16 resultados para Drogas Toxicologia - Teses

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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Este trabalho descreve a sntese, caracterizao e aplicao de sistemas polimricos baseados em polmeros condutores em sistemas de liberao controlada de drogas. Esta tese pode ser dividida em duas partes: na primeira se apresentam os resultados da aplicao de filmes de polianilina e polipirrol na liberao de drogasmodelo como a dopamina protonada e o cido saliclico. Na liberao de salicilato utilizou-se um filme polianilina eletrosintetizado e dopado com ons cloreto. J para a liberao de dopamina protonada (um ction) a liberao foi conduzida a partir de um sistema bicamadas, com um filme de polianilina recoberta com uma camada de Nfion. mostrada a liberao controlada nos dois casos, porm tambm se discutem limitaoes deste tipo de sistema que levaram ao estudo de uma forma alternativa de controle eletroqumico utilizando polmeros condutores. A segunda parte do trabalho mostra ento esta nova metodologia que se baseia em compsitos de poianilina eletropolimerizada no interior de hidrogis de poliacrilamida. mostrado que este novo material eletroativo e mantm as caractersticas de intumescimento dos hidrogis, tanto necessrias ao desenvolvimento destes sistemas de liberao controlada. Mecanismos para o crescimento e distribuio da polianilina na matriz isolante e para a atuao do compsito no controle eletroqumico da liberao so propostos com base nos dados de microscopia de fora atmica, Raman e eletrnica de varredura, alm de testes de liberao controlada com molculas de diferentes cargas.

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O consumo de plantas medicinais no pas tem aumentado de maneira significativa nas ltimas dcadas. Dados da Organizao mundial de Sade estimam que 80% da populao mundial usam plantas medicinais como alternativa teraputica. No entanto, pouca informao se encontra disponvel sobre os constituintes dos mesmos, bem como sobre o potencial de riscos sade humana. Assim, questes relacionadas qualidade dessas drogas apresentam fundamental importncia. Em funo de sua origem, a carga microbiana detectada em drogas vegetais pode ser considerada normalmente elevada, oferecendo riscos potenciais ao usurio. Desta forma, a avaliao de sua qualidade sanitria bem como a utilizao de processos descontaminantes constituem-se em etapas importantes no que se refere ao aspecto de segurana ao consumidor. Portanto o objetivo deste trabalho foi a determinao dos nveis de contaminao, a pesquisa de indicadores patognicos; alm da eficcia da exposio de 30 e 60 minutos ao gs xido de etileno, a determinao de residuais txicos e a verificao de possveis alteraes nos nveis de marcadores em amostras de Matricaria recutita L., Cynara scolimus L., Paulinia cupana H.B.K. e Ginkgo biloba L. proveniente de trs fornecedores diferentes. Todas as drogas vegetais analisadas continham elevados nveis de bactrias e fungos, na ordem de 105 ufc/g, alm de terem sido detectados microrganismos patognicos nas amostras estudadas. Entretanto aps a exposio destas por 30 e 60 minutos ao gs xido de etileno, observou-se a eliminao de cerca de 90% e 99,8% respectivamente. No que se refere aos patgenos especficos a exposio de 30 minutos foi capaz de elimin-los completamente. Os nveis residuais de xido de etileno nas drogas vegetais analisadas, foram reduzidos a ndices aceitveis aps 14 dias de aerao ambiental, j os nveis de etilenoglicol e etilenocloridrina mantiveram-se dentro do limite da sensibilidade do mtodo adotado. Com relao anlise de principios ativos naturais, no houve alterao nas concentraes dos marcadores das drogas vegetais camomila, ginkgo biloba e guaran analisadas mesmo aps ciclo de exposio de 60 minutos ao gs xido de etileno. Sendo assim verifica-se a necessidade da adoo de mtodos de descontaminao microbiana com o intuito de fornecer um produto mais seguro para o consumo humano visto que estes so por vezes consumidos por enfermos, idosos e crianas com a sade comprometida. Pode-se concluir tambm que o processo de descontaminao de drogas vegetais por xido de etileno um processo eficaz e seguro, desde que sejam adotados os requisitos de segurana necessrios que infelizmente, nem sempre so adotadas no mercado nacional

