25 resultados para Obesidade na adolescência Teses

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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Introduo: O Programa Bolsa Famlia a principal estratgia brasileira para amenizar a pobreza e vulnerabilidade social, com diferentes impactos na vida dos beneficirios. O aumento da renda, em funo do benefcio, poderia trazer resultados positivos na alimentao, uma vez que possibilitam uma maior diversidade da dieta. Porm, poderia trazer resultados negativos como a ingesto excessiva de energia e consequente aumento da adiposidade. As avaliaes dos impactos do programa em termos de obesidade e massa gorda de crianas so inexistentes. Objetivo: Avaliar o impacto do Programa Bolsa Famlia no estado nutricional (IMC/idade) e na composio corporal aos 6 anos de idade entre as crianas da Coorte de Nascimentos de Pelotas (RS), 2004. Mtodos: Os dados foram provenientes da integrao dos bancos da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004 e do Cadastro nico do Governo Federal. Foi realizada anlise descritiva da cobertura e focalizao do programa, com informaes do nascimento e dos 6 anos de idade (n=4231). Considerou-se focalizao o percentual de elegveis entre o total de beneficirios e cobertura o percentual de famlias elegveis que so beneficirias do programa. Nos modelos de impacto (n=3446), as exposies principais foram o recebimento do benefcio: beneficirio em 2010, no perodo de 2004-2010; o valor mdio mensal recebido e o tempo de recebimento. Foram gerados modelos de regresso linear para os desfechos score-Z do ndice de massa corporal por idade (IMC/I), percentual e ndice de massa gorda (IMG), e percentual e ndice de massa livre de gordura (IMLG); e de Poisson, com ajuste robusto, para o desfecho obesidade (score-Z IMC/I 2), todos estratificados por sexo. As informaes antropomtricas e de composio corporal (BOD POD) foram obtidas do acompanhamento aos 6-7 anos de idade. Potenciais fatores de confuso foram identificados por modelo hierrquico e por um diagrama causal (DAG). Para analisar os impactos foram usadas como medidas de efeito a diferena de mdias na regresso linear mltipla (IMC/I, por cento MG, IMG, por cento MLG e IMLG, variveis contnuas) e a razo de prevalncia (obesidade, varivel binria). Para permanecer no modelo, considerou-se valor p0,20. A anlise dos dados foi realizada por meio do software STATA. Resultados: Entre 2004-2010, a proporo de famlias beneficirias na coorte aumentou (11 por cento para 34 por cento ) enquanto, de acordo com a renda familiar, a proporo de famlias elegveis diminui (29 por cento para 16 por cento ). No mesmo perodo, a cobertura do programa aumentou tanto pela renda familiar quanto pelo IEN. J a focalizao caiu de 78 por cento para 32 por cento de acordo com a renda familiar e, de acordo com o IEN, manteve-se em 37 por cento . A mdia (no ajustada) de IMC e de MG dos no beneficirios foi superior a dos no beneficirios tanto em meninos quanto em meninas. Meninos do 3 tercil de valor per capita recebido e meninas com menos de 7 meses de benefcio em 2010 tiveram IMC maior do que, respectivamente, aqueles dos demais tercis e daquelas com mais de 7 meses de benefcio em 2010; esse padro foi semelhante para obesidade. Meninas no beneficirias tiveram MG maior do que as beneficirias e superior tambm aos meninos, independente de ser beneficirio ou no. Em relao MLG observou-se um comportamento contrrio, no qual meninas beneficirias tiveram maior MLG, quando comparadas com meninas no beneficirias e, meninos quando comparados com meninas. Nos modelos de regresso ajustados, no houve diferena significativa entre beneficirios e no beneficirios em nenhum desfecho. Concluses: De acordo com os resultados, as famlias que receberam maiores valores per capita parecem incluir crianas com maior mdia de IMC. O programa, nessa anlise, parece no ter impacto sobre a composio corporal das crianas, nem em termos de massa gorda, tampouco em termos de massa livre de gordura.

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Introduo: O excesso de peso em adultos jovens est associado ao desenvolvimento de doenas crnicas no transmissveis (DCNT) e diminuio da qualidade de vida e ao aumento da mortalidade precoce. A transio da adolescência para a fase adulta o perodo de maior risco para a incidncia da obesidade. Objetivo: Estimar o efeito o ndice de massa corpora (IMC) aos 20 anos sobre a incidncia de DCNT em adultos brasileiros com idade entre 30 a 49 anos. Mtodos: Foram selecionados 12.079 indivduos de 30 a 49 anos da Pesquisa Nacional de Sade (PNS), realizada no ano de 2013. O modelo adotado para determinao das DCNT foi aquele proposto pela Organizao Mundial de Sade. A incidncia das DCNT (hipertenso, doenas cardiovasculares, diabetes e cncer, entre outras), informada pela data do diagnstico, foi modelada como funo do IMC aos 20 anos. Os indivduos sem a doena at o presente foram considerados como censura. As estimativas de sobrevida foram calculadas com o mtodo de Kaplan-Meier (KM) para cada uma das doenas, estratificada por sexo e ajustada por escolaridade. A anlise dos fatores de risco para as doenas foi feita utilizando-se o modelo de riscos proporcionais de Cox. Resultados: Nas curvas de sobrevida KM, indivduos com IMC >=25kg/m apresentaram incidncia mais elevada e precoce de DCNT, principalmente hipertenso, diabetes e depresso. A idade mediana para incidncia do diabetes em obesos foi de 47 anos para homens e 48 anos para mulheres. A incidncia da hipertenso arterial foi 4,2 por mil com sobrevida mediana de 48 e 44 anos em mulheres com excesso de peso e obesidade, respectivamente. Dentre os fatores de risco associados as DCNT, o tabagismo em idade precoce foi associado incidncia de depresso. Concluso: O excesso de peso em adultos jovens aumenta a incidncia precoce de DCNT, com efeitos negativos na qualidade de vida, lazer e produtividade, alm de aumentar a demanda por servios de sade. Torna-se necessrio que a interveno para reduo dessas doenas seja direcionada para o perodo da infncia e adolescência com aes que promovam a reduo da exposio desses indivduos alimentao de m qualidade e incentivo a prtica de atividade, no uso do tabaco e consumo moderado de lcool.

