12 resultados para Doença periodontal Tratamento

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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A doença periodontal (DP) corresponde a um grupo de doenças inflamatrias que acomete as estruturas periodontais de proteo e de suporte e pode levar perda dentria. A etiologia est relacionada placa dentobacteriana que leva produo de grande quantidade de citocinas pr-inflamatrias importantes na destruio tecidual. A angiotensina (Ang) II tambm pode contribuir para a inflamao e destruio tecidual no periodonto agindo como mediador chave. A utilizao de drogas que atuem na cascata do sistema renina-angiotensina (SRA) poderia interferir no estado de sade ou inflamao do tecido mole, na perda ssea alveolar e na expresso gnica dos componentes do SRA e mediadores inflamatrios. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi investigar se o ramipril, um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA), altera a progresso da DP induzida experimentalmente em ratos. Foi utilizado o modelo de induo da DP por colocao de ligadura ao redor do primeiro molar inferior direito de ratos. Os grupos com 10 animais cada, foram divididos em tratados com ramipril (via gavagem 10 mg/kg/dia) ou gua (veculo) durante 14 e 21 dias e o grupo Sham submetido induo fictcia da DP. Outros quatro grupos foram submetidos ao pr-tratamento com ramipril durante os perodos de 7 e 14 dias e aps a induo da DP e tratados por 14 ou 21 dias. As metodologias de avaliao foram: extrao de RNA total, transcrio reversa seguida de reao em cadeia da polimerase quantitativa (RTqPCR), anlises histolgica e da perda ssea alveolar. Os dados foram analisados por meio de grficos e os resultados foram submetidos anlise unidirecional de varincia (ANOVA) e representaram mdias e respectivos desvios-padro. Diferenas entre os grupos foram consideradas estatisticamente significativas quando p < 0,05. Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que o ramipril foi capaz de reduzir a progresso da perda ssea no grupo tratado por 21 dias (DP-21d-Rami), entretanto houve aumento do processo inflamatrio, alm de alterao da expresso de RNAm de ECA-2 e do receptor Mas, alguns mediadores do processo inflamatrio, como COX2 e VEGF, e os receptores VEGF-R1 e VEGF-R2.

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Objetivou-se fazer um estudo retrospectivo avaliando quais as afeces da cavidade oral foram mais frequentes nos gatos domsticos atendidos no Laboratrio de Odontologia Comparada da Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia da Universidade de So Paulo, relatando estatisticamente a prevalncia das afeces da cavidade oral de gatos, enfatizando se h correlao entre elas e com caractersticas como raa, sexo, faixa etria e estado reprodutivo. Os dados analisados dos 754 pronturios foram raa, idade, sexo, estado reprodutivo, diagnstico, tratamento e, no caso de neoplasia, sua localizao e diagnstico histopatolgico. As principais doenças diagnosticadas foram doença periodontal, fratura dentria, gengivoestomatite crnica felina, leso de reabsoro dentria felina, neoplasia oral e traumatismo do sistema estomatogntico (luxao de articulao temporomandibular, fenda palatina, fratura de processo coronoide, fratura de zigomtico, disjuno de snfise, fratura de maxila e mandbula). A idade dos animais variou de menos de um ano a 20 anos, sendo que, os animais tinham, em mdia 7,2 anos (desvio padro &#61; 4,9) e a faixa etria mais frequente foi de um a cinco anos. Os gatos sem raa definida (66,5%), siameses (19,0%) e persas (10,2%) totalizaram 95,7% de todos os felinos atendidos no LOC. A doença periodontal foi a afeco mais frequente e esteve presente em 38,3% da populao estudada. A fratura dentria, segunda mais frequente, esteve presente em 27,2% dos animais. Houve associao estatisticamente significativa (p&#61;0,026) entre fratura dentria e faixa etria, j que a proporo de animais entre um e cinco anos de idade com fratura foi maior do que a das outras faixas etrias. A leso de reabsoro dentria felina (LRDF) esteve presente em 19,6% dos gatos estudados, sendo a terceira afeco mais prevalente dentre as pesquisadas. Esta leso foi mais frequente em gatos