73 resultados para Ácido glutâmico Teses

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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Tcnicas analticas empregadas para a quantificao do teor de lignina em plantas forrageiras, atualmente em uso, so questionveis quanto s suas acurcias. O mtodo lignina detergente cido (LDA), que um dos mtodos mais utilizado em Cincia Animal e Agronomia, apresenta algumas falhas, particularmente devido parcial solubilizao da lignina durante a preparao da fibra em detergente cido (FDA). A lignina Klason (LK), outro mtodo muito usado, apresenta o inconveniente de mensurar a protena da parede celular como sendo lignina. Em ambos os procedimentos recomenda-se tambm mensurar cinzas nos resduos de lignina. A quantificao da concentrao de lignina pelo mtodo espectrofotomtrico lignina brometo de acetila (LBA) vem ganhando interesse de pesquisadores no Brasil e no exterior. Nesta metodologia, a lignina da planta contida na preparao parede celular (PC) solubilizada numa soluo a 25% de brometo de acetila em cido actico e a absorbncia mensurada com luz UV a 280 nm. O valor da absorbncia inserido numa equao de regresso e a concentrao de lignina obtida. Para que esta tcnica analtica seja mais aceita pelos pesquisadores, ela deve ser, obviamente, convincente e atrativa. O presente trabalho analisou alguns parmetros relacionados LBA em 7 gramneas e 6 leguminosas, em dois estdios de maturidade. Dentre as diferentes temperaturas de pr-secagem, os resultados indicaram que os procedimentos de 55°C com ventilao e liofilizao podem ser utilizados com a mesma eficcia. As temperaturas de 55°C sem ventilao e 80°C sem ventilao no so recomendadas, pois aumentaram os valores de FDA e LDA, possivelmente devido ao surgimento de artefatos de tcnica como os compostos de Maillard. No mtodo LBA os valores menores das amostras de leguminosas chamaram a ateno e colocaram em questo se a lignina destas plantas seria menos solvel no reagente brometo de acetila. Dentre algumas alteraes na metodologia da tcnica LBA, a utilizao do moinho de bolas (para diminuir o tamanho particular) nas amostras de PC no mostrou efeito; a hiptese era melhorar a solubilizao da lignina usando partculas menores. O uso de um ultrasonicador, que aumenta a vibrao das molculas e assim, facilitaria a solubilizao da lignina no reagente brometo de acetila, melhorou a solubilizao da lignina em cerca de 10%, tanto nas gramneas como nas leguminosas. Foi acoplado um ensaio biolgico como referncia, a degradabilidade in vitro da matria seca (DIVMS); e como a lignina est intimamente associada estrutura fibrosa da parede celular, tambm foi feito um ensaio de degradabilidade in vitro da fibra em detergente neutro (DIVFDN). Os resultados confirmaram o efeito da maturidade, reduzindo a degradabilidade nas plantas mais maduras, e que o teor de lignina de leguminosas realmente inferior ao de gramneas. Os resultados de degradabilidade apresentaram coeficientes de correlao mais elevados com o mtodo LBA, quando foi empregada a tcnica do ultrasom; o mtodo LK mostrou os menores coeficientes. Tambm testou-se, com sucesso, a utilizao da FDN, como preparao fibrosa, ao invs de PC. A razo simples: enquanto que a FDN amplamente conhecida, a preparao PC no o . Inquestionvel que esta manobra facilitar substancialmente a divulgao desse mtodo, tornando-a mais aceitvel pela comunidade cientfica

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Uvetes so inflamaes intra-oculares geralmente crnicas e constituem uma das principais causas de cegueira no mundo. Os corticosteroides so a droga de primeira escolha para o tratamento das uvetes no infecciosas, mas muitas vezes h necessidade do uso de outras drogas imunossupressoras. O micofenolato de mofetila (MMF) um potente imunossupressor administrado por via oral que vem sendo utilizado com sucesso no tratamento das uvetes, mas cujos efeitos colaterais muitas vezes tornam necessria sua suspenso. O MMF uma pr-droga, que transformada no fgado em cido micofenlico (MPA), o imunossupressor ativo. Para minimizar os efeitos colaterais do uso do MPA e permitir que o olho receba uma dose maior da droga, testamos os efeitos da injeo intravtrea do MPA em um modelo de uvete crnica experimental (UCE) em olhos de coelhos. Os objetivos deste estudo foram: 1) reproduzir um modelo de UCE em coelhos atravs da injeo intravtrea de M. tuberculosis; 2) estabelecer uma dose segura de MPA a ser injetada no vtreo; e 3) analisar os efeitos morfolgicos, clnicos e eletrofisiolgicos da injeo intravtrea de MPA em coelhos utilizados como modelo de UCE. O modelo de UCE reproduzido apresentou uma inflamao autolimitada, possuindo um pico de inflamao no 17 dia aps a induo da uvete. As doses de MPA testadas (0,1 e 1mg) no foram toxicas para a retina do coelho. O modelo de UCE recebeu uma injeo intravtrea de 0,1mg de MPA e as anlises clinicas demonstraram uma reduo na inflamao. As anlises realizadas com o eletrorretinograma (ERG) tambm apontaram uma melhora na inflamao atravs da recuperao da latncia das ondas-a e b (fotpicas e escotpica) e recuperao da amplitude da onda-a (fotpica). As anlises morfolgicas com HE no apresentaram alteraes na estrutura retinia, porem a imunohistoquimica para protena GFAP evidenciou gliose das clulas de Mller, sinalizando um processo inflamatrio. Conclumos que o modelo de UCE reproduziu uma uvete anterior semelhante uvete causada em humanos e a dose de MPA utilizada apresentou efeitos teraputicos durante o pico de inflamao, mostrando uma diminuio da inflamao e promovendo a recuperao de fotorreceptores e clulas bipolares-ON. Este resultado faz das injees intravtreas de MPA um recurso promissor no tratamento de uvetes. Porm, novos experimentos so necessrios para padronizar os resultados encontrados