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Introduo: Evidncias epidemiolgicas mostram que a obesidade sarcopnica (OS) em idosos est associada a um acelerado declnio funcional e alto risco de morbimortalidade, sendo que seu impacto tem se tornado grande preocupao dos profissionais de sade. Objetivo: Estimar a prevalncia e a incidncia de obesidade sarcopnica, em coorte de idosos domiciliados no municpio de So Paulo/Brasil 2000 e 2010. Casustica e Mtodos: Foram utilizados dados do Estudo SABE (Sade, Bem-estar e Envelhecimento), realizado no municpio de So Paulo em 2000 (2.143 idosos), e em 2010 (795 idosos). A populao deste estudo foi constituda por idosos ( 70 anos), de ambos os sexos, que apresentaram todos os dados necessrios para este estudo e que concordaram em participar, totalizando 871 idosos analisados em 2000 e 656 idosos em 2010. As variveis de estudo foram: 1. Dependente - obesidade sarcopnica, identificada segundo: obesidade, diagnosticada pelo valor da circunferncia da cintura (CC 94 cm e CC 80 cm para homens e mulheres, respectivamente); sarcopenia, identificada por: 1- fora muscular, pelo teste de preenso manual (FPM - kg) (baixa P25; normal > P25, da mesma populao), 2- massa muscular (MM), obtida pelo ndice de massa muscular (IMM=MM/altura) (baixa P20; normal > P20, da mesma populao) e 3- desempenho fsico, identificado pelo teste (tempo dependente segundos) de sentar e levantar 5 vezes de uma cadeira (SeL) , com os braos cruzados sobre o peito (baixo P75; normal < P75); 2. Explanatrias - sexo e grupos etrios (70 79 e 80). Foram classificados com OS idosos que apresentaram, simultaneamente, valores de CC adotados e baixo desempenho e baixa MM, ou ento, desempenho normal, mas baixas FPM e MM. A prevalncia de obesidade sarcopnica em 2000 e em 2010 foi estimada pelo nmero de casos de OS identificados nos dois momentos, onde foram realizadas comparaes entre os intervalos de confiana, para verificar diferena estatstica em idosos ( por cento ) com OS, segundo variveis explanatrias, com nvel de significncia de 5 por cento . Para o clculo do coeficiente de incidncia de OS, em 2010, foi considerado o tempo de observao de cada indivduo, determinado de maneira especfica para cada caso. Para os clculos foi utilizado o programa: Stata/SE 10.0 for Windows. Resultados: Dos 871 idosos analisados em 2000, 85 (7,4 por cento ) foram identificados com OS [6,5 por cento mulheres (IC 5,08,4) e 4,8 por cento 80 anos (IC 3,6-6,4)] (p 5 por cento ), e, em 2010, (n=656), 73 (9,2 por cento ) foram identificados com OS [7,2 por cento mulheres (IC 5,5-9,4) e 5,3 por cento 80 anos (IC 4,0-7,0)] (p 5 por cento ). Em 10 anos, foram identificados 43 novos casos de OS. O coeficiente de incidncia foi 15,29/1000 pessoas/ano entre 2000 e 2010. Concluses: A prevalncia de OS em 2000 e 2010 foi maior nas mulheres e nos idosos mais longevos, sendo que, em ambos os casos, foi maior em 2010, quando comparada a 2000. No houve diferena significativa entre os coeficientes de incidncia, segundo as variveis explanatrias.

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A obesidade comum atualmente um dos problemas de sade pblica mais importante no mundo, frequentemente associada a outros distrbios tais como hipertenso, diabetes, doenas cardiovasculares e cncer. Apesar da alta prevalncia de obesidade em diversas populaes, muitos dos estudos relacionados aos seus fatores de risco genticos foram realizados com indivduos de ascendncia europeia ou asitica, mas foram poucos os realizados com populaes de origem africana ou nativas americanas. Nosso trabalho tem por objetivo geral investigar potenciais fatores de risco genticos associados ao sobrepeso e obesidade em populaes afrodescendentes remanescentes de quilombos do Vale do Ribeira - SP, comunidades rurais semi-isoladas, previamente bem caracterizadas do ponto de vista clnico, genealgico e gentico-populacional. Nossa amostra constituiu-se de 759 indivduos, pertencentes a doze populaes de remanescentes de quilombos (Abobral, So Pedro, Galvo, Ivaporunduva, Pedro Cubas, Andr Lopes, Nhunguara, Sapatu, Piles, Maria Rosa, Poa e Reginaldo), dos quais foram obtidos amostras de DNA, dados clnicos, informaes genealgicas e medidas antropomtricas. A investigao dos fatores de risco genticos associados ao sobrepeso/obesidade foi realizada por duas abordagens: (1) estudo de associao baseado em famlias (N = 584, 59 famlias) e (2) estudo de associao populacional com indivduos no aparentados (N=305). Foram selecionados para estudo nove polimorfismos em oito genes candidatos: LEP rs2167270, LEPR rs1137101, ADRB2 rs1042713, PPARG rs1801282, PLIN1 rs2289487, RETN rs1862513, INSIG2 rs7566605, FTO rs1121980 e FTO rs1421085. As anlises de associao baseadas em famlia indicaram que, nessas populaes, apenas o polimorfismo PLIN1 rs2289487 est associado significativamente com o grupo de risco em relao razo cintura-quadril (RCQ >=0,85 para mulheres e >=0,90 para homens; P=0,013). Aparentemente no existem trabalhos anteriores que verificaram a associao deste polimorfismo com a obesidade por essa metodologia. As anlises do estudo populacional com indivduos no aparentados mostraram associao significativa entre: (i) o alelo G no polimorfismo LEPR rs1137101 e a variao do ndice de massa corporal (IMC; P=0,027); (ii) o alelo G do polimorfismo LEPR rs1137101 e o fentipo de sobrepeso/obesidade (IMC>=25 Kg/m; P=0,027); (iii) o alelo G no polimorfismo ADRB2 rs1042713 e o fentipo de risco (IMC>=25 Kg/m; P=0,029); (iv) o polimorfismo PLIN1 rs2289487 (gentipo GG) e os menores valores do IMC (P=0,025); (v) o polimorfismo FTO rs1121980 (alelo G) e o fentipo de risco (IMC>=25 Kg/m), assim como a variao do IMC (P=0,037 e P=0,022 respectivamente); e (vi) o alelo A no polimorfismo FTO rs1421085 e maiores valores da circunferncia da cintura (Cc; P=0,016) e da razo cintura-quadril (RCQ; P=0,030). Tomados em conjunto, nossos resultados sugerem a participao dos genes LEP, LEPR, ADRB2, PLIN1 e FTO no aumento da predisposio ao sobrepeso e obesidade nas populaes remanescentes de quilombos. Por fim, as elevadas estimativas de herdabilidade dos trs fentipos investigados (IMC=33%, Cc=33% e RCQ=70%) reforam a relevncia do papel dos fatores genticos no acmulo de gordura corporal. O trabalho apresentado resultado de uma investigao cuidadosa sobre os componentes genticos associados regulao do peso corporal em uma populao brasileira afrodescendente (com caractersticas histricas, ambientais e genticas peculiares), corroborando a hiptese de que a obesidade comum nas populaes quilombolas do Vale do Ribeira condicionada por um mecanismo polignico modulado por fatores ambientais importantes como o sedentarismo e a transio nutricional

