dados ocorreu atravs de estatstica descritiva e teste de associao entre as variveis, onde foi adotado nvel de significncia com valor de p<0,05. Identificou-se que 58,3% pertenciam ao sexo masculino, 69,1% apresentavam idade acima de 40 anos, com mdia de 44,4 anos, 40,6% referiram ser brancos e 40,0% pardos, e 70,9% eram heterossexuais. Observou-se que 64,0% eram sedentrios, 35,4% tabagistas e 40,0% faziam uso de bebida alcolica regularmente. Do mesmo modo, 73,7% consideraram sua alimentao saudvel, no entanto, ao ser avaliado de acordo com o escore da alimentao saudvel, 70,9% obtiveram score intermedirio para alimentao. Com relao s variveis psicossociais, foi identificado que 52,0% tinham menos de oito anos de estudo, e 80,6% referiram receber at trs salrios mnimos por ms. Quanto aos sintomas de estresse, foi visto que 29,1% e 22,3% estavam nas fases de resistncia e exausto, respectivamente. Alm disso, identificou-se que 15,4% da amostra tinha diagnstico mdico para depresso e que 71,4% no realizavam atividades de lazer regularmente. Com relao s variveis clnicas gerais, 57,7% referiram antecedentes familiares para HAS, 40,6% para DM, 21,7% para IAM e 27,4% para AVE. Quanto aos antecedentes pessoais, foi visto que 15,4% eram hipertensos, 8,0% eram diabticos e 8,0% tinham dislipidemia. Desta mesma amostra, 45,2% apresentavam IMC maior que 25,0 kg/m e 41,7% estavam em sndrome metablica. Com relao s variveis clnicas relacionadas ao HIV, observou-se que 42,2% e 32,0% possuam o diagnstico de soropositividade e fazem uso de TARV h mais de dez anos, respectivamente. A contagem de clulas TCD4+ e carga viral mostrou que 82,8% dos participantes apresentaram contagem maior que 350 cels/mm, e 80,6% tinham carga viral indetectvel. Foi identificado que 25,8% dos sujeitos apresentam risco cardiovascular de mdio a alto, segundo o Escore de Framingham. Apenas as variveis sociodemogrficas sexo (p=0,006), idade (p<0,001) e estado civil (p=0,003) apresentaram associao com o risco cardiovascular calculado pelo Escore de Framingham. Nas variveis comportamentais, as fases de estresse (p=0,039) tiveram associao com o risco cardiovascular, e com relao s variveis clnicas, antecedentes familiares para DM (p=0,035), HAS, DM e SM (p<0,001) e DLP (p=0,030) apresentaram significncia estatstica. Nas variveis clnicas relacionadas ao HIV, o tempo de diagnstico (p=0,005) e o tempo de TARV (p=0,038) tambm apresentaram associao. Conclui-se que 25,8% de PVHA no municpio de Ribeiro Preto apresentam risco cardiovascular de moderado a alto, medido pelo Escore de Framingham

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INTRODUO: As doenças cardiovasculares (DCV) so a principal causa de morte no mundo, sendo muitos dos fatores de risco passveis de preveno e controle. Embora as DCV sejam complexas em sua etiologia e desenvolvimento, a concentrao elevada de LDL-c e baixa de HDL-c constituem os fatores de risco modificveis mais monitorados na prtica clnica, embora no sejam capazes de explicar todos os eventos cardiovasculares. Portanto, investigar como intervenes farmacolgicas e nutricionais podem modular parmetros oxidativos, fsicos e estruturais das lipoprotenas pode fornecer estimativa adicional ao risco cardiovascular. Dentre os diversos nutrientes e compostos bioativos relacionados s DCV, os lipdeos representam os mais investigados e descritos na literatura. Nesse contexto, os cidos graxos insaturados (mega-3, mega-6 e mega-9) tm sido foco de inmeros estudos. OBJETIVOS: Avaliar o efeito da suplementao com mega-3, mega-6 e mega-9 sobre os parmetros cardiometablicos em indivduos adultos com mltiplos fatores de risco e sem evento