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Apesar da industrializao no setor farmacutico, o emprego de drogas vegetais constitui desafio atual quando considerado alternativa teraputica para as populaes de baixa renda ou aquelas que apresentam tradio no uso dessas drogas. Alm disso, tendncias modernas valorizam a variedade de espcies com propriedades curativas, em particular as espcies brasileiras, desafiando os pesquisadores a intensificar investigaes nessa rea e induzindo populao um crescente consumo. Assim, questes relacionadas qualidade dessas drogas apresentam fundamental importncia. Devido origem, a carga microbiana detectada nas mesmas normalmente elevada, oferecendo riscos potenciais ao usurio. Desta forma, a avaliao de sua qualidade sanitria constitui etapa obrigatria no que se refere ao aspecto de segurana ao consumidor. Alm disso, a eficcia teraputica pode igualmente ser comprometida por decomposio de componentes, decorrente da ao de microrganismos. Com o objetivo de eliminar os efeitos decorrentes da biocarga presente nas drogas vegetais, agentes descontaminantes, de natureza fsica ou qumica, tm sido empregados. A utilizao de tais procedimentos de descontaminao, prevista na legislao vigente, requer estudos relacionados estabilidade dos princpios ativos aps exposio ao agente selecionado. Dentre os agentes destaca-se a irradiao gama, amplamente utilizada em funo de sua aplicabilidade na ausncia de gua e de temperatura elevada, alm de apresentar alta penetrabilidade e reduzir, com eficcia, a carga microbiana vivel. Os objetivos do presente trabalho foram avaliar os efeitos de diferentes doses de radiao ionizante sobre a carga microbiana de quatro espcies de drogas vegetais: alcachofra (Cynara scolymus L.), camomila (Matricaria recutita L.), ginkgo (Ginkgo biloba L.) e guaran (Paullinia cupana H.B.K.), bem como detectar possveis alteraes provocadas pela radiao sobre os teores de seus princpios ativos. As anlises microbiolgicas e qumicas foram realizadas antes e aps irradiao com doses mdias de 5,5 kGy, 11,4 kGy e 17,8 kGy. Os resultados obtidos anteriormente irradiao revelaram elevados nveis de contaminao: mdia de 4,1 x106 para microrganismos aerbicos totais e 3,3x105 para fungos. Aps descontaminao, a dose mdia de 11,4 kGy, reduziu a carga de microrganismos aerbicos totais a nveis menores ou iguais a 102 em todas as drogas, com exceo da camomila proveniente do fornecedor B (3,2x104). Para os fungos, a menor dose aplicada (5,5 kGy) foi suficiente para reduzir a contagem a nveis da ordem de 10. Com relao determinao dos marcadores nas drogas vegetais, os resultados obtidos no revelaram alteraes significativas nos teores de cafena no guaran e de glicosdeos flavonodicos no ginkgo. Para a camomila, as amostras antes a aps irradiao, apresentaram o mesmo teor de leo voltil bem como ausncia de diferenas significativas no teor de α-bisabolol. Em contraste, observou-se reduo no teor de 7-glicosil apigenina aps submisso radiao ionizante, indicando degradao decorrente do processo. Com relao alcachofra, permanece ainda desconhecida a influncia da radiao devido ausncia de metodologias adequadas para extrao e determinao da cinarina.

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A qualidade, eficcia e segurana no emprego de drogas vegetais dependem, entre outras questes, de sua qualidade sanitria. Sua origem e manuseio, em condies no geral inadequadas, propiciam biocarga elevada e abrangente, o que implica riscos para sade. O presente trabalho objetivou conhecimento da microbiota das plantas estudadas e o desenvolvimento de estudos de sua descontaminao por plasma, tendo-se analisado os parmetros fsicos que influenciaram este processo. O projeto possibilitou a descontaminao de drogas vegetais com alta carga microbiana. Estudou-se a alcachofra (Cynara scolymus L.), camomila (Chamomilla recutita (L.) Rauschert.), ginco (Ginkgo biloba L.) e guaran (Paullinia cupana Kunth), adotando parmetros de processo que alegadamente permitem a integridade dos princpios ativos termossensveis. Para isso, foi empregado reator disponvel no Laboratrio de Sistemas Integrveis, pertecente Escola Politcnica da Universidade de So Paulo, em sistema com acoplamento capacitivo modo RIE (Reactive Ion Etching). Neste sistema, trabalhou-se com oxignio adicionado de perxido de hidrognio. Todos os processos de descontaminao foram desenvolvidos a temperatura ambiente, sob diferentes parmetros fsicos complementares. A eficcia do processo foi investigada, empregando-se contagem de microrganismos heterotrficos, assim como pesquisa de indicadores de patognicos (Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella spp, Escherichia coli). As avaliaes microbiolgicas, quantitativas e qualitativas, assim como os estudos decorrentes dos dados obtidos, foram desenvolvidos no Laboratrio de Controle Biolgico da Faculdade de Cincias Farmacuticas - USP. Os resultados obtidos aps a descontaminao por plasma de oxignio (100%), a potncia de 150 W, evidenciaram reduo de at 4 ciclos de aerbicos totais. No processo por plasma perxido de hidrognio (20%) e oxignio (80%), a uma potncia de 150 W, observou-se a reduo de at 4 ciclos log de aerbios totais para as drogas vegetais deste estudo. A presena de substncias qumicas complexas da camomila, que contm leo voltil, flavonides, aminocidos, cidos graxos, sais minerais, cumarinas, mucilagens e cidos orgnicos, interferem no processo por plasma provavelmente em decorrncia de a mucilagem formar um filme protetor, impedindo a difuso gasosa em ambos os processos por plasma. Assim, no s a camomila mas tambm o guaran, com biocargas iniciais respectivamente de 6,6x106 UFC/g e 2,7x106 UFC/g, mantiveram-se com nveis de contaminao da mesma ordem de grandeza, aps os desafios com plasma. A contagem bacteriana da alcachofra (fornecedor B), que foi submetida ao processo de descontaminao atravs do plasma O2 (100%), (potncia de 150 W, presso de 100 mTorr e vazo de 200 sccm), sofreu reduo de dez vezes, independentemente do tempo do processo. Possivelmente este resultado, que aparenta inconsistncia, decorre da ao apenas superficial do plasma. A descontaminao por processo de plasma de oxignio e de perxido de hidrognio para a alcachofra (fornecedor B) no foi eficaz, devido predominncia de elementos lignificados. As amostras de alcachofra (fornecedor C), com baixa percentagem de vasos de xilema lignificados e fibras lignificadas evidenciaram a maior eficcia do processo por plasma, pois possibilitou grande difuso gasosa sobre as amostras. O estudo permitiu ainda concluir que aplicabilidade do plasma na descontaminao de drogas vegetais depende da resistncia dos microrganismos, mas igualmente das caractersticas da planta, sejam aquelas de natureza morfoanatmica, enzimtica ou qumica. Estudos especficos devem ser desenvolvidos para cada situao.