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O carcinoma epidermide bucal (CEC) uma neoplasia maligna com alta morbidade e mortalidade e de difcil tratamento. O tratamento convencional para o CEC inclui cirurgia e radioterapia, seguida ou no de quimioterapia. Apesar de serem amplamente difundidos, esses tratamentos podem ser ineficazes para alguns CECs resistentes. A terapia fotodinmica (PDT) oncolgica tem sido utilizada para o tratamento adjuvante do CEC bucal, principalmente nos casos menos invasivos e que necessitam de reduo do tumor para a resseco cirrgica. Contudo, semelhantemente aos tratamentos convencionais, a PDT pode tambm induzir o aparecimento de populaes celulares resistentes, fato j descrito para carcinoma cutneo, adenocarcinoma de clon e adenocarcinoma mamrio. A hiptese de que clulas de CEC bucal possam desenvolver resistncia PDT ainda no foi testada. Portanto, o objetivo deste trabalho foi verificar se clulas de CEC bucal (SCC9) desenvolvem resistncia a ciclos repetidos de PDT mediada pelo cido 5- aminolevulnico (5-ALA-PDT) e avaliar se nesse processo ocorre modificao da expresso de marcadores relacionados a sobrevivncia celular (NF?B, Bcl-2, iNOS, mTOR e Akt). Foi utilizada linhagem de clulas de CEC bucal (SCC9), submetida s seguintes condies: 1) Controle - clulas cultivadas sem nenhum tratamento; 2) ALA - clulas incubadas com 5-ALA (1mM durante 4 horas); 3) LED - tratadas com iluminao LED (630nm, 5,86J/cm2, 22,5J, 150mW, 150s); 4) PDT - tratadas com 5- ALA-PDT, com os protocolos do grupo ALA e LED combinados, gerando dose letal de 90%. Inicialmente foi realizado somente um ciclo de PDT, sendo avaliada a viabilidade celular em todos os grupos aps 24, 48, 72 e 120h da irradiao. Tambm foi realizado ensaio de deteco da fragmentao de DNA (TUNEL) e anlise por imunofluorescncia da expresso das protenas NF?B, Bcl-2, iNOS, pmTOR e pAkt nas clulas viveis. Como resultado desse primeiro tratamento com 5-ALA-PDT, observou-se que as clulas sobreviventes ao tratamento apresentaram intensa marcao para pmTOR e exibiram potencial de crescimento durante o perodo analisado. Aps esses ensaios, as clulas que sobreviveram a essa primeira sesso foram coletadas, replaqueadas e novamente cultivadas, sendo ento submetidas a novo ciclo de 5-ALA-PDT. Esse processo foi realizado 5 vezes, variando-se a intensidade de irradiao medida que se observava aumento na viabilidade celular. As populaes celulares que exibiram viabilidade 1,5 vezes maior do que a detectada no primeiro ciclo PDT foram consideradas resistentes ao tratamento. Os mesmos marcadores analisados no primeiro ciclo de PDT foram novamente avaliados nas populaes resistentes. Foram obtidas quatro populaes celulares resistentes, com viabilidade de at 4,6 vezes maior do que a do primeiro ciclo de PDT e irradiao com LED que variou de 5,86 a 9,38J/cm2. A populao mais resistente apresentou ainda menor intensidade de protoporfirina IX, maior capacidade de migrao e modificao na morfologia nuclear. As populaes resistentes testadas exibiram aumento na expresso de pNF?B, iNOS, pmTOR e pAkt, mas no da protena anti-apopttica Bcl- 2. Ensaio in vivo foi tambm conduzido em ratos, nos quais CEC bucal foi quimicamente induzido e tratado ou no com 5-ALA-PDT. Houve intensa expresso imuno-histoqumica das protenas pNF?B, Bcl-2, iNOS, pmTOR e pAkt em relao ao controle no tratado, nas clulas adjacentes rea de necrose provocada pela PDT. Concluiu-se que as clulas de CEC bucal tratadas com 5-ALA-PDT a uma dose de 90% de letalidade desenvolveram viabilidade crescente aps ciclos repetidos do tratamento, bem como exibiram superexpresso de protenas relacionadas sobrevivncia celular, tanto in vitro quanto in vivo. Esses fatos, aliados maior capacidade de migrao, sugerem a aquisio de fentipo de resistncia 5-ALAPDT. Esse aspecto deve ser cuidadosamente considerado no momento da instituio dessa terapia para os CECs bucais.