com idade entre 11 e 15 anos e houve associao estatisticamente significativa entre a LRDF e a doença periodontal e entre LRDF e gengivite. A prevalncia de gengivoestomatite crnica felina foi de 15,7% entre os felinos pesquisados e a proporo de animais com idades entre seis e dez anos com esta doença foi maior do que em outras faixas etrias. As neoplasias estavam presentes em 9,8% dos gatos, sendo que em 46 dos 72 animais que apresentaram alguma neoplasia tinham mais de dez anos de idade. O carcinoma de clulas escamosas foi o neoplasma mais comum, correspondendo a 63,2% das neoformaes que foram submetidas ao exame histopatolgico. As fraturas sseas do sistema estomatogntico corresponderam a 19,3% dos atendimentos, sendo a snfise mentoniana e o corpo da mandbula os locais mais comuns de fraturas. Concluiu-se que: existe grande variedade de afeces que acometem a cavidade oral de gatos, sendo a doença periodontal, fratura dentria, leso de reabsoro dentria, gengivite, gengivoestomatite crnica, neoplasias orais e fraturas dos ossos do sistema estomatogntico as mais prevalentes delas; de extrema importncia que as anotaes nas fichas de atendimento sejam feitas da maneira mais completa possvel, para que informaes no sejam perdidas

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A sndrome de Sjgren primria (SSp) uma doença crnica autoimune sistmica que pode levar hipossalivao e afetar negativamente o ambiente oral. Os objetivos deste estudo foram detectar a influncia da SSp nos nveis de biomarcadores inflamatrios na saliva e no fluido gengival nas amostras de pacientes com periodontite crnica, avaliar o efeito do tratamento periodontal no cirrgico sobre os valores do ndice clnico de avaliao da atividade sistmica de pacientes com SSp e do ndice reportado pelo paciente com SSp. Amostras de fluido gengival, saliva e os parmetros clnicos periodontais que consistiram de medida da profundidade de sondagem (PS), nvel clnico de insero (NCI), sangramento sondagem (SS) e ndice de placa (IP) foram coletadas no incio do estudo e 45 dias aps a terapia periodontal no-cirrgica de pacientes sistemicamente saudveis com periodontite crnica (PC, n = 7) e pacientes com SSp e periodontite crnica (SP, n = 7). Pacientes periodontalmente saudveis com SSp (SC, n = 7) e sistemicamente saudveis (C, n = 7) tambm foram avaliados no incio do estudo. Os grupos C, PC e SC foram pareados em gnero, idade e critrio socioeconmico com o grupo SP. Os nveis de interleucina-8 (IL-8), IL-10 e IL-1 foram avaliados por ensaio multiplex. Os nveis de atividade da doença foram medidos usando o Gold Standard da literatura chamado ndice Eular de atividade da sndrome de Sjgren (ESSDAI). J para avaliao dos sintomas reportados pelo paciente com SSp foi utilizado o ndice Eular reportado pelo paciente com Sjgren (ESSPRI). Os parmetros clnicos melhoraram aps a terapia periodontal (p <0,05). No entanto, o NCI em pacientes com SSp no melhorou significativamente aps a terapia (p> 0,05). Houve um aumento nos nveis de IL-1, IL-8 e diminuio dos nveis de IL-10 nas amostras de saliva de pacientes do grupo SC em comparao ao grupo C (p <0,05). J em relao ao fluido gengival, pacientes do grupo SC tiveram maiores nveis de IL-1 em comparao com o grupo C (p<0,05). Alm disso, o tratamento periodontal no cirrgico resultou num aumento dos nveis de IL-10 no fluido gengival no grupo SP e grupo PC em relao ao valor basal (p <0,05). O fluxo salivar foi significativamente aumentado aps o tratamento periodontal apenas em pacientes do grupo SP (p = 0,039). Alm disso, o tratamento periodontal no influenciou o ndice ESSDAI (p = 0,35) e levou a uma diminuio significativa no ndice ESSPRI (p = 0,03). Os presentes dados demonstraram que a SSp influencia os nveis salivares e de fluido gengival de biomarcadores inflamatrios em favor de um perfil prinflamatrio, no entanto, este perfil parece no aumentar susceptibilidade dos indivduos SSp destruio periodontal. Alm disso, os presentes dados demonstraram que o tratamento periodontal no-cirrgico tem um impacto positivo sobre o fluxo salivar e sobre o ndice ESSPRI de pacientes com SSp. Sugere-se assim que o tratamento periodontal pode melhorar a qualidade de vida de indivduos com SSp.