cardiovascular prvio. MATERIAL E MTODOS: Estudo clnico, randomizado, duplo-cego, baseado em interveno nutricional (3,0 g/dia de cidos graxos) sob a frmula de cpsulas contendo: mega-3 (37 por cento de EPA e 23 por cento de DHA) ou mega-6 (65 por cento de cido linoleico) ou mega-9 (72 por cento de cido oleico). A amostra foi composta por indivduos de ambos os sexos, com idade entre 30 e 74 anos, apresentando pelo menos um dos seguintes fatores de risco: Dislipidemia, Diabetes Mellitus, Obesidade e Hipertenso Arterial Sistmica. Aps aprovao do Comit de tica, os indivduos foram distribudos nos trs grupos de interveno. No momento basal, os indivduos foram caracterizados quanto aos aspectos demogrficos (sexo, idade e etnia) e clnicos (medicamentos, doenças atuais e antecedentes familiares). Nos momentos basal e aps 8 semanas de interveno, amostras de sangue foram coletadas aps 12h de jejum. A partir do plasma foram analisados: perfil lipdico (CT, LDL-c, HDL-c, TG), apolipoprotenas AI e B, cidos graxos no esterificados, atividade da PON1, LDL(-) e auto-anticorpos, cidos graxos, glicose, insulina, tamanho e distribuio percentual da LDL (7 subfraes e fentipo A e no-A) e HDL (10 subfraes). O efeito do tempo, da interveno e associaes entre os cidos graxos e aspectos qualitativos das lipoprotenas foram testados (SPSS verso 20.0, p <0,05). RESULTADOS: Uma primeira anlise dos resultados baseada em um corte transversal demonstrou, por meio da anlise de tendncia linear ajustada pelo nvel de risco cardiovascular, que o maior tercil plasmtico de DHA se associou positivamente com HDL-c, HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Observou-se tambm que o maior tercil plasmtico de cido linoleico se associou positivamente com HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Esse perfil de associao no foi observado quando foram avaliados os parmetros dietticos. Avaliando uma subamostra que incluiu indivduos tabagistas suplementados com mega-6 e mega-3, observou-se que mega-3 modificou positivamente o perfil lipdico e as subfraes da HDL. Nos modelos de regresso linear ajustados pela idade, sexo e hipertenso, o DHA plasmtico apresentou associaes negativas com a HDLPEQUENA. Quando se avaliou exclusivamente o efeito do mega-3 em indivduos tabagistas e no tabagistas, observou-se que fumantes, do sexo masculino, acima de 60 anos de idade, apresentando baixo percentual plasmtico de EPA e DHA (<8 por cento ), com excesso de peso e gordura corporal elevada, apresentam maior probabilidade de ter um perfil de subfraes de HDL mais aterognicas. Tendo por base os resultados acima, foi comparado o efeito do mega-3, mega-6 e mega-9 sobre os parmetros cardiometablicos. O mega-3 promoveu reduo no TG, aumento do percentual de HDLGRANDE e reduo de HDLPEQUENA. O papel cardioprotetor do mega-3 foi reforado pelo aumento na incorporao de EPA e DHA, no qual indivduos com EPA e DHA acima de 8 por cento apresentaram maior probabilidade de ter HDLGRANDE e menor de ter HDLPEQUENA. Em adio, observou-se tambm que o elevado percentual plasmtico de mega-9 se associou com partculas de LDL menos aterognicas (fentipo A). CONCLUSO: cidos graxos plasmticos, mas no dietticos, se correlacionam com parmetros cardiometablicos. A suplementao com mega-3, presente no leo de peixe, promoveu reduo no TG e melhoria nos parmetros qualitativos da HDL (mais HDLGRANDE e menos HDLPEQUENA). Os benefcios do mega-3 foram particularmente relevantes nos indivduos tabagistas e naqueles com menor contedo basal de EPA e DHA plasmticos. Observou-se ainda que o mega-9 plasmtico, presente no azeite de oliva, exerceu impacto positivo no tamanho e subfraes da LDL.

