15 resultados para Adolescência Álcool - Teses

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Introduo: O excesso de peso em adultos jovens est associado ao desenvolvimento de doenas crnicas no transmissveis (DCNT) e diminuio da qualidade de vida e ao aumento da mortalidade precoce. A transio da adolescência para a fase adulta o perodo de maior risco para a incidncia da obesidade. Objetivo: Estimar o efeito o ndice de massa corpora (IMC) aos 20 anos sobre a incidncia de DCNT em adultos brasileiros com idade entre 30 a 49 anos. Mtodos: Foram selecionados 12.079 indivduos de 30 a 49 anos da Pesquisa Nacional de Sade (PNS), realizada no ano de 2013. O modelo adotado para determinao das DCNT foi aquele proposto pela Organizao Mundial de Sade. A incidncia das DCNT (hipertenso, doenas cardiovasculares, diabetes e cncer, entre outras), informada pela data do diagnstico, foi modelada como funo do IMC aos 20 anos. Os indivduos sem a doena at o presente foram considerados como censura. As estimativas de sobrevida foram calculadas com o mtodo de Kaplan-Meier (KM) para cada uma das doenas, estratificada por sexo e ajustada por escolaridade. A anlise dos fatores de risco para as doenas foi feita utilizando-se o modelo de riscos proporcionais de Cox. Resultados: Nas curvas de sobrevida KM, indivduos com IMC >=25kg/m apresentaram incidncia mais elevada e precoce de DCNT, principalmente hipertenso, diabetes e depresso. A idade mediana para incidncia do diabetes em obesos foi de 47 anos para homens e 48 anos para mulheres. A incidncia da hipertenso arterial foi 4,2 por mil com sobrevida mediana de 48 e 44 anos em mulheres com excesso de peso e obesidade, respectivamente. Dentre os fatores de risco associados as DCNT, o tabagismo em idade precoce foi associado incidncia de depresso. Concluso: O excesso de peso em adultos jovens aumenta a incidncia precoce de DCNT, com efeitos negativos na qualidade de vida, lazer e produtividade, alm de aumentar a demanda por servios de sade. Torna-se necessrio que a interveno para reduo dessas doenas seja direcionada para o perodo da infncia e adolescência com aes que promovam a reduo da exposio desses indivduos alimentao de m qualidade e incentivo a prtica de atividade, no uso do tabaco e consumo moderado de lcool.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O envolvimento de adolescentes com a prtica de atos infracionais, no Brasil, ocupa espao significativo no debate pblico. No entanto, tal debate carece de profundidade, pois pouco se relaciona ao conhecimento cientificamente produzido sobre o fenmeno. De acordo com a literatura acadmica especializada no tema, um melhor conhecimento dos fatores associados pratica de atos infracionais permitiria no s auxiliar na proposio de polticas pblicas voltadas preveno deste problema, mas tambm no desenvolvimento de formas mais eficientes de interveno, baseadas nas necessidades especficas apresentadas pelos adolescentes em conflito com a lei. Em meio aos diferentes fatores que devem ser pesquisados, no presente trabalho focalizam-se especificamente aqueles subentendidos sob o conceito de Normas e de Rotina, no referencial da Teoria da Regulao Social e Pessoal da Conduta, cujo autor principal Marc Le Blanc. Divide-se assim o presente trabalho em dois estudos. O Estudo 1 trata de regulao normativa que opera por meio do mecanismo de socializao, e se refere internalizao, pelo adolescente, das normas sociais de conduta tidas como convencionais, o que promoveria um nvel de constrangimento interno capaz de atuar como barreira ao envolvimento em atividades delituosas. Nesse sentido, maior adeso s normas, menos atitudes favorveis ao comportamento divergente, mais atitudes de respeito a figuras de autoridade, maior percepo de risco de apreenso e menor utilizao de tcnicas de neutralizao das barreiras psicolgicas emisso do comportamento indicariam um maior ndice de constrangimento interno e, portanto, uma probabilidade reduzida de se engajar persistentemente em atividades divergentes/infracionais. O objetivo geral deste Estudo foi caracterizar a regulao da conduta em adolescentes pelas normas, no contexto sociocultural brasileiro. Utilizou-se o questionrio de Normas proposto por Le Blanc, um questionrio de caracterizao sociodemogrfica e a Entrevista de Delinquncia Autorrevelada. Os dados foram coletados junto a 48 adolescentes Infratores e a 102 Escolares. Os resultados reforam a importncia do aspecto normativo para o melhor entendimento acerca dos fatores que explicam a conduta divergente em adolescentes. No Estudo 