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A administrao de princpios ativos pela mucosa oral uma forma eficiente para a distribuio de frmacos e nutrientes, oferecendo diversas vantagens como uma fcil aplicao, evitando o metabolismo de primeira passagem heptica e potencialmente melhorando a biodisponibilidade dessas substncias. A acerola e o camu-camu apresentam uma alta concentrao de vitamina C e so consideradas fontes de diferentes compostos ativos, porm a vitamina C presente nas frutas facilmente oxidada pelos fatores ambientais, e essas frutas so pouco acessveis ao consumo populacional. Filmes de desintegrao oral (FDO) podem apresentar rpido tempo de desintegrao e fcil administrao, o que os torna um material interessante para a veiculao de compostos com atividades farmacuticas ou nutricionais. Assim, este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento e caracterizao de filmes de desintegrao oral base de amido e gelatina com adio de extrato seco de acerola e camu-camu produzidos por \"spray dryer\" como uma alternativa para a administrao de vitamina C. Os FDOs foram produzidos pela tcnica de casting, variando-se a proporo de amido e gelatina. Como plastificante foi utilizado o sorbitol (20 g / 100 g de polmero), mantendo-se constante a concentrao de polmeros (2 g /100 g de soluo filmognica) e de extrato seco de acerola (4 g /100 g de soluo filmognica) e camu-camu (4 g / 100 g de soluo filmognica). Os extratos secos de acerola e camu-camu foram caracterizados com relao concentrao da vitamina C e da estabilidade desses extratos nessas condies (30 C, UR 75 % e 40 C, UR 75%). Os FDOs foram caracterizados em relao a espessura, propriedades mecnicas, ngulo de contato, FT-IR, microscopia electrnica de varredura, concentrao de vitamina C, atividade antioxidante, atividade antimicrobiana, estabilidade da vitamina C, tempo de desintegrao, estabilidade da atividade de eliminao de radicais de DPPH•, avaliao sensorial. Os extratos secos apresentaram uma boa estabilidade em relao vitamina C e aos compostos antioxidantes (sequestro do radical DPPH•). Os FDOs sem adio de extrato, independente da formulao, mostraram-se homogneos, com ausncia de partculas insolveis e alta capacidade de formao de filme. Para os FDOs com maior concentrao de amido foi observado reduzido tempo de desintegrao e pH prximo ao bucal. Aps a adio dos extratos, os FDOs apresentaram reduo do tempo de desintegrao, boa aceitao sensorial, propriedades antioxidantes e estabilidade pelo sequestro do radical DPPH•. O pH de superfcie dos filmes com adio de extrato seco de acerola foi mais prximo ao bucal quando comparado com os filmes com camu-camu. No entanto, os FDOs com acerola apresentaram reduzida estabilidade da vitamina C em relao ao tempo de armazenamento, enquanto que os filmes com camu-camu apresentaram melhor estabilidade. De modo geral, na formulao produzida apenas com amido (100 g de amido / 100 g de polmeros) observou-se uma maior concentrao da vitamina C no final da estabilidade realizada 30 C e umidade relativa de 75 %, elevada estabilidade dos compostos ativos (DPPH) e alta taxa de uniformidade na distribuio da vitamina C no filme de desintegrao oral. Dessa forma, os FDOs podem ser considerados uma boa alternativa para a suplementao de vitamina C.

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Este trabalho tem como principal objetivo contribuir para o desenvolvimento de novos potenciais metalofrmacos de rutnio. Nele so descritas a sntese, a caracterizao e a avaliao da ao antiproliferativa de alguns complexos de dirutnio (II,III) com os frmacos antiinflamatrios no-esterides (AINEs): ibuprofeno (ibp), cido acetilsaliclico (aas), naproxeno (npx) e indometacina (ind) e tambm com o cido γ-linolnico (lin), sobre clulas cancergenas. Os compostos obtidos foram caracterizados por anlise elementar, espectroscopia de absoro eletrnica, medidas de susceptibilidade magntica, espectroscopia vibracional FTIR e Raman, difratometria de raios X de p, medidas de condutividade molar e anlise trmica (TG, OTAe OSC). Todos os complexos sintetizados apresentam estrutura em gaiola, com os carboxilatos derivados dos frmacos AINEs coordenados unidade dimetlica Ru2( (II,III), em ponte equatorial, estabilizando assim a ligao direta rutnio-rutnio. As posies axiais so ocupadas por ons cloreto, no caso dos complexos [Ru2(O2(CR)4(Cl] (O2(CR = ibp, aas, npx ou ind), ou por molculas de gua, nas espcies do tipo [Ru2(O2(CR)4(H2O)2]PF6(O2CR =npx e ind). Ensaios biolgicos demonstraram que os compostos [Ru2(ibp) 4Cl]•½H2O e [Ru2(npx)4(H2O)2]PF6 apresentam ao antiproliferativa sobre clulas de glioma de rato C6 in vitro, dependendo do tempo de exposio do meio celular ao complexo. O complexo [Ru2 (lin)4Cl] tambm apresenta efeito sobre a proliferao de clulas C6; entretanto, nesse caso, efeitos significativos so observalos j nas primeiras 24 h de exposio. Estudos mostraram que as bases adenina e adenosina reagem com o complexo [Ru2(OAc)4(H2O)2]PF6 sem que ocorra quebra da estrutura em gaiola. As bases nitrogenadas substituem axialmente as molculas de gua, formando pontes axiais entre duas unidades de dirutnio (II,III) no estado slido.

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Ftalocianina de alumnio-cloro (AlClPc) um fotossensibilizador de segunda gerao em terapia fotodinmica (TFD) caracterizado por seu carter anfiflico e tendncia de auto-agregao em meio aquoso, o que prejudica seu potencial de aplicao. O aCHC um substrato de transportadores de monocarboxilato (MCT) superexpresso em clulas de MCF-7. Objetivando a solubilizao da AlClPc e aumento de internalizao em tecidos neoplsicos nos propomos aqui o uso de DSPC e DOPC em diferentes propores para formar vesculas lipidicas mistas (LV) na presena de aCHC como sistemas veiculadores de frmaco. Lv foi preparado pelo mtodo de injeo etanlica e formou vesculas de dimenses nanomtricas (aproximadamente 100 nm) com bom ndice de polidisperso, valores negativos de potencial zeta e estveis em meio aquoso por mais de 50 dias. AlClPc se complexou com o fosfato das LV o que conferiu uma localizao interfacial s molculas de AlClPc como demonstrado pelos resultados de supresso de fluorescncia. Medidas de anisotropia, fluorescncia esttica e resolvida no tempo corroboram com estes resultados e demonstram que a auto-agregao da AlClPc ocorre mesmo em lipossomas. Entretanto, a veiculao da AlClPc por LV em carcinoma de clulas escamosas oral (OSCC) levou a um processo de desagregao demonstrado por (FLIM). Este incrvel comportamento novo e aumenta o conhecimento cientfico sobre o mecanismo intracelular de ao de fotossensibilizadores em TFD. Em TFD, ambos os sistemas LVIII+AlClPc e LVIII+AlClPc+aCHC no apresentaram toxicidade no escuro no perodo de incubao de 3 h com as concentraes de lipdios, AlClPc e aCHC iguais a 0,15 mmol/L, 0,5 umol/L e 10,0 umol/L, respectivamente. De maneira inesperada, o sistema LVIII+AlClPc foi mais eficiente em TFD que o sistema LVIII+AlClPc+aCHC, devido ao carter antioxidante do aCHC. Estes resultados abrem uma nova perspectiva do potencial uso de LV-AlClPc para o tratamento fotodinmico.