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Instrumentos de avaliao psicolgica constituem-se em mtodos sistemticos de investigao e de compreenso de componentes estruturais e funcionais do comportamento humano, com diversificados objetivos e estratgias tcnicas, respeitando-se especificidades das etapas do desenvolvimento. Em processos de avaliao psicolgica de caractersticas da personalidade, os mtodos projetivos, como o Mtodo de Rorschach e o Desenho da Figura Humana, so recursos amplamente utilizados, contribuindo para a compreenso e elaborao de intervenes teraputicas em variados campos de aplicao, como na rea da obesidade infantil. Nesse contexto, este trabalho teve por objetivo identificar e comparar caractersticas psicolgicas de crianas com obesidade em relao a eutrficas, a partir de mtodos projetivos de investigao da personalidade. Foram examinadas 60 crianas de sete a 11 anos de idade, sendo 30 crianas diagnosticadas como obesas e em tratamento especfico para o transtorno (Grupo 1 - G1) e 30 crianas com peso normal (Grupo 2 - G2), sem atraso acadmico, sem limites cognitivos e sem histrico de outras doenas fsicas. Os participantes de G1 foram recrutados em instituies de sade voltadas ao tratamento da obesidade infantil e G2 foi constitudo a partir de parceria estabelecida com instituio de ensino bem como a partir de contatos informais da pesquisadora e de seu grupo de pesquisa (tcnica da \"bola de neve\"), buscando-se balanceamento dos grupos por sexo e idade. Os seguintes instrumentos de avaliao psicolgica foram aplicados individualmente nas crianas: Teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (critrio de seleo de participantes, incluindo-se na amostra apenas crianas com resultados intelectuais mdios ou superiores), o Desenho da Figura Humana e o Mtodo de Rorschach (Escola Francesa). Os pais das crianas participantes responderam ao Questionrio de Capacidades e Dificuldades (SDQ) para caracterizao da amostra. Os resultados foram examinados conforme padronizao especfica dos respectivos manuais tcnicos dos instrumentos, realizando-se anlises descritivas e inferenciais, a fim de examinar possveis associaes entre variveis clnicas e demogrficas e indicadores de caractersticas de personalidade das crianas. Foram efetuadas anlises correlacionais entre resultados no DFH e no Rorschach, considerando tambm a classificao nutricional da criana. Os achados permitem compreender caractersticas do funcionamento psquico envolvidas na obesidade infantil, de modo a favorecer estratgias futuras de interveno teraputica com crianas. (CAPES)

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O envolvimento de adolescentes com a prtica de atos infracionais, no Brasil, ocupa espao significativo no debate pblico. No entanto, tal debate carece de profundidade, pois pouco se relaciona ao conhecimento cientificamente produzido sobre o fenmeno. De acordo com a literatura acadmica especializada no tema, um melhor conhecimento dos fatores associados pratica de atos infracionais permitiria no s auxiliar na proposio de polticas pblicas voltadas preveno deste problema, mas tambm no desenvolvimento de formas mais eficientes de interveno, baseadas nas necessidades especficas apresentadas pelos adolescentes em conflito com a lei. Em meio aos diferentes fatores que devem ser pesquisados, no presente trabalho focalizam-se especificamente aqueles subentendidos sob o conceito de Normas e de Rotina, no referencial da Teoria da Regulao Social e Pessoal da Conduta, cujo autor principal Marc Le Blanc. Divide-se assim o presente trabalho em dois estudos. O Estudo 1 trata de regulao normativa que opera por meio do mecanismo de socializao, e se refere internalizao, pelo adolescente, das normas sociais de conduta tidas como convencionais, o que promoveria um nvel de constrangimento interno capaz de atuar como barreira ao envolvimento em atividades delituosas. Nesse sentido, maior adeso s normas, menos atitudes favorveis ao comportamento divergente, mais atitudes de respeito a figuras de autoridade, maior percepo de risco de apreenso e menor utilizao de tcnicas de neutralizao das barreiras psicolgicas emisso do comportamento indicariam um maior ndice de constrangimento interno e, portanto, uma probabilidade reduzida de se engajar persistentemente em atividades divergentes/infracionais. O objetivo geral deste Estudo foi caracterizar a regulao da conduta em adolescentes pelas normas, no contexto sociocultural brasileiro. Utilizou-se o questionrio de Normas proposto por Le Blanc, um questionrio de caracterizao sociodemogrfica e a Entrevista de Delinquncia Autorrevelada. Os dados foram coletados junto a 48 adolescentes Infratores e a 102 Escolares. Os resultados reforam a importncia do aspecto normativo para o melhor entendimento acerca dos fatores que explicam a conduta divergente em adolescentes. No Estudo 2 focalizou-se as atividades de rotina que podem se associar ao comportamento delituoso por meio do mecanismo de aprendizagem, na medida em que as diversas atividades nas quais o adolescente investe seu tempo constituem-se em contexto onde o comportamento divergente/infracional pode ser adquirido e reforado. De acordo com a literatura, as atividades sem objetivos especficos, acompanhadas por pares de idade e que ocorrem na ausncia de alguma figura de autoridade so aquelas que melhor explicam o comportamento delituoso de um adolescente. O objetivo geral deste Estudo foi caracterizar a regulao da conduta pela rotina em adolescentes, no contexto sociocultural brasileiro. Foram utilizados 3 instrumentos: o questionrio de Rotina proposto por Le Blanc, um questionrio de caracterizao sociodemogrfica e a Entrevista de Delinquncia Autorrevelada. As anlises foram feitas com base nas respostas de 102 adolescentes recrutados em escolas pblicas. Os resultados comprovam a relevncia das Atividades de Rotina como fator explicativo para o comportamento delituoso, com nfase para os efeitos provocados pelos Pares, pela Famlia e pela frequentao de Lugares destinados aos adultos. Em sntese, ambos estudos reforam a importncia dos sistemas de regulao estudados e colocam em pauta a necessidade de outros trabalhos, que possam avanar nas questes apontadas dentro da Regulao pela Rotina e pelas Normas.