2 focalizou-se as atividades de rotina que podem se associar ao comportamento delituoso por meio do mecanismo de aprendizagem, na medida em que as diversas atividades nas quais o adolescente investe seu tempo constituem-se em contexto onde o comportamento divergente/infracional pode ser adquirido e reforado. De acordo com a literatura, as atividades sem objetivos especficos, acompanhadas por pares de idade e que ocorrem na ausncia de alguma figura de autoridade so aquelas que melhor explicam o comportamento delituoso de um adolescente. O objetivo geral deste Estudo foi caracterizar a regulao da conduta pela rotina em adolescentes, no contexto sociocultural brasileiro. Foram utilizados 3 instrumentos: o questionrio de Rotina proposto por Le Blanc, um questionrio de caracterizao sociodemogrfica e a Entrevista de Delinquncia Autorrevelada. As anlises foram feitas com base nas respostas de 102 adolescentes recrutados em escolas pblicas. Os resultados comprovam a relevncia das Atividades de Rotina como fator explicativo para o comportamento delituoso, com nfase para os efeitos provocados pelos Pares, pela Famlia e pela frequentao de Lugares destinados aos adultos. Em sntese, ambos estudos reforam a importncia dos sistemas de regulao estudados e colocam em pauta a necessidade de outros trabalhos, que possam avanar nas questes apontadas dentro da Regulao pela Rotina e pelas Normas.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A grande prevalncia do consumo de lcool por mulheres em idade reprodutiva aliada gravidez no planejada expe a gestante a um elevado risco de se alcoolizar em algum momento da gestao, principalmente no incio do perodo gestacional em que a maioria delas ainda no tomou cincia do fato. Assim, torna-se extremamente relevante o desenvolvimento de mtodos de deteco precoce de recm-nascidos em risco de desenvolvimento de problemas do espectro dos transtornos relacionados exposio fetal ao lcool. O objetivo desse estudo foi desenvolver, validar e avaliar a eficcia de um mtodo de quantificao de steres etlicos de cidos graxos (FAEEs) no mecnio de recm-nascidos para avaliao da exposio fetal ao lcool. Os FAEEs avaliados foram: palmitato de etila, estearato de etila, oleato de etila e linoleato de etila.O mtodo consistiu no preparo das amostras pela extrao lquido-lquido utilizando gua, acetona e hexano, seguida de extrao em fase slida empregando cartuchos de aminopropilsilica. A separao e quantificao dos analitos foi realizada por cromatografia em fase gasosa acoplada espectrometria de massas. Os limites de quantificao (LQ) variaram entre 50-100ng/g. A curva de calibrao foi linear de LQ at 2000ng/g para todos os analitos. A recuperao variou de 69,79% a 106,57%. Os analitos demonstraram estabilidade no ensaio de ps-processamento e em soluo. O mtodo foi aplicado em amostras de mecnio de 160 recm-nascidos recrutados em uma maternidade pblica de Ribeiro Preto-SP. O consumo de lcool materno foi reportado utilizando questionrios de rastreamento validados T-ACE e AUDIT e relatos retrospectivos da quantidade e frequncia de lcool consumida ao longo da gestao. A eficcia do mtodo analtico em identificar os casos positivos foi determinada pela curva Receiver Operating Characteristic (ROC). O consumo alcolico de risco foi identificado pelo T-ACE em 31,3% das participantes e 50% reportaram o uso de lcool durante a gestao. 51,3% dos recm-nascidos apresentaram FAEEs em seu mecnio, sendo que 33,1% apresentaram altas concentraes para a somatria dos FAEEs (maior que 500ng/g), compatvel com um consumo abusivo de lcool. O oleato de etila foi o biomarcador mais prevalente e o linoleato de etila foi o biomarcador que apresentou as maiores concentraes. Houve uma variabilidade no perfil de distribuio dos FAEEs entre os indivduos, e discordncias entre a presena de FAEEs e o consumo reportado pela me. A concentrao total dos FAEEs nos mecnio mostrou-se como melhor indicador da exposio fetal ao lcool quando comparado com o uso de um nico biomarcador. O ponto de corte para esta populao foi de aproximadamente 600ng/g para uso tipo binge (trs ou mais doses por ocasio) com sensibilidade de 71,43% e especificidade de 84,37%. Este estudo refora a importncia da utilizao de mtodos laboratoriais na identificao da exposio fetal ao lcool.