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A obesidade comum atualmente um dos problemas de sade pblica mais importante no mundo, frequentemente associada a outros distrbios tais como hipertenso, diabetes, doenças cardiovasculares e cncer. Apesar da alta prevalncia de obesidade em diversas populaes, muitos dos estudos relacionados aos seus fatores de risco genticos foram realizados com indivduos de ascendncia europeia ou asitica, mas foram poucos os realizados com populaes de origem africana ou nativas americanas. Nosso trabalho tem por objetivo geral investigar potenciais fatores de risco genticos associados ao sobrepeso e obesidade em populaes afrodescendentes remanescentes de quilombos do Vale do Ribeira - SP, comunidades rurais semi-isoladas, previamente bem caracterizadas do ponto de vista clnico, genealgico e gentico-populacional. Nossa amostra constituiu-se de 759 indivduos, pertencentes a doze populaes de remanescentes de quilombos (Abobral, So Pedro, Galvo, Ivaporunduva, Pedro Cubas, Andr Lopes, Nhunguara, Sapatu, Piles, Maria Rosa, Poa e Reginaldo), dos quais foram obtidos amostras de DNA, dados clnicos, informaes genealgicas e medidas antropomtricas. A investigao dos fatores de risco genticos associados ao sobrepeso/obesidade foi realizada por duas abordagens: (1) estudo de associao baseado em famlias (N = 584, 59 famlias) e (2) estudo de associao populacional com indivduos no aparentados (N=305). Foram selecionados para estudo nove polimorfismos em oito genes candidatos: LEP rs2167270, LEPR rs1137101, ADRB2 rs1042713, PPARG rs1801282, PLIN1 rs2289487, RETN rs1862513, INSIG2 rs7566605, FTO rs1121980 e FTO rs1421085. As anlises de associao baseadas em famlia indicaram que, nessas populaes, apenas o polimorfismo PLIN1 rs2289487 est associado significativamente com o grupo de risco em relao razo cintura-quadril (RCQ >=0,85 para mulheres e >=0,90 para homens; P=0,013). Aparentemente no existem trabalhos anteriores que verificaram a associao deste polimorfismo com a obesidade por essa metodologia. As anlises do estudo populacional com indivduos no aparentados mostraram associao significativa entre: (i) o alelo G no polimorfismo LEPR rs1137101 e a variao do ndice de massa corporal (IMC; P=0,027); (ii) o alelo G do polimorfismo LEPR rs1137101 e o fentipo de sobrepeso/obesidade (IMC>=25 Kg/m; P=0,027); (iii) o alelo G no polimorfismo ADRB2 rs1042713 e o fentipo de risco (IMC>=25 Kg/m; P=0,029); (iv) o polimorfismo PLIN1 rs2289487 (gentipo GG) e os menores valores do IMC (P=0,025); (v) o polimorfismo FTO rs1121980 (alelo G) e o fentipo de risco (IMC>=25 Kg/m), assim como a variao do IMC (P=0,037 e P=0,022 respectivamente); e (vi) o alelo A no polimorfismo FTO rs1421085 e maiores valores da circunferncia da cintura (Cc; P=0,016) e da razo cintura-quadril (RCQ; P=0,030). Tomados em conjunto, nossos resultados sugerem a participao dos genes LEP, LEPR, ADRB2, PLIN1 e FTO no aumento da predisposio ao sobrepeso e obesidade nas populaes remanescentes de quilombos. Por fim, as elevadas estimativas de herdabilidade dos trs fentipos investigados (IMC=33%, Cc=33% e RCQ=70%) reforam a relevncia do papel dos fatores genticos no acmulo de gordura corporal. O trabalho apresentado resultado de uma investigao cuidadosa sobre os componentes genticos associados regulao do peso corporal em uma populao brasileira afrodescendente (com caractersticas histricas, ambientais e genticas peculiares), corroborando a hiptese de que a obesidade comum nas populaes quilombolas do Vale do Ribeira condicionada por um mecanismo polignico modulado por fatores ambientais importantes como o sedentarismo e a transio nutricional

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A adeso ao tratamento ocorre quando o conselho mdico ou de sade coincide com o comportamento do indivduo, ao uso de medicamentos, cumprimento da dieta e mudanas no estilo de vida, no sendo, portanto, um ato no passivo do paciente. Em pacientes com hipertenso arterial sistmica a adeso ao tratamento pode ser definida como o grau de cumprimento das medidas teraputicas indicadas, sejam elas medicamentosas ou no, com o objetivo de manter a presso arterial em nveis pressricos normais. A no adeso em pacientes com doenças crnicas em tratamento a longo prazo em pases desenvolvidos em mdia de 50%, revelando a importncia de serem avaliados os motivos que levam a esse comportamento. O estudo teve como objetivo avaliar a no adeso em idosos hipertensos de uma unidade pblica de sade de Ribeiro Preto - SP. Trata-se de um estudo de corte transversal, desenvolvido com uma amostra de 196 pessoas. A coleta de dados ocorreu entre agosto de 2014 at junho de 2015, aps aprovao do Comit de tica em Pesquisa. Para essa etapa foram utilizados os instrumentos Brief Medication Questionnaire, Medical Outcomes Studies 36-item Short Form Survey, Escore de Risco Global e Escore de Risco pelo Tempo de Vida. Aps a coleta dos dados, as entrevistas foram codificadas, os dados foram tabulados e foi realizada a anlise estatstica descritiva e de correlao. Como resultado, constatou-se que houve predomnio de mulheres, com idade mdia de 69,4 anos, casados/unio estvel, no moravam sozinhos, com 1,85 pessoas na casa em mdia, de cor branca, com ensino fundamental incompleto, renda de at dois salrios mnimos e aposentados/pensionistas, atendidos pelo SUS. Apresentaram hbitos de vida razoveis, sem predomnio de consumo de bebidas alcolicas, tabagismo, uso excessivo de sal e sedentarismo. A mais frequente comorbidade associada HAS foi a dislipidemia. Foi observado elevado predomnio de fatores de risco cardiovasculares como obesidade abdominal, obesidade geral, comorbidades, razo de lipdeos e fatores agravantes como protena c reativa ultrassensvel, microalbuminria e sndrome metablica. A maioria da amostra foi classificada como sendo portador de risco cardiovascular alto aps estratificao do risco. A percepo da qualidade de vida relacionada sade foi considerada baixa na maioria principalmente devido a limitaes emocionais. A no adeso esteve presente em quase metade dos idosos, relacionada principalmente complexidade da farmacoterapia e dificuldade em lembrar sobre o uso de seus medicamentos. No foi observada correlao entre a no adeso e as variveis estudadas. Conclui-se que o comportamento de no adeso observado no esteve relacionada s variveis estudadas nessa amostra e que so necessrias intervenes urgentes para reduzir o risco cardiovascular e prevenir doenças cardiovasculares e mortalidade, bem como melhora da percepo da qualidade de vida relacionada sade.