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Introduo: A obesidade uma afeco com alta prevalncia no Brasil e no mundo. fator de risco para comorbidades como Diabetes tipo 2 (DM2), Hipertenso Arterial Sistmica (HAS), Dislipidemia, Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), entre outras. Seu tratamento complexo e a cirurgia baritrica, executada por diferentes tcnicas, tem sido uma das opes. Objetivo: Analisar os resultados publicados na literatura em relao s tcnicas cirrgicas de Banda Gstrica Ajustvel (BGA), Gastrectomia Vertical (GV), Gastroplastia com derivao em Y de Roux (GDYR) e Derivao Biliopancretica (DBP) - tcnica de \"Scopinaro\" e de \"Duodenal Switch\" quanto s complicaes operatrias, mortalidade, perda do excesso de peso (PEP) e ao reganho, e a resoluo das comorbidades aps a operao. Mtodo: Foram analisados 116 estudos selecionados na base de dados MEDLINE por meio da PubMed publicados na Lngua Inglesa entre 2003 e 2014. Para comparar as diferentes tcnicas cirrgicas (BGA, GV, GDYR e DBP), realizou-se estudo estatstico por meio da anlise de varincia (ANOVA) aplicando os testes de Duncan e de Kruskal Wallis avaliando: complicaes ps-operatrias (fstula, sangramento e bito); perda e reganho do excesso de peso, e resoluo das comorbidades. Resultados: A ocorrncia de sangramento foi de 0,6% na mdia entre todos os estudos, sendo 0,44% na BGA; 1,29% na GV; 0,81% na GDYR e 2,09% na DBP. J a ocorrncia de fstulas foi de 1,3% na mdia entre todos os estudos, 0,68% para BGA; 1,93% para GV; 2,18% para GDYR e 5,23% para DBP. A mortalidade nos primeiros 30 dias ps-operatrios foi de 0,9% na mdia entre todos os estudos, 0,05% na BGA; 0,16% na GV; 0,60% na GDYR e 2,52% na DBP. A PEP aps cinco anos na mdia entre todos os estudos foi de 63,86%, especificamente na BGA, foi de 48,35%; 52,7% na GV; 71,04% na GDYR e 77,90% na DBP. A taxa de DM2 resolvida foi de 76,9% na mdia entre todos os estudos, sendo 46,80% na BGA; 79,38% na GV; 79,86% na GDYR e 90,78% na DBP. A taxa de Dislipidemia resolvida aps a operao foi de 74,0% na mdia de todo o estudo, sendo 51,28% na BGA; 58,00% na GV; 73,28% na GDYR e 90,75% na DBP. A taxa de HAS resolvida aps a operao foi de 61,80% na mdia de todo o estudo, sendo 54,50% na BGA; 52,27% na GV; 68,11% na GDYR e 82,12% na DBP. A taxa de AOS resolvida aps a operao foi de 75,0% na mdia de todo o estudo, sendo 56,85% na BGA; 51,43% na GV; 80,31% na GDYR e 92,50% na DBP. Concluso: quando analisadas e comparada as quatro tcnicas observa-se que nos primeiros 30 dias ps-operatrio a taxa de sangramento superior nos pacientes submetidos DBP e taxa de fstula inferior nos pacientes da BGA. Quanto mortalidade observou-se taxa mais pronunciada nos pacientes submetidos DBP e menos nos submetidos BGA. Quanto PEP observou-se uma uniformidade entre os pacientes submetidos GV, GDYR E DBP at o terceiro ano. Aps esse perodo observa-se reganho de peso nos submetidos GV at o quinto ano de seguimento. J nos pacientes submetidos BGA observou-se taxas de PEP menos pronunciadas em relao s demais desde o incio do seguimento. Quanto resoluo das comorbidades observou-se taxas de resoluo de DM2 inferiores nos pacientes submetidos BGA, e no houve diferena entre nenhuma tcnica quanto resoluo das demais comorbidades: HAS, AOS e dislipidemia