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Ligas de nquel tm atualmente uma vasta gama de aplicaes, sendo a agressividade do meio e as elevadas temperaturas que estas ligas suportam, um diferencial excepcional. A liga UNS N07090, objeto deste trabalho, encontra aplicaes muito diversas, entre elas turbocompressores, sistemas de exausto e de ps-tratamento de motores a diesel. Nestas aplicaes a liga est exposta a gases, que ao condensarem formam cido sulfrico (H2SO4). Torna-se, assim, importante, o conhecimento da resistncia corroso da liga nesse meio. O presente trabalho tem como objetivo caracterizar o comportamento eletroqumico da liga atravs de curvas de polarizao potenciodinmica em diferentes concentraes de cido sulfrico. Observou-se que quanto maior a concentrao de cido, maior a corroso da liga. Este fato pode ser discutido pela adsoro do on sulfato (SO42-), que prejudica tanto a formao quanto a cintica de crescimento da pelcula passiva do nquel. Em contrapartida, a presena de Cr na liga UNS N07090 apresentou um benefcio sobre a resistncia corroso desta muito acima do esperado, influenciando de forma direta as curvas de polarizao da liga e mantendo-a em condio de elevada resistncia corroso em detrimento do pior desempenho observado em outros elementos pertecentes liga, como Co, Al e Ti. Tempos de imerso de 24h em cido sulfrico elevam discretamente os parmetros de corroso da liga, mantendo-os, no entanto em patamares bastante baixos, permitindo finalmente concluir que a liga UNS N07090, quando exposta a concentraes que variam de 1M a 4M H2SO4, a 25C, apresenta boa resistncia corroso e que esta no se altera com o tempo de exposio. A anlise dos resultados mostrou que o processo corrosivo controlado por reaes catdicas de sulfato e hidrognio, as quais podem ter diferentes contribuies dependendo da concentrao do cido e do tempo de imerso da liga UNS N07090 no meio corrosivo.

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Para otimizar um modelo experimental para o estudo do desbalano redox em porfirias relacionadas ao acmulo de cido 5-aminolevulnico-(ALA), via inibio da ALA desidratase-(ALA-D), ratos foram tratados com o ster metlico de succinilacetona-(SAME), um catablito da tirosina que inibe fortemente a ALA-O, mimetzando o estado metablico observado nos portadores de portirias e tirosinemias. Estabeleceram-se modelos de tratamento agudo por 36 e 18 h. No primeiro, os animais receberam 3 injees de SAME (10, 40 ou 80 mg/kg, grupos Ali-IV). No segundo, os animais receberam 3 injees de 40 mg/kg de SAME, ALA ou ster metlico de ALA (grupos BII-IV), ALA:SAME (30: 10 mg/kg, grupo BV), ou 10 mg/kg SAME (grupo BVI). Paralelamente, avaliou-se se os sintomas neurolgicos caractersticos das portirias decorriam de danos oxidativos mitocondriais. Para isso, aplicou-se uma tecnologia ptica para medidas da difuso da depresso cortical que determinou a oxigenao e o estado redox do cit c em mitocndrias do crtex cerebral de ratos submetidos ao tratamento crnico com ALA (40 mg/kg), SAME (10 e 40 mg/kg) e ALA:SAME (30: 1O mg/kg), a cada 48 h, durante 30 dias. Tratamento agudo/36 h: Os nveis de ALA no plasma, fgado, crebro e urina e o clearance renal do ALA aumentaram nos grupos tratados. A atividade de ALA-D e a coproporfirina urinria reduziram. A marcao para protenas carboniladas, ferro e ferritina aumentou no fgado e crebro dos grupos tratados, especialmente no All. Os nveis de malondialdedo heptico aumentaram no grupo AIV. A razo GSH/GSH+GSSG e a atividade de GPx cerebrais aumentaram nos grupos AIV e AIII, respectivamente. Consistentemente com estes dados indicando um desbalano oxidativo induzido pelo SAME, alteraes mitocondriais e citoslicas ultraestruturais foram reveladas, especialmente no fgado. Tratamento agudo/18 h: Os nveis de ALA plasmticos aumentaram nos grupos tratados, exceto em BIV. O grupo BII mostrou aumento dos nveis hepticos de ALA. Interessantemente, a inibio da atividade de ALA-D no foi evidenciada. O contedo de ferro plasmtico aumentou no grupo BII. Para os grupos tratados com 10 e 40 mg SAME/kg, a atividade de SOD heptica reduziu ~50% com a extenso do tratamento de 18 para 36 h, sugerindo que este ltimo mais efetivo em promover danos oxidativos induzidos pelo ALA. Tratamento crnico/30 dias: Embora nenhuma alterao tenha sido evidenciada no estado redox dos animais tratados, o tratamento com ALA reduziu o fluxo sanguneo cerebral (CBF) e o consumo de oxignio-(CMRO2), sugerindo uma vasoconstrio mediada pelo ALA, efeito este confirmado por ensaios de reatividade vascular conduzidos em anis de aorta de ratos incubados com ALA. O tratamento com ALA:SAME restaurou os nveis de CBF e CMRO2. Interessantemente, a disponibilidade do radical superxido-(O2•-) estava reduzida nos anis de aorta incubados com ALA. Juntos, estes dados: a)validam o modelo de tratamento agudo/36 h para o estudo bioqumico e dos possveis efeitos fisiolgicos induzidos pelo ALA, e b)sugerem que as alteraes mediadas pelo ALA exgeno levam vasoconstrio.