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A motivao para o desenvolvimento desse trabalho surge em um momento em que se verifica uma participao cada vez mais significativa das fontes energticas renovveis no convencionais no Pas. No obstante, o cenrio de evoluo evidencia que o arcabouo regulatrio e as regras de mercado no acompanharam as especificidades inerentes explorao dessas fontes. Assim, para que se mantenha adequado ritmo de insero na matriz energtica, devem ser buscadas opes para que fontes alternativas sejam cada vez mais competitivas na atual configurao do mercado energtico. A contribuio dessa pesquisa, portanto, centra-se na anlise dos riscos de mercado incorridos por esses geradores de fontes intermitentes de energia ao comercializarem energia no ambiente de contratao livre. Nessa perspectiva, a Dissertao foi desenvolvida abordando tipos de gerao de energia e suas caractersticas tcnicas e econmicas, legislao do setor eltrico, regras de comercializao, balano energtico do sistema, formao de preos no mercado de curto prazo e precificao de contratos no ACL, diferena de preos entre submercados, requisitos de flexibilidade e sazonalidade nos contratos de venda a consumidores livres e seu impacto na precificao de contratos, identificao de comportamento energtico complementar para mitigao de riscos de mercado entre fontes renovveis e rebatimento na formulao de mecanismo de hedge, anlise de portflio de contratos e estratgia tima de contratao de energia para agentes geradores atuando no ACL. Como resposta ao desafio de equacionar o impasse surgido na comercializao de fontes de produo sazonal, prope-se um modelo para definir estratgias de contratao para agentes geradores e comercializadores a partir da complementao energtica entre diferentes tipos de fontes, de forma a maximizar os ganhos de comercializao para um risco estabelecido. Busca-se a composio ideal dessas fontes na carteira de um comercializador para minimizar o risco de exposio volatilidade dos preos do mercado de curto prazo. Isso possvel em virtude das compensaes energticas feitas entre as diferentes fontes em um portflio combinado, mitigando a receita em risco decorrente das variaes que existem nos preos de curto prazo e na produo energtica. De forma complementar, estruturou-se um modelo de negcio no qual uma empresa detentora de ativos de gerao hidreltrica compra os direitos de produo de uma elica e/ou biomassa para incorporar ao seu portflio e vender como contrato por quantidade. Determinou-se o volume de energia a ser comprado de cada fonte, o preo, a estratgia mais indicada de contratao e a mitigao de fatores de risco contemplados nos contratos de venda, buscando maximizar os ganhos de comercializao condicionada a critrios de risco pr-fixados.