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Estima-se que 52% da populao mundial faz uso de lcool, sendo a droga mais consumida no mundo. Ao usurio, o lcool torna-se prejudicial devido s consequncias nos nveis biolgicos, sociais e funcionais. Assim, a reduo do uso abusivo da substncia um dos objetivos da Organizao Mundial de Sade (OMS) e uma das prioridades na agenda de sade pblica mundial. No Brasil, a Poltica do Ministrio da Sade para a Ateno Integral aos Usurios de Álcool e Outras Drogas teve como objetivo a criao de uma rede de ateno integral a eles - a RAPS (Rede de Ateno Psicossocial). A RAPS considerada um grande avano da Reforma Psiquitrica, j que integra os diversos pontos de ateno disponveis no Sistema nico de Sade (SUS). Um dos pontos da RAPS a Ateno Bsica (AB), que atravs da atuao das equipes da Estratgia Sade da Famlia (ESF) tem a possibilidade de monitorao, preveno do uso e colaborao na reinsero social dos usurios de lcool e outras drogas devido proximidade e criao de vnculo entre o servio e usurio. Para que o vnculo seja estabelecido o Agente Comunitrio de Sade (ACS) a pea fundamental, visto que conhece a comunidade e reconhece suas necessidades, alm de ser a figura que medeia as relaes entre a equipe de sade e os usurios. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi descrever e analisar o discurso de ACS sobre o uso de lcool e a assistncia prestada na AB. Trata-se de um estudo qualitativo de teor descritivo, cuja pesquisa ocorreu em cinco municpios da regio central do Estado de Santa Catarina. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, analisadas atravs do mtodo da Anlise de Contedo. A anlise das entrevistas resultou na formulao de duas categorias e quatro subcategorias empricas. Os resultados evidenciaram que os ACS percebem o consumo de lcool como inerente a populao em virtude da cultura caracterizada pelo consumo habitual e festivo da droga. Eles percebem que o uso do lcool torna-se um problema quanto definio social atribuda pela comunidade, ressaltando as consequncias para a famlia e outras perdas vivenciadas pelos usurios com base nas repercusses sociais. Quanto assistncia prestada por eles aos usurios de lcool, os resultados indicaram uma prtica desprovida de instrumentos ou habilidades para a abordagem adequada do uso, evidenciando uma prtica infundada pelos ACS. A prtica est pautada tambm nas crenas em relao aos usurios de lcool, que esto muito ligadas aos estigmas relacionados a estes usurios em geral e no em evidncias cientficas. Conclui-se que a partir do conhecimento das percepes e prticas deste profissional, possvel direcionar aes que potencialize a prtica dos ACS, j que so profissionais com grandes possibilidades de atuao diante da preveno e tratamento do abuso de lcool e reabilitao social do usurio

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Introduo: A adolescência uma fase importante para formao e consolidao de hbitos alimentares adequados promoo da sade. Entretanto, dados estatsticos recentes indicam enorme comprometimento no padro alimentar de indivduos nesse perodo da vida. Objetivo: Avaliar a qualidade da dieta e identificar seus fatores associados em adolescentes de trs regies administrativas do municpio de Vitria. Mtodos: Estudo transversal de base populacional com 396 adolescentes de ambos os sexos, de 8 a 17 anos, de escolas pblicas e privadas de trs regies administrativas de Vitria-ES. Foram coletados dados antropomtricos, socioeconmicos, demogrficos e alimentares. Para a entrevista alimentar utilizou-se o mtodo de Recordatrio de 24h. A qualidade da dieta foi avaliada pelo ndice de Qualidade da Dieta adaptado (IQDa). Anlises de regresso logstica foram utilizadas para verificar a associao das variveis independentes sobre a qualidade da dieta dos adolescentes. Resultados: A mdia do IQDa foi de 35,6 pontos. Os componentes verduras e legumes, leite e derivados e frutas apresentaram os mais baixos valores mdios de pontos; e carnes e ovos apresentaram a pontuao mdia mais alta do IQDa. Na anlise de regresso observou-se que quanto maior a idade, menor a pontuao do IQDa e que os adolescentes do sexo masculino apresentaram IQDa maior que as do sexo feminino. Concluso: A qualidade da dieta est associada ao sexo e a idade e necessita de melhorias. Conhecendo esses fatores associados possvel analisar e identificar as prticas alimentares no saudveis e abord-las em programas de educao nutricional, proporcionando melhores condies de sade a essa populao.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