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O presente estudo objetivou determinar um protocolo para sedao de veados-mateiros (Mazama americana) que permitisse procedimentos comumente utilizados no manejo dessa espcie em cativeiro. Foram utilizados seis animais adultos, pesando 38,4 5 Kg, pertencentes ao Ncleo de Pesquisa e Conservao de Cervdeos (UNESP - Jaboticabal). Os animais foram submetidos a dois tratamentos, com um intervalo mnimo de 30 dias entre eles, a saber: AX-0,5 - associao de 1 mg/kg de azaperone e 0,5 mg/kg de xilazina via intramuscular (IM) e AX-1,0 - associao de 1 mg/kg de azaperone e 1 mg/kg de xilazina (IM). A partir da administrao do tratamento (0 minuto) foram avaliados os tempos para latncia da sedao, para decbito esternal, para a manipulao segura e para a manipulao sem segurana. Ainda, foram avaliados a qualidade da conteno qumica por meio da somatria de pontos obtida com a utilizao de uma escala descritiva adaptada, a cada 10 minutos, por at 90 minutos, parmetros fisiolgicos (FC, fR, PAM e To) a cada 10 minutos, durante 60 minutos, perfil cido-base e eletroltico (pH, PaCO2, PaO2, HCO3-, EB, SaO2, Na+ e K+) aos 10, 30 e 60 minutos e lactato srico aos 30 e 60 minutos ps-tratamentos. As diferenas foram consideradas significantes quando P < 0,05. O perodo de latncia da sedao e perodo para os animais apresentarem decbito esternal foram maiores em AX-0,5 (7 6,6 e 12 9,7 minutos, respectivamente) em relao a AX-1,0 (5 2,0 e 6 3,1 minutos respectivamente), porm no houve diferenas entre os grupos para os demais tempos avaliados. A qualidade da conteno qumica diferiu entre os grupos a partir de 60 minutos, observando-se possibilidade de manipulao sem segurana a partir de 60 minutos para AX-0,5 e de 90 minutos para AX-1,0. No houve diferenas entre FC, fR, PAM e To e o lactato srico entre os momentos nem entre os grupos. Em relao ao perfil cido-base e eletrlitico, AX-0,5 apresentou diferenas em pH, HCO3-,, EB e K+, com valores aos 60 minutos superiores aos valores em 10 minutos, e AX-1,0 apresentou diferenas apenas para EB tambm com valores aos 60 minutos superiores aos 10 minutos. Diante dos resultados conclui-se que os dois protocolos promoveram sedao adequada e que a escolha entre eles deve ser pautada pela ndole do animal. Embora no tenham ocorrido alteraes fisiolgicas considerveis em nenhum dos grupos, sugere-se a suplementao de oxignio nos primeiros 30 minutos de conteno qumica.

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A sociedade est cada vez mais exigente com relao qualidade dos produtos consumidos e se preocupa com os benefcios para a sade. Neste contexto, objetivou-se avaliar o efeito da incluso de nveis de leo de canola na dieta de vacas sobre amanteiga e muarela, buscando produtos mais saudveis para o consumo humano. Foram utilizadas 18 vacas Holandesas, em estgio intermedirio de lactao, com produo mdia de 22 ( 4) Kg de leite/ dia, as quais foram distribudas em dois quadrados latinos 3x3 contemporneos e receberam as dietas experimentais: T1- Controle (0% de incluso de leo); T2- 3% de incluso de leo de canola e T3- 6% de incluso de leo de canola. O perfil lipdico foi determinado atravs de cromatografia gasosa, alm da avaliao de qualidade nutricional, realizada atravs de equaes utilizando os cidos graxos obtidos no perfil lipdico, anlises fsico-qumicas determinadas pela metodologia do Instituto Adolfo Lutz e anlises microbiolgicas. Houveram problemas durante processamento do leite, gerando alteraes de tecnologia de fabricao do produto manteiga, obtendo-se outro produto, o creme de leite, ao invs de manteiga, alm de prejuzos na qualidade microbiolgicas do creme de leite e muarela. A incluso de leo de canola na dieta em lactao reduziu quadraticamente os cidos graxos de cadeia curta e proporcionou aumento quadrtico dos cidos graxos de cadeia longa, dos cidos graxos insaturados e cidos graxos monoinsaturados na muarela. A relao cidos graxos saturados/ cidos graxos insaturados (AGS/ AGI) e a relao mega-6/mega-3, assim como os ndices de aterogenicidade e trombogenicidade, na muarela, reduziram linearmente 25,68%, 31,35%; 32,12% e 21,78%, respectivamente, quando comparando T1 e T3. No creme de leite, houve reduo linear dos cidos graxos de cadeia curta e mdia, bem como, os cidos graxos saturados e a relao cidos graxos saturados/ cidos graxos insaturados (AGS/ AGI) em 41,07%; 23,82%; 15,91% e 35,59%, respectivamente, enquanto os cidos graxos de cadeia longa, cidos graxos insaturados e cidos graxos monoinsaturados aumentaram linearmente 41,40%; 28,24% e 32,07%, nesta ordem, quando comparando T1 com T3. Os ndices de aterogenicidade e trombogenicidade reduziram de forma linear, enquanto o ndice h/H (razo cidos graxos hipocolesterolmicos e hipercolesterolmicos) aumentou linearmente. A composio fsico-qumica de ambos derivados e o rendimento da muarela no apresentaram efeito significativo com a incluso do leo de canola, exceto a protena bruta da muarela que apresentou aumento linear e a gordura do creme de leite que apresentou efeito quadrtico. As anlises microbiolgicas mostram contagens muito elevadas de microrganismos, sugerindo que os produtos no apresentam qualidade microbiolgica, decorrente da ausncia do processo de pasteurizao do creme e da baixa eficincia do tratamento trmico aplicado ao leite destinado a produo da muarela. Conclui-se que a adio de leo de canola na dieta de vacas lactantes proporciona muarela e creme de leite mais saudveis para o consumo humano, pois apresentaram perfil lipdico mais rico em cidos graxos insaturados, alm da srie mega-3 e cido oleico, entretanto, devido a problemas de processamento, estes produtos obtidos, no esto aptos ao consumo devido ausncia de qualidade microbiolgica.