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Os microRNAs (miRNAs) so pequenos RNAs no codificadores de protenas presentes na maioria dos eucariotos. Esses RNAs regulam a expresso gnica em nvel ps-transcricional atravs do silenciamento de mRNAs-alvo que possuem stios complementares s suas sequncias, atuando em praticamente todos os processos celulares. Embora a estrutura e funo dos miRNAs estejam bem caracterizadas, aspectos relacionados sua organizao genmica, evoluo e atuao em doenas so tpicos que apresentam enormes lacunas. Nesta tese, utilizamos abordagens computacionais para investigar estes temas em trs trabalhos. No primeiro, processamos e integramos um vasto volume de dados publicamente disponveis referentes aos miRNAs e genes codificadores de protenas para cinco espcies de vertebrados. Com isso, construimos uma ferramenta web que permite a fcil inspeo da organizao genmica dos miRNAs em regies inter e intragnicas, o acesso a dados de expresso de miRNAs e de genes codificadores de protenas (classificados em genes hospedeiros e no hospedeiros de miRNAs), alm de outras informaes pertinentes. Verificamos que a ferramenta tem sido amplamente utilizada pela comunidade cientfica e acreditamos que ela possa facilitar a gerao de hipteses associadas regulao dos miRNAs, principalmente quando esto inseridos em genes hospedeiros. No segundo estudo, buscamos compreender como o contexto genmico e a origem evolutiva dos genes hospedeiros influenciam a expresso e evoluo dos miRNAs humanos. Nossos achados mostraram que os miRNAs intragnicos surgem preferencialmente em genes antigos (origem anterior divergncia de vertebrados). Observamos que os miRNAs inseridos em genes antigos tm maior abrangncia de expresso do que os inseridos em genes novos. Surpreendentemente, miRNAs jovens localizados em genes antigos so expressos em um maior nmero de tecidos do que os intergnicos de mesma idade, sugerindo uma vantagem adaptativa inicial que pode estar relacionada com o controle da expresso dos genes hospedeiros, e como consequncia, expondo-os a contextos celulares e conjuntos de alvos diversos. Na evoluo a longo prazo, vimos que genes antigos conferem maior restrio nos padres de expresso (menor divergncia de expresso) para miRNAs intragnicos, quando comparados aos intergnicos. Tambm mostramos possveis associaes funcionais relacionadas ao contexto genmico, tais como o enriquecimento da expresso de miRNAs intergnicos em testculo e dos intragnicos em tecidos neurais. Propomos que o contexto genmico e a idade dos genes hospedeiros so fatores-chave para a evoluo e expresso dos miRNAs. Por fim, buscamos estabelecer associaes entre a expresso diferencial de miRNAs e a quimioresistncia em cncer colorretal utilizando linhagens celulares sensveis e resistentes s drogas 5-Fluoruracil e Oxaliplatina. Dentre os miRNAs identificados, o miR-342 apresentou nveis elevados de expresso nas linhagens sensveis Oxaliplatina. Com base na anlise dos alvos preditos, detectamos uma significativa associao de miR-342 com a apoptose. A superexpresso de miR-342 na linhagem resistente SW620 evidenciou alteraes na expresso de genes da via apopttica, notavelmente a diminuio da expresso do fator de crescimento PDGFB, um alvo predito possivelmente sujeito regulao direta pelo miR-342.