A abertura poltica do Brasil democracia promoveu uma srie de mudanas legislativas e de organizao do Estado. Na rea da infncia e adolescência, aps a promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), foram criados conselhos de nvel federal, estadual e municipal, com o objetivo de promover e defender os direitos dessa populao especfica. Tambm foram formados os Conselhos Tutelares compostos por membros da sociedade civil, diretamente eleitos pela populao, com a funo de informar e promover esses direitos localmente. Utilizando a metodologia qualitativa-quantitativa do Discurso do Sujeito Coletivo, a pesquisa analisou a percepo e opinio dos conselheiros tutelares a respeito de situaes que envolvem a prtica sexual voluntria heterossexual e homossexual de adolescentes da faixa etria de 12 a 17 anos. Os dados foram colhidos com o uso de questionrios semiestruturados para autopreenchimento, apresentados em visita tcnica aos membros dos 44 Conselhos Tutelares do municpio de So Paulo. Alm do perfil social e familiar, foram coletadas opinies dos conselheiros quanto autonomia dos adolescentes e suas noes de desrespeito legal, alm de sugestes de orientao de condutas frente a trs casos hipotticos de prtica sexual realizada por adolescentes. Responderam pesquisa 80 (36,4 por cento ) conselheiros de um total de 220, de 29 (65,9 por cento ) dos 44 Conselhos Tutelares da cidade. Observou-se que apresentaram tendncia a reproduzir os modelos tradicionais negativos da sociedade brasileira no julgamento da prtica sexual de adolescentes, avaliando sua ocorrncia pela tica moral e de opinio de familiares e outros adultos. Mais da metade no associa tais prticas a impactos especficos sobre a sade e os direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes, nem realiza encaminhamentos para sua promoo. Adotam noes desiguais de gnero do senso comum, que remetem preocupao com a imagem e impactos da publicizao da sexualidade de meninas, no fazendo o mesmo para adolescentes meninos e veem as prticas homoafetivas sob a tica da violncia e seduo, associando-as necessidade de orientao psicolgica e problemas de sade mental. Considera-se que conselheiros tutelares esto pouco preparados para lidar com a sexualidade de adolescentes e normalmente treinados para avali-la tal qual a violncia sexual que acomete crianas. Como possuem status local de legitimidade, so procurados e tem poder de averiguao e encaminhamento pblico de ocorrncias, terminando por, muitas vezes, desrespeitar os direitos humanos de adolescentes quanto expresso e vivncia da sexualidade e da prtica sexual saudvel. Considera-se fundamental discutir o papel dos Conselhos Tutelares frente aos direitos de adolescentes, de forma que ao contrrio do proposto na democratizao do pas, no se configurem como mais um instrumentos de exerccio de poder para perpetuar desigualdades sociais. Na rea da sexualidade, a defesa dos direitos de adolescentes passa pelo respeito a sua sexualidade, acesso informao, garantia de servios pblicos que efetivamente os atendam para proporcionar exames, contracepo, preveno de doenas sexualmente transmissveis, etc., com respeito a sua cidadania, especificidades, necessidades, autonomia e dignidade pessoal, promovendo-os e defendendo-os frente a famlias, comunidade, a toda a sociedade e ao prprio poder pblico.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

O diabetes mellitus (DM) est associado com alguns tipos de cncer. No entanto, estudos realizados sobre a associao entre DM e cncer de cabea e pescoo (CCP) apresentaram resultados controversos. Na avaliao da associao entre DM e cncer, destaque deve ser dado metformina, medicamento utilizado no DM tipo 2, que se mostra inversamente associado a alguns tumores. O objetivo deste estudo foi avaliar a associao entre DM e CCP, bem como o impacto do uso de metformina no risco de CCP. Este estudo caso-controle incluiu 1021 casos de CCP com confirmao histolgica de carcinoma espino celular selecionados em cinco hospitais de grande porte no estado de So Paulo entre 2011 e 2014. Os 1063 controles foram recrutados nos mesmos hospitais, pareados por frequncia com os casos por sexo e idade (em grupos de 5 anos). Para avaliar o risco de CCP associado ao DM, odds ratios (OR) e intervalos com 95 por cento de confiana (IC 95 por cento ) foram estimados por meio de regresso logstica no condicional. Os participantes diabticos tiveram associao inversa com o CCP (OR = 0,68; IC 95 por cento : 0,49-0,95), e a proteo foi maior entre diabticos usurios metformina (OR = 0,54; IC 95 por cento : 0,29-0,99). Diabticos usurios de metformina que eram fumantes (OR = 0,13; IC 95 por cento : 0,04-0,44), ou consumidores de lcool acima de 40 g/ dia (OR = 0,31; IC 95 por cento : 0,11-0,88) apresentaram proteo ainda maior com relao ao CCP, comparado aos no diabticos. Em concluso, os indivduos diabticos apresentaram risco inverso de CCP e o uso de metformina pode explicar, ao menos parcialmente, esta associao.