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A doença de Alzheimer (DA) a forma mais comum de demncia, representando cerca de 80% dos casos. A DA caracterizada por um processo de declnio progressivo e irreversvel das funes cognitivas e da memria, que se estende para a desorganizao do comportamento. Atualmente, 46,8 milhes de pessoas em todo o mundo foram diagnosticadas com demncia. Embora vrios fatores tenham sido implicados na DA, sua etiologia ainda no completamente conhecida. Do ponto de vista neuropatolgico, observado no crebro de indivduos com DA atrofia cortical difusa, presena de grande nmero de placas senis, emaranhados neurofibrilares, processo inflamatrio e perda neuronal. A progresso dos sintomas est associada a mudanas estruturais nas sinapses colinrgicas em certas regies do crebro, que consequentemente, apresentam neurotransmisso colinrgica reduzida. Os vrios eventos patolgicos interligados contribuem para o avano da doença e direcionam diversas pesquisas na busca por tratamentos multialvos com base no processo multifatorial de DA. Assim o presente trabalho descreve a sntese de derivados hbridos dual binding site de donepezila-tacrina (frmacos inibidores de acetilcolinesterase), com potencial para agir em dois alvos teraputicos pela (i) inibio da acetilcolinesterase em ambos os stios ativo e perifrico, como demonstrado pelos estudos de modelagem molecular, e (ii) na agregao do peptdeo A? neurotxico induzido pela acetilcolinesterase, na tentativa de interromper a progresso da doença. A estratgia sinttica envolveu a condensao da 5,6-dimetxiindanona com a unidade 4-piperidinil carbaldedo, a qual forneceu o intermedirio 5,6- dimetxindan-1-ona-4-piperidinil-metileno-1-[(4-cloroquinolin-2-il)metil], seguido de reduo da dupla ligao, gerada na reao de condensao anterior, e substituio do tomo de cloro-quinolina por amino para obteno do produto final, ou manuteno da funo olefina, seguido de substituio do tomo de cloro-quinolina por azido ou amino, gerando cinco hbridos estruturalmente correlacionados. Os hbridos foram testados em ensaio de inibio de acetilcolinesterase e butirilcolinesterase pelo mtodo de Ellman, e o hbrido insaturado, contendo a funo amino-quinolina foi o mais ativo da srie com IC50 na faixa de nanomolar (0,014 ?M). Futuramente, os intermedirios da reao e produto final sero submetidos ao ensaio de inibio da agregao do peptdeo A? neurotxico pelo mtodo da tioflavina T. Neste trabalho, tambm so descritos os testes de predio in vitro para permeao pela barreira hematoenceflica, bem como sua absoro intestinal, pelo mtodo PAMPA.

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A Ceratoconjuntivite Seca (KCS Keratoconjunctivitis Sicca) uma desordem imunomediada e resulta de alteraes do componente aquoso do filme lacrimal e da deficincia dos componentes lipdicos e mucoso.Seu diagnstico baseado no Teste Lacrimal de Schirmer (TLS) e no Teste de Ruptura do Filme Lacrimal (TRFL) e tem como sinais clnicos: secreo mucopurulenta, hiperemia conjuntival, blefaroespasmos, fotofobia, incmodo, dor, vascularizao, opacidade corneana e pigmentao, alm de cegueira em casos avanados. O tratamento convencional consiste em aplicaes dirias de Ciclosporina 0,2% ou Tacrolimus 0,03% (pomada ou colrio oftlmicos), que apesar de controlar a doença, so custosos, no curativos e exigem alto comprometimento da interao paciente-proprietrio. A terapia celular usando clulas-tronco (CT) traz uma nova esperana para doenças sem tratamento efetivo. Neste trabalho utilizamos CT mesenquimais (CTM) obtidas a partir de membrana amnitica (CTMA) de ces obtidas a partir do descarte destes tecidos em campanhas de castraes em diferentes tempos gestacionais, sem formao tumoral quando submetidas ao teste tumorignico durante 60 dias. Dois animais com KCS crnica foram tratados com duas injees de CTMA com intervalo de 30 dias, sendo a primeira de 0,5x106 clulas e a segunda de 1x106 clulas em cada glndula. Na segunda semana aps a terapia foi observado aumento da TLS sugerindo um benficio da terapia que foi diminuindo com o passar das semanas. O TRFL oscilou durante os testes e no apresentou diferenas significativas. A terapia celular utilizando CTMA de ces melhorou a condio ocular nos dois casos em momentos e parmetros variados, com repercusso na melhoria da superfcie, mas no houve regresso do quadro clnico. Investigaes futuras em estgios menos avanados da doença podem ajudar a elucidar os mecanismos pelos quais esse efeito foi obtido