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Introduo A presena de mulheres no transporte rodovirio de cargas tem sido cada vez mais crescente e as repercusses do trabalho na vida das motoristas de caminho ainda so desconhecidas pela comunidade cientfica. Objetivo - Caracterizar e analisar o trabalho de mulheres motoristas de caminho e suas repercusses sobre sua sade, a partir do relato de homens e mulheres motoristas de caminho. Metodologia - O estudo com abordagem qualitativa utilizou a tcnica do grupo focal, entrevistas individuais e observao no participante. Os grupos focais foram realizados em uma empresa transportadora localizada no estado de So Paulo e as entrevistas individuais em evento realizado na cidade de Itupeva/SP. Em oito encontros, grupos de motoristas de caminho, discutiram a temtica trabalho e sade conduzida por meio de questes semiabertas. As mesmas questes foram utilizadas para as entrevistas individuais. Os relatos foram gravados, sendo o contedo das gravaes transcrito e analisado por meio da metodologia Anlise de Contedo de Bardin. A partir dos dados obtidos, construram-se as seguintes categorias: A trajetria profissional de motoristas de caminho; As mulheres no Transporte Rodovirio de Cargas; O trabalho; Um momento inesquecvel na profisso e A sade das mulheres motoristas na estrada. Resultados Tornar-se motorista de caminho, para a maioria das mulheres, ocorreu por acaso, ou devido uma necessidade financeira, ou a falta de perspectiva de emprego. Para as mulheres no Transporte Rodovirio de Cargas, o cotidiano de trabalho das profissionais est atravessado por aspectos como: a fora fsica; dvidas e preconceitos quanto sua orientao sexual; o desafio em conciliar a vida dentro e fora do caminho; conflitos na vida conjugal decorrentes da vida profissional; a discriminao sexual e a necessidade do reconhecimento no trabalho, bem como a falta de infraestrutura dedicada s trabalhadoras nas empresas e postos de parada nas rodovias brasileiras. O momento inesquecvel nesta profisso, considerado por homens e mulheres, foi a primeira viagem. Os impactos do trabalho sobre a sade das trabalhadoras recaram sobre dores lombares e na coluna; problemas relacionados ao sono; necessidade de recorrer ao uso de drogas como anfetaminas e cocana para manterem-se acordadas durante o trabalho; estresse; infeco urinria e uso ininterrupto de anticoncepcionais. Concluses - A insero das mulheres no transporte rodovirio de cargas desafia empresas e a infraestrutura existente nas rodovias do pas a acompanharem as transformaes sociais no mundo do trabalho, incluindo as demandas de um novo perfil de trabalhadoras. Descritores: trabalho, gnero, sade, motoristas de caminho.

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As metalo-β-lactamases (MBL) so capazes de hidrolisar os carbapenmicos, a classe de antimicrobianos com maior potncia para o tratamento de infeces graves e de maior uso clinico. Dentre as MBL, o grupo mais recentemente descrito e que apresentou rpida disseminao em todo o mundo o da New-Delhi-Metalo- β-lactamases (NDM). Nas enterobactrias, os genes que codificam essas enzimas esto mais frequentemente localizados em plasmdeos. O estudo da estabilidade de plasmdeos que albergam o gene blaNDM-1 importante para entender a predominncia de espcies que carregam esses plasmdeos, desvendar mecanismos moleculares envolvidos na sua persistncia e para desenvolver novas drogas que possam diminuir a sua persistncia. Estudos recentes sobre estabilidade plasmidial evidenciaram que a maprotilina capaz de induzir perda plasmidial de at 90% em E. coli K12. Neste trabalho, foi estudado o efeito da maprotilina na induo de cura de plasmdeos, que albergam o gene blaNDM-1, em diferentes espcies da famlia Enterobacteriaceae. Nove isolados pertencentes a diferentes espcies foram includas no estudo. Os plasmdeos foram caracterizados quanto ao seu tamanho por eletroforese e por sequenciamento de DNA no sistema Illumina. A persistncia plasmidial foi determinada pelo mtodo de contagem em placa em LB gar com e sem tratamento com maprotilina em concentraes sub-inibitrias (50mg/L). O experimento foi conduzido por 10 dias, representando aproximadamente 100 geraes. Neste estudo evidenciou-se que o grupo das enterobactrias esto envolvidas na disseminao de plasmdeos com blaNDM-1, sendo que plasmdeos do grupo IncF esto mais relacionados a essa disperso. A maprotilina teve efeito de cura plasmidial em todos os isolados exceto em E. hormaechei \"subsp. oharae\" e C. freundii. O isolado P. rettgeri apresentou maior taxa de perda plasmidial e a anlise comparativa da sequncia nucleotdica do plasmdeo indicou que a presena da IS5 pode estar relacionada com a diminuio da persistncia plasmidial. Diferenas na persistncia plasmidial, quando tratados com maprotilina, entre E. hormaechei \"subsp. steigerwaltii\" e E. hormaechei \"subsp. oharae\" sugerem que E. hormaechei \"subsp. oharae\" pode ser um possvel disseminador de plasmdeos albergando blaNDM-1, devido a processos de adaptao co-evolutivos.