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Nanopartculas bimetlicas de AuPd tm mostrado excelente atividade cataltica em reaes de oxidao. O entendimento dos efeitos da variao da composio e morfologia das nanopartculas bimetlicas em suas propriedades catalticas fundamental para a preparao de catalisadores cada vez mais ativos e seletivos. Neste trabalho foram estudadas nanopartculas bimetlicas de AuPd de composio varivel suportadas sobre um suporte constitudo por nanopartculas de magnetita revestidas por slica. O efeito da calcinao e da reduo com hidrognio sobre a morfologia e composio das nanopartculas bimetlicas foi acompanhado pelas tcnicas de TEM, XEDS, XAS, XRD e XPS. A correlao entre estrutura, composio e atividade cataltica dos catalisadores preparados foi estudada pelo acompanhamento de reaes de oxidao de monxido de carbono e de oxidao de lcool benzlico. As amostras no calcinadas apresentaram segregao metlica em todas as composies estudadas. Aps a etapa de calcinao, maior segregao metlica foi encontrada, com a formao de xido de paldio na superfcie das nanopartculas, exceto na amostra mais rica em ouro. O tratamento das amostras oxidadas com hidrognio foi capaz de reduzir os metais oxidados na superfcie das nanopartculas, mas um enriquecimento em paldio na superfcie e maior segregao entre ouro e paldio foram observados. Uma melhora na atividade cataltica na oxidao de monxido de carbono foi observada juntamente com um aumento na composio de paldio, alm disso, observou-se uma maior atividade cataltica em relao s nanopartculas no calcinadas para as amostras calcinadas e reduzidas. Para a oxidao de lcool benzlico um aumento na atividade cataltica de at cinco vezes foi observado aps a calcinao dos catalisadores, com maior atividade para a amostra de composio Au1Pd2. A queda na atividade cataltica aps a reduo dos catalisadores mostrou que a presena de xido de paldio na superfcie das nanopartculas fundamental para que seja observada uma maior atividade cataltica.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

A tuberculose entre pessoas em situao de rua um grave problema de sade pblica, que carece de entendimentos e respostas melhor construdas. Questes envolvendo a dimenso coletiva do controle da doena, a dimenso individual do tratamento e o caminho para cura desta populao so trazidos neste trabalho que tem como objetivo investigar os aspectos relacionados ao processo de gesto dos tratamentos e busca da cura nesta populao. Para isto foram realizados estudos etnogrficos junto as equipes de Consultrio na Rua da cidade de So Paulo e no Hospital Leonor de Barros, em Campos do Jordo (SP), referncia para internao deste grupo. A presena do uso de drogas, as co-infeces com o HIV, DSTs e as Hepatites Virais e o passado de trfico e criminalidade so elementos presentes na histria de vida dos internados, muitos dos quais j com passagem em presdios e alguns com problemas de sade mental. Mesmo se sujeitando as regras do local em busca de um alento a seu estado de sade, os pacientes buscam no uso de drogas escondido e no sexo discreto e no comentado, uma alternativa mediadora para suportarem as limitaes a que esto expostos. A situao ainda revela uma dificuldade das instituies de internao no lidar com o tema a prtica da estratgia de Reduo de Danos ao uso de lcool e outras drogas, notando-se uma tendncia a destacar prticas proibicionistas em qualquer ao desenvolvida. O entendimento do paciente frente realidade encarada, revela-se principalmente pelas formas de resistncia que eles desenvolvem para o perodo de recluso que estaro submetidos durante o tratamento. Ao final se conclui que as diferenas sociais, oriundas de acessos dificultados, preconceitos, segregaes e outros atos discriminatrios tem forte influncia no processo de adeso do tratamento e cura. Alm disto, percebeu-se a existncia de vrios enfoques de moralidades, envolvendo principalmente os profissionais de sade e pacientes que refletem na gesto da ateno e cuidado e ainda a presena de uma diferenciao entre o conceito de ficar doente e ficar bom entre estes atores, criando um distanciamento de entendimentos e prticas.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