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O material Y2O3:Eu3+ vem sendo usado comercialmente como luminforo vermelho desde da dcada de 1960, em uma grande variedade de aplicaes devido ao seu elevado rendimento quntico (prximo de 100 %), elevada pureza de cor e boa estabilidade. Portanto, este trabalho prope um novo mtodo de sntese baseado nos complexos benzenotricarboxilatos (BTC) de terras raras trivalentes (RE3+) dopados com ons Eu3+. O objetivo principal produzir materiais luminescente RE2O3:Eu3+ a temperatura mais baixa (500 C) e em escala nanomtrica. Os complexos precursores [RE(BTC):Eu3+] e [RE(TLA)n(H2O):Eu3+], onde RE3+: Y, Gd e Lu; BTC: cido trimsico (TMA) e cido trimeltico (TLA) foram calcinados em diferentes temperaturas de 500 a 1000 C, a fim de obter os materiais luminescentes RE2O3:Eu3+. Os complexos foram caracterizados por anlise elementar de carbono e hidrognio, analise trmica (TG), espectroscopia de absoro no infravermelho (FTIR), difrao de raios-X - mtodo do p (XPD) e microscopia eletrnica de varredura (SEM). Todos os complexos so cristalinos e termo estveis at 460 C. Dados de fosforescncia dos complexos de Y, Gd e Lu mostram que o nvel T1 do anon BTC3- tem energia acima do nvel emissor 5D0 do on Eu3+, indicando que os ligantes podem atuar como sensibilizadores de energia intramolecular. O estudo das propriedades fotoluminescentes dos complexos dopados foi baseado nos espectros de excitao e emisso e curvas de decaimento de luminescncia. Ademais, foram determinados os parmetros de intensidades experimentais (Ωλ), tempos de vida (τ), taxas de decaimentos radiativo (Arad) e no-radiativo (Anrad). Os materiais luminescentes RE2O3:Eu3+ foram sintetizados de forma bem sucedida por meio do mtodo benzenotricarboxilatos calcinados a 500, 600, 700, 800, 900 e 1000 C, apresentando alta homogeneidade qumica e controle de tamanho de cristalito. Os nanomateriais foram caracterizados pelas tcnicas de FTIR, XPD SEM e TEM revelando a obteno dos materiais C-RE2O3:Eu3+ mesmo a 500 C. Os dados de XPD dos materiais confirmaram um aumento do tamanho dos cristalitos de 5 at 52 nm (equao de Scherrer) de em funo da temperatura de calcinao de 500 a 1000 C, respectivamente, corroborados pelas tcnicas de SEM e TEM. Os espectros de emisso de RE2O3:Eu3+ mostram uma banda larga atribuda a transio interconfiguracional de transferncia de carga ligante-metal (LMCT) em 260 nm, i.e. O2-(2p)&#8594Eu3+(4f6). Alm disso, foram observadas linhas finas de absoro devido as transies intraconfiguracionais 4f do on eurpio (7F0,1&#85945LJ; J: 0, 1, 2, 3 e 4), como esperado. As propriedades fotoluminescentes dos luminforos foram baseadas nos espectros (excitao e emisso) e curvas de decaimento luminescente. Os parmetros de intensidade experimental, tempos de vida, assim como as taxas de decaimentos radiativos e no radiativos foram calculados. As propriedades fotnicas dos nanomateriais so consistentes com o stio de baixa simetria C2 ocupado pelo on Eu3+ no C-RE2O3:Eu3+, produzindo emisso vermelha dominada pela transio hipersensvel 5D0&#85947F2 do on Eu3+ no sitio C2, ao invs do stio centrossimtrico S6. Alm disso, os nanomateriais Y2O3:Eu3+ exibem caractersticas espectroscpicas semelhantes e elevados valores de eficincia quntica (η~91 %), compatvel com os luminforos comerciais disponveis no mercado. Este novo mtodo pode ser utilizado para o desenvolvimento de novos nanomateriais contendo ons terras raras, assim como outros ons metlicos.