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INTRODUO: A alergia ao ltex um importante problema de sade pblica, especialmente em grupos de risco que tm contato frequente com este potente alrgeno. Este estudo estimou a prevalncia e os fatores de risco para sensibilizao ao ltex em pacientes com mielomeningocele (MMC) submetidos a procedimentos cirrgicos urolgicos no HC-FMUSP. MTODOS: Foram selecionados pacientes com MMC submetidos a pelo menos uma cirurgia urolgica, entre 2009 e 2014.Todos foram entrevistados e seus pronturios revisados. Uma amostra de sangue permitiu que a IgE especfica ao ltex, a K82, e seus recombinantes fossem investigados pelo mtodo lmmunoCAP100 (kUa/L -1). A associao entre a exposio e o desfecho foi avaliada por meio de regresso logstica de Poisson, Quiquadrado ou o teste exato de Fischer, para variveis categricas. O teste t de Student foi utilizado para comparar variveis contnuas (nvel de significncia de 5%). Foram calculados a razo de prevalncia (RP) e o intervalo de confiana de 95%. RESULTADOS: Foram identificados Duzentos e doze pacientes (51% do sexo masculino, 20,4 6,4 anos de idade), 68 foram submetidos a pelo menos um procedimento urolgico e 51 aceitaram participar (87,9%). Vinte e nove pacientes foram considerados no-sensibilizados (IgE especfica para o ltex :: a 0,7 kUa/L) e 22 sensibilizados ao ltex com IgE > 0,7 kUa/L. Quando comparados os dois grupos, o sensibilizado apresentou um nmero de procedimentos cirrgicos maior (11,6 5,9 vs 7,2 5,6) e dentre eles 48,3% apresentaram alguma alergia anterior contra 27,6% no grupo no sensibilizado. A sensibilizao ao ltex foi independentemente associada com alergia a produtos de ltex (p = 0,014) e com o nmero de cirurgias anteriores (p = 0,032). A alergia ao ltex tinha uma razo de prevalncia de 2,87 (95% Cl: 1,24 a 6,65) ajustado para o nmero de cirurgias. Para cada procedimento cirrgico, ajustado alergia a produtos que contm ltex, aumentou o risco para sensibilizao em 4% (PR = 1,04; 95% CI: 1,00-1,09). CONCLUSES: A histria de alergia ao ltex e o nmero de cirurgias foram fatores de risco independentes para sensibilizao ao ltex

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O objetivo principal deste estudo foi avaliar fatores virais associados com a evoluo para o carcinoma hepatocelular (CHC) em pacientes com hepatite B crnica. Para tanto caracterizamos os subgentipos do HBV, investigamos a ocorrncia de mutaes nos genes pr-core/core do HBV associadas presena de CHC avaliamos por anlise filogentica a associao de linhagens virais com a ocorrncia de CHC e por fim a associao de outros fatores de risco com o desenvolvimento de CHC. Foram includos 119 amostras de soro de pacientes com infeco crnica pelo HBV, destas amostras 60 pertencem ao grupo 1 (CHC), que so pacientes com diagnstico confirmado de carcinoma hepatocelular e 59 amostras pertencem ao grupo 2 (sem CHC) que so pacientes com hepatite crnica sem deteco prvia de ndulos hepticos. Foram obtidas informaes acerca da idade, sexo e naturalidade. Alm disso, os pacientes responderam a um questionrio sobre fatores de riscos associados ao desenvolvimento de CHC. Foram realizados exames bioqumicos, sorolgicos, determinao da carga viral, e amplificao por nested PCR e sequenciamento das regies S/polimerase e pr-core/core do genoma viral para posterior caracterizao dos gentipos/subgentipos do HBV e pesquisa de mutaes associadas com evoluo da doena heptica. Em relao idade e sexo no houve grande variao entre os grupos. Quanto naturalidade a maioria era procedente da regio sudeste, seguido pela regio nordeste; e por fim seis pacientes eram procedentes de outros pases. Com base no sobrenome dos pacientes avaliou-se tambm a frequncia de etnia oriental na casustica estudada, que foi similar nos 2 grupos. O perfil sorolgico HBeAg negativo foi o mais frequente nos dois grupos de pacientes, assim como nveis de carga viral abaixo de 2.000 UI/mL. Em relao aos exames bioqumicos foram observadas diferenas estatisticamente significantes nos nveis sricos de AFP (p= 0,0013), FA (p= 0,0003) e GGT (p= 0,005). Dentre os fatores de risco analisados neste estudo, o consumo de amendoim foi o nico que apresentou significncia estatstica (p= 0,003). A regio S/pol foi amplificada e sequenciada com sucesso em 58 amostras (28 do grupo 1 e 30 do grupo 2). Entre as 58 amostras analisadas 4 gentipos e 8 subgentipos do HBV foram identificados, sendo o subgentipo A1 o mais frequente nos dois grupos. No se observou diferena estatisticamente significante na distribuio dos subgentipos entre os dois grupos de pacientes. Na topologia da rvore filogentica construda com sequncias do HBV isoladas dos pacientes includos neste estudo e sequncias disponveis no GenBank no se observou padres de agrupamento associados com o