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Trata-se de estudo descritivo, exploratrio, transversal, quantitativo, realizado com mulheres em tratamento quimioterpico para neoplasias de mama, em Aracaju-Sergipe-Brasil. O objetivo foi avaliar a qualidade de vida relacionada sade (QVRS) destas mulheres que apresentaram reaes adversas ps quimioterapia. Foram utilizados instrumentos contendo dados scio demogrficos, clnicos e teraputicos, European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire-Core30 e formulrio de registro de toxicidades dos antineoplsicos. Na anlise dos dados, foram utilizados anlise descritiva, clculos de percentual, teste de Shapiro-Wilk, coeficiente de correlao de Pearson ou de Spearman, teste de ANOVA ou Kruskal-Wallis. Os resultados mostraram dados de 206 mulheres, a partir da segunda sesso de quimioterapia, com mdia de idade de 53,1 anos, maioria procedente de Sergipe, com Carcinoma Ductal Infiltrante, estadiamento III. A maioria realizou cirurgia oncolgica, no realizaram radioterapia devido grande fila de espera, o protocolo de quimioterapia mais comum foi TAC (docetaxel, doxorrubicina e ciclofosfamida). Quanto s reaes adversas, a maioria no apresentou alteraes hematolgicas e metablicas no momento da coleta das informaes, nas alteraes funcionais, a fadiga foi presente em 80,8% dos casos, de forma moderada. Nas alteraes gastrintestinais, diarreia, constipao, mucosite, nusea, vmito e dor abdominal foram citadas pela maioria. Nas alteraes dermatolgicas, a alopecia, hiperpigmentao na pele, alteraes nas unhas, prurido na pele, descamao e eritema multiforme foram citadas pelas entrevistadas. Nas alteraes cardiovasculares, hipotenso e HAS sobressaram-se. Nas alteraes neurolgicas, neuropatia perifrica, perda da audio e zumbido foram comuns. Os resultados da avaliao da QVRS foram analisadas luz do referencial terico de Ferrel et al. (1995) com os seguintes resultados: mdia do escore 76,01; escalas funcionais apresentaram escore baixo, com aspectos fsico, emocional, cognitivo, funcional e social bastante afetados aps o tratamento, o desempenho de papis e funo emocional foram os mais prejudicados; na escala de sintomas, os domnios mais prejudicados foram: dificuldades financeiras, fadiga e insnia. Na anlise de correlao, o escore geral da QVRS apresentou correlao estatisticamente significante com a quantidade de reaes adversas na medula ssea. Em todos os casos estatisticamente significantes o domnio emocional apresentou correlaes positivas e o domnio dor, correlaes negativas. A idade apresentou correlao estatisticamente significante e negativa com os domnios fsico e dificuldades financeiras e positiva com perda de apetite. Pelo procedimento de comparaes mltiplas, as diferenas ocorreram entre os estados civis casado e separado e tambm casado e solteiro, entre as religies catlica e evanglica, entre os ensinos fundamental e mdio e entre mdio e superior; para a extenso da doença os domnios dor e insnia apresentaram diferenas estatisticamente significantes entre as categorias de extenso. Para renda mensal, os domnios fisico, desempenho de papel, emocional, constipao e dificuldades financeiras apresentaram diferenas estatisticamente significantes entre as categorias de renda. Nos domnios fisico, desempenho de papel e emocional as diferenas ocorreram entre as faixas de 1 a 3 e mais de 6 salrios. Concluiu-se que as reaes adversas causadas pelo tratamento antineoplsico com quimioterapia afetaram de algum modo as pacientes, causando dficits em vrios domnios, prejudicando assim sua QVRS

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A estratgia do Tratamento Diretamente Observado de Curta Durao para o controle da tuberculose (DOTS) tem sido usada por vrios pases do mundo especificamente pelos 22 mais afetados pela doença, que contribuem com cerca de 80% de casos, porm, apesar da estratgia demonstrar a reduo de casos e aumentar a adeso dos pacientes ao tratamento, e ter sido implementada em Moambique desde a dcada de 1980, a doença continua a ser um problema grave de sade pblica no pas. Este estudo tem como objetivo central: analisar a transferncia da poltica do DOTS a partir da viso dos gestores centrais, provinciais e distritais, e profissionais de sade da provncia de Nampula. Trata-se de um estudo qualitativo