A centralidade na famlia uma das principais diretrizes adotadas pela Poltica Nacional de Assistncia Social (PNAS) implementada por meio do Sistema nico de Assistncia Social (SUAS). A noo de matricialidade sociofamiliar configura-se como base para a formulao de servios especficos de abordagem familiar nos nveis de proteo social bsica e especial, que visam o acompanhamento longitudinal de famlias em situao de vulnerabilidade social, definida neste contexto pela condio de desvantagem em decorrncia da pobreza, da privao de renda e de acesso aos servios e bens pblicos, da fragilizao de vnculos afetivos, relacionais e de pertencimento. Objetivou-se com esse estudo identificar como as mulheres usurias do SUAS percebiam e definiam as vulnerabilidades do prprio ncleo familiar, assim como verificar se a concepo de vulnerabilidade social proposta pela PNAS condizente com as problemticas apresentadas pelas famlias usurias do SUAS. A pesquisa qualitativa foi executada por meio de entrevistas de longa durao com temas advindos da observao participante realizada ao longo de trs anos de acompanhamento de mulheres usurias do SUAS por meio de abordagem grupal em servio de Assistncia Social do bairro do Butant na cidade de So Paulo. Participaram do estudo oito mulheres, acima de 18 anos, usurias do SUAS e residentes da zona oeste de So Paulo. As depoentes tm entre 35 e 51 anos de idade, estudaram entre a 5 e a 8 srie do Ensino Fundamental II, cinco delas so migrantes, quatro vivem com os companheiros e filhos e quatro residem com os filhos em uma organizao familiar monoparental, trs so beneficirias da Previdncia Social, duas esto inseridas em trabalhos formais, duas em trabalhos informais e uma no trabalha. Todas relataram ter sofrido episdios de violncia e violao de direitos, principalmente observados na dificuldade de acesso a servios sociais bsicos. Os depoimentos marcaram dificuldades experimentadas ao longo da vida das mulheres e a tnica dos relatos destacou as preocupaes atreladas ao papel de me e luta cotidiana que enfrentam para educar, orientar, sustentar e estar junto aos filhos, sobretudo daqueles que se encontram na fase da infncia e da adolescência. luz da noo de enraizamento, proposta por Simone Weil, foi possvel identificar que as depoentes apresentam e enfrentam cotidianamente dificuldades ligadas ao desenraizamento urbano, elucidado especialmente na carncia de participao comunitria e poltica. Nesse cenrio, a condio de vulnerabilidade pela qual as famlias so definidas no mbito da poltica de assistncia social, revela certa ambiguidade, pois ao mesmo tempo em que permite oferecer a essas famlias alguma modalidade de apoio tambm as coloca numa posio estigmatizada de beneficirias das polticas pblicas. Com isso, considerou-se que apesar da concepo de vulnerabilidade proposta pela PNAS ser condizente com as problemticas apresentadas pelas usurias, verifica-se uma lacuna em relao dimenso subjetiva da formao de cada grupo familiar e suas necessidades especficas a fim de apoi-los para a promoo de uma mudana efetiva

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Os organismos marinhos constituem uma fonte potencial de metablitos secundrios biologicamente ativos. Neste contexto, os micro-organismos isolados de algas marinhas, dentre eles fungos endofticos, representam alvos para a pesquisa de novas substncias com potencial farmacolgico pronunciado. Substncias naturais provenientes de espcies de fungos associados s algas marinhas vm sendo bastante utilizadas em formulaes fotoprotetoras devido ao antioxidante e ao potencial contra a radiao solar. Deste modo, o presente trabalho teve como objetivo a investigao biolgica e qumica dos fungos endofticos marinhos pertencentes famlia Xylariaceae, o Annulohypoxylon stygium, o Cladosporium sp. e o Acremonium implicatum (Hypocreaceae). A princpio, foi realizado um screening para avaliar a absoro de luz ultravioleta na faixa do UVA e UVB pelos extratos obtidos em escala piloto destes fungos endofticos associados s algas marinhas. O extrato do fungo A. stygium apresentou intensa absoro na regio do UV, mostrando-se promissor para a produo de metablitos secundrios com ao fotoprotetora. Alm do ensaio proposto, foi realizada a avaliao do potencial antibacteriano e antifngico da espcie A. stygium. O estudo qumico em escala ampliada deste fungo proporcionou o isolamento e identificao de uma substncia indita da classe derivada da 2,5- dicetopiperazina, 3-benzilideno-2-metil-hexahidro-pirrolo [1,2-?] pirazina-1,4-diona (Sf3), e alm desta, foram isolados mais quatro metablitos como, os diasteroismeros 1-fenil-1,2- propanediol (Sd2) e 1-fenil-1,2-propanediol (Sd3), 1,3-benzodioxole-5-metanol (Sc1), 1,2- propanodiol-1-(1,3-benzodioxol-5-il) (Se1). Ainda foi possvel