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Introduo: A adolescência uma fase importante para formao e consolidao de hbitos alimentares adequados promoo da sade. Entretanto, dados estatsticos recentes indicam enorme comprometimento no padro alimentar de indivduos nesse perodo da vida. Objetivo: Avaliar a qualidade da dieta e identificar seus fatores associados em adolescentes de trs regies administrativas do municpio de Vitria. Mtodos: Estudo transversal de base populacional com 396 adolescentes de ambos os sexos, de 8 a 17 anos, de escolas pblicas e privadas de trs regies administrativas de Vitria-ES. Foram coletados dados antropomtricos, socioeconmicos, demogrficos e alimentares. Para a entrevista alimentar utilizou-se o mtodo de Recordatrio de 24h. A qualidade da dieta foi avaliada pelo ndice de Qualidade da Dieta adaptado (IQDa). Anlises de regresso logstica foram utilizadas para verificar a associao das variveis independentes sobre a qualidade da dieta dos adolescentes. Resultados: A mdia do IQDa foi de 35,6 pontos. Os componentes verduras e legumes, leite e derivados e frutas apresentaram os mais baixos valores mdios de pontos; e carnes e ovos apresentaram a pontuao mdia mais alta do IQDa. Na anlise de regresso observou-se que quanto maior a idade, menor a pontuao do IQDa e que os adolescentes do sexo masculino apresentaram IQDa maior que as do sexo feminino. Concluso: A qualidade da dieta est associada ao sexo e a idade e necessita de melhorias. Conhecendo esses fatores associados possvel analisar e identificar as prticas alimentares no saudveis e abord-las em programas de educao nutricional, proporcionando melhores condies de sade a essa populao.

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Introduo - A vitamina D desempenha funes na regulao da homeostase do clcio e fsforo, diferenciao celular, metabolismo de hormnios e regulao do sistema imune. Sua deficincia em crianas pode ocasionar raquitismo, convulses e insuficincia respiratria. Objetivo - Determinar a relao entre adiposidade materna e do recm-nascido com as concentraes de vitamina D materna e do cordo umbilical. Metodologia - Foram envolvidas 101 mes e seus respectivos recm-nascidos selecionados no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, So Paulo. A concentrao de vitamina D foi determinada por cromatografia lquida. A composio corporal materna foi determinada por bioimpedncia segmentada (InBody, Coria do Sul) e a dos recm-nascidos obtida por pletismografia por deslocamento de ar (PEA POD, USA). Para anlise estatstica, utilizou-se anlise de regresso linear mltipla e coeficiente de correlao de Spearman. Valores de p <0,05 foram considerados significantes. Resultados - As mdias das concentraes de vitamina D da me e do cordo umbilical foram de 30,16 (DP=21,16) ng/mL e 9,56 (DP=7,25) ng/mL, respectivamente. As mdias das porcentagens de massa gorda das mes e dos recm-nascidos foram de 32,32 (DP=7,74) por cento e 8,55 (DP=4,37) por cento , respectivamente. Foi observada relao positiva entre concentrao de vitamina D materna e do cordo umbilical (r=0,210; p<0,04). No foi observada associao entre adiposidade do recm-nascido e concentrao de vitamina D do cordo umbilical, nem entre adiposidade materna e concentraes de vitamina D materna e do cordo umbilical. Concluso Neste estudo, original na literatura internacional, foi utilizado mtodo de referncia, validado, de alta preciso e imparcial na estimativa do percentual de gordura neonatal, nem sempre utilizado em outros estudos. Foi observada relao positiva entre concentrao de vitamina D materna e do cordo umbilical. A ausncia de associao entre as variveis analisadas pode ser devido alta prevalncia de sobrepeso e obesidade entre as gestantes, baixas concentraes de vitamina D nas gestantes e recm-nascidos, alterao do metabolismo da vitamina D e da composio corporal no perodo da gestao e imaturidade do processo de sequestro da vitamina D pelo tecido adiposo 1 neonatal. Torna-se relevante o desenvolvimento de estudos prospectivos do tipo coorte para avaliar desde o incio da gestao a influncia da adiposidaidade materna nas concentraes de vitamina D materna e do cordo umbilical.

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A abertura poltica do Brasil democracia promoveu uma srie de mudanas legislativas e de organizao do Estado. Na rea da infncia e adolescência, aps a promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), foram criados conselhos de nvel federal, estadual e municipal, com o objetivo de promover e defender os direitos dessa populao especfica. Tambm foram formados os Conselhos Tutelares compostos por membros da sociedade civil, diretamente eleitos pela populao, com a funo de informar e promover esses direitos localmente. Utilizando a metodologia qualitativa-quantitativa do Discurso do Sujeito Coletivo, a pesquisa analisou a percepo e opinio dos conselheiros tutelares a respeito de situaes que envolvem a prtica sexual voluntria heterossexual e homossexual de adolescentes da faixa etria de 12 a 17 anos. Os dados foram colhidos com o uso de questionrios semiestruturados para autopreenchimento, apresentados em visita tcnica aos membros dos 44 Conselhos Tutelares do municpio de So Paulo. Alm do perfil social e familiar, foram coletadas opinies dos conselheiros quanto autonomia dos adolescentes e suas noes de desrespeito legal, alm de sugestes de orientao de condutas frente a trs casos hipotticos de prtica sexual realizada por adolescentes. Responderam pesquisa 80 (36,4 por cento ) conselheiros de um total de 220, de 29 (65,9 por cento ) dos 44 Conselhos Tutelares da cidade. Observou-se que apresentaram tendncia a reproduzir os modelos tradicionais negativos da sociedade brasileira no julgamento da prtica sexual de adolescentes, avaliando sua ocorrncia pela tica moral e de opinio de familiares e outros adultos. Mais da metade no associa tais prticas a impactos especficos sobre a sade e os direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes, nem realiza encaminhamentos para sua promoo. Adotam noes desiguais de gnero do senso comum, que remetem preocupao com a imagem e impactos da publicizao da sexualidade de meninas, no fazendo o mesmo para adolescentes meninos e veem as prticas homoafetivas sob a tica da violncia e seduo, associando-as necessidade de orientao psicolgica e problemas de sade mental. Considera-se que conselheiros tutelares esto pouco preparados para lidar com a sexualidade de adolescentes e normalmente treinados para avali-la tal qual a violncia sexual que acomete crianas. Como possuem status local de legitimidade, so procurados e tem poder de averiguao e encaminhamento pblico de ocorrncias, terminando por, muitas vezes, desrespeitar os direitos humanos de adolescentes quanto expresso e vivncia da sexualidade e da prtica sexual saudvel. Considera-se fundamental discutir o papel dos Conselhos Tutelares frente aos direitos de adolescentes, de forma que ao contrrio do proposto na democratizao do pas, no se configurem como mais um instrumentos de exerccio de poder para perpetuar desigualdades sociais. Na rea da sexualidade, a defesa dos direitos de adolescentes passa pelo respeito a sua sexualidade, acesso informao, garantia de servios pblicos que efetivamente os atendam para proporcionar exames, contracepo, preveno de doenas sexualmente transmissveis, etc., com respeito a sua cidadania, especificidades, necessidades, autonomia e dignidade pessoal, promovendo-os e defendendo-os frente a famlias, comunidade, a toda a sociedade e ao prprio poder pblico.