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O uso de pesticidas levou ao aumento da produtividade e qualidade dos produtos agrcolas, porm o seu uso acarreta na intoxicao dos seres vivos pela ingesto gradativa de seus resduos que contaminam o solo, a gua e os alimentos. Dessa forma, h a necessidade do monitoramento constante de suas concentraes nos compartimentos ambientais. Para isto, busca-se o desenvolvimento de mtodos de extrao e enriquecimento de forma rpida, com baixo custo, gerando um baixo volume de resduos, contribuindo com a qumica verde. Dentre estes mtodos destacam-se a extrao por banho de ultrassom e a extrao por ponto nuvem. Aps o procedimento de extrao, o extrato obtido pode ser analisado por tcnicas de Cromatografia a Lquido de Alta Eficincia (HPLC) e a Cromatografia por Injeo Sequencial (SIC), empregando fases estacionrias modernas, tais como as monolticas e as partculas superficialmente porosas. O emprego de SIC com coluna monoltica (C18, 50 x 4,6 mm) e empacotada com partculas superficialmente porosas (C18, 30 x 4,6 mm, tamanho de partcula 2,7 m) foi estudado para separao de simazina (SIM) e atrazina (ATR), e seus metablitos, desetilatrazina (DEA), desisopropilatrazina (DIA) e hidroxiatrazina (HAT). A separao foi obtida por eluio passo-a-passo, com fases mveis compostas de acetonitrila (ACN) e tampo Acetato de Amnio/Ácido actico (NH4Ac/HAc) 2,5 mM pH 4,2. A separao na coluna monoltica foi realizada com duas fases mveis: MP1= 15:85 (v v-1) ACN:NH4Ac/HAc e MP2= 35:65 (v v-1) ACN:NH4Ac/HAc a uma vazo de 35 L s-1. A separao na coluna com partculas superficialmente porosas foi efetivada com as fases mveis MP1= 13:87 (v v-1) ACN: NH4Ac/HAc e MP2= 35:65 (v v-1) ACN:NH4Ac/HAc vazo de 8 L s-1. A extrao por banho de ultrassom em solo fortificado com os herbicidas (100 e 1000 g kg-1) resultou em recuperaes entre 42 e 160%. A separao de DEA, DIA, HAT, SIM e ATR empregando HPLC foi obtida por um gradiente linear de 13 a 35% para a coluna monoltica e de 10 a 35% ACN na coluna com partculas superficialmente porosas, sendo a fase aquosa constituda por tampo NH4Ac/HAc 2,5 mM pH 4,2. Em ambas as colunas a vazo foi de 1,5 mL min-1 e o tempo de anlise 15 min. A extrao por banho de ultrassom das amostras de solo com presena de ATR, fortificadas com concentraes de 250 a 1000 g kg-1, proporcionou recuperaes entre 40 e 86%. A presena de ATR foi confirmada por espectrometria de massas. Foram realizados estudos de fortificao com ATR e SIM em amostras de gua empregando a extrao por ponto nuvem com o surfactante Triton-X114. A separao empregando HPLC foi obtida por um gradiente linear de 13 a 90% de ACN para a coluna monoltica e de 10 a 90% de ACN para a coluna empacotada, sempre em tampo NH4Ac/HAc 2,5 mM pH 4,2. Em ambas as colunas a vazo foi de 1,5 mL min-1 e o tempo de anlise 16 min. Fortificaes entre 1 e 50 g L-1 resultaram em recuperaes entre 65 e 132%.

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A terapia antiagregante comumente indicada na preveno e tratamento de doenas cardiovasculares. A dupla antiagregao com clopidrogrel e cido acetilsaliclico (AAS) tem sido frequentemente adotada em pacientes com Doena Arterial Coronariana (DAC), mas apresenta ineficcia em uma parcela significativa da populao com gentipo de respondedores. Essa falha teraputica nos leva a questionar se outros mecanismos moleculares podem estar influenciando na resposta a esses frmacos. Recentes estudos sugerem que pequenas sequncias de RNA no codificantes denominadas microRNAs (miRNAs) podem estar fortemente relacionadas com resposta ao tratamento frmaco-teraputico, controlando as protenas envolvidas na farmacocintica e farmacodinmica. Entretanto, os principais miRNAs que atuam na dinmica da resposta medicamentosa ainda no foram bem definidos. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil de miRNAs no sangue total perifrico, procurando melhor esclarecer os mecanismos envolvidos na resposta aos antiagregantes plaquetrios AAS e clopidogrel. Para isso, selecionou-se pacientes com DAC, os quais apresentavam diferentes respostas dupla terapia de antiagregao determinadas pelo teste de agregao plaquetria. Baseados nos fentipos, os perfis de expresso de miRNAs foram comparados entre os valores da taxa de agregao categorizados em tercis (T) de resposta. O grupo T1 foi constitudo de pacientes respondedores, o T2 de respondedores intermedirios e o T3 de no respondedores. Os perfis de miRNAs foram obtidos aps sequenciamento de ltima gerao e os dados obtidos foram analisados pelo pacote Deseq2. Os resultados mostraram 18 miRNAs diferentemente expressos entre os dois tercis extremos. Dentre esses miRNAs, 10 deles apresentaram importantes alvos relacionados com vias de ativao e agregao plaquetria quando analisados pelo software Ingenuity. Dos 10 miRNAs, 4 deles, os quais apresentaram-se menos expressos no sequenciamento, demonstraram os mesmos perfis de expresso quando analisados pela reao em cadeia pela polimerase quantitativa (qPCR): hsa-miR-423-3p, hsa-miR-744-5p, hsa-miR- 30a-5p e hsa-let-7g-5p. A partir das anlises de predio de alvos, pde-se observar que os quatro miRNAs, quando menos expressos simultaneamente, predizem ativao da agregao plaquetria. Alm disso, os miRNAs hsa-miR- 423-5p, hsa-miR-744-5p e hsa-let-7g-5p mostraram correlao com o perfil lipdico dos pacientes que, por sua vez, apresentou influncia nos valores de agregao compreendidos no T3 de resposta a ambos os medicamentos. Sendo assim, conclui-se que maiores taxas de agregao plaquetria podem estar indiretamente relacionadas com os padres de expresso de hsa-miR- 423-3p, hsa-miR-744-5p e hsa-let-7g-5p. Sugere-se que a avaliao do perfil de expresso destes 3 miRNAs no sangue perifrico de pacientes com DAC possa predizer resposta teraputica inadequada ao AAS e ao clopidogrel