que usa a Anlise de Discurso de matriz francesa como seu referencial terico metodolgico que busca a compreenso dos sentidos a partir das condies da produo. Participaram deste estudo 15 profissionais de sade que ocupavam as posies de gestores, mdicos e profissionais de enfermagem e/ou tcnicos, e atuavam no Programa nacional de controle de Tuberculose em Moambique com o mnimo de um ano de experincia, nos meses de maio a agosto de 2014, nos nveis central, provincial (Nampula), e distrital (em oito distritos da provncia de Nampula). Para a coleta de dados usou-se um roteiro de entrevista semi-estruturado que permitiu explorar os sentidos produzidos. O corpus em anlise foi constitudo a partir das entrevistas transcritas. Para o auxlio da organizao dos dados usou-se o sofware Atlis.ti verso 6. Este estudo teve a aprovao da Comisso Nacional de Biotica e da autorizao do Ministro da Sade de Moambique. Para a anlise dos dados foram identificados quatro blocos discursivos: experincias adotadas na implementao e manuteno do DOTS; estratgias adotadas na implementao e manuteno de DOTS; potencialidades, fragilidades de DOTS no controle da tuberculose e; discursos no buscados pelo roteiro: possveis solues. Os sentidos produzidos enfatizam dizeres inscritos em formaes discursivas que desconsideram a subjetividade do enfermo; de fragilidades do sistema de sade, falta de recursos humanos, falta de transporte, baixos salrios, insuficincia de laboratrios, distncias longas entre a moradia do paciente e a unidade sanitria. Ainda os entrevistados entendem como potencialidade a participao dos agentes comunitrios e da famlia no tratamento da doença. Conclui-se que para o controle da tuberculose usando a estratgia DOTS o compromisso do governo deve ser pragmtico traduzindo-se em aes concretas como o aumento do financiamento das aes de controle de tuberculose, incluindo as pesquisas, formao dos recursos humanos e, sobretudo, atuar sobre os determinantes socias da sade

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Compreendendo a tuberculose enquanto problema de sade pblica, desde meados dos anos 1990 a Organizao Mundial da Sade recomenda aes de controle da doença, dentre estas a Directly Observed Treatment Short-Course (DOTS) que, junto s demais recomendaes, transferida e executada em diferentes cenrios, sendo essa transferncia merecedora de ateno e aprofundamento, o que deve ocorrer por meio da utilizao de mtodos vlidos e confiveis. Trata-se de um estudo metodolgico, cujo objetivo elaborar e validar um instrumento voltado avaliao da transferncia da poltica do Tratamento Diretamente Observado, segundo a perspectiva de profissionais de sade, por meio das dimenses \"Informao\", \"Conhecimento\" e \"Inovao\". O estudo foi realizado em trs fases, a saber: validao semntica, primeira fase do estudo de campo e segunda fase do estudo de campo. A validao semntica contou com 24 profissionais; a primeira fase do estudo de campo, com 101 profissionais; e a segunda fase do estudo de campo, com 401 profissionais. Na validao semntica, o instrumento foi ajustado segundo as sugestes dos entrevistados, tendo ocorrido tambm a retirada de dois itens dos 49 inicialmente propostos. Na primeira fase do estudo de campo, o instrumento no apresentou efeito floor and ceiling e foram retirados 8 itens com carga fatorial < 0,30 na Anlise Fatorial Exploratria. O instrumento apresentou um bom alfa de Cronbach (?=0,87), e a dimenso \"Conhecimento\" apresentou alfa baixo (?=0,645). Na segunda fase do estudo de campo, o efeito floor and ceiling manteve- se ausente, com baixo coeficiente de correlao linear de Pearson (r), baixo ajuste (55%) e baixo alfa de Cronbach (?=0,61) para a dimenso \"Conhecimento\", tendo as dimenses \"Informao\" e \"Inovao\" atingido valores aceitveis. Para o instrumento como um todo, o Alfa de Cronbach foi de 0,872. O KMO e o Teste de Esfericidade de Bartlett foram satisfatrios, permitindo a Anlise Fatorial Confirmatria. Entretanto, identificou-se baixo valor de ajuste do modelo no CFI e RMSEA (0,576 e 0,088, respectivamente), com uma baixa correlao entre as dimenses propostas. Conclui-se que o instrumento elaborado capaz de avaliar a transferncia do TDO segundo a perspectiva de profissionais de sade de nvel mdio e superior de forma unidimensional, sem a utilizao das trs dimenses inicialmente propostas