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A tuberculose entre pessoas em situao de rua um grave problema de sade pblica, que carece de entendimentos e respostas melhor construdas. Questes envolvendo a dimenso coletiva do controle da doena, a dimenso individual do tratamento e o caminho para cura desta populao so trazidos neste trabalho que tem como objetivo investigar os aspectos relacionados ao processo de gesto dos tratamentos e busca da cura nesta populao. Para isto foram realizados estudos etnogrficos junto as equipes de Consultrio na Rua da cidade de So Paulo e no Hospital Leonor de Barros, em Campos do Jordo (SP), referncia para internao deste grupo. A presena do uso de drogas, as co-infeces com o HIV, DSTs e as Hepatites Virais e o passado de trfico e criminalidade so elementos presentes na histria de vida dos internados, muitos dos quais j com passagem em presdios e alguns com problemas de sade mental. Mesmo se sujeitando as regras do local em busca de um alento a seu estado de sade, os pacientes buscam no uso de drogas escondido e no sexo discreto e no comentado, uma alternativa mediadora para suportarem as limitaes a que esto expostos. A situao ainda revela uma dificuldade das instituies de internao no lidar com o tema a prtica da estratgia de Reduo de Danos ao uso de lcool e outras drogas, notando-se uma tendncia a destacar prticas proibicionistas em qualquer ao desenvolvida. O entendimento do paciente frente realidade encarada, revela-se principalmente pelas formas de resistncia que eles desenvolvem para o perodo de recluso que estaro submetidos durante o tratamento. Ao final se conclui que as diferenas sociais, oriundas de acessos dificultados, preconceitos, segregaes e outros atos discriminatrios tem forte influncia no processo de adeso do tratamento e cura. Alm disto, percebeu-se a existncia de vrios enfoques de moralidades, envolvendo principalmente os profissionais de sade e pacientes que refletem na gesto da ateno e cuidado e ainda a presena de uma diferenciao entre o conceito de ficar doente e ficar bom entre estes atores, criando um distanciamento de entendimentos e prticas.

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Uvetes so inflamaes intra-oculares geralmente crnicas e constituem uma das principais causas de cegueira no mundo. Os corticosteroides so a droga de primeira escolha para o tratamento das uvetes no infecciosas, mas muitas vezes h necessidade do uso de outras drogas imunossupressoras. O micofenolato de mofetila (MMF) um potente imunossupressor administrado por via oral que vem sendo utilizado com sucesso no tratamento das uvetes, mas cujos efeitos colaterais muitas vezes tornam necessria sua suspenso. O MMF uma pr-droga, que transformada no fgado em cido micofenlico (MPA), o imunossupressor ativo. Para minimizar os efeitos colaterais do uso do MPA e permitir que o olho receba uma dose maior da droga, testamos os efeitos da injeo intravtrea do MPA em um modelo de uvete crnica experimental (UCE) em olhos de coelhos. Os objetivos deste estudo foram: 1) reproduzir um modelo de UCE em coelhos atravs da injeo intravtrea de M. tuberculosis; 2) estabelecer uma dose segura de MPA a ser injetada no vtreo; e 3) analisar os efeitos morfolgicos, clnicos e eletrofisiolgicos da injeo intravtrea de MPA em coelhos utilizados como modelo de UCE. O modelo de UCE reproduzido apresentou uma inflamao autolimitada, possuindo um pico de inflamao no 17 dia aps a induo da uvete. As doses de MPA testadas (0,1 e 1mg) no foram toxicas para a retina do coelho. O modelo de UCE recebeu uma injeo intravtrea de 0,1mg de MPA e as anlises clinicas demonstraram uma reduo na inflamao. As anlises realizadas com o eletrorretinograma (ERG) tambm apontaram uma melhora na inflamao atravs da recuperao da latncia das ondas-a e b (fotpicas e escotpica) e recuperao da amplitude da onda-a (fotpica). As anlises morfolgicas com HE no apresentaram alteraes na estrutura retinia, porem a imunohistoquimica para protena GFAP evidenciou gliose das clulas de Mller, sinalizando um processo inflamatrio. Conclumos que o modelo de UCE reproduziu uma uvete anterior semelhante uvete causada em humanos e a dose de MPA utilizada apresentou efeitos teraputicos durante o pico de inflamao, mostrando uma diminuio da inflamao e promovendo a recuperao de fotorreceptores e clulas bipolares-ON. Este resultado faz das injees intravtreas de MPA um recurso promissor no tratamento de uvetes. Porm, novos experimentos so necessrios para padronizar os resultados encontrados