perfil clinico do paciente (com e sem CHC). Foram obtidas sequncias de boa qualidade da regio prcore/ core em 44 amostras, sendo 20 amostras do grupo 1 e 24 do grupo 2. Diversas das mutaes investigadas foram identificadas na regio prcore/ core, as quais foram avaliadas estatisticamente para verificar a existncia de diferena na frequncia das mesmas entre os grupos de pacientes estudados. Entre as mutaes identificadas se destacaram com significncia estatstica as seguintes mutaes: T1768A (p= 0,006), a combinao das mutaes C1766T + T1768A (p= 0,043) e G1888H (p= 0,05). Na anlise de regresso logstica simples foi possvel identificar que a chance de um paciente do grupo 2 desenvolver CHC aumenta 14,7 vezes na presena de infeco por cepas do HBV com a mutao T1768A, enquanto que a infeco com cepas do HBV que albergam a mutao G1888H reduz tal chance 2,5 vezes

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O comrcio eletrnico vem crescendo de forma significativa nestes ltimos anos no Brasil. Isto vem fazendo com que cada vez mais empreendedores utilizem ou estudem a possibilidade de valerem-se deste canal de venda para a comercializao de todo tipo de produto. Mas, como todo tipo de negcio, o comrcio eletrnico possui suas particularidades que representam a diferena entre o sucesso e o fracasso desse tipo de empreendimento. Muitas dessas caractersticas podem se inferir consultando a literatura existente, artigos de jornais e revistas, consultando especialistas ou empresas especializadas na montagem dessas lojas e associaes de classe do setor. Mas, ao analisar esse tipo de negcio sob a tica da gesto de risco, muito pouca literatura encontrada. Encontram-se referncias ou artigos tratando de algum aspecto em especfico do comrcio eletrnico, ou da gesto de risco, mas muito poucos artigos tratando destes dois assuntos em conjunto. O objetivo deste trabalho foi tentar preencher esta lacuna. Como metodologia para esta pesquisa, levantamos a literatura existente, o referencial terico em termos de gesto de risco e das tcnicas de avaliao de riscos, do comrcio eletrnico, tipos, estatsticas, funcionamento, caractersticas e modelos. Como no encontramos parmetros j definidos ligando esses dois assuntos, dividimos a gesto do risco no comrcio eletrnico em cinco grandes grupos, estratgico, de marketing, financeiro, de tecnologia e logstico. Em seguida, realizamos uma pesquisa exploratria junto a especialistas em comrcio eletrnico que trabalham com a gesto de risco para determinar quais fatores de risco seriam os mais importantes, ou que deveriam ser controlados para efetuar a gesto do risco. Uma vez definidos esses fatores, realizamos pesquisas de campo junto s lojas virtuais na cidade de So Paulo para saber quais riscos estavam efetivamente sendo controlados e qual a importncia do controle desses riscos. Ao final destas pesquisas, definimos quais riscos so hoje controlados, e qual o grau de importncia do controle desses riscos. Emitimos uma srie de recomendaes para aqueles que trabalham com o comrcio eletrnico ou que desejam empreender neste tipo de negcio e finalmente montamos uma proposta para hierarquizao da gesto de risco em comrcio eletrnico.

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O HDL-c um fator de risco cardiovascular negativo e sua concentrao plasmtica apresenta relao inversa com a incidncia de eventos cardiovasculares. Entretanto, as evidncias relativas ao grupo de indivduos com nveis de HDL-c acima do percentil 95 da populao geral ainda so escassas e o impacto da hiperalfalipoproteinemia (HALP) sobre o risco cardiovascular continua representando motivo de controvrsia na literatura mdica. Alguns estudos em populaes especficas associam a HALP a aumento do risco cardiovascular. Ao mesmo tempo, outros estudos identificaram populaes de indivduos hipoalfalipoproteinmicos com marcada longevidade. Assim, demonstrou-se aparente dissociao entre nveis de HDL-c e risco cardiovascular em determinadas populaes, reconduzvel a aspectos disfuncionais da HDL. O objetivo do presente estudo foi verificar o papel da HALP na determinao do risco cardiovascular; comparar a prevalncia de doena cardiovascular subclnica, avaliada por meio da quantificao ultrassonogrfica da Espessura ntimo-Medial Carotdea (EIMC), entre portadores de HDL-c >= 90mg/dL (grupo HALP) e portadores de concentraes de HDL-c atualmente consideradas normais (entre 40 e 50mg/dL para os homens e entre 50 e 60mg/dL para as mulheres); e avaliar caractersticas e funo da HDL em portadores de HALP por meio do estudo de sua composio, de sua capacidade de efluxo de colesterol, e de sua atividade anti-inflamatria e antioxidante, correlacionando estas caractersticas com a presena de doena cardiovascular subclnica avaliada por meio da determinao da EIMC, da Velocidade de Onda