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Introduo: A expectativa de vida dos brasileiros cresce a cada ano; com isso, os idosos vivem mais, e fatores como, Hipertenso Arterial Sistmica, Diabetes mellitus e o prprio processo de envelhecimento os tornam suscetveis doença renal crnica (DRC). Com a DRC, esses idosos tm maiores chances de desenvolverem a fragilidade e terem consequncias desfavorveis na Qualidade de Vida (QV). Objetivo geral: Analisar a relao entre as variveis independentes (fragilidade, caractersticas sociodemogrficas e clnicas) e a varivel desfecho (QV) de idosos com DRC em tratamento conservador, hemodilise (HD) e dilise peritoneal (DP). Material e mtodo: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal. Participaram idosos com 60 anos ou mais, com DRC em tratamento conservador, HD ou DP, que estavam, no mnimo, h seis meses em tratamento e em acompanhamento em um hospital pblico de Ribeiro Preto-SP. A coleta de dados ocorreu de outubro/14 a maro/15, utilizando-se os seguintes instrumentos: de caracterizao sociodemogrfica, econmica e clnica adaptado; para avaliar a fragilidade, a Edmonton Frail Scale (EFS); para avaliar a QV, o WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD; para avaliar a cognio, o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Foram realizadas anlises estatsticas descritivas, teste de correlao de Spearman e anlise de varincia multivariada (MANOVA) para as variveis de interesse. O nvel de significncia adotado foi de 5%. O projeto foi aprovado por um Comit de tica em Pesquisa com seres humanos com CAAE nmero 34923214.0.0000.5393; seguiu-se as recomendaes da Resoluo CNS 466/2012. Resultados: Participaram 77 idosos, sendo 35 em tratamento conservador, 14 em DP e 28 em HD. A maioria era homem (41; 53,2%) e tinha companheiro(a) (51; 66,2%). A mdia dos escores de fragilidade entre os tratamentos foi: tratamento conservador (7,713,10); DP (6,792,72) e HD (7,362,92). No WHOQOL-BREF, os domnios relaes sociais e fsico obtiveram maior e menor escores mdios, respectivamente, (68,9317,48) e (55,4414,11). O WHOQOL-OLD apresentou a maior mdia na faceta Intimidade (68,6716,45) e menor mdia na faceta Morte e morrer (37,6622,76). Foram encontradas correlaes inversas entre a idade e o escore do MEEM (p=0,001) e entre anos de estudo e fragilidade (p=0,016); por outro lado, houve correlaes positivas entre os escores do MEEM e anos de estudo (p<0,001), entre nmero de complicaes da DRC e fragilidade (p<0,001) e nmero de comorbidades e fragilidade (p<0,001). Em relao QV, houve correlao positiva entre o escore global do WHOQOL-BREF e o escore da faceta global do WHOQOL-OLD, bem como correlao inversa entre os escores globais desses instrumentos com os escores de fragilidade (p<0,00; p=0,023). Na MANOVA, o tipo de tratamento e o nmero de complicaes no influenciaram a QV, porm a fragilidade apresentou relao com o constructo, sendo que, para o aumento de um ponto na escala da fragilidade, a QV apresentou reduo mdia de 1,38 no escore global do WHOQOL-BREF e 0,82 no escore global do WHOQOL-OLD, considerando pertencer ao mesmo tipo de tratamento. Concluso: os pacientes com DRC apresentaram piores escores mdios de QV mediante a maiores escores de fragilidade, independentemente do tipo de tratamento e considerando-se a mesma mdia de complicaes

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A tuberculose entre pessoas em situao de rua um grave problema de sade pblica, que carece de entendimentos e respostas melhor construdas. Questes envolvendo a dimenso coletiva do controle da doença, a dimenso individual do tratamento e o caminho para cura desta populao so trazidos neste trabalho que tem como objetivo investigar os aspectos relacionados ao processo de gesto dos tratamentos e busca da cura nesta populao. Para isto foram realizados estudos etnogrficos junto as equipes de Consultrio na Rua da cidade de So Paulo e no Hospital Leonor de Barros, em Campos do Jordo (SP), referncia para internao deste grupo. A presena do uso de drogas, as co-infeces com o HIV, DSTs e as Hepatites Virais e o passado de trfico e criminalidade so elementos presentes na histria de vida dos internados, muitos dos quais j com passagem em presdios e alguns com problemas de sade mental. Mesmo se sujeitando as regras do local em busca de um alento a seu estado de sade, os pacientes buscam no uso de drogas escondido e no sexo discreto e no comentado, uma alternativa