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A doena periodontal (DP) corresponde a um grupo de doenas inflamatrias que acomete as estruturas periodontais de proteo e de suporte e pode levar perda dentria. A etiologia est relacionada placa dentobacteriana que leva produo de grande quantidade de citocinas pr-inflamatrias importantes na destruio tecidual. A angiotensina (Ang) II tambm pode contribuir para a inflamao e destruio tecidual no periodonto agindo como mediador chave. A utilizao de drogas que atuem na cascata do sistema renina-angiotensina (SRA) poderia interferir no estado de sade ou inflamao do tecido mole, na perda ssea alveolar e na expresso gnica dos componentes do SRA e mediadores inflamatrios. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi investigar se o ramipril, um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA), altera a progresso da DP induzida experimentalmente em ratos. Foi utilizado o modelo de induo da DP por colocao de ligadura ao redor do primeiro molar inferior direito de ratos. Os grupos com 10 animais cada, foram divididos em tratados com ramipril (via gavagem 10 mg/kg/dia) ou gua (veculo) durante 14 e 21 dias e o grupo Sham submetido induo fictcia da DP. Outros quatro grupos foram submetidos ao pr-tratamento com ramipril durante os perodos de 7 e 14 dias e aps a induo da DP e tratados por 14 ou 21 dias. As metodologias de avaliao foram: extrao de RNA total, transcrio reversa seguida de reao em cadeia da polimerase quantitativa (RTqPCR), anlises histolgica e da perda ssea alveolar. Os dados foram analisados por meio de grficos e os resultados foram submetidos anlise unidirecional de varincia (ANOVA) e representaram mdias e respectivos desvios-padro. Diferenas entre os grupos foram consideradas estatisticamente significativas quando p < 0,05. Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que o ramipril foi capaz de reduzir a progresso da perda ssea no grupo tratado por 21 dias (DP-21d-Rami), entretanto houve aumento do processo inflamatrio, alm de alterao da expresso de RNAm de ECA-2 e do receptor Mas, alguns mediadores do processo inflamatrio, como COX2 e VEGF, e os receptores VEGF-R1 e VEGF-R2.

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Diversos mecanismos celulares esto associados patognese do Carcinoma Epidermoide de Cabea e Pescoo (CECP). Algumas dessas alteraes envolvem protenas pertencentes via de sinalizao do Akt, e o fator de transcrio NF-kB, o qual tm importante papel na fisiologia normal e no cncer. A protena COX-2, descrita em processos inflamatrios, tambm participa da carcinognese e est associada com a via de sinalizao do Akt e com o NF-kB. Dendrmeros so uma forma nica de nanotecnologia, surgindo como nanotransportadores com a capacidade de penetrar na clula tumoral liberando drogas quimioterpicas em seu interior. Os benefcios desta tecnologia so o aumento da eficiccia do princpio ativo utilizado e a reduo dos seus efeitos secundrios txicos. O Celecoxibe, antiinflamatrio no esteroidal, inibidor seletivo da COX-2, tem se mostrado um importante agente anticarcinognico, no entanto seu mecanismo de ao no CECP no totalmente compreendido. Neste trabalho, um Dendrmero de Poliglicerol associado ao Celecoxibe (PGLD-celecoxibe) foi sintetizado e caracterizado por tcnicas de espectroscopia H-RMN, C-RMN, Maldi-Tof, TLC e DSC. Alm disso, o conjugado foi testado in vitro em trs linhagens celulares de CECP. O PGLD-Celecoxibe foi sintetizado com sucesso e promoveu a reduo da dose capaz de inibir a proliferao celular, reduzindo o IC 50 do Celecoxibe de forma significativa em todas as linhagens celulares, se aproximando da dose srica alcanada por este medicamento, resultado corroborado pelo Ensaio de Migrao Celular. O mecanismo de morte celular observado foi a apoptose, associada a diminuio significativa da expresso de COX-2 ou por uma via alternativa independente. Alguns dos grupos tratados apresentaram alterao na expresso das protenas pAkt e NF-kB.

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As Doenas inflamatrias intestinais (DII) so multifatoriais e sua etiologia envolve susceptibilidade gentica, fatores ambientais, disbiose e ativao exacerbada do sistema imunolgico no intestino. Essas doenas tambm tem sido relacionadas a baixos nveis de dehidroepiandrosterona (DHEA), um hormnio precursor de diversos esteroides e relacionado modulao das respostas imunes. Porm, os mecanismos precisos que relacionam as aes deste hormnio com a proteo ou susceptibilidade doena de Crohn ou colite ulcerativa ainda no so totalmente conhecidos. Sendo assim, este projeto buscou entender o papel imunomodulador do DHEA exgeno in vitro e in vivo durante a inflamao intestinal experimental induzida por dextran sulfato de sdio (DSS) em camundongos C57BL/6. Inicialmente, in vitro, DHEA inibiu a proliferao de clulas do bao de forma dose dependente nas concentraes de 5?M, 50?M ou 100?M, com diminuio da produo de IFN-?. Este hormnio no foi txico para clulas de linhagem mieloide, embora tenha causado necrose em leuccitos nas doses mais elevada (50 ?M e 100?M), o que pode ter influenciado a diminuio das citocinas in vitro. Nos ensaios in vivo, os camundongos tratados com DHEA (40 mg/Kg) foram avaliados na fase de induo da doena (dia 6) e durante o reparo tecidual, quando os animais expostos ao DSS e ao DHEA por 9 dias foram mantidos na ausncia destas drogas at o dia 15. Houve diminuio do escore ps-morte, melhora no peso e nos sinais clnicos da inflamao intestinal, com reduo de moncitos no sangue perifrico com 6 dias e aumento de neutrfilos circulantes na fase de reparo tecidual (15 dias). Ainda, a suplementao com DHEA levou reduo da celularidade da lmina prpria (LP) e ao restabelecimento do comprimento normal do intestino. O uso deste hormnio tambm diminuiu a expresso do RNAm de IL-6 e TGF-?, enquanto aumentou a expresso de IL-13 no coln dos animais durante a fase de induo da doena, o que provavelmente ajudou na atenuao da inflamao intestinal. Alm disso, houve acmulo de linfcitos CD4+ e CD8+ no bao e diminuio apenas de linfcitos CD4+ nos linfonodos mesentricos (LNM), indicando reteno das clulas CD4+ no bao aps uso do DHEA. O tratamento foi tambm capaz de aumentar a frequncia de clulas CD4 produtoras de IL-4 e diminuir CD4+IFN-?+ no bao, alm de reduzir a frequncia de CD4+IL-17+ nos LNM, sugerindo efeito do DHEA no balano das respostas Th1/Th2/Th17 relacionadas colite. Em adio, as clulas de bao dos animais tratados com DHEA e expostos ao DSS se tornaram hiporresponsivas, como visto pela diminuio da proliferao aps re-estmulos in vitro. Finalmente, DHEA foi capaz de atuar no metabolismo dos camundongos tratados, levando diminuio de colesterol total e da frao LDL no soro durante a fase de induo da doena, sem gerar quaisquer disfunes hepticas. Com isso, podemos concluir que o DHEA atua por meio do balano das respostas imunes exacerbadas, minimizando os danos locais e sistmicos causados pela inflamao intestinal induzida por DSS.