de Pulso (VOP) e da presena de Calcificao Arterial Coronariana (CAC) avaliada pela TCMD. Para responder estas perguntas, o presente estudo foi articulado em dois braos: Brao 1: Anlise da coorte do estudo ELSA com o objetivo de determinar a prevalncia de HALP em uma populao geral; definir o perfil demogrfico, antropomtrico e metablico dos portadores de HALP; e comparar a prevalncia de doena vascular subclnica deste grupo com controles da mesma coorte com nveis normais de HDL-colesterol. Brao 2: Recrutamento de 80 voluntrios hgidos e portadores de HALP para avaliao da correlao entre presena de doena vascular subclnica, e aspectos estruturais e funcionais da HDL. Em seus dois braos, o estudo levou a quatro concluses principais: 1) Nveis marcadamente elevados de HDL-c esto associados a menor espessura ntimo-medial carotdea quando comparados a nveis de HDL-c considerados normais pelas diretrizes vigentes. Embora portadores do fentipo HALP apresentem, como grupo, um perfil metablico mais favorvel que o encontrado em indivduos com HDL-c normal, a associao entre EIMC e HALP foi independente dos fatores de risco tradicionais, indicando que a menor prevalncia destes ltimos em portadores de HDL-c marcadamente elevado justifica apenas parcialmente a menor prevalncia de doena vascular subclnica neste grupo; 2) Embora a HALP se apresente como um fentipo ateroprotetor, h indivduos com nveis marcadamente elevados de HDL-c que evoluem com doena cardiovascular, clnica ou subclnica. Neste contexto, nossos resultados indicam correlao entre os trs mtodos avaliados para estudar doena vascular subclnica em portadores de HALP: EIMC, VOP e CAC; 3) Os fatores de risco tradicionais continuam exercendo seu peso na determinao do risco cardiovascular em portadores de HALP. Idade, tabagismo, hipertenso arterial, hipertrigliceridemia e altos nveis de LDL-c apresentaram associao estatisticamente significativa com a presena de doena vascular subclnica no grupo estudado; 4) A avaliao da composio e da funo da HDL em portadores de HALP pode permitir identificar indivduos especificamente mais suscetveis aterosclerose. Nossos resultados indicam que, em particular, a atividade anti-inflamatria da HDL, avaliada pela capacidade de inibio da produo de IL-6; o efluxo de colesterol e a capacidade de transferncia de triglicrides apresentaram associao independente com menor espessura ntimo-medial carotdea em portadores de HALP, enquanto nveis mais altos de Apo A-IV se associaram a maior grau de doena cardiovascular subclnica

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Objetivo: O principal propsito do estudo foi pesquisar a disfuno ventricular esquerda subclnica em pacientes com lpus eritematoso sistmico juvenil (LESJ) atravs da tcnica de speckle-tracking bidimensional. Foi investigada ainda uma possvel correlao entre o comprometimento da deformao miocrdica e o SLEDAI-2K (Systemic Lupus Erithematosus Disease Activity Index 2000), bem como a presena de fatores de risco cardiovascular, tanto tradicionais como ligados doena. Mtodos: 50 pacientes assintomticos do ponto de vista cardiovascular e 50 controles saudveis (14,74 vs. 14,82 anos, p=0.83) foram avaliados pelo ecocardiograma convencional e pelo speckle-tracking bidimensional. Resultados: Apesar da frao de ejeo normal, os pacientes apresentaram reduo de todos os parmetros de deformao miocrdica longitudinal e radial, quando comparados aos controles: strain de pico sistlico longitudinal [-20,3 (-11 a -26) vs. -22 (-17,8 a -30.4) %, p < 0,0001], strain rate de pico sistlico longitudinal [-1,19 0,21 vs. -1,3 0,25 s-1, p=0,0005], strain rate longitudinal na distole precoce [1,7 (0,99 a 2,95) vs. 2 (1,08 a 3,00) s-1 , p=0,0034], strain de pico sistlico radial [33,09 8,6 vs. 44,36 8,72%, p < 0,0001], strain rate de pico sistlico radial [1,98 0,53 vs. 2,49 0,68 s-1, p < 0,0001] e strain rate radial na distole precoce [-2,31 0,88 vs. -2,75 0,97 s-1, p=0,02]. O strain de pico sistlico circunferencial [-23,67 3,46 vs. - 24,6 2,86%, p=0,43] e o strain rate circunferencial na distole precoce [2 (0,88 a 3,4) vs. 1,99 (1,19 a 3,7) s-1, p=0,88] foram semelhantes em pacientes e controles. Apenas o strain rate de pico sistlico circunferencial [-1,5 0,3 vs. -1,6 0,3 s-1, p=0,036] mostrou-se reduzido no LESJ. Uma correlao negativa foi identificada entre o strain de pico sistlico longitudinal e o SLEDAI-2K (r = - 0,52; p < 0,0001) e tambm o nmero de fatores de risco cardiovascular por paciente (r = -0,32, p=0,024). Concluses: Foi evidenciada disfuno sistlica e diastlica subclnica de ventrculo esquerdo no LESJ atravs da tcnica de speckle-tracking bidimensional. A atividade da doena e a exposio aos fatores de risco cardiovascular provavelmente contriburam para o comprometimento da deformao miocrdica nesses pacientes