mediadora para suportarem as limitaes a que esto expostos. A situao ainda revela uma dificuldade das instituies de internao no lidar com o tema a prtica da estratgia de Reduo de Danos ao uso de lcool e outras drogas, notando-se uma tendncia a destacar prticas proibicionistas em qualquer ao desenvolvida. O entendimento do paciente frente realidade encarada, revela-se principalmente pelas formas de resistncia que eles desenvolvem para o perodo de recluso que estaro submetidos durante o tratamento. Ao final se conclui que as diferenas sociais, oriundas de acessos dificultados, preconceitos, segregaes e outros atos discriminatrios tem forte influncia no processo de adeso do tratamento e cura. Alm disto, percebeu-se a existncia de vrios enfoques de moralidades, envolvendo principalmente os profissionais de sade e pacientes que refletem na gesto da ateno e cuidado e ainda a presena de uma diferenciao entre o conceito de ficar doente e ficar bom entre estes atores, criando um distanciamento de entendimentos e prticas.

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Introduo. Apesar das evidncias dos efeitos imunomodulatrios da morfina, no h na literatura estudos que tenham comparado a interao entre citocinas, imunidade celular (linfcitos T, B e NK) e a administrao prolongada de morfina administrada pelas vias oral ou intratecal em doentes com dor crnica neuroptica no relacionada ao cncer. Foram avaliados de forma transversal e comparativa 50 doentes com diagnstico de dor lombar crnica e com presena de radiculopatia (dor neuroptica) previamente operados para tratar hrnia discal lombar (Sndrome Dolorosa Ps- Laminectomia), sendo 18 doentes tratados prolongadamente com infuso de morfina pela via intratecal com uso de sistema implantvel no compartimento subaracnideo (grupo intratecal); 17 doentes tratados prolongadamente com morfina pela via oral (n=17) e 15 doentes tratados com frmacos mas sem opiides (grupo sem opioide). Foram analisadas as concentrao das citocinas IL-2, IL-4, IL-8, TNFalfa, IFNy, IL-5, GM-CSF, IL-6, IL-10 e IL-1beta no plasma e no lquido cefalorraquidiano; imunofenotipagem de linfcitos T, B e clulas NK e avaliados os ndice de Escalonamento de Opiide (em percentagem de opiide utilizada e em mg), dose cumulativa de morfina (mg), durao do tratamento em meses, dose final de morfina utilizada (em mg), e equivalente de morfina por via oral (em mg). Resultados. No houve diferena estatisticamente significativa entre o nmero de linfcitos T, B e NK nos doentes com morfina administrada pelas vias IT, VO e os no usurios de morfina. Houve correlao positiva entre as concentraes de linfcitos T CD4 e o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlao negativa entre as concentraes de clulas NK (CD56+) e o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlao positiva entre o nmero de clulas NK (CD56+) e a dose cumulativa de morfina (em mg) administrada pelas vias intratecal e oral. Houve correlao positiva entre as concentraes de linfcitos T CD8 e a durao do tratamento em meses nos doentes tratados com morfina pela via oral. As concentraes de IL-8 e IL-1beta foram maiores no LCR do que no plasma em todos os doentes da amostra analisada. As concentraes de IFNy no LCR foram maiores nos doentes que utilizavam morfina pela via oral e nos no usurios de morfina do que nos que a utilizavam pela via intratecal. As concentraes de plasmticas de IL-5 foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos que no a utilizavam. A concentrao de IL-5 no LCR correlacionou-se negativamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal. Nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal, a concentrao de IL-2 no LCR correlacionou-se positivamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA e negativamente com o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) e a dose cumulativa de morfina (em mg). As concentraes plasmticas de GMCSF foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos no a utilizavam. A concentrao de TNFalfa no LCR nos doentes tratados com morfina pela via intratecal correlacionou-se negativamente com o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg), a dose cumulativa de morfina (em mg) e dose equivalente por via oral (em mg) de morfina. A concentrao plasmtica das citocinas IL-6 e IL-10 correlacionou-se negativamente com a durao do tratamento (em meses) nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. O ndice de Escalonamento de Opiide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentraes no LCR de IL-2 e TNFalfa nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. O ndice de Escalonamento de Opiide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentraes no LCR de IL-2 e IL-5 nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes de IL-5 e IL-2 no LCR nos doentes tratados com morfina administrada pelas vias oral e intratecal. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes plasmticas de IL-4 nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes plasmticas de IL-1beta nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Concluses: Os resultados sugerem associaes entre citocinas e imunidade celular (clulas T , B e NK) e o tratamento prolongado com morfina administrada pela via oral ou intratecal. Estes resultados podem contribuir para a compreenso da imunomodulao da morfina administrada por diferentes vias em doentes com dor neuroptica crnica no oncolgica . So necessrios mais estudos sobre os efeitos da morfina sobre o sistema imunolgico

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Introduo: Demonstramos previamente que em modelo experimental de enfisema pulmonar induzido por instilao de elastase, o inibidor de serinoprotease rBmTI-A promoveu a melhora da destruio tecidual em camundongos. Considerando que o tabagismo o principal fator de risco para o desenvolvimento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crnica (DPOC) e que o modelo de exposio fumaa de cigarro considerado o que melhor mimetiza esta doença em humanos, este estudo teve por objetivo verificar a ao do inibidor para serinoproteases rBmTI-A sobre os processos fisiopatolgicos envolvidos no desenvolvimento do enfisema pulmonar, em modelo de exposio ao tabaco. Mtodos: Para a induo do enfisema pulmonar, os animais foram expostos fumaa de cigarro (duas vezes ao dia/ 30 minutos/ 5 dias por semana/ durante 12 semanas), e os animais controle permaneceram expostos ao ar ambiente. Dois protocolos de tratamento com o inibidor rBmTI-A foram realizados. No primeiro, os animais receberam duas administraes do inibidor rBmTI-A ou de seu veculo (Soluo Salina 0,9%) por via intranasal, sendo a primeira aps 24h do trmino das exposies ao cigarro e outra, 7 dias aps primeira instilao do inibidor. No segundo protocolo, os animais receberam 3 administraes do inibidor rBmTI-A, durante o tempo de exposio (1 dose: 24h antes do incio da exposio fumaa de cigarro; 2 dose: um ms aps o incio da exposio; 3 dose: dois meses aps o incio). Aps o trmino dos protocolos de exposio e tratamento, os animais foram submetidos aos procedimentos para coleta dos dados de mecnica respiratria e avaliao do Intercepto Linear Mdio (Lm). Para o segundo protocolo, realizamos tambm as medidas para quantificao de fibras de colgeno e elstica, da densidade de clulas positivas para MAC-2, MMP-12 e 9, TIMP-1, Gp91phox e TNFalfa; no parnquima atravs de imunohistoqumica, contagem de clulas polimorfonucleares alm da expresso gnica de MMP-12 e 9 no pulmo atravs de RT-qPCR. Resultados e Discusso: O tratamento com o inibidor para serinoprotease rBmTI-A atenuou o desenvolvimento do enfisema pulmonar apenas no segundo protocolo, quando foi administrado durante a exposio fumaa de cigarro. Embora os grupos Fumo-rBmTIA e Fumo-VE apresentem aumento de Lm comparados aos grupos controles, houve uma reduo deste ndice no grupo Fumo-rBmTIA comparado ao grupo Fumo-VE. O mesmo comportamento foi observado para as anlises de proporo em volume de fibras de elstica e colgeno no parnquima. Alm disto, observamos aumento de macrfagos, MMP-12, MMP-9 e TNFalfa; nos grupos expostos fumaa de cigarro, mas o tratamento com o inibidor rBmTI-A diminuiu apenas a quantidade de clulas positivas para MMP-12. Na avaliao da expresso gnica para MMP-12 e 9, no observamos diferena entre os grupos experimentais e o mesmo comportamento foi observado para a quantidade de clulas polimorfonucleares no parnquima. Alm disso, observamos aumento de GP91phox e TIMP-1 nos grupos tratados com rBmTIA. Concluses: Tais resultados sugerem que o inibidor rBmTI-A no foi efetivo como tratamento da leso aps a doença instalada. Entretanto, atenuou o desenvolvimento da doença quando administrado durante a induo do enfisema, possivelmente atravs do aumento de GP91phox e TIMP-1, acompanhados pela diminuio de MMP-12.