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Estima-se que 52% da populao mundial faz uso de lcool, sendo a droga mais consumida no mundo. Ao usurio, o lcool torna-se prejudicial devido s consequncias nos nveis biolgicos, sociais e funcionais. Assim, a reduo do uso abusivo da substncia um dos objetivos da Organizao Mundial de Sade (OMS) e uma das prioridades na agenda de sade pblica mundial. No Brasil, a Poltica do Ministrio da Sade para a Ateno Integral aos Usurios de lcool e Outras Drogas teve como objetivo a criao de uma rede de ateno integral a eles - a RAPS (Rede de Ateno Psicossocial). A RAPS considerada um grande avano da Reforma Psiquitrica, j que integra os diversos pontos de ateno disponveis no Sistema nico de Sade (SUS). Um dos pontos da RAPS a Ateno Bsica (AB), que atravs da atuao das equipes da Estratgia Sade da Famlia (ESF) tem a possibilidade de monitorao, preveno do uso e colaborao na reinsero social dos usurios de lcool e outras drogas devido proximidade e criao de vnculo entre o servio e usurio. Para que o vnculo seja estabelecido o Agente Comunitrio de Sade (ACS) a pea fundamental, visto que conhece a comunidade e reconhece suas necessidades, alm de ser a figura que medeia as relaes entre a equipe de sade e os usurios. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi descrever e analisar o discurso de ACS sobre o uso de lcool e a assistncia prestada na AB. Trata-se de um estudo qualitativo de teor descritivo, cuja pesquisa ocorreu em cinco municpios da regio central do Estado de Santa Catarina. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, analisadas atravs do mtodo da Anlise de Contedo. A anlise das entrevistas resultou na formulao de duas categorias e quatro subcategorias empricas. Os resultados evidenciaram que os ACS percebem o consumo de lcool como inerente a populao em virtude da cultura caracterizada pelo consumo habitual e festivo da droga. Eles percebem que o uso do lcool torna-se um problema quanto definio social atribuda pela comunidade, ressaltando as consequncias para a famlia e outras perdas vivenciadas pelos usurios com base nas repercusses sociais. Quanto assistncia prestada por eles aos usurios de lcool, os resultados indicaram uma prtica desprovida de instrumentos ou habilidades para a abordagem adequada do uso, evidenciando uma prtica infundada pelos ACS. A prtica est pautada tambm nas crenas em relao aos usurios de lcool, que esto muito ligadas aos estigmas relacionados a estes usurios em geral e no em evidncias cientficas. Conclui-se que a partir do conhecimento das percepes e prticas deste profissional, possvel direcionar aes que potencialize a prtica dos ACS, j que so profissionais com grandes possibilidades de atuao diante da preveno e tratamento do abuso de lcool e reabilitao social do usurio