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In the analysis of heart rate variability (HRV) are used temporal series that contains the distances between successive heartbeats in order to assess autonomic regulation of the cardiovascular system. These series are obtained from the electrocardiogram (ECG) signal analysis, which can be affected by different types of artifacts leading to incorrect interpretations in the analysis of the HRV signals. Classic approach to deal with these artifacts implies the use of correction methods, some of them based on interpolation, substitution or statistical techniques. However, there are few studies that shows the accuracy and performance of these correction methods on real HRV signals. This study aims to determine the performance of some linear and non-linear correction methods on HRV signals with induced artefacts by quantification of its linear and nonlinear HRV parameters. As part of the methodology, ECG signals of rats measured using the technique of telemetry were used to generate real heart rate variability signals without any error. In these series were simulated missing points (beats) in different quantities in order to emulate a real experimental situation as accurately as possible. In order to compare recovering efficiency, deletion (DEL), linear interpolation (LI), cubic spline interpolation (CI), moving average window (MAW) and nonlinear predictive interpolation (NPI) were used as correction methods for the series with induced artifacts. The accuracy of each correction method was known through the results obtained after the measurement of the mean value of the series (AVNN), standard deviation (SDNN), root mean square error of the differences between successive heartbeats (RMSSD), Lomb\'s periodogram (LSP), Detrended Fluctuation Analysis (DFA), multiscale entropy (MSE) and symbolic dynamics (SD) on each HRV signal with and without artifacts. The results show that, at low levels of missing points the performance of all correction techniques are very similar with very close values for each HRV parameter. However, at higher levels of losses only the NPI method allows to obtain HRV parameters with low error values and low quantity of significant differences in comparison to the values calculated for the same signals without the presence of missing points.

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A leishmaniose visceral uma zoonose de grande importncia para a sade pblica, com ampla distribuio geogrfica e epidemiologia complexa. Apesar de diversas estratgias de controle, a doena continua se expandindo, tendo o co como principal reservatrio. Levando em considerao que anlises espaciais so teis para compreender melhor a dinmica da doena, avaliar fatores de risco e complementar os programas de preveno e controle, o presente estudo teve como objetivo caracterizar a distribuio da leishmaniose visceral canina e relacionar sua dinmica com caractersticas ou feies espaciais no municpio de Panorama (SP). A partir de dados secundrios coletados em um inqurito sorolgico entre agosto de 2012 e janeiro de 2013, 986 ces foram classificados como positivos e negativos de acordo com o protocolo oficial do Ministrio da Sade. Posteriormente uma anlise espacial foi conduzida, compreendendo desde a visualizao dos dados at a elaborao de um mapa de risco relativo, passando por anlises de cluster global (funo K) e local (varredura espacial). Para avaliar uma possvel relao entre o cluster detectado com a vegetao na rea de estudo, calculou-se o ndice de Vegetao por Diferena Normalizada (NDVI). A prevalncia da doena encontrada na populao de ces estudada foi de 20,3% (200/986). A visualizao espacial demonstrou que tanto animais positivos quanto negativos estavam distribudos por toda a rea de estudo. O mapa de intensidade dos animais positivos apontou duas localidades de possveis clusters, quando comparado ao mapa de intensidade dos animais negativos. As anlises de cluster confirmaram a presena de um aglomerado e um cluster foi detectado na regio central do municpio, com um risco relativo de 2,63 (p=0,01). A variao espacial do risco relativo na rea de estudo foi mapeada e tambm identificou a mesma regio como rea significativa de alto risco (p<0,05). No foram observadas diferenas no padro de vegetao comparando as reas interna e externa ao cluster. Sendo assim, novos estudos devem ser realizados com o intuito de compreender outros fatores de risco que possam ter levado ocorrncia do cluster descrito. A prevalncia, a localizao do cluster espacial e o mapa de risco relativo fornecem subsdios para direcionamento de esforos do Setor de Vigilncia Epidemiolgica de Panorama para reas de alto risco, o que pode poupar recursos e aperfeioar o controle da leishmaniose visceral no municpio.