a desreplicao de substncias via cromatografia gasosa acoplada espectrometria de massas (CG-EM), entre elas o cido palmtico, palmitato de metila, cido metil linolico, cido olico, lcool benzlico e o piperonal. Quanto ao estudo da atividade biolgica, no foi observado potencial antibacteriano e antifngico para os extratos e fraes do fungo. Entretanto, notouse um potencial como fotoprotetor in vitro para as fraes n-Hexano/AcOEt (2:3) e n- Hexano/AcOEt (1:4) obtidas a partir do extrato do cultivo de 28 dias do fungo A. stygium, extrado com solventes diclorometano/metanol (CH2Cl2/MeOH 2:1) e para a substncia (Sf3) isolada do mesmo. Desta forma, o estudo qumico e biolgico do fungo Annulohypoxylon stygium demonstrou potencial para a produo de metablitos secundrios com atividade fotoprotetora, visto que uma estrutura indita com esta atividade foi isolada e identificada como produto natural.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Evidncias apontam para forte relao independente entre maus tratos na infncia, comportamentos disruptivos e prejuzos em funes executivas. No entanto, ainda no completamente compreendido como estes trs fatores se relacionam entre si. Esta pesquisa avaliou a relao entre maus-tratos na infncia e transtornos do comportamento disruptivo, testando desempenho em funes executivas como possvel mediador e moderador desta relao. A presente pesquisa est inserida no estudo \"Coorte de escolares de alto risco para o desenvolvimento de psicopatologia e resilincia na infncia e adolescência - projeto Preveno\", projeto integrante do Instituto Nacional de Cincia e Tecnologia de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infncia e Adolescência (INCT-INPD), o qual incluiu 2500 crianas em idade escolar de So Paulo e Porto Alegre (Brasil). As crianas foram extensamente avaliadas com entrevistas diagnsticas, relatos de pais e da prpria criana sobre maus tratos e com testes neuropsicolgicos. Resultados indicam associao de maus tratos na infncia e transtornos do comportamento disruptivo, porm no foi encontrada associao entre maus tratos e funes executivas. Crianas com transtornos do comportamento disruptivo apresentaram pior desempenho em teste especfico para avaliao de flexibilidade cognitiva. Desempenho em funes executivas no agiu como mediador ou moderador da associao entre maus tratos e transtornos do comportamento disruptivo. Desta forma, os resultados indicam que a associao entre experincias de maus tratos e transtornos do comportamento disruptivo ocorre independentemente do desempenho em funes executivas. Futuros estudos longitudinais so fundamentais para confirmar estes resultados e elucidar os mecanismos cognitivos envolvidos nesta associao causal

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Neste trabalho foi estudado o comportamento de hidrxi-calcogenetos (Se e Te) frente a biotransformaes, empregando enzimas isoladas em meio orgnico ou aquoso e empregando microorganismos (fungos). Estudos comparativos sobre a influncia de diversas variveis, como solvente, temperatura, imobilizao enzimtica e estrutura do hidrxi-calcogeneto, foram realizados. Inicialmente os compostos foram sintetizados utilizando mtodos descritos na literatura, em seguida foi estudada a resoluo de hidrxiselenetos em meio orgnico empregando lipases isoladas (Esquema 1), (ver arquivo), incluindo um estudo de imobilizao da PSL em diversos suportes, alm do estudo da influncia da variao do solvente, da temperatura, da lipase, etc. Na resoluo em meio aquoso empregando enzimas isoladas, primeiramente os hidrxi-selenetos foram acetilados quimicamente e depois realizado uma triagem (com dez enzimas de diferentes fontes) empregando indicador de pH colori mtrico. Posteriormente os acetatos dos hidrxi-selenetos (Esquema 2) (ver arquivo) foram submetidos resoluo enzimtica em meio aquoso empregando as enzimas que foram selecionadas na triagem enzimtica. As biotransformaes utilizando fungos foram realizadas empregando clulas inteiras de algumas linhagens de Aspergillus terreus. Na seqncia foi realizada a resoluo de hidrxi-teluretos em meio orgnico utilizando lipases isoladas (Esquema 3)(ver arquivo). Nessas resolues tambm foi estudada a influncia da variao do solvente, da lipase, do tempo, etc. De forma a demonstrar a importncia dos compostos resolvidos, um hidrxi-seleneto quiral e dois hidrxi-teluretos quirais foram usados para preparar compostos pertencentes a classes de unidades estruturais de vasta ocorrncia em produtos naturais: um lcool allico e duas lactonas (Esquema 4)(ver arquivo).