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Introduo: A obesidade um dos grandes problemas de Sade Pblica e atinge nveis epidmicos em grande parte do mundo. A maioria dos indivduos com excesso de peso so mulheres, no Brasil o tamanho desta populao tambm expressivo, as em idade frtil so as que apresentam maior risco para o desenvolvimento da obesidade, o que est associado ao ganho de peso excessivo durante a gestao e a reteno de peso aps o nascimento. O excesso de peso materno est relacionado a desfechos negativos para sade materno-infantil. Objetivo: Analisar o peso gestacional e desfechos perinatais em mulheres da regio sudeste do Brasil. Mtodo: estudo transversal, com a utilizao de dados provenientes de uma coorte nacional, com base hospitalar denominada: Nascer no Brasil: Inqurito Nacional sobre Parto e Nascimento, inqurito realizado no perodo de 2011 e 2012.Partindo da amostra inicial total do Sudeste composta por 10.154 mulheres entrevistadas e considerando os fatores de incluso e excluso para esta pesquisa, chegou-se a uma amostra de 3.405 binmios (me /recm-nascido).As variveis estudadas foram ganho de peso, idade materna, peso pr-gestacional, ndice de Massa Corporal inicial e final, idade gestacional, tipo de parto e peso ao nascer. Anlise foi realizada atravs das medidas de tendncia central. Foi utilizado teste de Mann-Whitney para dados de distribuio normal e coeficiente de Pearson para variveis contnuas. Foram considerados como significante os resultados com um p a 0,05. Resultados: A maioria das participantes apresentou faixa etria entre 21 e 30 anos, os nascimentos ocorreram entre a 38 e 39 semana gestacional, e seus recm-nascidos tiveram peso mediano de 3.219 g. Grande parte das pesquisadas (61,04 por cento ) iniciaram a gestao com um estado nutricional considerado adequado e 31,51 por cento apresentavam excesso de peso anterior gestao. O ganho de peso excessivo ocorreu em todas as categorias de IMC pr-gestacional representando 49,6 por cento da populao total estudada. O peso anterior gestao apresentou elevada correlao com ganho de peso total ao final da gestao. Tambm foi observada influncia do ganho de peso na gestao com a via de parto, idade gestacional e peso do beb ao nascer. Concluso: A maioria da populao iniciou a gestao com estado nutricional adequado, porm, houve ganho de peso excessivo considervel em todas as categorias de IMC, este influenciou na via de parto onde a maioria aconteceu por operao cesariana e no peso ao nascer. O estado nutricional inicial influencia fortemente o estado nutricional ao final da gestao. Por isto, importante que os programas de interveno atuem em todas as etapas deste perodo, inclusive na conscientizao da importncia de um peso adequado anterior a concepo. Alm de promover aes que auxiliem nos cuidados quanto ao ganho de peso na gestao.

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Introduo: A caracterizao dos padres alimentares dos adolescentes permite analisar os efeitos da dieta como um todo sobre a sade. Objetivos: Identificar na literatura cientfica as mltiplas solues adotadas nas tcnicas multivariadas para obteno de padres alimentares; Analisar a relao entre os principais padres alimentares praticados por adolescentes brasileiros com o excesso de peso e obesidade e Analisar a influncia de fatores socioeconmicos sobre os principais padres alimentares praticados por um grupo multitnico de adolescentes. Mtodos: Esta tese foi composta de trs artigos. O primeiro corresponde a uma reviso da literatura sobre padres alimentares estimados por diferentes tcnicas multivariadas. Para os demais artigos duas bases de dados foram utilizadas: a Pesquisa de Oramentos Familiares (POF) de 2008 09 e o estudo Healthy Lifestyle in Europe by Nutrition in Adolescence (HELENA) conduzido em 2006-07. A anlise fatorial exploratria foi utilizada para obteno dos padres alimentares. O segundo artigo utilizou modelo de regresso logstica para verificar a associao entre os escores dos padres alimentares e o excesso de peso e obesidade ajustado para variveis socioeconmicas. O terceiro artigo utilizou o modelo de regresso linear para avaliar a associao entre indicadores de renda e escolaridade e os escores dos padres alimentares. Resultados: Na reviso da literatura foi verificado grande heterogeneidade na escolha dos critrios adotados durante as mltiplas etapas das tcnicas multivariadas. No segundo manuscrito, foi verificado que quanto maior a adeso ao Padro Lanches e ao Padro Snacks maior a chance de estar com excesso de peso e obesidade. No terceiro manuscrito, 10 padres alimentares foram identificados entre adolescentes de reas urbanas no Brasil e Europa. Entre os adolescentes brasileiros, maiores nveis socioeconmicos e educacionais da pessoa de referncia do domiclio foram associados positivamente com o padro composto por queijo, cereais matinais, frutas e sucos de fruta, leite e derivados. Entre os adolescentes europeus, maiores nveis socioeconmicos e maior educao das mes foram positivamente associados ao padro composto por bebidas lcteas, cereais matinais; leite e derivados, manteiga e margarina, alm disso, maiores nveis socioeconmicos tambm foram negativamente associados com o padro composto por leos vegetais, nozes, sementes, po, carnes, leguminosas, hortalias e tubrculos, ovos e os maiores nveis de de educao materna foram associados negativamente com o padro composto por po; carne; bebidas acaradas e salgadinhos. Concluso: Os achados mostraram a elevada prtica de padres alimentares baseados em alimentos com altas concentraes de gorduras e acares os quais esto sendo responsveis pelo aumento no excesso de peso e obesidade entre os adolescentes brasileiros. No geral, os adolescentes que possuram maior renda ou bens materiais e maior nvel de escolaridade do adulto responsvel praticaram padres alimentares um pouco mais saudveis. No entanto, no Brasil a maior escolaridade da pessoa de referncia do domiclio por si s no est diretamente associada a melhores prticas alimentares entre os adolescentes, o contrrio do que acontece na Europa. Sendo assim, o maior acesso renda e a maior escolaridade dos responsveis desempenham um papel importante na adoo de padres alimentares mais saudveis entre os adolescentes.