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O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antioxidante de extrato de folhas de oliveira (EFO) (Olea europaea L.) por diferentes metodologias analticas in vitro e in situ, para verificao de efeito em sistemas biolgicos. O extrato foi obtido a partir de folhas secas de oliveira, previamente micronizadas, em metanol/gua (80/20%) na proporo 1:20 (m/v), aps remoo de compostos solveis em n-hexano. Aps liofilizao, no EFO foi avaliado o poder redutor por Folin-Ciocalteau, contedo de flavonoides totais, teor de oleuropeina, poder de reduo do on frrico (FRAP) e atividade antioxidante sobre DPPHo, ABTSo+, nion superxido (O2o-), cido hipocloroso (HOCl) e xido ntrico (NOo). O extrato foi tambm avaliado quanto ao efeito protetor sobre danos oxidativos em eritrcitos humanos. O cido ascrbico foi utilizado como referncia. O experimento foi repetido seis vezes (n = 6) e os ensaios realizados em duplicata. O poder redutor do extrato e o contedo de flavonoides totais e oleuropena foram 131,7 9,4 mg equivalente de cido glico/g extrato seco (ms), 19,4 1,3 mg equivalente de quercetina/g ms e 25,5 5,2 mg oleuropena/g ms, respectivamente. O ensaio de FRAP apresentou 281,8 22,8 mg equivalente de trolox/g ms. O EFO foi efetivo na inibio dos radicais DPPHo e ABTSo+, dependente da concentrao de extrato, com valores de IC50 de 13,8 0,8 e 16,1 1,2 µg/mL, respectivamente. Com relao atividade antioxidante sobre espcies reativas de importncia biolgica, o EFO apresentou forte capacidade de inibio de O2o- (IC50 = 52,6 2,1 µg/mL) e NOo (IC50 = 48,4 6,8 µg/mL), quando comparado ao cido ascrbico. Porm, a inibio de HOCl no foi to eficiente (IC50 = 714,1 31,4 µg/mL). O EFO inibiu a hemlise induzida em eritrcitos de maneira dependente da concentrao (IC50 = 7,8 1,1 µg/mL), assim como a peroxidao lipdica e a formao de meta-hemoglobina, com valores de IC50 de 38,0 11,7 e 186,3 29,7 µg/mL, respectivamente. Os resultados obtidos neste estudo sugerem que extrato de folhas de oliveira possui efetiva atividade antioxidante em sistemas biolgicos, pelo efeito sequestrador de determinadas espcies reativas que participam dos processos bioqumicos, e pela preveno de danos oxidativos em eritrcitos humanos. Portanto, sua ingesto pode estar relacionada com a preveno de estresse oxidativo in vivo, com consequentes benefcios sade.

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O objetivo desse trabalho foi obter polpa de guavira desidratada por atomizao, utilizando maltodextrina ou goma arbica como agentes carreadores. Inicialmente, avaliou-se a influncia das condies de processo, temperatura do ar de secagem (130, 155 e 180) C e vazo volumtrica da mistura (20 e 40) mL/min, o tipo e concentrao de agente carreador (10 e 20) % nas caractersticas fsicas, fsico-qumicas e atividade antioxidante do produto obtido. As propriedades analisadas foram umidade, atividade de gua, higroscopicidade, solubilidade, cor, distribuio e tamanho mdio de partculas, morfologia, compostos fenlicos totais e atividade antioxidante. A temperatura do ar de secagem e a vazo volumtrica de alimentao influenciaram significativamente todas as propriedades da guavira em p. A umidade e atividade de gua apresentaram os menores valores na temperatura intermediria, independentemente do tipo e concentrao do carreador usado. A solubilidade das amostras adicionadas de maltodextrina foram superiores s amostras com goma arbica. O aumento da concentrao de agente carreador, em geral, proporcionou um aumento no parmetro L* e diminuio dos parmetros a* e b*, tornando as amostras mais claras e reduzindo as tonalidades vermelha e amarela. A guavira em p apresentou colorao prxima do amarelo e marrom, com grande variao nos parmetros de cor C* e H* em funo das diferentes condies de secagem. A distribuio do tamanho de partculas no teve um padro definido e o tamanho mdio das amostras com maltodextrina foram maiores do que as com goma arbica para a temperatura do ar a 130 C. No entanto, para as outras temperaturas (155 e 180) C no houve um comportamento especfico do tamanho das partculas em funo da vazo de alimentao, tipo e ou concentrao de agente carreador. A anlise de microscopia eletrnica de varredura permitiu observar que as partculas obtidas tanto com maltodextrina como goma arbica apresentaram formato esfrico, superfcie rugosa e com adeso de partculas menores nas de maior tamanho, sendo que a superfcie das partculas com goma arbica tambm apresentaram concavidades. A atividade antioxidante foi superior quando utilizada a temperatura de secagem intermediria. A partir das condies selecionadas na primeira etapa (temperatura do ar de 155 C, vazo volumtrica da mistura de 40 mL/min e 10% de maltodextrina ou goma arbica) a polpa de guavira em p foi caracterizada quanto a temperatura de transio vtrea, as isotermas de adsoro e a estabilidade estocagem do cido ascrbico, compostos fenlicos totais e da atividade antioxidante da polpa de guavira em p produzida por spray drying ao longo de 120 dias. As temperaturas de transio vtrea foram de (25,2 2,7 C e 31,4 0,4) C para os ps produzidos com goma arbica e maltodextrina, respectivamente. O modelo de BET apresentou ajuste muito bom (R2>0,99) para descrever o comportamento de soro de gua das amostras nas temperaturas de (20, 30 e 40) C. A polpa de guavira em p produzida com goma arbica apresentou maior adsoro de gua do que as amostras obtidas com maltodextrina. No estudo da estabilidade, as amostras foram acondicionadas em embalagem de polietileno laminado e armazenadas a 25 C e umidade relativa de 75%. A embalagem de polietileno laminado foi eficiente na manuteno do teor de cido ascrbico e atividade antioxidante da guavira em p por um perodo de 120 dias, independente do carreador adicionado. O teor de compostos fenlicos para a guavira em p com goma arbica apresentou uma reduo nos primeiros 22 dias, contudo a amostra com maltodextrina manteve-se estvel durante 120 dias de armazenamento.