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Esta tese analisa a poesia de Joaquim de Sousa Andrade (1832-1902), ou Sousndrade, e tem por objetivo discutir o imaginrio poltico republicano como elo de ligao entre os poemas O Guesa, especialmente o Canto Dcimo (1877), Novo den: Poemeto da adolescência, 1888-1889 (1893), Harpa de Ouro (189?) e a continuao O Guesa, o Zac (1902). A cronologia dessas obras indica que a partir dos anos vividos por Sousndrade nos Estados Unidos que as figuraes da Repblica passam a permear os seus escritos. No Canto Dcimo, gestado em Nova York, Sousndrade traa um panorama da sociedade estadunidense na dcada de 1870 e, embora haja crticas certas prticas econmicas nesse canto, conforme discutiremos com vagar, destaca-se a emulao do poeta em exaltar aquele modelo sociopoltico. Essa atitude do escritor maranhense afinava-se com a viso de brasileiros imigrados nos Estados Unidos naquele mesmo perodo, os quais formavam uma rede de pensadores liberais comprometidos com a modernizao do Brasil. Esse dilogo transatlntico que comea a ser traado entre Estados Unidos e Brasil caracteriza uma alternativa ao modelo de civilizao europeu at ento em voga, tema ainda pouco explorado pela historiografia literria. De volta a ptria, Sousndrade d prosseguimento ao seu fazer potico e, alm do seu engajamento na nova conjuntura poltica do pas, dedica-se construo do mito fundador da Repblica brasileira nos poemas concebidos desde 1893. A trajetria do poeta republicano foi marcada pelo seu anseio de progresso e modernizao do Brasil, tarefa na qual ele empenhou-se poltica e literariamente.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

A gaseificao utiliza o contedo intrnseco de carbonos e hidrognios das matrias primas slidas ou lquidas na gerao de uma mistura de hidrognio (H2), monxido de carbono (CO), dixido de carbono (CO2) e metano (CH4). Tal mistura pode ser utilizada como matria prima na sntese de novos produtos ou como combustvel. A gaseificao pode ser utilizada no processamento de uma gama variada de produtos, independentemente de suas caractersticas ou estado fsico. A utilizao de biomassa como insumo da gaseificao vem sendo cada vez mais explorada e estudada, j que apresenta benefcios no somente na esfera ambiental, mas tambm em mbitos econmicos e sociais. A vinhaa um subproduto do processo de produo de lcool, que contm grandes concentraes de nutrientes e matria orgnica em sua composio. A sua utilizao hoje est limitada a fertirrigao e a aplicaes isoladas em biodigesto e outros, que no so suficientes para o consumo da produo anual crescente do resduo. Seu uso na gaseificao permitiria o aproveitamento do contedo orgnico da mesma e a produo de gases de alto valor agregado. Como a umidade do insumo interfere negativamente na eficincia da gaseificao clssica, a aplicao da mesma para matrias primas com alto teor de lquidos no recomendada. Uma alternativa vivel seria a utilizao do meio gaseificante supercrtico, que resulta em rendimentos constantes, independentemente da umidade da corrente de entrada do reator. O presente trabalho consiste no projeto de um mdulo de gaseificao de vinhaa em gua supercrtica, a ser instalado como uma unidade anexa a usinas de acar e lcool. Ele compreende o projeto conceitual e anlise de viabilidade deste mdulo, incluindo estimativas de CAPEX (Capital Expenditure) e OPEX (Operation Expenditure) e uma anlise de sensibilidade dos mesmos. O estudo apresenta ainda o estado da arte do conhecimento e da tecnologia de gaseificao com gua supercrtica (SCWG), relacionando os gargalos a serem resolvidos, assim como os ganhos intrnsecos da definio conceitual do projeto.