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INTRODUO: O transplante de pulmo parte fundamental no tratamento das doenas terminais do pulmo, constituindo uma modalidade teraputica eficaz para pacientes com doena pulmonar incapacitante, progressiva e em estgio final. No entanto, as drogas imunossupressoras usadas para evitar a rejeio do enxerto podem causar efeitos colaterais em diversos tecidos. O sistema mucociliar, presente nas vias areas, um dos principais mecanismos de defesa do trato respiratrio e pode ser alterado por ao das drogas imunossupressoras. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o sistema mucociliar traqueobrnquico de ratos submetidos a dois esquemas de terapia trplice imunossupressora. MTODOS: Foram utilizados 90 ratos machos Wistar distribudos em 3 grupos conforme o tratamento: controle (C) = soluo salina; terapia 1 (TI) = tacrolimus + micofenolato de mofetil + prednisona; terapia 2 (TII) = ciclosporina + azatioprina + prednisona. Aps o perodo de tratamento (7, 15 ou 30 dias), os animais foram sacrificados e realizadas as seguintes medidas: transportabilidade do muco (TM), frequncia de batimento ciliar (FBC), quantificao de muco neutro e cido, velocidade de transporte mucociliar (VTMC), e contagem total e diferencial de clulas no lavado broncoalveolar (LBA). RESULTADOS: A TM no foi afetada pelas terapias em nenhum dos tempos estudados. Ambas as terapias causaram significativa reduo da FBC dos animais tratados por 7 e 15 dias. A produo de muco neutro foi menor nos animais tratados com a TI por 7, 15 e 30 dias. Porm, com a TII, essa reduo ocorreu apenas aos 7 dias. Por outro lado, a quantidade de muco cido foi significativamente maior em todos os animais tratados com as duas terapias. Todos os animais tratados com as terapias imunossupressoras apresentaram reduo da VTMC nos trs tempos. Houve aumento do nmero total de clulas e de macrfagos e neutrfilos no grupo TI em 7 dias. CONCLUSES: Ambas as terapias imunossupressoras foram prejudiciais ao transporte mucociliar das vias areas de ratos, tanto pela reduo da FBC e da VTMC, quanto pela maior produo de muco cido e menor produo de muco neutro. A TI foi mais prejudicial ao sistema mucociliar em comparao TII

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INTRODUO: O transplante heptico o nico tratamento efetivo para uma variedade de doenas hepticas irreversveis. No entanto, o nmero limitado de doadores peditricos leva ao uso de enxertos hepticos de doadores adultos, com necessidade de anastomoses vasculares mais complexas. Essas anastomoses tornam-se complicadas pela diferena no calibre dos vasos entre o doador e o receptor, resultando em alteraes do fluxo sanguneo, estenose da anastomose venosa ou arterial e trombose. Os efeitos para regenerao heptica decorrentes da privao do fluxo sanguneo pela veia porta ou pela artria heptica no esto completamente elucidados. Experimentalmente, quando um lobo do fgado no recebe o fluxo venoso portal, observada atrofia deste segmento e hipertrofia do restante do rgo perfundido. Embora existam vrios modelos experimentais para estudo da regenerao heptica, poucos so focados em animais em crescimento. Alm disso, os efeitos regenerativos de drogas como o tacrolimus e a insulina precisam ser pesquisados, com o objetivo de encontrar um tratamento ideal para a insuficincia heptica ou um mtodo de estimular a regenerao do fgado aps resseces ou transplantes parciais. O objetivo do presente estudo descrever modelos de regenerao heptica em ratos em crescimento com: 1) ausncia de fluxo heptico arterial e 2) reduo do fluxo portal. Adicionalmente, o estudo avalia o efeito pr-regenerativo do tacrolimus e da insulina nesses modelos descritos. MTODOS: cento e vinte ratos (entre 50 e 100g de peso) foram divididos em 6 grupos, de acordo com o tipo de interveno cirrgica: Grupo 1, inciso abdominal sem interveno heptica; Grupo 2, hepatectomia a 70%; Grupo 3, hepatectomia a 70% + estenose de veia porta; Grupo 4, hepatectomia a 70% + ligadura da artria heptica; Grupo 5, hepatectomia a 70% + estenose de veia porta + insulina; Grupo 6, hepatectomia a 70% + estenose de veia porta + tacrolimus. Os animais dos grupos 1 ao 4 foram subdivididos em 5 subgrupos de acordo com o momento da morte: 1, 2, 3, 5 e 10 dias aps a interveno cirrgica. Os animais dos grupos 5 e 6 foram subdividos em 2 subgrupos de acordo com o momento da morte: 2 e 10 dias aps a interveno cirrgica. Os lobos hepticos remanescentes foram submetidos anlise histomorfomtrica, imuno-histoqumica e molecular. RESULTADOS: Verificou-se que no grupo com hepatectomia a 70% houve recuperao do peso do fgado no terceiro dia com aumento da atividade mittica, enquanto que no grupo com estenose portal no se observou esse fenmeno (p < 0,001). A insulina e o tacrolimus promoveram aumento do peso do fgado e do ndice mittico. A atividade mittica foi considerada aumentada nos animais dos grupos hepatectomia, hepatectomia + ligadura da artria, insulina e tacrolimus; e esse parmetro estava reduzido no grupo submetido hepatectomia + estenose portal (p < 0,001). A expresso de interleucina 6 estava presente em todos os animais, sendo significativamente maior nos grupos hepatectomia, hepatectomia + ligadura da artria e significativamente menor no grupo hepatectomia + estenose portal. Entretanto, a administrao de tacrolimus ou insulina recuperou os nveis teciduais de interleucina 6 no grupo com estenose portal. CONCLUSES: No presente estudo foi padronizado um modelo simples e facilmente reprodutvel para estudar a regenerao heptica em ratos em crescimento com reduo do fluxo arterial ou venoso para o fgado. Foi demonstrado que a administrao de insulina ou tacrolimus capaz de reverter os efeitos deletrios da estenose portal na regenerao heptica. A obstruo do fluxo arterial no afetou a capacidade regenerativa heptica