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Introduo: Baixas concentraes sricas de hidroxivitamina D (25[OH]D) e o excesso de peso atingiram nveis epidmicos em todo o mundo. Estudos relatam que concentraes sricas de vitamina D esto associadas s alteraes lipdicas, glicolticas e inflamatrias; e estas alteraes so conhecidamente mediadas pela adiposidade. Dessa forma, a vitamina D pode atuar de forma benfica sobre o perfil metablico em adolescentes, adultos e idosos. Objetivo: Investigar e descrever as associaes entre as concentraes sricas de 25(OH)D e o perfil metablico, mediadas pela adiposidade em adolescentes, adultos e idosos. Metodologia: Inicialmente, foi utilizada subamostra do Inqurito de Sade de So Paulo (ISA-Capital), estudo transversal, de base populacional (n=281), para investigar a associao entre as concentraes sricas de vitamina D e marcadores inflamatrios em adultos brasileiros. Posteriormente, foram utilizados dados do estudo Healthy Lifestyle in Europe by Nutrition in Adolescents-(HELENA), estudo multicntrico transversal da populao de adolescentes europia, com o intuito de avaliar as alteraes nos marcadores lipdicos e de homeostase da glicose mediados pela deficincia de vitamina D e obesidade. Finalmente, foi analisada a amostra do estudo PHYSMED, um estudo transversal com idosos no institucionalizados para verificar associaes entre concentraes sricas de vitamina D, perfil lipdico e composio corporal em idosos espanhis aparentemente saudveis. Resultados: Nos adultos, observou-se uma associao negativa entre as concentraes de TNF-alfa e de IL-6 e as concentraes sricas de 25(OH)D em indivduos com peso normal. Nos adolescentes, as concentraes de 25(OH)D foram associadas de forma independente e positiva com o Quantitative Insulin Sensitivity Check Index-QUICKI (p <0.001) e negativamente associada com o IMC (p <0.05). Tambm foi observado que o aumento do IMC esteve associado com um aumento de 1.93 vezes maior chance de deficincia de vitamina D (IC de 95 por cento = 1.03 - 3.62; p = 0.040). Em idosos, verificou-se que as concentraes sricas de 25(OH)D foram associadas com o IMC (p = 0.04), a circunferncia da cintura (p = 0.004), CT/HDL-c (p = 0.026) e o HDL-c (p = 0.001). Adicionalmente, foi observado que idosos com concentraes de HDL-c <40mg/dl possuam 1.7 vezes maior chance de apresentarem deficincia de vitamina D em comparao com aqueles que possuam concentraes de HDL-c >40 mg/dl (95 por cento IC = 1.10 a 2.85; p = 0.017) e o aumento na circunferncia da cintura tambm foi associado com um maior risco de deficincia de vitamina D (95 por cento IC =0.96-1.00; p = 0.04). Concluso: A composio corporal interage com as concentraes de 25(OH)D modulando a resposta inflamatria, homeostase da glicose e tambm o perfil lipdico. Indivduos sem deficincia de vitamina D apresentam melhor perfil metablico e tambm melhor composio, sugerindo que a suficincia de vitamina D pode ter um papel importante nas condies metablicas mediadas pela adiposidade.

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INTRODUO - A obesidade uma preocupao de sade pblica cada vez mais importante, em todo o mundo. A obesidade infantil, por sua vez, vem sendo associada a um alto risco de agravos infantis e de obesidade e doenas crnicas no transmissveis na fase adulta. Admite-se que o incio da vida seja um momento crtico e determinante para o risco do indivduo desenvolver sobrepeso ou obesidade. Entretanto, no est definido se existe algum perodo de maior vulnerabilidade na fase ps-natal e qual seria o melhor marcador do crescimento da criana para indicar uma possvel interveno precoce que possa minimizar o risco de desenvolver excesso de peso ou obesidade. OBJETIVO - Analisar as relaes existentes entre indicadores antropomtricos de crescimento no primeiro ano de vida e o desenvolvimento de excesso de peso no incio da idade escolar. MTODOS - Estudo de uma coorte histrica de uma unidade bsica de sade em So Paulo, Brasil. Os momentos analisados foram aos trs, seis e doze meses e aos sete anos de idade. Avaliou-se a velocidade de crescimento e o crescimento alcanado durante o primeiro ano de vida frente aos desfechos: excesso de peso e obesidade aos sete anos de idade. As variveis foram analisadas estatisticamente atravs do Coeficiente de Correlao de Pearson e das curvas ROC, alm de terem sido estimadas a sensibilidade, a especificidade e o risco relativo. RESULTADOS - Os Coeficientes de Correlao de Pearson do ganho de peso por ganho de comprimento nos perodos de 0 a 3 meses, 0 a 6 meses e 0 a 12 meses foram, respectivamente, 0,23 (IC 95 por cento : 0,13 a 0,33), 0,29 (IC 95 por cento : 0,19 a 0,39) e 0,34 (IC 95 por cento : 0,24 a 0,43), todos significantes estatisticamente. Os Coeficientes de Correlao de Pearson do escore z do ndice de Massa Corprea (IMC) para 3, 6 e 12 meses foram, respectivamente, 0,39 (IC 95 por cento : 0,29 a 0,48), 0,41 (IC 95 por cento : 0,32 a 0,50) e 0,42 (IC 95 por cento : 0,33 a 0,51). Para excesso de peso na idade escolar, a utilizao do marcador escore z do IMC aos 12 meses maior que 0,49 apresentou sensibilidade de 68,29 por cento (IC 95 por cento : 59,3 por cento a 76,4 por cento ), especificidade de 63,51 por cento (IC 95 por cento : 56,6 por cento a 70,0 por cento ) e risco relativo estimado de 2,31 (IC 95 por cento : 1,69 a 3,17). Para obesidade, o mesmo marcador apresentou sensibilidade de 76,47 por cento (IC 95 por cento : 62,5 por cento a 87,2 por cento ), especificidade de 56,89 por cento (IC 95 por cento : 50,9 por cento a 62,7 por cento ) e risco relativo estimado de 3,49 (IC 95 por cento : 1,90 a 6,43). CONCLUSES - O primeiro trimestre de vida se revelou como sendo o perodo mais crtico, entre os estudados, para o desenvolvimento de sobrepeso ou obesidade no incio da idade escolar. No entanto, o escore z do IMC acima de 0,49 aos 12 meses de vida se mostrou como o melhor marcador para esses dois desfechos.

