2 resultados para Framingham risk score

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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A adesão ao tratamento ocorre quando o conselho médico ou de saúde coincide com o comportamento do indivíduo, ao uso de medicamentos, cumprimento da dieta e mudanças no estilo de vida, não sendo, portanto, um ato não passivo do paciente. Em pacientes com hipertensão arterial sistêmica a adesão ao tratamento pode ser definida como o grau de cumprimento das medidas terapêuticas indicadas, sejam elas medicamentosas ou não, com o objetivo de manter a pressão arterial em níveis pressóricos normais. A não adesão em pacientes com doenças crônicas em tratamento a longo prazo em países desenvolvidos é em média de 50%, revelando a importância de serem avaliados os motivos que levam a esse comportamento. O estudo teve como objetivo avaliar a não adesão em idosos hipertensos de uma unidade pública de saúde de Ribeirão Preto - SP. Trata-se de um estudo de corte transversal, desenvolvido com uma amostra de 196 pessoas. A coleta de dados ocorreu entre agosto de 2014 até junho de 2015, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Para essa etapa foram utilizados os instrumentos Brief Medication Questionnaire, Medical Outcomes Studies 36-item Short Form Survey, Escore de Risco Global e Escore de Risco pelo Tempo de Vida. Após a coleta dos dados, as entrevistas foram codificadas, os dados foram tabulados e foi realizada a análise estatística descritiva e de correlação. Como resultado, constatou-se que houve predomínio de mulheres, com idade média de 69,4 anos, casados/união estável, não moravam sozinhos, com 1,85 pessoas na casa em média, de cor branca, com ensino fundamental incompleto, renda de até dois salários mínimos e aposentados/pensionistas, atendidos pelo SUS. Apresentaram hábitos de vida razoáveis, sem predomínio de consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, uso excessivo de sal e sedentarismo. A mais frequente comorbidade associada à HAS foi a dislipidemia. Foi observado elevado predomínio de fatores de risco cardiovasculares como obesidade abdominal, obesidade geral, comorbidades, razão de lipídeos e fatores agravantes como proteína c reativa ultrassensível, microalbuminúria e síndrome metabólica. A maioria da amostra foi classificada como sendo portador de risco cardiovascular alto após estratificação do risco. A percepção da qualidade de vida relacionada à saúde foi considerada baixa na maioria principalmente devido a limitações emocionais. A não adesão esteve presente em quase metade dos idosos, relacionada principalmente à complexidade da farmacoterapia e dificuldade em lembrar sobre o uso de seus medicamentos. Não foi observada correlação entre a não adesão e as variáveis estudadas. Conclui-se que o comportamento de não adesão observado não esteve relacionada às variáveis estudadas nessa amostra e que são necessárias intervenções urgentes para reduzir o risco cardiovascular e prevenir doenças cardiovasculares e mortalidade, bem como melhora da percepção da qualidade de vida relacionada à saúde.

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Trata-se de um estudo analítico de corte transversal, que visa avaliar o risco cardiovascular de PVHA segundo o Escore de Framingham e identificar a associação entre o risco e as variáveis demográficas, comportamentais, psicossociais e clínicas de PVHA. O estudo foi aprovado na Secretaria Municipal de Saúde e no Comitê de Ética da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, a coleta de dados foi realizada no período de outubro de 2014 a agosto de 2015 em cinco Serviços de Atendimento Especializado às PVHA utilizando questionário sociodemográfico, clínico e comportamental, avaliação da alimentação saudável, Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp e avaliação do risco cardiovascular por meio do Escore de Framingham. A análise dos dados ocorreu através de estatística descritiva e teste de associação entre as variáveis, onde foi adotado nível de significância com valor de p<0,05. Identificou-se que 58,3% pertenciam ao sexo masculino, 69,1% apresentavam idade acima de 40 anos, com média de 44,4 anos, 40,6% referiram ser brancos e 40,0% pardos, e 70,9% eram heterossexuais. Observou-se que 64,0% eram sedentários, 35,4% tabagistas e 40,0% faziam uso de bebida alcóolica regularmente. Do mesmo modo, 73,7% consideraram sua alimentação saudável, no entanto, ao ser avaliado de acordo com o escore da alimentação saudável, 70,9% obtiveram score intermediário para alimentação. Com relação às variáveis psicossociais, foi identificado que 52,0% tinham menos de oito anos de estudo, e 80,6% referiram receber até três salários mínimos por mês. Quanto aos sintomas de estresse, foi visto que 29,1% e 22,3% estavam nas fases de resistência e exaustão, respectivamente. Além disso, identificou-se que 15,4% da amostra tinha diagnóstico médico para depressão e que 71,4% não realizavam atividades de lazer regularmente. Com relação às variáveis clínicas gerais, 57,7% referiram antecedentes familiares para HAS, 40,6% para DM, 21,7% para IAM e 27,4% para AVE. Quanto aos antecedentes pessoais, foi visto que 15,4% eram hipertensos, 8,0% eram diabéticos e 8,0% tinham dislipidemia. Desta mesma amostra, 45,2% apresentavam IMC maior que 25,0 kg/m² e 41,7% estavam em síndrome metabólica. Com relação às variáveis clínicas relacionadas ao HIV, observou-se que 42,2% e 32,0% possuíam o diagnóstico de soropositividade e fazem uso de TARV há mais de dez anos, respectivamente. A contagem de células TCD4+ e carga viral mostrou que 82,8% dos participantes apresentaram contagem maior que 350 cels/mm³, e 80,6% tinham carga viral indetectável. Foi identificado que 25,8% dos sujeitos apresentam risco cardiovascular de médio a alto, segundo o Escore de Framingham. Apenas as variáveis sociodemográficas sexo (p=0,006), idade (p<0,001) e estado civil (p=0,003) apresentaram associação com o risco cardiovascular calculado pelo Escore de Framingham. Nas variáveis comportamentais, as fases de estresse (p=0,039) tiveram associação com o risco cardiovascular, e com relação às variáveis clínicas, antecedentes familiares para DM (p=0,035), HAS, DM e SM (p<0,001) e DLP (p=0,030) apresentaram significância estatística. Nas variáveis clínicas relacionadas ao HIV, o tempo de diagnóstico (p=0,005) e o tempo de TARV (p=0,038) também apresentaram associação. Conclui-se que 25,8% de PVHA no município de Ribeirão Preto apresentam risco cardiovascular de moderado a alto, medido pelo Escore de Framingham