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Trata-se de estudo de interveno tipo antes e depois, no qual o sujeito seu prprio controle, fator que permite identificar os efeitos na adeso ao tratamento e controle dos nveis glicmicos. Teve como objetivo avaliar a contribuio da consulta de enfermagem na adeso ao tratamento do diabetes mellitus tipo 2, em uma Unidade Sade da Famlia, de acordo com o \"Protocolo de atendimento as pessoas com diabetes mellitus,\" em Ribeiro Preto, SP. A coleta de dados foi realizada no perodo de setembro de 2014 a janeiro de 2015. O trabalho foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeiro Preto, SP, sob Parecer n 648.970. Participaram 31 pessoas com diabetes mellitus, por meio de trs consultas de enfermagem, na unidade de sade e no domiclio, com intervalo de um ms entre as trs consultas de todos os participantes. Foi utilizado um roteiro contendo variveis sociodemogrficos e clnicas e o teste de Medida de Adeso ao Tratamento. Para a anlise da adeso, durante e aps a interveno, utilizou-se a estatstica descritiva e o teste de Mann- Whitney; para a comparao do antes e aps a interveno, utilizou-se o teste de Wilcoxon; para anlise de correlao com as variveis numricas, o coeficiente de correlao de Spearman e o teste Q de Cochran, para a comparao dos exames nos momentos anterior, durante e posterior interveno. Os resultados mostraram que os participantes tinham entre 33 e 79 anos, sendo 58,1% do sexo feminino; 71% tinham companheiro; renda familiar de 1 a 3 salrios-mnimos (83,9%); 80,6% referiram ser profissionalmente inativos (aposentados, pensionistas ou do lar); mdia de 5,68 anos de estudo e predomnio de menos de 8 anos de estudo (67,7%). Em relao aos valores da presso arterial sistmica constatou hipertenso arterial sistmica grau I em 25,8% das pessoas com diabetes mellitus, 90,3% com ndice de massa corporal apresentando excesso de peso, quanto circunferncia abdominal, 32,2% dos homens estavam com valores maiores que 102 cm e 45,2% das mulheres com valores acima de 88 cm. A avaliao dos ps, com uso do monofilamento Semmes-Weinstein de 10g, apresentou 9,7% das pessoas com diabetes mellitus com p em risco para ulcerao e diminuio ou ausncia de sensibilidade ttil pressrica protetora dos ps. O tempo de diagnstico do diabetes mellitus tipo 2 variou entre 1 a 39 anos, predominando as comorbidades hipertenso arterial (83,9%), dislipidemia (58,1%) e obesidade (41,8%). Quanto aos exames laboratoriais, observa-se que, em 64,5% da populao estudada, os nveis da glicemia de jejum estavam acima de 100 mg/dL , ocorrendo pequena reduo para 61,3% nos casos de pessoas com diabetes mellitus durante a interveno e se manteve aps. No que se refere glicemia ps-prandial, os casos das pessoas com diabetes mellitus com valores iguais ou acima de 160 mg/dL, antes da interveno era de 45,2% e durante e aps a interveno caiu para 38,7%. Em contrapartida, aumentou o nmero de pessoas com diabetes mellitus durante e aps a interveno, com valores da glicemia ps-prandial abaixo de 160 mg/dL, de 54,8% para 61,3%. E, em relao hemoglobina glicada, foi observado que em 61,3% das pessoas com diabetes mellitus os valores antes da interveno eram iguais ou acima de 7%. Durante a interveno, caiu para 19,3% e aps a interveno o nmero de pessoas com diabetes mellitus, com a hemoglobina glicada igual ou superior a 7%, chegou a 38,7%. Quanto aos valores abaixo de 7%, observou-se aumento de 38,7% antes da interveno para 80,6 e 61,3% respectivamente, durante e aps a interveno, com diferena estatisticamente significante (p< 0,001). As pessoas com diabetes mellitus desse estudo, apresentaram 83,87% de adeso ao tratamento antes da interveno, e esses escores subiram para 96,78% aps a interveno, fato corroborado pelo teste de Wilcoxon que mostrou escores estatisticamente significantes (p<0,001), entre antes e aps a interveno. Esse estudo contribui para ressaltar a importncia do enfermeiro, enquanto integrante da equipe multiprofissional, seguindo as orientaes do \"Protocolo de atendimento ao indivduo com diabetes\", tanto no atendimento individual quanto em grupo, reorganizando o processo de trabalho, contribuindo para maior adeso ao tratamento e controle dos nveis glicmicos, ao minimizar a fragmentao e assegurar a continuidade na assistncia, por meio de abordagem integral ao diabtico